Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Microbiologia Aula teórica 02 Dra. Danielle Silva Araujo E-mail: daniellebiomedaraujo@gmail.com Nome do jogo: "Adivinhe a estrutura celular": 1. Cada equipe receberá nomes de estruturas presentes em uma célula bacteriana. 2. A equipe deverá explicar brevemente cada função. Grupo 1: Membrana plasmática Parede celular Cápsula Flagelos Grupo 2: Citoplasma Ribossomos Nucleoide Plasmídeos Grupo 3: Fímbrias Mesossomo Inclusões Endósporos #MÃONAMASSA Dra. Danielle Araújo Regras Nome do jogo: "Adivinhe a estrutura celular": 3. O professor descreverá uma estrutura celular sem revelar seu nome. 4. A equipe deverá adivinhar qual é a estrutura celular correta. 5. Cada equipe tem 10 segundos para discutir a resposta antes de responder. #MÃONAMASSA Dra. Danielle Araújo Regras CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS BACTÉRIAS. I.− Morfologia e estrutura. 1. Dimensões. Formas e arranjos das células bacterianas. 2. Desenho de uma célula bacteriana típica. 3. Estruturas bacterianas e suas funções*. 3.1. Reações tintoriais das bactérias (Gram). *1. Cápsula, camada mucosa e camada “S”; 2. Flagelo e Filamento axial; 3. Fímbrias, pelos (“pili”); 4. Membrana citoplasmática; 5. Parede celular; 6. Nucleóide; 7. Plasmídios; 8. Componentes citoplasmáticos; 9. Esporos bacterianos. Morfologia Bacteriana As bactérias de importância médica são caracterizadas morfologicamente por: Tamanho Forma Arranjo 1. DIMENSÕES FORMAS E ARRANJOS DAS CÉLULAS BACTERIANAS. ORDEM DE GRANDEZA DAS BACTÉRIAS Thiomargarita namibiensis (500 m, 1999). Micoplasmas (0,15 m x 0,2 m). Estafilococos (0,5 m-1m). Escherichia coli (0,6 m x 3 m). Bacilo do carbúnculo (1 m x 4-6 m). Nota: Uma hemácia tem aproximadamente 7m. Lembrar que o poder de resolução do microscópio ótico comum é 0,2 m (m = 0,001 mm). 1. DIMENSÕES FORMAS E ARRANJOS DAS CÉLULAS BACTERIANAS. Maioria das espécies de interesse médico de 0,5 a 1,0 µm por 2 a 5 µm Tamanho Tipos Morfológicos Fundamentais: Cocos Bacilos Espirilos 1. DIMENSÕES FORMAS E ARRANJOS DAS CÉLULAS BACTERIANAS. Forma Arranjo dos cocos: (a) A divisão em um plano produz diplococos e estreptococos. (b) A divisão em dois planos produz tétrades. (c) A divisão em três planos produz sarcinas (d) A divisão em múltiplos planos produz estafilococos. Arranjo 1. DIMENSÕES FORMAS E ARRANJOS DAS CÉLULAS BACTERIANAS. Bacilos Arranjo (d) Paliçada: agrupados lado a lado (e) Formas filamentosas Arranjo 1. DIMENSÕES FORMAS E ARRANJOS DAS CÉLULAS BACTERIANAS. divisão só ocorre no menor eixo!!!! (f) Cocobacilos espiroqueta espirilo vibrião • Mais espirais • Flexível • Saca-rolha • Rígido • Foice ou vírgula Arranjo Arranjo 1. DIMENSÕES FORMAS E ARRANJOS DAS CÉLULAS BACTERIANAS. Andrea é uma universitária de 22 anos, geralmente saudável, mora com a mãe e a irmã mais nova, ginasta do ensino médio. Ela está redigindo um artigo para a sua aula de psicologia, porém está com dificuldades devido a uma ferida avermelhada e intumescida no pulso direito, que atrapalha a digitação. “Por que esta picada de aranha não melhora?”, ela se pergunta. “Está aqui há vários dias!.” Ela, então, marca uma consulta médica para mostrar a lesão dolorida. Embora Andrea não apresente febre, ela possui contagem de leucócitos elevada, indicativa de infecção bacteriana. O médico de Andrea suspeita que a lesão não seja uma picada de aranha, mas sim uma infecção estafilocócica. Ele prescreve um antibiótico β-lactâmico, a cefalosporina. O que é estafilococo? #MÃONAMASSA Dra. Danielle Araújo Procariotos em forma de estrela e retangulares. (a) Stella (formato de estrela). (b) Haloarcula, um gênero de arqueobactéria halofílica (células retangulares). Arranjo Arranjo 1. DIMENSÕES FORMAS E ARRANJOS DAS CÉLULAS BACTERIANAS. A nomenclatura não deve ser confundida: genêro vs. forma ou arranjo 1. DIMENSÕES FORMAS E ARRANJOS DAS CÉLULAS BACTERIANAS. #MÃONAMASSA Dra. Danielle Araújo [Clique aqui] Basta clicar no local indicado ou ler o QR code para resolver o exercício: https://docs.google.com/document/d/1-oeAPFLYbJ345haNdUR-q_QKCFrjbUPXg24BguzADXk/edit?usp=share_link • A forma, o arranjo e o tamanho de uma bactéria, embora profundamente afetadas pelo ambiente (temperatura, nutrientes, osmolaridade, agitação, etc.) são características hereditárias e a maioria é: • monomórfica (uma forma) • mas algumas são pleomórficas (muitas formas). • A morfologia das células evoluiu para otimizar a adaptação de uma bactéria ao seu ambiente. 1. DIMENSÕES FORMAS E ARRANJOS DAS CÉLULAS BACTERIANAS. 2. DESENHO DE UMA CÉLULA BACTERIANA TÍPICA. Estruturas de uma célula bacteriana típica. Corte longitudinal da célula mostrando as estruturas internas e externas à membrana citoplasmática. 1) Estruturas externas à parede celular ⚫ Glicocálice (SPE) ⚫ Flagelo ⚫ Filamento axial ⚫ Fímbrias ou pili 2) Parede celular 3) Estruturas internas à parede celular ⚫ Membrana citoplasmática ⚫ Região nuclear ⚫ Estruturas citoplasmáticas ⚫ Endosporo 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES. Estruturas externas à parede celular Fímbrias Pilus Glicocálice Pili Flagelo Filamentos axiais CÁPSULA − Ligada a parede, extensão limitada e estrutura definida. CAMADA MUCOSA − Massa amorfa mais dispersa parcialmente desligada da célula. CAMADA “S” − Composta por proteínas ou glicoproteínas ligadas à parede, encontrada nas arqueobactérias (sustentação?). Nota: Vários procariotos sintetizam polímeros orgânicos que são depositados para fora da parede e são chamados de substâncias poliméricas extracelulares (SPE). A cápsula e camada mucosa, com raras exceções são de natureza polissacarídica. 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Glicocálice 1. Glicocálice ou Glicocálix Composição: polissacarídeos ou polipeptídeos – Substâncias Poliméricas Extracelulares (SPE) 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Cápsula Cápsula bacteriana (Klebsiella pneumoniae) evidenciada pela coloração de Hiss. Reservatório de água e nutrientes. Aumento da capacidade invasiva (fagocitose, Streptococcus pneumoniae). Biofilme (aderência): aumento do poder infectante (Rhizobium, S. mutans), resistência aos biocidas. Produção industrial de SPE: espessante de alimentos, tintas. Nota: Apesar de não serem essenciais à vida da célula, as substâncias poliméricas extracelulares podem desempenhar importantes funções para as bactérias. 3. FUNÇÕES DA SUBSTÂNCIA POLIMÉRICA EXTRACELULAR NAS BACTÉRIAS. Formação de biofilme: 3. FUNÇÕES DA SUBSTÂNCIA POLIMÉRICA EXTRACELULAR NAS BACTÉRIAS. ⚫ Filamentos longos e finos ⚫ Possuem flagelos: maioria bacilos; cocos: raros ⚫ Composição: ⚫ Proteína: flagelina ⚫ Estrutura: corpo basal, gancho e filamento externo − Gram-positivas: 1 par de anéis − Gram-negativas: 2 pares de anéis ⚫ Gancho (proteína): une corpo basal ao filamento 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Flagelo 2.1. Flagelo Modelo de um flagelo de uma bactéria Gram-negativa. Os anéis L e P estão associados a membrana externa e ao peptideoglicano. Os anéis M e S estão associados com a membrana plasmática. 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Flagelo 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Flagelo ⚫ Função: ⚫ Motilidade ⚫ Taxia: movimento em resposta às substâncias presentes no meio − Quimiotaxia: substâncias químicas − Fototaxia: luz ⚫ Antígeno flagelar (Ag H): variação dentro da espécie (diferentes sorotipos). Ex: E.coli 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Flagelo Peritríqueo Monotríqueo e polar Lofotríqueo e polar Anfitríqueo e polar Arranjos de flagelos bacterianos. 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Flagelo 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Flagelo Uma bactéria correndo e se desviando. Observe que a direção da rotação flagelar (setas azuis) determina qual movimento ocorreu. As setas cinzas determinama direção do movimento do micróbio. 2.2. Filamento Axial ⚫ Propulsão em espiral – invade os tecidos ⚫ Espiroquetas ⚫ Ex: Treponema pallidum (sífilis) Fotomicrografia da espiroqueta Leptospira, mostrando um filamento axial. Filamentos axiais enrolando-se em torno de uma espiroqueta. 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Filamento axial 3. FIMBRIAS (PÊLOS) OU “PILI” Bactérias Gram-negativas (as fímbrias são menores, mais curtas e numerosas que os flagelos). Composição: pilina (proteína). Funções: (i) condutor de material genético (pili); (ii) sítios receptores de bacteriófagos; (iii) estrutura de aderência à células de mamíferos. Nota: As fímbrias não desempenham nenhum papel relativo a mobilidade, pois são encontradas tanto em bactérias Gram-negativas móveis como nas imóveis. É uma estrutura facultativa. 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Fimbrias ou “Pili” Electron micrograph of Salmonella typhi x 16,000. The dividing bacillus possesses 12 flagella and approximately 100 fimbriae. 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Fimbrias ou “Pili” Pilus Citoplasma Grânulos Membrana plasmática Plasmídeo Nucleoide Ribossomos 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES. Estruturas internas à parede celular Representação esquemática da membrana plasmática das bactérias: moléculas de proteínas encontram-se imersas na bicamada fluida formada por moléculas de fosfolipídios – “Modelo do mosaico fluido”. As superfícies interna e externa da membrana são hidrofílicas; o interior é hidrofóbico. Espessura 8nm. Estrutura vital. 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Membrana citoplasmática 4. Membrana Citoplasmática FUNÇÕES DA MEMBRANA: 1. Transporte de solutos. 2. Produção de energia por transporte de elétrons e fosforilação oxidativa. 3. Biossíntese (Junções de Bayer). 4. Duplicação de DNA. 5. Secreção (e.g., enzimas hidrolíticas, toxinas, bacteriocinas, penicilinases) Nota: A manutenção e a integridade da membrana citoplasmática é dada por interações hidrofóbicas, pontes de hidrogênio e cátions como p.e., Mg 2+ e Ca 2+. 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Membrana citoplasmática Funções ⚫ Permeabilidade seletiva ⚫ Transporte de substâncias: ⚫ Não requerem energia (difusão passiva, osmose e difusão facilitada) ⚫ Requerem energia (transporte ativo, translocação de grupo, sistema ABC) ⚫ Secreção de substâncias: ⚫ Translocases (sistema Sec) 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Membrana citoplasmática Mecanismos de transporte através da membrana. Difusão facilitada: entrada de um soluto (glicerol) para dentro da célula a favor do gradiente de concentração. Uniport: transporte de um cátion para o interior da célula. Simport: entrada simultânea de um soluto (S) e um próton (H+). Antiport: troca de um cátion por um próton. Translocação de grupo: a glicose é fosforilada durante a entrada na célula pelo sistema fosfotransferase composto pelas enzimas EI, EII, EIII e Hpr. O produto final do processo é a glicose-6-fosfato (G-6-P). Difusão Facilitada Transporte Ativo 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Membrana citoplasmática Junções de Bayer. Exemplo de possível mecanismo de secreção das proteínas que formam a parede das bactérias Gram-negativas. As proteínas são sintetizadas ao nível da membrana plasmática e, através das junções de Bayer, são transferidas para o lado externo da célula. 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Membrana citoplasmática MESOSSOMOS Septal: associado a divisão do DNA e participa da formação das paredes transversais. Lateral: concentrar enzimas envolvidas no transporte de elétrons, conferindo a célula maior atividade respiratória ou fotossintética. Nota: Mesossomos são invaginações múltiplas da membrana citoplasmática. 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Membrana citoplasmática 5. NUCLEÓIDE (região nuclear) DNA bacteriano no citoplasma. Ausência de membrana nuclear e aparelho de divisão celular. DNA (dupla hélice). Molécula única ~1 mm (distendida). 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Nucleóide 6. PLASMÍDIO Moléculas de DNA circular. Localizadas no citoplasma. Autoduplicação (autônomas). Confere vantagens: Fator “F” (fertilidade). Fator “R” (resistência a antibióticos). 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Plasmídeo ⚫ Aparência granular ⚫ Composição − 70S = subunidade maior (50S) + subunidade menor (30S) ⚫ Função: síntese protéica 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Ribossomos 7. Ribossomos 8. COMPONENTES CITOPLASMÁTICOS Nucleóide. Ribossomos. Grânulos: PHB, glicogênio, amido, polifosfatos. Vacúolos gasosos (bactérias aquáticas). 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Citoplasma Nota: Granulações de poli--hidroxibutirato (PHB), composto lipídico formado por unidades de ácido--hidroxibutírico unidas por ligação do tipo éster. Interesse comercial: plástico biodegradável. ⚫ Grânulos ou Inclusões ⚫ Função: substância de reserva ⚫ Servem como base de identificação ⚫ Natureza química: depende da bactéria − Ex: grânulos metacromáticos (polifosfato) − Grânulos de polissacarídeos (glicogênio e amido) 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Citoplasma ⚫ Função: ⚫ Manutenção da forma da bactéria ⚫ Proteção osmótica da bactéria ⚫ Divisão celular/septo (primer). 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Parede celular Shadow-cast electron micrograph of purified wall preparation from Bacillus megaterium. Note flattened structure compared with intact cell. Latex balls are 0.25m (Salton MRJ, William RC: Biochim Biophys Acta, 14:455,1954. 9. Parede Celular Parede celular ⚫ Composição: ⚫ Peptideoglicano ⚫ Dissacarídeos repetitivos: N-acetil-glicosamina (NAG) e N-acetil-murâmico (NAM) (ligação catalisada por transglicosilases) ⚫ Cadeia lateral peptídica: varia conforme espécie 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Parede celular Parede celular • Riquétsias• Ureaplasmas • Maioria das bactérias de Bactéria Bactérias com parede celular Parede celular Parede celular típica atípica Bactérias sem parede celular Gram + Gram - • Micobactérias • Espiralados • Micoplasmas • Clamidias importância médica 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Parede celular PAREDE CELULAR DAS BACTÉRIAS GRAM- POSITIVAS ⚫ Peptideoglicano ou mureína (90%) ⚫ Ácidos teicóicos (parede) e lipoteicóicos (membrana) ⚫ Funções: − Antígenos bacterianos – identificação sorológica − Regulam autolisinas – rompem peptideglicano − Sítio de ligação com células do hospedeiro 3. PAREDE CELULAR − Bactéria Gram-positiva. Estrutura do peptideoglicano de Staphylococcus aureus. NAG = N-acetilglicosamina, NAMA = N-acetilmurâmico, D ou L-ala = D ou L-alanina, D-glu = ácido D-glutâmico, L- lys = L- lisina e Gly = glicina. Peptideoglicano 3. PAREDE CELULAR − Bactéria Gram-positiva (peptideoglicano) Composição do tetrapeptídeo Contém L e D aminoácidos, sempre ligado ao NAM. Ligações cruzadas entre o COOH terminal do aminoácido de um tetrapeptídeo e o grupo NH2 do aminoácido do tetrapeptídeo vizinho. Ligação cruzada (catalisada por transpeptidase) D-alanina L-lisinaD-alanina D-ácido glutâmicoL-lisina L-alaninaD-ácido glutâmico L-alanina 3. PAREDE CELULAR − Bactéria Gram-positiva (peptideoglicano) Representação esquemática das diferenças estruturais entre as paredes das bactérias Gram- positivas (A) e Gram-negativas (B). A 3. PAREDE CELULAR − Bactéria Gram-positiva. Ácido teicóico. O ácido teicóico é um polímero de ribitol quimicamente modificado (A) ou fosfato de glicerol (B). A natureza da modificação (por exemplo, açúcares, aminoácidos) pode definir o sorotipo das bactérias. O ácido teicóico pode estar co-valentemente ligado ao peptidoglicano. O ácido teicóico está ancorado na membrana citoplasmática por um ácido graxo co-valentemente ligado. 3. PAREDE CELULAR − BactériaGram-positiva. PAREDE CELULAR DAS BACTÉRIAS GRAM- NEGATIVAS: 1. Peptidioglicano. 2. Membrana externa. 3. Espaço periplásmico. Nota: A união entre as cadeias paralelas entre NAG e NAM é feita diretamente. 3. PAREDE CELULAR − Bactéria Gram-negativa. Peptideoglicano 3. PAREDE CELULAR − Bactéria Gram-negativa (peptideoglicano) 3. PAREDE CELULAR − Bactéria Gram-negativa. Fig. 2.7 − Representação esquemática das diferenças estruturais entre as paredes das bactérias Gram-positivas (A) e Gram-negativas (B). B (LPS) ESPAÇO PERIPLÁSMICO ⚫ Espaço periplasmático: entre membrana citoplasmática e membrana externa ⚫ Peptideoglicano delgado (1 ou poucas camadas) ⚫ Lipoproteinas: parte lipídica: membrana externa; parte protéica: peptideoglicano ⚫ Enzima hidrolíticas (proteases, lipases, beta- lactamases) e proteínas de transporte Nota: Espaço periplásmico é o espaço compreendido entre as membranas externa e plasmática. 3. PAREDE CELULAR − Bactéria Gram-negativa. ⚫ Membrana externa: impede extravasamento das proteínas periplasmáticas ⚫ Fosfolipídeos ⚫ LPS: lipídio A (endotoxina) + cerne + antígeno somático (AgO) ⚫ Proteínas: porina, OMPs ⚫Proteínas: porinas (transporte solutos) e proteínas da membrana externa (transporte de alguns solutos, receptores da fímbria sexual e de fagos). Lipoproteínas (função estrutural). 3. PAREDE CELULAR − Bactéria Gram-negativa. MEMBRANA EXTERNA 3. PAREDE CELULAR − Bactéria Gram-nedativa: Fração Lipopolissacarídica (LPS) 3. PAREDE CELULAR – Bactéria Gram-positiva. 3. PAREDE CELULAR – Bactéria Gram-negativa. 3.1. REAÇOES TINTORIAIS DAS BACTÉRIAS − Coloração de Gram (1884). 3.1. REAÇOES TINTORIAIS DAS BACTÉRIAS − Coloração de Gram (1884). Comportamento geral das bactérias de interesse médico frente a coloração de Gram: 1. Todos os cocos são Gram-positivos, exceto aqueles pertencentes ao gênero Neisseria. 2. Todos os bacilos são Gram-negativos, exceto aqueles dos gêneros: Corynebacterium, Bacillus, Clostridium e Mycobacterium. Neisseria (N. gonorrhoeae, gonococos; N. meningitidis, meningococos); Corynebacterium (C. diphtheriae, bacilo diftérico); Bacillus (B. anthracis, bacilo do carbúnculo hemático); Clostridium (C. tetani − bacilo do tétano; C. botulinum − bacilo do botulismo; C. perfringens − bacilo da gangrena gasosa); Mycobacterium (M. tuberculosis, bacilo da tuberculose; M. leprae, bacilo da hanseníase). 3.1. REAÇOES TINTORIAIS DAS BACTÉRIAS − Coloração de Gram (1884). CARACTERÍSTICAS GRAM-POSITIVAS GRAM-NEGATIVAS Coloração de Gram Roxa Rosa Peptideoglicano ou Mureína Multicamadas - espesso Poucas camadas - delgado Ácido teicóico Presente na maioria Ausente Espaço periplasmático Ausente Presente (lipoproteínas e peptideoglicano) Membrana externa Ausente Presente Lipopolissacarídeo (LPS) Ausente Presente (Lipídeo A, cerne, Ag somático O) Flagelo 1 par de anéis 2 pares de anéis 3. PAREDE CELULAR – Principais diferenças entre Bactéria Gram Positiva e Gram-negativa. ARQUEOBACTÉRIAS: sem peptideoglicanos típicos (algumas com paredes compostas exclusiva- mente por N-acetilglicosamina ou proteínas). MICOPLASMAS: sem parede (citoplasma limitado por bicamada fosfolipídica mais proteínas). FORMAS L: sem parede, obtidas em estudos de laboratório. Estáveis ou instáveis. 3. BACTERIAS COM PAREDE DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DIFERENTE OU SEM PAREDE. PROTOPLASTOS: remoção da parede celular de bactérias Gram-positivas (lisozima ou penicilina). Formas esféricas. ESFEROPLASTOS: remoção da parede celular de bactérias Gram-negativas (penicilina). Formas esféricas que conservam a membrana externa. Nota: Tratamentos realizados em meios isotônicos. Os protoplastos e esferoplastos são interessantes instrumentos para o estudo de função de parede e de engenharia genética em bactérias. 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Parede celular 10. ESPOROS BACTERIANOS Tipo de diferenciação celular. Resposta a situação desfavorável do ambiente (esporogênese). Encontrado em bactérias Gram-positivas, como por exemplo, Bacilllus e Clostridium. Esporulação e germinação. 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Esporos Estrutura esquemática do esporo 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Esporos 1. Grande resistência aos agentes físicos e químicos (indicadores biológicos de esterilização). 2. Importância clínica e na indústria de alimentos: Bacillus anthracis (carbúnculo). Clostridium tetani (tétano). Clostridium perfringens (gangrena). Clostridium botulinum (botulismo). Nota: Importância clínica e na Indústria de alimentos, pois processos capazes de matar células na forma vegetativa não são suficientes contra a célula na forma esporulada (p.e., 70ºC x várias horas em água fervente). 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Esporos Coloração de Wirtz-Conklin − Bacillus subtilis (células vegetativas e esporos). Coloração de Gram − Bacillus subtilis (células vegetativas e esporos). 3. ESTRUTURAS BACTERIANAS E SUAS FUNÇÕES − Esporos
Compartilhar