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Padrões pulmonares no Raio-x

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Padrões pulmonares no raio-x
PRINCIPAIS PADRÕES PULMONARES
LAYANE SILVA
Sabe-se que no raio-X são utilizados alguns termos, assim
quando está normal considera-se uma transparência pois o
ar é transparente no raio-X, já que ele permite que todo o
raio-X passe. Quando existe uma alteração dessa
transparência, há um aumento de atenuação ou uma
opacidade. Portanto, os termos transparência e opacidade
são opostos, e “aumentar a transparência” é aumentar a
região preta (ar dos pulmões), já “aumentar a opacidade ou
atenuação” é aumentar a região branca (líquido de
processos pneumônicos e formações expansivas - tumores).
(1) atelectasia, que é o padrão de perda de volume
pulmonar, que desvia o mediastino para o mesmo lado
do acometimento;
(2) derrame pleural extenso, causa desvio para o lado
oposto ao acometido;
(3) tumores do mediastino podem desviar a traqueia,
assim, o desvio é secundário à uma formação expansiva
que se for grande a ponto de desviar a traqueia, pode
causar desvio do mediastino.
Exceção! O desvio do mediastino será caracterizado como
lesão secundária porque mais comum esse desvio se dá por:
Nessas situações o desvio é uma alteração
secundária/coadjuvante de uma causa principal.
Derrame pleural: líquido no espaço pleural;
Pneumotórax: presença de ar entre as duas camadas da
pleura;
No entanto, quando há acúmulo de qualquer substância
nesse espaço define-se como uma alteração pleural. Entre
elas as mais comuns são:
Empiema pulmonar: derrame pleural com presença de
bactérias que invadiram este fluido na cavidade pleural.
Tumores pleurais: alterações neoplásicas.
Além disso, existem alterações infecciosas que levam ao
espessamento da pleura, como:
AUMENTO DA ATENUAÇÃO/DENSIDADE
PULMONAR
Normalmente, esse aumento da atenuação ou densidade
pulmonar se refere a líquido dentro dos pulmões, seja na
forma de pneumonia, ou até na forma de um edema
pulmonar.
DIMINUIÇÃO DA ATENUAÇÃO/DENSIDADE
PULMONAR
Essa diminuição da atenuação/densidade pulmonar leva ao
aumento da região preta, ou seja, há um aumento do ar nos
pulmões, que pode ser secundário a uma DPOC ou
enfisema pulmonar.
ATELECTASIA
O padrão de atelectasia ocorre quando há perda do volume
do pulmão, ou seja, o pulmão murcha e perde o ar.
ALTERAÇÕES PLEURAIS
A pleura visceral e parietal ficam bem próximas, sendo que
a visceral está colada no pulmão e a parietal está colada na
parede torácica, e entre elas está um espaço virtual, pouco
perceptível que é o espaço pleural.
ALTERAÇÕES DO MEDIASTINO
Normalmente tem relação com o alargamento do
mediastino, ou seja, existe algo aumentando o espaço do
mediastino.
Dentro do pulmão pode haver ar, líquido ou formações
expansivas (tumores), então o padrão de aumento da
atenuação mais comumente está associado a processos
infecciosos, cujo patógeno responsável produz líquido (se
cria e prolifera no meio líquido). 
PADRÃO DE AUMENTO DA
ATENUAÇÃO/DENSIDADE PULMONAR
DOENÇA INTERSTICIAL
Entre os espaços dos sacos alveolares está o interstício que
é por onde passam os vasos linfáticos, arteríolas, vênulas
que levam o sangue e fazem as trocas de oxigênio e gás
carbônico. Assim, quando há pneumonia viral há um
acúmulo de líquido entre os alvéolos (no interstício).
Portanto, no caso de uma pneumonia intersticial há
proliferação viral nesse espaço intersticial.
DOENÇA ALVEOLAR
No caso de uma pneumonia bacteriana há acúmulo de
líquido dentro dos alvéolos, que é o local de acometimento
mais comum das pneumonias bacterianas.
Substituição do ar dos alvéolos por líquido, células ou
uma combinação de ambos.
O padrão de aumento da atenuação quando ocorre dentro
dos alvéolos (doença alveolar) é chamado de consolidação
pulmonar. Esta ocorre quando o líquido infectado por
bactérias, por exemplo, ocupa uniformemente um
determinado espaço do pulmão dentro dos alvéolos, que
pode ser um segmento pulmonar, onde ele fica acumulado.
Esse líquido faz com que esse espaço fique branco
caracterizando uma consolidação pulmonar.
A consolidação, portanto, diz respeito à presença de água
dentro dos alvéolos, que deixa o raio-X branco de forma
mais homogênea - diferentemente, quando o líquido está
CONSOLIDAÇÃO PULMONAR
LAYANE SILVA
Se houver atelectasia de todo o pulmão, os espaços
intercostais ficam bem colados e há um desvio
importante de mediastino;
Se houver atelectasia de um lobo é um processo mais
discreto;
Se houver atelectasia de um segmento é um processo
ainda menor.
Assim, na atelectasia, como o ar saiu completamente, o
segmento atelectasiado fica bem menor do que o normal,
desse modo, há uma perda do volume pulmonar
proporcional à extensão do segmento atelectasiado. 
Portanto, na atelectasia há o colabamento pulmonar
causando perda de volume pulmonar, já na consolidação
há presença de líquido infectado nos alvéolos, ocupando o
espaço onde deveria ter ar. Assim, apesar das 2 imagens
serem brancas no raio-X, na consolidação não há perda de
volume do segmento afetado, ou seja, o pulmão continua
do mesmo tamanho, mas onde tinha ar tem líquido. 
No raio-X, essa perda de volume pode ser avaliada por
alguns sinais como: (1) elevação do diafragma, pois o
volume reduz e ele sobe, (2) aproximação dos arcos costais
e (3) desvio da traqueia para o lado da lesão. Quando a
atelectasia não é de todo o pulmão, pode haver também o
desvio, elevação e repuxamento das cissuras, que mudam
seu padrão habitual quando comparado ao pulmão
contralateral ou a anatomia normal.
No raio-X, observam-se imagens opacas, causando
apagamento dos vasos pulmonares.
Importante! Quando há um tumor existe também uma
opacidade homogênea (branco) que não pode ser chamada
de consolidação, pois a consolidação é a presença de
líquido nos alvéolos. No caso de uma formação expansiva,
trata-se de uma massa sólida que está colabando os
alvéolos adjacentes e ocupando o espaço.
Revisão! Órgãos pares na radiologia sempre devem ser
comparados um com o outro porque a alteração fica mais
evidente.
CARACTERÍSTICAS AO RX OU TC
PNEUMONIA
entre os alvéolos observam-se imagens lineares
entremeadas com áreas mais escuras e o ar dentro dos
alvéolos. Esse líquido dentro dos alvéolos pode ser
secundário a um edema pulmonar intra-alveolar que gera
uma imagem de consolidação, mas o mais comum é a
pneumonia bacteriana.
Importante! A pneumonia viral não dá sinal de
consolidação pois tem um padrão de acometimento
intersticial.
Assim, apesar de não ser patognomônico, a consolidação é
um achado típico de pneumonia bacteriana, e diante de
um quadro infeccioso + consolidação, há uma chance de >
90% de ser uma pneumonia por bactéria.
Entre os 5 padrões de raio-X patológico, a consolidação
pulmonar e a atelectasia tem algumas semelhanças, pois
ambos se apresentam como uma imagem branca. Ambas
as imagens assumem uma forma geométrica que não é
arredondada, diferentemente de uma tumoração que é
uma massa branca porém arredondada.
Entretanto, na consolidação pulmonar, há líquido
enchendo os alvéolos no lugar do ar, já na atelectasia, os
alvéolos que eram bolsas cheias de ar colabaram (“balão
murcho”) e o interstício composto pelas arteríolas e vênulas
ficaram tdo juntos (imagem branca).
CONSOLIDAÇÃO PULMONAR X ATELECTASIA
Na imagem, observa-se o pulmão esquerdo, cuja área
vermelha compreende uma consolidação, há uma cissura -
sendo que a pneumonia bacteriana geralmente acomete
até a linha da cissura.
Sangue: ocorre em casos de contusão pulmonar ou
trauma que levam a sangramentos nos alvéolos;
Pus: ocorre na pneumonia bacteriana infectada
formando um líquido purulento;
Água: no caso de edema pulmonar importante que
invadiu os alvéolos;
Proteína ou células neoplásicas: se relacionada a
metástases pulmonares, aparecem como pequenos
nódulos de múltiplos tamanhos. 
Essa consolidação diz respeito à líquido que pode ser:
As lesões pulmonares com padrão alveolar (consolidações)
podem ser agudas ou crônicas.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Na imagem, observa-se a traqueia e o brônquios-fonte
direito e esquerdo que se ramificando à medida que se
afastam do hilo pulmonar,e eles levam o ar da traqueia
para os alvéolos e na parte mais distal os brônquios e
bronquíolos vão se comunicar com os sacos alveolares. 
LAYANE SILVA
Pneumonia viral (intersticial): o líquido fica entre os
alvéolos, por isso a imagem não fica toda branca. 
Pneumonia bacteriana: o líquido fica dentro dos
alvéolos deixando a imagem toda branca, pois não há o
ar (preto), apenas o líquido (branco).
Esse raio-X não está normal, observa-se que há uma
anormalidade no lado direito, que pode ser descrita como
um aumento da atenuação ou redução da transparência.
Assim, o que no laudo normal apareceria como
“transparência pulmonar satisfatória” seria descrita como
“área de aumento da atenuação ou redução da
transparência no terço inferior do pulmão direito”. 
Sinal radiográfico que mostra brônquios aerados no
interior das consolidações (alvéolos cheios de líquido).
Entre os bronquíolos terminais estão alvéolos, e quando
todo o espaço está ocupado por líquido (imagem
totalmente branca), na imagem só é possível visualizar o
canal por onde passa o ar como se fosse um trilho de trem,
denominado sinal do broncograma aéreo. Esse sinal é mais
evidente na tomografia do que no raio-X, consiste no
bronquíolo cheio de ar adjacente aos alvéolos
pneumônicos.
SINAL DO BRONCOGRAMA AÉREO
O “caminho” do brônquio não é visto em um pulmão
normal porque o bronquíolo com ar fica camuflado, visto
que o pulmão também estará com ar (preto). Assim, o
broncograma aéreo só é visto quando existe uma
consolidação, portanto, é um sinal indicativo de líquido
dentro dos alvéolos, que está mais comumente associado a
pneumonia bacteriana.
Revisão! Na atelectasia não há broncograma aéreo porque
o pulmão “murchou”, ou seja, não existe ar nem no alvéolo e
nem no brônquio.
Curiosidade! Na prática clínica, o USG de tórax em geral é
pouco usado para diagnóstico de consolidação pulmonar,
mas ele pode ser utilizado no pulmão para avaliar (1)
derrame pleural, sendo o melhor método em pequenos
derrames pleurais, para avaliar não só a quantidade como
também a característica do líquido, e (2) no trauma, através
do FAST-USG. No entanto, apesar de ser pouco reprodutível,
é possível visualizar broncogramas aéreos no USG.
No raio-X em PA, o único sinal patognomônico para inferir
que é posteroanterior (ortostase) é a bolha de ar gástrica
com nível hidroaéreo. Existem outros sinais sugestivos
como: (1) pulmão com bom diâmetro longitudinal, ou seja,
bem expandido e (2) omoplatas/escápulas estão fora do
campo, ou seja, está bem centralizado.
RAIO-X Idealmente, deve-se descrever qual é o lobo pulmonar
acometido, ou seja, considerando que o lobo médio é mais
anterior e o lobo inferior é mais posterior, observa-se um
acometimento no lobo inferior. Quando um processo de
líquido acomete a região média/central, ou seja, ele se
avizinha ao mediastino é possível perceber a partir do sinal
da silhueta.
LAYANE SILVA
Importante! No lugar de aumento da atenuação também é
possível referir radiopacidade.
Este sinal no raio-X serve para localizar se a lesão está no
lobo superior, inferior ou médio, nesse caso, pode-se
visualizar o contorno do átrio direito apesar de apagado.
Na imagem observa-se uma radiopacidade no terço inferior
do pulmão direito (que pode representar o lobo inferior ou
lobo médio), este também pode ser chamada de área de
aumento de atenuação, redução da transparência ou
consolidação. Isto porque é uma opacidade homogênea
com presença de broncogramas aéreos. Neste caso, a
sombra do diafragma está fraca mas continua presente, não
há desvio de mediastino e os espaços intercostais estão
muito semelhantes à direita e à esquerda - ou seja, não há
indícios de redução do volume pulmonar.
Importante! Os broncogramas aéreos confirmam a
consolidação, visto que se fosse uma atelectasia haveriam
indícios de redução do volume pulmonar.
O contorno direito do coração é visível porque há
densidade de ar do pulmão adjacente ao coração
Portanto, há uma consolidação no lobo inferior do pulmão
direito que pode ser descrita como uma opacidade na base
pulmonar direita, com aerobroncogramas, mas não
apresenta o sinal da silhueta no contorno atrial direito,
apenas uma indefinição do contorno do diafragma em
alguns aspectos.
Na imagem o contorno do coração está visível porque a
opacidade não está adjacente ao coração, assim não apaga
o contorno cardíaco - portanto, a lesão não está no lobo
médio que é o lobo adjacente à borda direita do coração. 
Questão de prova! O lobo que é adjacente à borda
esquerda do coração é a língula, que faz parte do lobo
superior - assim, se há apagamento da língula, apagamento
do VE ou presença de opacidade na língula, o
acometimento é do lobo superior do pulmão esquerdo.
Revisão! Os contornos cardíacos são à direita: veia cava
superior e átrio direito; à esquerda: arco aórtico, tronco da
artéria pulmonar e ventrículo esquerdo.
Consolidação posterior, localizadas atrás da cissura
oblíqua
Esse paciente tem uma consolidação no lobo inferior, no
perfil é possível visualizar que o acometimento é na região
posterior, ou seja, fica atrás da cissura oblíqua.
LAYANE SILVA
Em geral, pneumonias bacterianas/comunitárias costumam
cursar com consolidação, tipicamente tem broncogramas
aéreos e são delimitadas pela cissura oblíqua.
No entanto, não há o sinal da silhueta, pois a consolidação
não está vizinha ao coração (não há líquido próximo ao
coração). Visto que os contornos do coração só são vistos
porque o parênquima que tá colado no coração (lobo
médio ou língula) tem ar.
Assim, é possível visualizar a silhueta dos contornos
cardíacos que tem uma área mais branca pois o raio-X
representa a soma das densidades.
O sinal da silhueta é a ausência da silhueta/contorno do
coração que ocorre quando 2 estruturas vizinhas tem a
mesma densidade, assim, só é possível ver o contorno do
coração quando há ar na parte do pulmão que está vizinha
ao coração. As partes do pulmão que estão coladas no
coração é à direita o lobo médio e à esquerdo a língula
(lobo superior) que são anteriores, já os lobos inferiores são
posteriores.
Sabe-se que o coração é anterior e tem líquido, e, na
radiologia, estruturas de mesma cor apagam os
contornos/diferenciação e estruturas de cores diferentes
aparecem o contorno. Portanto, só é possível visualizar o
contorno direito do mediastino que é dado pelo átrio
direito quando há ar nos pulmões e líquido no coração. No
momento em que tiver líquido nos pulmões e no átrio, há o
apagamento desse contorno, também chamado de sinal da
silhueta, que representa a ausência da silhueta cardíaca.
SINAL DA SILHUETA
Nesse raio-X, observa-se uma opacidade (aumento da área
de atenuação ou redução da transparência) formando uma
consolidação no terço inferior do pulmão esquerdo.
No sinal da silhueta, duas opacidades com a mesma
densidade estão em contato, vizinhas, no mesmo plano,
ambas anteriores e apagam o contorno, comumente ocorre
na pneumonia, mas pode estar associada à formação
tumoral. Na primeira imagem a opacidade apaga o
contorno do coração, ou seja, sinal da silhueta positivo
(ausência de silhueta), portanto, a lesão está no lobo médio.
Já, na segunda imagem, a lesão não apaga o contorno do
coração, então pode-se afirmar que ela está no lobo inferior
e não há o sinal da silhueta.
A - Vias aéreas
B (Breathe) - Campos pulmonares
C – Circulação (coração e vasos da base)
D – Diafragma (incluindo os seios costofrênicos)
E – What Else (O restante)
Relembrando que para avaliar se o raio-X de tórax está
normal, deve-se analisar o ABCDE:
Abaixo observa-se um raio-X normal em PA, apesar de não
CASOS CLÍNICOS
LAYANE SILVA
ter a bolha de ar gástrica que é um sinal patognomônico, é
possível sugerir que é em PA através de outros sinais como
diâmetro longitudinal, tamanho do coração, amplitude do
mediastino e vasos pulmonares, e escápula fora do campo.
Importante! Quando é visualizada a bolha de ar gástrica é
possível afirmar que o paciente estava em PA em pé ao
realizar o exame pois tinha líquido no estômago,o ar subiu
e o líquido desceu. No entanto, em algumas situações como
o paciente em jejum não haverá líquido no estômago -
portanto, se a bolha não estiver presente pode ser PA ou AP.
O raio-X em AP, que não é comum, apresenta mediastino
alargado, vasos pulmonares alargados, expansibilidade
pulmonar reduzida e escápulas dentro do campo pulmonar
- fatores que atrapalham o diagnóstico.
O raio-X abaixo não está normal, pois apresenta uma área
de consolidação e uma cavitação no pulmão esquerdo, que
apaga a silhueta cardíaca deixando-a indefinida por estar
anterior no mesmo trajeto do coração (língula).
CASO CLÍNICO 01
Nesse raio-X a consolidação está no lobo inferior do pulmão
esquerdo porque é possível visualizar o contorno cardíaco. 
CASO CLÍNICO 02
(1) A opacidade está no pulmão direito e é anterior pois
apagou o contorno cardíaco, ou seja, está no lobo médio
com sinal da silhueta positivo.
Para avaliar o sinal da silhueta deve-se traçar a linha para
definir se o contorno cardíaco está apagado, e aonde está a
consolidação em relação aos lobos e à posição do coração.
LOCALIZAÇÃO DA OPACIDADE
(2) Nesse caso, a lesão está no lobo inferior e o sinal da
silhueta é negativo;
Curiosidade! Normalmente o processo de pneumonia
bacteriana para na cissura (padrão de comportamento)
assim não é comum acometer os lobos médio e inferior
simultaneamente. Assim, é definida como uma pneumonia
lobar que ocorre através de um brônquio, ocupando apenas
o espaço do lobo.
(3) Há uma opacidade/aumento da área da atenuação
do lado esquerdo, mas é possível observar o contorno do
coração, portanto, o sinal da silhueta é negativo e está
posterior (próximo à coluna).
LAYANE SILVA
(5) Raio-X com sinal da silhueta positivo, pois há uma
opacidade pulmonar ocupando o lobo superior direito,
apagando o contorno da veia cava superior. É possível
observar a delimitação da cissura menor, que divide o
lobo médio e atrás fica o lobo superior.
(4) Observa-se opacidade à esquerda com sinal da
silhueta positivo e apagamento do contorno cardíaco e
do tronco da A. pulmonar. Ou seja, acomete a parte mais
alta do lobo superior (nível acima do coração), e pode-se
observar no perfil a delimitação da cissura oblíqua.
Importante! O sinal da silhueta não é apenas o apagamento
da parte inferior do contorno cardíaco, pode ocorrer
também no contorno dos vasos.
EDEMA PULMONAR
Há também um padrão de edema pulmonar que é
considerado uma consolidação, e ocorre quando há um
branco mais homogêneo que leva a suspeitar de líquido
dentro dos alvéolos. Essa condição pode ocorrer por
exemplo em um paciente com insuficiência cardíaca
congestiva descompensada ou em um quadro infeccioso
como uma pneumonia viral. Portanto, o padrão de edema
pulmonar, também quando correlacionado com a clínica, é
caracterizado por consolidação perihilar, ou seja, próximo
ao hilo pulmonar que é o local onde entra a traquéia, o
brônquio-fonte, artéria pulmonar e veia pulmonar. Assim,
há acometimento da parte central do pulmão adjacente ao
hilo bilateral (típico de edema pulmonar, que também é
chamado de padrão em asa de borboleta).
Importante! O edema pulmonar começa como um edema
intersticial que está entre os alvéolos e não gera
consolidação, apenas imagem de vidro fosco que não é
visualizada no raio-X, apenas na tomografia.
Posteriormente, quando ele entra nos alvéolos, gera
consolidação visível no raio-X com padrão central perihilar
similar a asa de borboleta.
DOENÇAS PULMONARES DIFUSAS 
As doenças pulmonares difusas tem relação com padrões
intersticiais, por isso são dificilmente vistas no raio-X. Assim,
as radiografias (método de entrada) tem limitações para a
caracterização destas lesões, por isso sempre é solicitada
tomografia. A TC de alta resolução é o exame de escolha
para avaliar lesões intersticiais, nela é possível: avaliar
diagnóstico diferencial, controle evolutivo e definir locais
para biópsia, pois essas lesões estão associadas a múltiplas
etiologias (edema pulmonar, doenças inflamatórias,
infiltração neoplásica e Covid-19).
O padrão intersticial é representado por linhas radiopacas
que ficam entre áreas mais escuras (opacidade reticular) -
diferentemente das consolidações que é um branco
homogêneo.
Revisão! Em lesões intersticiais, o exame que vai definir o
diagnóstico é a tomografia, o raio-X não tem validade para
essas patologias.
LAYANE SILVA
Outros sinais indiretos são: aumento da transparência
pulmonar (mais preto), e é necessário avaliar a técnica se o
raio-X não está muito penetrado; redução dos vasos
pulmonares que ficam mais fechados; e aumento dos hilos
pulmonares pois o pulmão hiperinsuflado não permite que
o sangue flua, aumenta a resistência da entrada do sangue.
Na tomografia, é possível visualizar melhor a dilatação dos
brônquios, que são estruturas tubulares que conduzem o ar
e estão cheios de ar (imagem preta) e ao redor há
representação das paredes brônquicas (imagem cinza) que
pode estar espessada (espessamento difuso das paredes.
LESÕES HIPERTRANSPARENTES
Tipo de lesão: enfisema, doença de pequenas vias
aéreas, etc.;
Extensão das lesões.
São lesões pretas que tem relação com o acúmulo de ar,
tem avaliação limitada nas radiografias, por isso solicita-se
uma TCAR (tomografia de alta resolução) para avaliar:
Abaixo, observa-se um raio-X alterado com aprisionamento
aéreo (ar entra e não sai), chamado de enfisema pulmonar,
caracterizado por hiperinsuflação pulmonar com aumento
do diâmetro ântero-posterior e retificação do diafragma
que normalmente tem o formato de cúpula.
Além disso, quando há muito ar nos pulmões
(hiperinsuflado) pode-se pressionar o coração, que fica mais
verticalizado e estreito.
BRONQUIECTASIAS
Define-se como uma dilatação brônquica (brônquios e
bronquíolos) irreversível que ocorre diante de uma
bronquite ou DPOC - sabe-se que o padrão do brônquio é
ser um tubo, que nesse caso estará aumentado de tamanho
irregular. Também dificilmente é vista no raio-X que é
inespecífico e o método utilizado é a TCAR para avaliar
diagnóstico e extensão - consiste em uma manifestação da
DPOC. Observa-se algumas bronquiectasias evidentes no
terço inferior do pulmão direito, e um derrame pleural na
base do pulmão esquerdo.
Importante! As bronquiectasias são dilatações dos
brônquios e bronquíolos que são as vias que conduzem o ar
e apresentam como uma imagem preta, hipertransparente,
assim como o enfisema pulmonar, mas nele o ar destrói os
alvéolos e ocupam o espaço alveolar. Assim, a diferença
entre elas é a região onde o ar está aprisionado.
ATELECTASIA
Perda de volume de segmento, lobo ou do pulmão, causado
por: obstrução brônquica, compressão, passiva
(pneumotórax), restritiva (fibrose), alteração de surfactante.
LAYANE SILVA
Então, observa-se um pulmão
normal no qual os vasos estão
separados por determinado
espaço e, quando ocorre a
atelectasia, os vasos e o
pulmão se juntam. Assim, há
perda do volume pulmonar e
os brônquios podem se
juntar, raramente são vistos
broncogramas aéreos.
Abaixo está um raio-X em AP, tendo em vista a posição das
escápulas, além disso o raio-X está rodado, mas é possível
observar alteração da transparência pulmonar representada
por opacidade no pulmão direito no lobo superior. Esta
pode ser consolidação, processo pneumônico ou
atelectasia, para realizar o diagnóstico diferencial é
necessário avaliar perda de volume pulmonar, cujos sinais
são: elevação do diafragma e retração da cissura.
Observa-se que a cissura horizontal está mais acima do que
o normal, pois como o lobo atelectasiou houve retração da
cissura, e o pulmão está colabado. Assim, o pulmão direito
está menor que o esquerdo, existe um desvio cissural e
presença de broncogramas aéreos, que são mais comuns na
consolidação, mas podem ser vistos na atelectasia.
PLEURAS E ESPAÇOS PLEURAIS
Normalmente, não é possível ver os espaços pleurais (entre
pleura parietal e visceral) nas radiografias do tórax, e
quando existe um processo patológico pode haver acúmulo
de líquido ou de ar. Nesse caso, o raio-X está normal, e
existeum espaço pleural, formado pela pleura visceral que
está adjacente aos pulmões e a pleura parietal que está
adjacente à parede torácica e não existe nada entre elas.
Lembrar! Espaços pleurais têm três dimensões, envolvem os
pulmões e se estendem pelas fissuras.
Pneumotórax: acúmulo de ar
Os exames de RX, US, TC, RM mostram lesões pleurais, que
podem se apresentar como:
No pneumotórax, o pulmão colaba e há acúmulo de ar no
espaço pleural, ou seja, toda a parte cinza-escuro
representa ar dentro da pleura, já a parte mais clara é o
pulmão. Geralmente, quando o pulmão está parcialmente
colabado, ele fica mais branco do que o normal.
LESÕES PLEURAIS
Para diagnosticar um pneumotórax o ideal é procurar esta
linha, sempre que um paciente tem pneumotórax o ar se
acumula mais lateralmente (não há sombra de vasos,
apenas o ar) e o pulmão fica mais medial gerando uma
linha mais verticalizada.
Derrames e proliferações celulares: densidade de
partes moles (acúmulo de líquido).
Quando há um derrame pleural, há acúmulo de líquido no
espaço pleural, gerando uma imagem de atenuação por ser
líquido e a formação de uma parábola. Assim, quando o
derrame é pequeno ele amputa apenas o seio costofrênico,
e a partir do momento que ele aumenta, a parábola vai
subindo.
LAYANE SILVA
Importante! Esse derrame escorre então pode-se fazer um
raio-X em decúbito lateral com raios horizontais, pois a
mudança de posição provocava mudança do líquido - mas
atualmente é mais prático realizar um USG.
Portanto, a imagem de parábola é
típica de derrame pleural se for
um derrame que ultrapasse o
volume do seio costofrênico, caso
contrário há apenas a amputação
do seio costofrênico. Então pode-
se descrever como uma
opacidade na base do hemitórax
com apagamento da cúpula
frênica, e é possível visualizar o
sinal da parábola e o volume
ocupado pelo líquido - nota-se a
presença da bolha gástrica.

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