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DIREITO CIVIL DOS CONTRATOS

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DIREITO CIVIL
DOS CONTRATOS
Boa-fé objetiva. Função social com abordagem da Lei n. 
13.874/19 (Lei da Liberdade Econômica), abordando a 
intervenção mínima. Revisão dos contratos ou onerosidade 
excessiva com abordagem da Lei n. 13.874/19 (Lei da 
Liberdade Econômica), abordar o artigo 421-A do CC.
PROFA TATIANA GIMENES
tcgimenes@uni9.pro.br
@profatatigimenes
mailto:tcgimenes@uni9.pro.br
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL
• PRINCÍPIOS
PRINCÍPIOS 
MODERNOS DO CC E 
LEI DA LIBERDADE 
ECONÔMICA
BOA-FÉ OBJETIVA
FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO
SUPREMACIA DA ORDEM PÚBLICA
REVISÃO DOS CONTRATOS
 PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA E A 
EXCEPCIONALIDADE DA REVISÃO CONTRATUAL (§U, 
421.CC)
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL
❑ NOVIDADE LEGISLATIVA: LEI DA LIBERDADE ECONÔMICA
• Art. 2º São princípios que norteiam o disposto nesta Lei:
• I - a liberdade como uma garantia no exercício de atividades econômicas;
• II - a boa-fé do particular perante o poder público;
• III - a intervenção subsidiária e excepcional do Estado sobre o exercício de atividades econômicas; e
• IV - o reconhecimento da vulnerabilidade do particular perante o Estado.
• Parágrafo único. Regulamento disporá sobre os critérios de aferição para afastamento do inciso IV do caput deste artigo, limitados a 
questões de má-fé, hipersuficiência ou reincidência.
• “Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato.
• Parágrafo único. Nas relações contratuais privadas, prevalecerão o princípio da intervenção mínima e a excepcionalidade da revisão 
contratual.” 
• “Art. 421-A. Os contratos civis e empresariais presumem-se paritários e simétricos até a presença de elementos concretos que justifiquem o 
afastamento dessa presunção, ressalvados os regimes jurídicos previstos em leis especiais, garantido também que:
• I - as partes negociantes poderão estabelecer parâmetros objetivos para a interpretação das cláusulas negociais e de seus pressupostos de 
revisão ou de resolução;
• II - a alocação de riscos definida pelas partes deve ser respeitada e observada; e
• III - a revisão contratual somente ocorrerá de maneira excepcional e limitada.”
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art421.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art421a
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL: 
FUNÇÃO SOCIAL
❑ TÉCNICA LEGISLATIVA DAS CLÁUSULAS GERAIS OU CONCEITOS 
ABERTOS INDETERMINADOS
❑PREENCHIMENTO DOS CONCEITOS ABERTOS DA NORMA A PARTIR DA 
ANÁLISE DE CADA CASO CONCRETO.
❑ IDEIA CENTRAL DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO: ESTE NÃO PODE SER MAIS 
ENTENDIDO COMO UMA MERA RELAÇÃO INDIVIDUAL, MAS OS SEUS EFEITOS 
SOCIAIS, ECONÔMICOS, AMBIENTAIS (O BEM GERAL), DEVE SER OBJETO DE 
RESPEITO PELOS CONTRATANTES..
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL: 
FUNÇÃO SOCIAL
❑ ESTE PRINCÍPIO TEM SIDO ENTENDIDO COMO UM LIMITADOR À 
LIBERDADE DE CONTRATUAL, EM PROL DO BEM COMUM.
❑ SUSTENTAÇÃO CONSTITUCIONAL À FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO:
❑ PRINCÍPIOS VETORES DA ORDEM ECONÔMICA EQUILIBRADA E 
SUSTENTADA;
❑RESPEITO AOS DIREITOS DO CONSUMIDOR
❑ RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
❑ RESPEITO À FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE.
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL: 
FUNÇÃO SOCIAL
❑ O ARTIGO 421 DO C.C. ESTABELECEU DOIS CRITÉRIOS PARA A 
CARACTERIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL:
❑ CRITÉRIO FINALÍSTICO OU TELEOLÓGICO: O CONTRATO TEM UMA 
FINALIDADE SOCIAL;
❑ CRITÉRIO LIMITATIVO: LIMITA A AUTONOMIA DA VONTADE
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL: 
FUNÇÃO SOCIAL
❑ PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO: ART. 421 C.C. (NOVA 
REDAÇÃO)
❑ SOCIALIZAÇÃO DO CONTRATO: ANÁLISE DOS IMPACTOS SOCIAIS QUE 
PODEM DECORRER DO CONTRATO.
❑ A NORMA QUE POSITIVA O PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO 
TEM NATUREZA COGENTE.
PLANOS DE 
SOCIALIZAÇÃO
PERSPECTIVA INTRÍNSECA 
(EFICÁCIA INTERNA)
PERSPECTIVA EXTRINSECA 
(EFICÁCIA EXTERNA)
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL: 
FUNÇÃO SOCIAL
❑ PERSPECTIVA INTRÍNSECA (EFICÁCIA INTERNA)
❑ PROTEÇÃO DA PARTE VULNERÁVEL DA RELAÇÃO CONTRATUAL: ARTS. 
423 E 424 DO C.C.
❑ PROTEÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA NO CONTRATO: ENUNCIADO 23 
CJF (PROTEÇÃO DE INTERESSES METAINDIVIDUAIS OU INTERESSE 
INDIVIDUAL RELATIVO Á DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA)
❑ VEDAÇÃO DE ONEROSIDADE EXCESSIVA OU DESEQUILÍBRIO 
CONTRATUAL
❑ NULIDADE DE CLÁUSULAS ANTISSIOCIAIS: SÚMULA 302 STJ
❑TENDÊNCIA DE CONSERVAÇÃO CONTRATUAL: ENUNCIADO 22 CJF
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL: 
FUNÇÃO SOCIAL
❑ PERSPECTIVA EXTRÍNSECA (EFICÁCIA EXTERNA)
❑ CONTRATO COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL: 
PREOCUPAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E 
EQUILIBRADO
❑ PROTEÇÃO DOS DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS
❑ TUTELA EXTERNA DO CRÉDITO (ENUNCIADO 21 DO CJF)
❑ FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO E OS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: 
❑ DOIS DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO SE VINCULAM À IDEIA DE 
SOLIDARISMO SOCIAL, A SABER, LESÃO E ESTADO DE PERIGO
• Princípio da intervenção mínima nos contratos (arts. 421 e 421-A, III, CC)
•O art. 421 do CC, ao mesmo tempo em que continua elegendo a função 
social como um limite à liberdade contratual (e, nesse ponto, o legislador 
corrigiu falha redacional do preceito que se referia equivocamente à 
“liberdade de contratar”), deixa claro que a intervenção nos contratos só 
pode ocorrer de modo excepcionalíssimo. O parágrafo único do art. 421 do 
CC positiva o princípio da intervenção mínima e o princípio da 
excepcionalidade da revisão contratual, tudo em redundância com o inciso 
III do art. 421-A do CC, que reitera a natureza excepcional e limitada da 
revisão contratual.
• Não há nada novo debaixo do sol. Essa postura de excepcionalidade na 
revisão contratual já pertencia à doutrina e à jurisprudência majoritárias. A 
mudança legislativa é apenas simbólica.
Flávio Tartuce. Lei da Liberdade Econômica: diretrizes interpretativas da nova lei e análise detalhada das 
mudanças no Direito Civil e nos registros públicos – parte 2 em 
http://genjuridico.com.br/2019/09/25/mudancas-no-direito-civil-lle/
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL: princípio da 
intervenção mínima e o princípio da excepcionalidade da 
revisão contratual
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL: BOA 
FÉ
❑ PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA: ART. 422 C.C. (atenção a nova redação do 
art. 113 cc)
❑ DESLOCAMENTO DA IDEIA DE BOA-FÉ DO PLANO MERAMENTE 
INTENCIONAL PARA O PLANO DA CONDUTA DAS PARTES.
BOA-FÉ
SUBJETIVA
OBJETIVA
ESTADO 
PSICOLÓGICO
CONCEPÇÃO ÉTICA 
– DEVERES 
ANEXOS
• De um lado, o legislador assegurou o direito de as partes pactuarem livremente as regras de interpretação 
nos negócios e nos contratos e, nos casos de omissões, as regras de integração, ainda que contrariamente às 
previstas em lei (arts. 113, § 2º, e 421-A, § 1º, CC). Por exemplo, poderiam as partes pactuar que, no caso de 
dúvida interpretativa, prevalecerá aquela mais lucrativa economicamente para uma das partes. Poderiam, 
até mesmo, num exemplo cerebrino, pactuar que, havendo dúvidas interpretativas, as partes decidirão com 
base na sorte (como por meio do jogo da “cara ou coroa”) a interpretação a prevalecer.
• De outro lado, para o caso de as partes não terem pactuado regras diversamente, a LLE estabeleceu regras 
interpretativas dos negócios jurídicos para prestigiar, sempre, a vontade das partes (art. 113, § 1º). Em suma, 
estas são as regras previstas nos incisos do § 1º do art. 113 do CC a serem aplicadas cumulativamente:
• Regra do contra proferentem (inciso IV): na dúvida, prevalece interpretação favorável a quem não redigiu a 
cláusula contratual, ou seja, prevalece a interpretação contrária a quem a redigiu, ou seja, contrária a quem a 
proferiu (daí o nome doutrinário “regra do contra proferentem”).
• Regra da vontade presumível (inciso V): na dúvida, deve-se adotar a interpretação compatível com a 
vontade presumível das partes, levando em conta a racionalidade econômica, a coerência lógica com as 
demais cláusulas do negócio e o contexto da época (“informações disponíveis no momento” da celebraçãodo contrato). Essa regra está conectada com o inciso II do art. 421-A do CC, que prevê o respeito à alocação 
de riscos definida pelas partes de um contrato.
• Regra da confirmação posterior (inciso I): a conduta das partes posteriormente ao contrato deve ser levada 
em conta como compatível com a interpretação adequada do negócio;
• Regra da boa-fé e dos costumes (incisos II e III): deve-se preferir a interpretação mais condizente com uma 
postura de boa-fé das partes e com os costumes relativos ao tipo de negócio.
Flávio Tartuce. Lei da Liberdade Econômica: diretrizes interpretativas da nova lei e análise detalhada das mudanças no Direito Civil e nos registros públicos – parte 2 em 
http://genjuridico.com.br/2019/09/25/mudancas-no-direito-civil-lle/
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL: BOA 
FÉ
❑ O PRINCÍPIO DA BOA-FÉ EXIGE QUE AS PARTES SE COMPORTEM DE 
FORMA CORRETA DURANTE AS TRATATIVAS, DURANTE A FORMAÇÃO E 
CUMPRIMENTO DO CONTRATO (DEVERES ANEXOS DO CONTRATO)
❑ OS DEVERES ANEXOS SÃO INERENTES A QUALQUER CONTRATO, 
AINDA QUE NÃO PREVISTOS, CONFORME RESSALTA KARL LARENZ. 
EXEMPLIFICATIVAMENTE SÃO:
❑ DEVER DE CUIDADO
❑ DEVER DE RESPEITO
❑ DEVER DE INFORMAR
❑ DEVER DE PROBIDADE/LEALDADE
❑ DEVER DE COLABORAÇÃO OU COOPERAÇÃO
❑ DEVER DE TRANSPARÊNCIA/CONFIANÇA
❑ DEVER DE AGIR HONESTAMENTE
❑ OBJETIVO: TUTELA DA CONFIANÇA
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL: 
BOA-FÉ
❑ VIOLAÇÃO AOS DEVERES ANEXOS = VIOLAÇÃO POSITIVA DO 
CONTRATO (INADIMPLEMENTO CONTRATUAL GERANDO 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA) – ENUNCIADO 24 CJF
❑ FUNÇÕES DA BOA-FÉ OBJETIVA NO CC/2002
❑ FUNÇÃO DE INTERPRETAÇÃO: ART. 113 C.C. E ENUNCIADO 26 CJF
❑ FUNÇÃO DE CONTROLE: ART. 187 C.C. 
❑ FUNÇÃO DE INTEGRAÇAO: ART. 422 C.C. E ENUNCIADO 25 CJF 
• ENUNCIADO 24 CJF: Em virtude do princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo 
Código Civil, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, 
independentemente de culpa.
• ENUNCIADO 25 CJF: O art. 422 do Código Civil não inviabiliza a aplicação pelo julgador 
do princípio da boa-fé nas fases pré-contratual e pós-contratual.
• ENUNCIADO 26 CJF: A cláusula geral contida no art. 422 do novo Código Civil impõe ao 
juiz interpretar e, quando necessário, suprir e corrigir o contrato segundo a boa-fé 
objetiva, entendida como a exigência de comportamento leal dos contratantes.
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL: BOA 
FÉ
❑ CONCEITOS PARCELARES OU CORRELATOS DA BOA-FÉ OBJETIVA
❑ A DOUTRINA CITA CINCO CONCEITOS PARCELARES OU CORRELATOS, QUE 
ESTÃO ALINHADOS COM A FUNÇÃO LIMITADORA/CONTROLE DO PRINCÍPIO DA 
BOA-FÉ OBJETIVA:
❑ SUPRESSIO: SUPRESSÃO DO DIREITO
❑ SURRECTIO : SURGIMENTO DE UM DIREITO EM RAZÃO DAS PRÁTICAS
❑ TU QUOQUE: NÃO SE DEVE FAZER AO OUTRO AQUILO QUE NÃO FARIA 
CONTRA SI MESMO
❑ EXCEPTIO DOLI: DEFESA CONTRA O DOLO ALHEIO
❑ VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM NON POTEST: VEDAÇÃO DE 
COMPORTAMENTO CONTRADITÓRIO (ENUNCIADO 362 CJF)
PRINCÍPIOS MODERNOS DO D. CONTRATUAL
❑DUTY TO MITIGATE THE LOSS: DEVER DE MITIGAR O PRÓPRIO PREJUÍZO
❑PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA ORDEM PÚBLICA
❑ O INTERESSE DA SOCIEDADE DEVE PREVALECER SE FOR COLIDENTE COM O 
INTERESSE INDIVIDUAL;
❑ É UM LIMITADOR DA AUTONOMIA DA VONTADE.
❑ PRINCÍPIO DA REVISÃO DOS CONTRATOS OU DA ONEROSIDADE EXCESSIVA
❑ VISA COIBIR ABUSOS DECORRENTES DA DESIGUALDADE ECONÔMICA E 
PROTEGER A PARTE ECONOMICAMENTE MAIS FRACA.
PARA REFLETIR
FONTE: FGV DIREITO RIO. GRADUAÇÃO 2013.2 
Por Carlos Affonso Pereira de Souza, Rafael Viola, Carolina Sardenberg Sussekind, Cristiano Chaves de Melo, Gisela 
Sampaio da Cruz, Laura Fragomeni e Monique Geller Moszkowicz 
1. ANÁLISE DE CASO: 
O CASO GERADOR NARRADO ABAIXO ILUSTRA A CONEXÃO NECESSÁRIA ENTRE AS DUAS PRIMEIRAS 
DISCIPLINAS DE DIREITO CIVIL LECIONADAS NO CURSO DE GRADUAÇÃO (INTRODUÇÃO AO DIREITO 
CIVIL E OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADE CIVIL). A LIDE EM QUESTÃO FOI BASEADA EM CASO 
JULGADO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COM BASE NAS LIÇÕES APREENDIDAS, E COM A 
INTUIÇÃO NATURAL DO BOM PROFISSIONAL JURÍDICO PARA DESCOBRIR ONDE ESTÃO OS PONTOS 
CONTROVERTIDOS DE UM CASO CONCRETO E, PRINCIPALMENTE, PARA BUSCAR A SUA SOLUÇÃO, LEIA 
A SEGUINTE QUESTÃO: 
TRÊS FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA VIVIAM JUNTAS, HÁ MAIS DE DEZ ANOS, EM UMA CASA DE MADEIRA 
CONSTRUÍDA EM TERRENO DE SUA PROPRIEDADE NA SUA PERIFERIA DE PORTO ALEGRE. COM A 
EXPANSÃO DOS LIMITES DA CIDADE, UMA EMPRESA CONSTRUTORA PROCUROU AS TRÊS FAMÍLIAS 
COM INTERESSE DE CONSTRUIR NO LOCAL UM EDIFÍCIO DE APARTAMENTOS. EM TROCA PELA CESSÃO 
DO TERRENO, AS FAMÍLIAS RECEBERIAM DOIS APARTAMENTOS DO EDIFÍCIO A SER CONSTRUÍDO. O 
CONTRATO FOI DEVIDAMENTE CELEBRADO ENTRE AS PARTES, FORMALIZADO EM CARTÓRIO, TENDO 
AINDA SIDO OFERECIDA EM GARANTIA DO CUMPRIMENTO DO ACORDO, POR PARTE DA CONSTRUTORA, 
O IMÓVEL ONDE RESIDIA A FAMÍLIA DO PROPRIETÁRIO DA EMPRESA. 
AS TRÊS FAMÍLIAS PASSARAM A RESIDIR, DE FORMA PRECÁRIA, NA CASA DE AMIGOS E CONHECIDOS. 
OS ANOS FORAM SE PASSANDO E O EDIFÍCIO JAMAIS FOI CONSTRUÍDO. APÓS CINCO ANOS DE ESPERA, 
AS TRÊS FAMÍLIAS INGRESSARAM EM JUÍZO PLEITEANDO QUE O IMÓVEL DADO EM GARANTIA FOSSE 
LEVADO A LEILÃO PARA PAGAMENTO DO VALOR RELATIVO AO TERRENO, ACRESCIDO DE EVENTUAIS 
ATUALIZAÇÕES E INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL DECORRENTE DO INADIMPLEMENTO DA 
CONSTRUTORA. 
NOS AUTOS DO REFERIDO PROCESSO, O ADVOGADO DA CONSTRUTORA ALEGOU QUE O IMÓVEL DADO 
EM GARANTIA NÃO PODERIA SER OBJETO DE EXECUÇÃO, POIS ESTARIA PROTEGIDO PELO REGIME DO 
“BEM DE FAMÍLIA” (LEI N° 8.009/90). 
Com base no caso acima responda: 
(i) Quais princípios da teoria geral das obrigações e dos contratos estão 
envolvidos na questão? Existe algum conflito entre os mesmos? 
(ii) No caso narrado, como você decidiria o processo? Justifique a sua decisão 
com argumentos jurídicos e com base na legislação pertinente. 
OBS: Consulte o Resp 554.622/RS, Rel. Min. Ari Pargendler, julgado em 
17/11/2005. 
PARA REFLETIR
FONTE: FGV DIREITO RIO. GRADUAÇÃO 2013.2 
Por Carlos Affonso Pereira de Souza, Rafael Viola, Carolina Sardenberg Sussekind, Cristiano Chaves de Melo, Gisela Sampaio da Cruz, 
Laura Fragomeni e Monique Geller Moszkowicz 
2.ANÁLISE DE CASO
Jean-Michel adquiriu em abril de 2001 um carro Citröen Xsara, com todos os 
acessórios possíveis, fabricado no próprio ano. Nas semanas seguintes à 
aquisição de seu novo automóvel, Jean-Michel vivia por conta do carro: só 
conversava com os amigos sobre o carro, só lia revistas especializadas no 
assunto e até mesmo criou uma comunidade no facebook para congregar felizes 
proprietários do automóvel. 
Todavia, o entusiasmo de Jean-Michel não foi duradouro. Passados três meses da 
compra do veículo, a montadora lançou no mercado uma nova linha estilizada de 
automóveis Citröen Xsara. O carro de Jean-Michel, que ontem mesmo era o 
automóvel do ano daquela marca, agora era simplesmente mais um modelo 
anterior, ainda que do mesmo ano de 2001. 
Revoltado com a conduta do funcionário da concessionária Citröen na qual o 
veículo foi adquirido, que não revelou ao mesmo que uma nova versão estilizada 
do carro seria lançada naquele mesmo ano, ele ingressou com ação judicial 
pleiteando, dentre outras coisas, a anulação do contrato celebrado com a 
concessionária pela configuração de defeito no negócio jurídico. 
A ação judicial movida por Jean-Michel deve ser julgada procedente? 
128º Exame da Ordem – OAB/SP – 1ª fase 
2. Sobre a boa-fé objetiva, é INCORRETO afirmar: 
(a) implica o dever de conduta probo e íntegro entre as partes 
contratantes. 
(b) significa a ignorância de vício que macula o negócio jurídico. 
(c) implica a observância de deveres anexos ao contrato, tais como 
informação e segurança. 
(d) aplica-se aos contratos do Código Civil e do Código de Defesa do 
Consumidor. 
• Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI Prova: Analista Judiciário - Oficial de Justiça e Avaliador
Bárbara, publicitária, convence uma famosa atriz a participar de uma campanha 
de divulgação de um modelo Y de veículo. Entretanto, essa atriz é a estrela de um 
comercial publicitário do modeloF de veículo, concorrente da cliente de Bárbara. 
Diante do ocorrido, verifica-se que a conduta de Bárbara:
a) pelo princípio da relatividade dos contratos, é indiferente quanto à relação 
contratual existente entre a atriz e a fabricante concorrente do modelo F;
b) pelo princípio da autonomia contratual, não enseja qualquer responsabilidade 
para seu cliente, do modelo Y, caso a contratação da atriz viole interesse jurídico 
da concorrente, do modelo F;
c) pelo princípio da função social, pode determinar a responsabilidade da sua 
cliente, do modelo Y, pela violação por terceiros do contrato celebrado com a 
concorrente, do modelo F;
d) pelo princípio da obrigatoriedade, não vincula a sua cliente, do modelo Y, a 
responder pelos danos causados à concorrente, do modelo F, em razão da 
violação do contrato pela atriz;
e) pelo princípio da publicidade, só vincula a sua cliente, do modelo Y, caso tenha 
se tenha registrado o contrato, independentemente do seu conhecimento notório.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2015-tj-pi-analista-judiciario-oficial-de-justica-e-avaliador
• Ano: 2016 Banca: FUNRIO Órgão: Prefeitura de Trindade – GO Prova: Procurador Municipal
A alternativa correta, de acordo com os novos princípios contratuais, é:
(A) A boa-fé objetiva é um preceito que, embora previsto no Código Civil, pode ser 
afastado pela vontade das partes, desde que expressamente convencionado.
(B) Ao revogarem os princípios clássicos, os novos princípios exigem uma relação 
contratual mais clara, transparente e equilibrada, com a tutela da parte mais 
fraca.
(C) A função social dos contratos possui, segundo posição majoritária da doutrina 
e jurisprudência, dois principais efeitos: mitiga a autonomia da vontade e atenua 
o princípio da relatividade dos efeitos dos contratos.
(D) O princípio do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos impede qualquer 
mínimo desequilíbrio porventura existente nas relações contratuais, criando, 
assim, um equilíbrio objetivo no tráfego jurídico de massas.
(E) É possível que as partes, a qualquer momento, desistam das negociações 
preliminares, ainda que se tenha criado a legítima expectativa na outra parte de 
que o contrato seria celebrado, independentemente de perdas e danos.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/funrio-2016-prefeitura-de-trindade-go-procurador-municipal
CONSULTAS
•https://oglobo.globo.com/economia/liberdade-economica-senado-ap
rova-texto-da-mp-mas-derruba-autorizacao-de-trabalho-aos-doming
os-23893926
•https://www.youtube.com/watch?v=wzicwiMyamA
•https://www.youtube.com/watch?v=Tzcr0n__C5Q
•http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mp
v881.htm
•https://www.youtube.com/watch?v=UVYrncaJqaA
https://oglobo.globo.com/economia/liberdade-economica-senado-aprova-texto-da-mp-mas-derruba-autorizacao-de-trabalho-aos-domingos-23893926
https://oglobo.globo.com/economia/liberdade-economica-senado-aprova-texto-da-mp-mas-derruba-autorizacao-de-trabalho-aos-domingos-23893926
https://oglobo.globo.com/economia/liberdade-economica-senado-aprova-texto-da-mp-mas-derruba-autorizacao-de-trabalho-aos-domingos-23893926
https://www.youtube.com/watch?v=wzicwiMyamA
https://www.youtube.com/watch?v=Tzcr0n__C5Q
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv881.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv881.htm
https://www.youtube.com/watch?v=UVYrncaJqaA

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