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FISIOLOGIA COMPLETO RESUMO MARIA EDUARDA GOMES MED14 2020.2 MARIA EDUARDA GOMES – MED14 Aula 1 - Fisiologia Homeostase FISIOLOGIA * Estuda os aspectos químicos, físicos e biológicos responsáveis pela origem, manutenção e continuidade da célula. HOMEOSTASE * Equilíbrio dinâmico do organismo. * Não pode falar que é equilíbrio do organismo, pois indicaria MORTE. * Para que nosso organismo se mantenha vivo, é necessário que os parâmetros variem numa faixa normal de variação, o que indica que nosso organismo está em equilíbrio dinâmico. * Homeostase = manutenção das condições constantes do meio interno. GLICEMIA * Concentração de glicose na corrente sanguínea. * Ao longo do dia ela não se mantém no mesmo valor. * Parâmetro dinâmico = se, ao amanhecer, em jejum, eu resolvo fazer um exame de sangue, normalmente minha glicemia daria 82. Portanto, se eu comer um sanduíche e resolver fazer uma nova coleta, provavelmente minha glicemia iria estar mais alta. * Com o aumento de glicose no sangue, os sistemas (principalmente o endócrino) vão atuar para reduzir a concentração no sangue e fazer com que ela entre nas células de reserva. Logo, a glicemia vai diminuir. PRESSÃO ARTERIAL * Se você aferir sua pressão ao acordar e for medindo ao longo que for se estressando, realizando exercício físico, irá perceber que ela estará em constante mudança. * Se a pessoa está hipertensa (pressão arterial maior que a normalidade), medidas farmacológicas e não farmacológicas (dieta, exercício) devem ser tomadas afim de reestabelecer a homeostase do organismo. OBS. : SEMPRE TEM QUE RELACIONAR OS VALORES ÀS CONDIÇÕES. MARIA EDUARDA GOMES – MED14 Aula 2 Fisiologia Celular MEMBRANA PLASMÁTICA * A membrana delimita dois meios = intracelular e extracelular. MEIO INTRACELULAR * A maior parte da água corporal se encontra dentro da célula. Cerca de 2/3 da água corpórea. -> Grande atividade metabólica. * Potássio, magnésio, proteínas e fosfatos orgânicos. * ATP vai fornecer energia química para a realização de diversos processos. MEIO EXTRACELULAR * 1/3 da água corpórea = sua maior parte se encontra no interstício (compartimento que se encontra entre as células que formam os tecidos), também é encontrado no plasma (parte líquida do sangue) e nos compartimentos transcelulares (LCR, líquido sinovial, líquido pleural, humor aquoso). * Sódio, bicarbonato, cloro e cálcio. Obs.: Contém os íons e nutrientes necessários para que a célula continue viva. Por as células estarem nele, é chamado de meio interno. Membrana Plasmática CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS BICAMADA * Orientação em bicamada para a formação da membrana. * Compatibilidade com a água. COMPOSIÇÃO * Lipídeos = fosfolipídios e colesterol (rigidez). * Proteínas = Transmembranares / integrais, periféricas e ancoradas. * Carboidratos = Glicocálice (comunicação celular, receptores, reações imunes. MODELO MOSAICO FLUIDO * Bicamada fosfolipídica, onde as proteínas se distribuem. * Os fosfolipídios têm cabeça polar (hidrofílica) e cauda apolar (hidrofóbico), se organizando de modo que a cabeça fique voltada para superfície aquosa e a cauda para o inferior da dupla camada. CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS * Delimita, envolve e protege a célula. Obs.: A membrana não isola a célula, se for isolada, ela morre. * Permeabilidade seletiva ou membrana semipermeável = moléculas lipossolúveis têm mais facilidade de atravessar a membrana porque a camada é rica em lipídeos. Para moléculas hidrossolúveis atravessarem a membrana é necessário dispositivos que facilitem essa passagem. * Transporte transmembranares = solutos ou solventes / ativo e passivo. * Presença de receptores = estruturas de natureza proteica que têm função de reconhecimento (sítio de reconhecimento). Fazem reconhecimento de antígenos, hormônios, fármacos, moléculas, íons, contribuindo para a permeabilidade seletiva. Obs.: A informações também passam pela membrana e também há critérios para isso acontecer. Informações do meio extracelular podem ser selecionadas para entrar nessa célula. Só a informação e não a molécula da informação. Ex.: A adrenalina reconhecida por um receptor específico que está na célula muscular cardíaca, na membrana desta célula, e, ao ser reconhecida, por esse receptor, houve um processo que a gente chama de transdução de sinal. Se a célula tiver natureza elétrica, adrenalina aumentará a frequência cardíaca. Se a célula tiver natureza mecânica, a adrenalina aumentará a força de contração. * Transdução de sinais = transmissão de sinais. Ela acontece porque a membrana apresenta um receptor, já que a membrana precisou reconhecer a molécula. O receptor apresenta especificidade e não exclusividade * Comunicação célula-célula = desmossomos, junção comunicante ou gap). MARIA EDUARDA GOMES – MED14 Aula 3 Transporte transmembranares TRANSPORTE PASSIVO * Não há gasto de energia metabólica = não há hidrólise do ATP. * Energia potencial se transforma em cinética. * Força movente do transporte passivo = gradiente * Ocorre a favor do gradiente eletroquímico. * Tende a igualar os meios = acaba com o gradiente. * Gradiente é a diferença entre os meios. * Fluxo resultante = ao igualar os meios a resultante fica sendo zero. DIFUSÃO SIMPLES * A molécula atravessa a membrana livremente. * Não houve auxílio da proteína carreadora = atravessa a membrana livremente. * Não gasta ATP. * O elemento tem que ser lipossolúvel = quanto mais lipossolúvel melhor. * Ex.: Ação de hormônios dependem da difusão simples. Fluxo difusional e Lei de Fick: * Ajuda na difusão = lipossolubilidade. 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑒𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑚𝑏𝑟𝑎𝑛𝑎 = 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 ÷ 𝑇𝑎𝑚𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑑𝑎 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎 * Taxa de difusão. 𝑔𝑟𝑎𝑑𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 × á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑚𝑏𝑟𝑎𝑛𝑎 × 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑒𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑚𝑏𝑟𝑎𝑛𝑎 * Quanto maior a espessura, menor vai ser a taxa de difusão. * Quanto maior o gradiente, mais fácil da difusão ocorrer. * Quanto maior a área, maior a taxa de difusão. * Ex.: Hematose = é muito eficiente porque tem muita área de troca pra fazer. DIFUSÃO IÔNICA * Difusão de eletrólitos. * íons sempre precisarão de ajuda para atravessarem a membrana porque ela tem carga elétrica. * Auxílio da proteína canal (transmembranar) = permite que íons atravessem a membrana de forma passiva. Obs.: Canal não é carreadora. * A proteína canal tem uma relação específica com íons, mas não é exclusiva. * Atrai cargas e repele outras. * Canais tem portas = sistema de controle. * Critérios de permeabilidade = dimensão do poro e cargas elétricas dos aminoácidos constituintes do canal. Classificação dos canais iônicos quanto ao sistema de controle de portão: * Canal dependente ou ligante = porta controlada por um mediador químico. A proteína canal funciona de receptor para esse mediador. Alteração conformacional na proteína. * Canal dependente de voltagem = variação da ddp da membrana. * Cana mecanicamente controlado = canais sensíveis que dependem de um estímulo mecânico. Barorreceptores (estão presentes nas membranas plasmáticas de células que fazem parte da regulação da pressão arterial). EXEMPLO: Canal nicotínico * Depende do ligante acetilcolina = uma das funções desse ligante é despolarizar a membrana devido o fluxo resultante do sódio e potássio. * É uma resposta excitatória. * Tem maior permeabilidade ao sódio. * É muito presente na célula muscular esquelética. Obs.: SAÍDA = EFLUXO / ENTRADA = INFLUXO. DIFUSÃO FACILITADA * Necessita de uma proteína carreadora. * Ocorre a favor do gradiente. * Substâncias hidrossolúveis. * Sofre mudança conformacional= se movimenta na membrana. * Carreadora não vai estar nunca ao mesmo tempo levando comunicação para os dois meios = ou vai estar voltada para a face externa ou para face interna. * Característica das carreadora = especificidade / seletividade, competição e saturação. Obs.: competição = a carreadora precisa estar presente e disponível. GLUT: * Proteína carreadora da glicose e frutose (GLUTS). * Sempre que for GLUT é passivo. * A glicose pode passar pela membrana por transporte ativo. * GLUT 4 transporta glicose e galactose na célula muscular esquelética. * Sem GLUT não há transporte. CASO CLÍNICO: Diabete * A glicose precisa entrar nas células de reserva para não haver hiperglicemia por tempo prolongado. * Insulina = hormônio hidrossolúvel. Reconhecida por um receptor na membrana -> transdução de sinal -> mandar a célula inserir mais GLUT 4 na membrana (GLUT 4 fica armazenada nas vesículas de Golgi). * Diabete tipo 1 = Não produz insulina. Não vai avisar para a célula que ela precisa colocar mais GLUT 4 na membrana plasmática. * Diabete tipo 2 = erro no reconhecimento ou na transdução de sinal. Tem insulina, mas o receptor não funciona, criando uma resistência à insulina resulta, não avisando que vai ter que colocar GLUT 4 em maior quantidade na membrana. Obs.: Canais vazantes = porta sempre aberta ou entreaberta. OSMOSE * Passagem de água através da membrana. * Vai do meio mais concentrado pro menos concentrado. * A favor do gradiente da água. * A água atravessa a membrana através dos fosfolipídios, das aquaporinas ou poros de água, canais iônicos. TRANSPORTE ATIVO * Há gasto de energia metabólica, logo há hidrólise do ATP. * Força movente do transporte ativo = ATP. * Ocorre contra o gradiente eletroquímico (contra o gradiente e não contra a existência dele). * Ocorre contra o fluxo que é a favor do gradiente = reestabelece e restaura o gradiente. * Nunca iguala os meios. * Toda bomba é ativo = elas trabalham reestabelecendo, restaurando e mantendo o gradiente. * A hidrólise do ATP pode ser de forma direta ou indireta. ATIVO PRIMÁRIO * Contra o gradiente eletroquímico = todos os elementos são transportados contra o gradiente. * Hidrólise = gasto direto do ATP. * Carreadora com função de ATPase. * A proteína não é só transportadora, também tem função enzimática = hidrolisa o ATP e transporta. * Todo transporte ativo primário é conhecido como bomba = para fazer a mudança de conformação e conseguir transportar os elementos. A bomba precisa hidrolisar o ATP, precisando ter disponibilidade de ATP e de se ligar ao íons que ela transporta. * Bomba de sódio e potássio, bomba de cálcio, bomba de hidrogênio e potássio. Bomba de sódio e potássio: * Sódio transportado para fora = 3 cargas * Potássio transportado para dentro = 2 cargas. * O sódio e potássio estão sendo transportados contra seus gradientes (só pode ser ativo). * É primário porque a carreadora tem função de ATPase e porque todos os gradientes são transportados contra o gradiente. ATIVO SECUNDÁRIO * Contra o gradiente eletroquímico. * Gasto indireto de ATP. * Depende de um primário. * Carreadora não tem função de ATPase = não faz hidrólise do ATP. * Todo transporte ativo secundário vai ter um elemento a favor do gradiente e outro contra o gradiente. * O a favor permite o transporte do contra devido a energia potencial. * Todo secundário depende do primário. Glicose e sódio: * A célula epitelial do túbulo proximal vai colocar pra dentro glicose e sódio. * A glicose é transportada pela proteína SGLT. * É secundário porque não a proteína não gasta ATP diretamente. * O sódio que entra na célula é a favor do gradiente (não é passivo porque a glicose está sendo transportada contra seu gradiente). * A glicose estava no túbulo renal e agora está entrando na célula tubular, essa entrada é contra o gradiente porque tem mais glicose dentro dessa célula do que fora. * Glicose contra o gradiente e sódio a favor do gradiente. * A bomba de sódio e potássio enche a célula de sódio, fornecendo gradiente a favor para esse sódio ser transportado para dentro. * A bomba de sódio e potássio tem função de ATPase. Célula muscular cardíaca: * Sódio a favor do gradiente e cálcio contra o gradiente. * Bomba gerando gradiente = diferença de concentração de sódio do meio extracelular para o meio intracelular. * Sódio sendo transportado a favor do seu gradiente, permitindo o cálcio ser transportado contra o gradiente. CASO CLÍNICO GLICOSÚRIA * Pode ser causado por outras coisas além da diabetes, como problemas na SGLT ou medicamentos para diabetes que a glicose sai na urina e não vai para corrente sanguínea. * A glicose deve ser reabsorvida para voltar para o sangue. * Quando tem muita glicose as carreadoras saturam a glicose na urina. PACIENTE COM INSUFICI ÊNCIA CARDÍACA * Tem dificuldade de fazer ejeção/contração ventricular. * Diversas causas = hipertensão (com a pressão arterial elevada, o ventrículo precisa de mais força para bombear o sangue). * Devido a essa maior força contrátil do ventrículo, sua parede cardíaca aumenta de espessura = hipertrofia. * Inicialmente isso é bom, mas aos poucos esse processo, além de aumentar a célula cardíaca, também provoca a síntese elevada de colágeno que, na parede cardíaca, prejudica o funcionamento cardíaco = insuficiência cardíaca. * Para que a contração cardíaca desse indivíduo melhore, é preciso usar o fármaco digoxina, que bloqueia a bomba de sódio e potássio. * É um fármaco de índice terapêutico muito baixo, a dose que salva é muito próxima a dose letal. * O transporte de cálcio depende do de sódio, sendo assim, se inibe a bomba de sódio e potássio, consequentemente o gradiente de sódio diminuirá e não sairá cálcio da célula (codependência). * Cálcio dentro da célula = maior força contrátil. Obs.: Qualquer interferência no transporte ativo primário irá afetar o transporte ativo secundário. MARIA EDUARDA GOMES – MED14 Aula 4 Bioeletrogênese * Transportes transmembranares interferem diretamente na atividade da célula e na homeostase dessa célula e do organismo. * Esse processo garante que a gente tenha fluxo de soluto através da membrana e muitas vezes esses solutos são portadores de cargas elétricas. * Essa passagem de íons pela membrana gera e mantém uma característica biofísica da membrana que é fundamental para sobrevivência dessa célula = potencial de membrana. POTENCIAL DE MEMBRANA * É a distribuição diferenciada de cargas elétricas na membrana. * A membrana possui ddp (diferença de potencial). * Existe na membrana dois polos = negativo (face voltada para o meio intracelular) e positivo (face voltada pro meio extracelular). * Cargas concentradas nas margens. * Os meios são eletroneutros = número de cátions e ânions proporcionais. FATORES QUE FAVORECEM O POTENCIAL DE MEMBRANA * Canais iônicos vazantes de potássio = efluxo de cargas positivas, deixam o meio extracelular mais positivo. * Canais vazantes de cloro = influxo de cargas negativas, deixam o meio extracelular mais negativo. * Bomba de sódio e potássio = geram ddp, saem mais cargas positivas do que entram (eletrogênica). * Proteínas plasmáticas de alto peso molecular carregadas negativamente = margeiam a face interna. Obs.: Muita permeabilidade ao potássio, pouca ao cloro e quase nenhuma permeabilidade ao sódio. * Apesar da polaridade e do potencial de membrana garantirem a homeostase algumas células invertem essa polaridade, chamadas de células excitáveis (neurônios e células musculares). É onde vai ocorrer o potencial de ação, ou seja, são capazes de sofrer variações rápidas de ddp. Obs.: células musculares = lisa, cardíaca – células no nó sinoatrial - (autoexcitável) e esquelética. POTENCIAL DE AÇÃO * Variação rápida de ddp na membrana plasmática. * Para ocorrer precisa de um estímulo que traz para a célulainformações, sinais. ESTÍMULO * Para gerar potencial de ação precisa ser específico, ter critérios, ser regulado. * Classificação quanto à natureza = físico (mecânico, elétrico) ou químico (fármaco, hormônio, neurotransmissor). * Classificação quanto à intensidade = subliminar (não gera potencial de ação), liminar ou limiar (gera potencial de ação) ou supraliminar (gera potencial de ação – maior frequência). L IMIAR DE EXC ITABIL IDADE OU POTENCIAL LIMIAR * É o valor de potencial de membrana que deve ser atingido para que ocorra potencial de ação. * É o gatilho para desencadear o processo. * Lei do tudo ou nada = relaciona a intensidade com a chegada ao limiar. * A curva do potencial de ação não terá alteração na sua resposta, independente do estímulo ser limiar ou supraliminar, a amplitude da onda será a mesma que irá mudar será a frequência. FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO E SUAS BASES IÔNICAS 1. REPOUSO: * Condições basais = ddp constante por volta de -70mv e face interna negativa, face externa positiva (polarizada). * Recebe muitos estímulos simultâneos que são somados e geram uma resultante. * Canais vazantes de cloro e potássio. 2. DESPOLARIZAÇÃO: * Resultante atinge o limiar de excitabilidade = estímulo elétrico. * Abertura dos canais de sódio dependentes de voltagem (inversão da polaridade). 3. REPOLARIZAÇÃO: * Canais de sódio inativam = fluxo de sódio interrompido. * Abertura dos canais de potássio = efluxo de potássio = repolarização. 4. HIPERPOLARIZAÇÃO: * Canais de potássio são lentos, demoram a abrir e fechar, ou seja, após a polarização ainda há efluxo de cargas positivas. * Os canais e a bomba (e os canais vazantes) reestabelecem a polaridade (repouso). Obs.: Os canais iônicos que participam das fases do potencial de ação são sempre dependentes de voltagem. CANAIL DE SÓDIO DEPENDENTE DE VOLTAGEM * Possuem duas portas = uma de ativação e uma de inativação, e estão respectivamente voltadas para os meios extracelular e intracelular. * Canal fechado = célula em repouso. * Canal aberto = despolarização. * Canal inativado = repolarização. Obs.: Canal inativado = só retoma ao estado fechado quando a ddp assume valores de repouso. * ESTÍMULO ABRE CANAL FECHADO, MAS NÃO ABRE CANAL DESATIVADO!!!! PERÍODO REFRATÁRIO * Estímulos continuam chegando na célula neuronal quando ela já está realizando potencial de ação. * É esse intervalo de tempo que a membrana já está fazendo potencial de ação. ABSOLUTO * Não importa a intensidade do estímulo, ela não vai realizar um novo potencial de ação. * Despolarização e repolarização (canais de sódio inativados). RELATIVO * Canais de sódio voltam a seus estados fechados (Hiperpolarização). * Pode haver novo potencial de ação. * Estímulo tem que ser supraliminar (valores mais negativos que a ddp de repouso). EXEMPLO CLÍNICO * Medicamento que dificulta o neurônio de realizar potencial de ação. * BENZODIAZEPÍNICO = age nos canais de cloro, que é um canal controlado por um neurotransmissor (GABA – inibitório). * GABA = abre os canais de cloro (é considerado inibitório por hiperpolarizar a face). * O benzodiazepínico potencializa a ação do GABA. * Uma droga com efeito contrário seria capaz de abrir os canais de sódio ou os canais de cálcio, despolarizando a membrana. EPILEPSIA/GABA * Paciente com epilepsia apresenta crises convulsivas. * Foco epilético = conjunto de neurônios que têm potenciais de ação de forma exagerada e sem controle. * Tratamento = evitar que o foco epilético dispare potenciais de ação. * GABA = neurotransmissor inibitório do sistema nervoso com muita ação no encéfalo, que age no receptor nos canais de cloro * Abertura dos canais de cloro = Hiperpolarização = célula mais distante do limiar de excitabilidade. * Fármaco = benzodiazepínicos = potencializam a ação do GABA. Obs.: canais de cloro = canais que dependem de ligantes (GABA). DIAZEPAN (BENZODIAZEPÍNICO) * Usado para crises tônico-clônicas, pois tem as 5 propriedades benzodiazepínicas intensamente: sedativo, hipnótico, miorrelaxante, anticonvulsivante e pré-anestésico. Obs.: Não é interessante usar um fármaco que potencializa a abertura dos canais de sódio, pois isso causaria despolarização da membrana, causando o potencial de ação que prejudica o paciente. O interessante é bloquear os canais de sódio com fármacos anticonvulsivantes. ANESTESIA LOCAL * Bloqueia os canais de sódio dependentes de voltagem. * Por mais que esteja havendo estímulo mecânico, não haverá potencial de ação. ESCLEROSE MÚLTIPLA * Doença autoimune onde o indivíduo produz anticorpos que reconhece a mielina como corpo estranho. * É degenerativa. * Há um comprometimento motor, pois muitos neurônios dessa via de controle motor (movimento, força, equilíbrio) são mielinizadas. * A bainha de mielina é fundamental para garantir a funcionalidade desses neurônios (maior condução do impulso nervoso). MARIA EDUARDA GOMES – MED14 Aula 5 Potencial de ação * Se inicia em uma região que é rica em canais de sódio dependentes de voltagem, que é um região de baixa resistência elétrica, no início do axônio dos neurônios. * Potencial de ação é um evento da MEMBRANA. * Os estímulos estão chegando na membrana do corpo celular. * Esses estímulos podem ser inibitórios ou excitatórios. * Eles caminham para o cone de implantação onde se inicia o potencial de ação. * O que chega nesse cone é a soma (resultante) da propagação dos estímulos. POTENCIAL GRADUADO * São perturbações da membrana plasmática, ou seja, variações de ddp que acontecem na membrana do corpo celular. * São decrementais, ou seja, perdem a força conforme a propagação. * São sublimiares, mas, se somados, podem gerar um estímulo limiar no cone de implantação. POTENCIAL DE AÇÃO * É quando os potenciais graduados são somados e atingem o limiar de excitabilidade. * Não são decrementais. * Sempre terão a mesma amplitude. SOMAÇÃO TEMPORAL: Chegam estímulos em sequência no mesmo ponto da membrana. SOMAÇÃO ESPACIAL: Estímulos chegam em vários pontos da membrana. Obs.: Essa propagação não vai ter velocidade igual em todos os neurônios, existem fatores que determinam essa propagação. FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE CONDUÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO * Diâmetro axonal = quanto maior o diâmetro, menor a resistência e maior a velocidade de condução. * Bainha de mielina. Condução saltatória do potencial de ação = aumenta a velocidade de condução. Formada pelas células de schawann (SNP) e por oligodentócitos (SNC) / células da glia. Rica em lipídeos = isolante térmico = contidos na células da glia. Não é uma camada contínua = interrupções: nó ou nodo de ranvier. NÓ OU NODO RANVIER: * A propagação do impulso acontece aqui. * Retroalimentam a corrente com cargas positivas, impedindo que a corrente perca força devido aos escapes. * Única região que precisa despolarizar/repolarizar. CONDUÇÃO SALTATÓRIA: * É mais rápida que a condução contínua. * Os neurônios amielínicos tem todo um maquinário em toda a membrana para realizar potencial de ação (canais dependentes de voltagem). * Esse maquinário NÃO EXISTE nos neurônios mielínicos. NEURÔNIOS MIELÍNICOS – ESCLEROSE MÚLTIPLA * Autoimune -> destruição da bainha de mielina. * Impulso perde força por conta do vazamento decorrente. * O axônio não tem o maquinário necessário para impedi-lo. * O potencial não é graduado, mas fica decremental. * Caso não existissem as interrupções, ou seja, se a mielina revestisse todo axônio, o potencial de ação iria perder a força, configurando um potencial graduado e não teria nós para realimentar a corrente. MARIA EDUARDA GOMES –MED14 Aula 6 Sinapse * Transmissão de informação de uma célula excitável para outra célula que pode ou não ser excitável. Neurônio -> neurônio. Neurônio -> muscular. Neurônio ->glândula (não é excitável). Muscular -> muscular. Obs.: Caso a informação não parta de uma célula excitável não é sinapse. CLASSIF ICAÇÃO DAS SINAPSES DE ACORDO COM A NATUREZA DE SINAL * Sinal = informação. Obs.: Muitos fármacos agem na modulação da sinapse, seja potencializando, seja impedindo. Pode impedir a liberação do mediador ou bloquear a estrutura que faz seu reconhecimento. ELÉTRICA * Transmissão de sinal elétrico. * Exemplo = entre células cardíacas (nó sinoatrial). * Presença da junção GAP ou comunicante. * Estão em contato direto. * Rápida. QUÍMICA * Transmissão de sinal químico (mediador). * Exemplo = entre neurônios e células musculares. * Presença da fenda sináptica. * Necessidade de receptor e reconhecimento. * Lenta = sinapse em etapas. FASES GERAIS DA SINAPSE QUÍMICA * Potencial de ação -> despolarização -> influxo de sódio = abertura dos canais de sódio. * Abertura dos canais de cálcio dependentes de voltagem na membrana pré-sináptica -> influxo de cálcio. * Influxo de cálcio -> aumenta a concentração de cálcio dentro da célula pré-sináptica. * CÁLCIO + CITOESQUELETO = empurram as vesículas em direção a membrana para colabarem com ela. * Vesículas com mediador colabam com a membrana -> SNARES proteínas de ancoramento. * Liberação do mediador químico na fenda. * Reconhecimento do mediador pela célula pós sináptica (receptores específicos ne membrana). * Resposta da célula pós sináptica. * Remoção do mediador químico da fenda. T IPOS DE REMOÇÃO * Captação = volta para a célula pré-sináptica. * Destruição = enzimas (degradam). * Difusão = movimentação. DESSENSIBILIZAÇÃO * Paciente com asma usa o fenoterol (agonista beta 2). * Vai estimular β2, que tem uma característica de sofrer dessensibilização ao estímulo constante. * Se houve uma uso prolongado, irá ter que sempre aumentar a dose para produzir o mesmo efeito. S INAPSE NEUROMUSCULAR * Célula pré-sináptica = neurônio motor. * Célula pós- sináptica = célula muscular esquelética. * Mediador químico = acetilcolina (colinérgico) -> produzido por neurônio: neurotransmissor. * Receptor = nicotínico. * Resposta = contração. * Remoção do mediador da fenda = enzimática -> ACETILCOLINESTERASE (hidrólise). Obs.: Nem todos mediadores químicos liberados são reconhecidos. Além disso, após a sinapse, a retirada dos mediadores químicos é uma forma de controle, que pode ser feita pela degradação dos mediadores dentro da célula pré-sináptica. CASO CLÍNICO ANESTÉSICO COM BLOQUEADOR NEUROMUSCULAR * Impede a despolarização da membrana. * Bloqueio dos receptores nicotínicos impedindo que a acetilcolina se ligue = antagonista colinérgico. BOTOX / TOXINA BUTOLÍNICA * Tem afinidade pelas snares dos neurônios * Impedem a liberação de acetilcolina na fenda sináptica = inibição da ação das SNARES (proteínas de ancoramento). * Sem acetilcolina não há contração muscular. * O botox é duradouro porque é uma aplicação de depósito com ação controlada. * Pode haver dessensibilização por um período prolongado de uso. HIPERHIDROSE / TOXINA BUTOLÍNICA * Impede a contração das glândulas devido ao impedimento da liberação da acetilcolina. MIASTENIA GRAVE * Doença autoimune que reconhece receptores nicotínicos como corpos estranhos. * O paciente tem dificuldade de realizar contrações. * Aplicação de fármacos que façam a acetilcolina não se degradar = que bloqueie reversivelmente a enzima acetilcolinerase. * O bloqueio irreversível da acetilcolina é incompatível com a vida, como o organofosflorato, que pode causar parada cardíaca, pois a acetilcolina inibe a contração muscular do coração, pode gerar convulsões, a pessoas não vai poder expirar. Aula 7 Transmissão sináptica ACETILCOLINA * Armazenadas em vesículas sinápticas. * Síntese = no neurônio (citoplasma) colinérgico. * Degradação = na fenda sináptica. * Receptores da acetilcolina: Nicotínico = Nm (músculo) e Nn (neurônio) -> proteína canal / ionotrópico / canal de sódio e potássio. Muscarínico = M1, M2, M3, M4, M5 -> transmissão de sinal / metabotrópico. RECEPTOR IONOTRÓPICO: * Quando ele é uma proteína canal. RECEPTOR METABOTRÓPICO: * Está acoplado a sistemas de transdução de sinal. * Não é o mediador que age diretamente no local. * A abertura de canais iônicos pode fazer parte da RESPOSTA. CURARE (BLOQUEADOR NEUROMUSCULAR) * Índios conseguem extrair de plantas específicas uma substância que eles colocam na ponta das lanças/flechas. * Essas substâncias impedem o animal de correr. * Sem contração muscular esquelética, o diafragma fica sem contrair. * Não acontece respiração. * É um bloqueador do receptor da acetilcolina = ocupa o sítio ativo. CASOS CLÍNICOS VENTILAÇÃO ARTIFICIAL * Para procedimento cirúrgicos de longa duração é preciso relaxar os músculos. * É dado, junto com a anestesia, um bloqueador de informações entre neurônio e músculos. * A ventilação é controlada pelas máquinas. GÁS SARIN * Gás usado em terrorismo = gases neurotóxicos = lipossolúveis (ação sistêmica). * Inibe de forma irreversível a acetilcolonesterase = se essa enzima for bloqueada, a acetilcolina permanece da fenda gerando todos os seus efeitos. * Na célula muscular esquelética haverá contrações, também haverá convulsões no SNC e no musculo cardíaco a acetilcolina inibe a contração, causando parada cardíaca. ANTICOLINESTERÁSICOS * É antagonista, bloqueia a enzima que degrada a acetilcolina (acetilcolinesterase). * Agonista indireto da acetilcolina. * Exemplo = miastemia grave. ANTICOLINÉRGICOS * Atua no receptor da acetilcolina se ligando ao seu sítio ativo e o bloqueando. * Impede as ações da acetilcolina. * Antagonista colinérgico competitivo. * Exemplo = curare. AGONISTA * Se liga ao receptor e o ativa como o medicador endógeno faz. * Exemplo = fenoterol. * Fenoterol = agonista ao β2 nos bronquíolos. ANTAGONISTA * Ocupa o receptor sem ativá-lo, impedindo que o mediador endógeno atue. * Exemplo = propranolol. POSSÍVEIS RESPOSTAS AOS ESTÍMULOS * Excitável * Inibitória. POTENCIAL PÓS SINÁPT ICO EXCITATÓRIO * Despolarização da membrana pós sináptica. Influxo de sódio e influxo de cálcio. * Exemplo de mediador excitatório = GLUTAMATO (sempre será excitatório). * Receptores do glutamato: AMPA = proteína canal de sódio e potássio (não é o nicotínico) -> condutância maior ao sódio. NMDA = proteína canal de sódio, potássio e cálcio -> bloqueio com magnésio -> depende do AMPA para ser retirado. RECEPTORES METABOTRÓPICOS DO GLUTAMATO. Obs.: Glutamato participa da memória a longo prazo. CATECOLAMINAS * Dopamina, noradrenalina, adrenalina = mediador. * Síntese: POTENCIAL PÓS-SINÁPTICO INIBITÓRIO * Hiperpolarização da membrana. Influxo de cloro. Efluxo de potássio GABA * Ácido gama amino butílico. * Mediador inibitório, fundamental na região do encéfalo. Receptores gabaérgicos. * GABA a = canal de cloro -> ionotrópico. * GABA b = causa abertura dos canais de potássio -> metabotrópico. GLICINA * Mediador químico, age no tronco encefálico e na medula espinhal. Receptores glicinérgicos. * Canais de cloro. CASO CLÍNICO COMO EVITAR UMA CRISE DE EPILEPSIA * Usar fármacos que bloqueiam canais de cálcio. Evita a despolarização. Tem atividade anticonvulsivante. Ácido valproico (valproato). * Usar fármacos que bloqueiam canais de sódio. Evita a despolarização da membrana. Tem atividade anticonvulsivante. Carbamazepina e fenitoína. * Não usar fármacos que bloqueiem canais de cloro. Iria inibir a inibição e facilitar a despolarização. * Usar fármacos que potencializem a atuação gabaérgica. Iria potencializar a via inibitória. Benzodiazepínicos e fenobarbital (barbitúricos). TOXINA TETÂNICA * Impede a liberação da glicina = não tem a inibição de um neurotransmissor inibitório. * Glicina: Inibitória. Promoveuma Hiperpolarização no neurônio colinérgico. Impede que a acetilcolina seja liberada. O impedimento da liberação de glicina faz com que o neurônio colinérgico continue liberando acetilcolina, resultando na hipercontração. MARIA EDUARDA GOMES – MED14 AULA 8 Contração Muscular MÚSCULO: LISO = Filamentos desorganizados -> não tem estrias, mas tem proteínas contráteis -> involuntário. ESTRIADO = esquelético e cardíaco -> filamentos finos e espessos formando o sarcômero. F ILAMENTOS FORMADOS POR PROTEÍNAS FILAMENTOS ESPESSOS Miosina * Alto peso molecular. Obs.: CABEÇA DA MIOSINA = atividade de ATPASE (hidrolisa o ATP) e sítio de ligação com actina. * Se liga à actina formando PONTES CRUZADAS -> contração. * Possui uma cauda e uma cabeça. F ILAMENTOS FINOS Actina: * Actinas globulares se filamentam (colar de pérolas) e se entrelaçam. * Existe também um sítio de ligação para miosina. Tropomiosina: * Bloqueia / inibe o sítio de ligação entre a actina e a miosina. * Quando ela está ligada, o músculo está em repouso. Troponina: * Possui 3 partes = trímero. * Cada parte tem uma função específica na contração muscular. * É estrutural e funcional. * Troponina T = liga-se a tropomiosina. * Troponina I = colabora com a função inibitória exercida pela tropomiosina / ajuda a bloquear o sítio de ligação de actina e miosina / inibe a contração. * Troponina C = subunidade que se liga ao cálcio, essa ligação ocorre para haver a contração muscular. RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO * Tem função de armazenar e liberar cálcio. TÚBULOS TRANSVERSOS * São invaginações na membrana plasmática. * Conduzem / propagam a despolarização para o interior da célula. * Essa despolarização no interior da célula faz com que o retículo sarcoplasmático libere cálcio através da liberação das vesículas. CONTRAÇÃO DA CÉLULA MUSCULAR ESQUELÉTICA * Sistema Nervoso Somático. * Despolarização da membrana da célula muscular. * Acetilcolina -> canal nicotínico -> influxo de sódio. * Túbulos transversos conduzem a polarização para dentro da célula. * Despolarização do retículo sarcoplasmático (membrana). A concentração de cálcio no retículo é muito maior. Para esse cálcio voltar, é necessária a bomba de cálcio. * Aumento na concentração de cálcio citoplasmática. * Cálcio se liga à tropanina C (subunidade C) que sofre mudança conformacional, afastando a tropomiosina do local de bloqueio. * Os sítios de ligação entre actina e miosina ficam livres. * Actina se liga a miosina formando pontes cruzadas. * CONTRAÇÃO. Relaxamento = o cálcio é recaptado para o retículo sarcoplasmático -> através da bomba de cálcio (transporte ativo primário). Obs.: ATP é necessário tanto na contração quanto no relaxamento. FOSFOCREATINA * Creatina fosforilada que armazena ATP no músculo esquelético. * É necessário bastante ATP na célula para desfazer/refazer as pontes cruzadas entre a actina e miosina. * Por isso que existe o RIGOR MORTIS = rigidez após a morte ou rigidez cadavérica. * É a falta de ATP para desfazer as pontes cruzadas. * Não acontece imediatamente após a morte porque a célula tem estoque de ATP. * Depois é desfeito porque as proteínas contráteis também se degeneram. CONTRAÇÃO DA CÉLULA MUSCULAR CARDÍACA * Sistema nervoso autônomo. * Mediadores químicos = noradrenalina, adrenalina e dopamina (não geram contração, apenas estimulam – MODULADORES). * Estímulo. * Aumento da concentração citoplasmática de cálcio – contração. 1ª ONDA : Influxo de cálcio através da membrana plasmática (canais) – extracelular. 2ª ONDA : Liberação de cálcio a partir do retículo – intracelular (acontece após o influxo de cálcio -> cálcio liberando mais cálcio). * Diminuição na concentração citoplasmática de cálcio – relaxamento. A célula quando contrai imediatamente tem que relaxar. Logo depois da sístole vem a diástole. A célula apresenta alguns mecanismos que realizam essa função com eficiência e agilidade. Para fora da célula ou para dentro do retículo sarcoplasmático. * Bomba de cálcio na membrana plasmática e na membrana do retículo sarcoplasmático. Obs.: DIGOXINA = inibe / bloqueia a bomba de sódio e potássio. A força contrátil da célula cardíaca está diretamente ligada aos níveis de cálcio, sendo assim, podemos tratar de uma insuficiência cardíaca. Menor gradiente de sódio, menor a saída de cálcio, o que aumenta a concentração de cálcio no citoplasma, aumentando a concentração. CONTRAÇÃO DA CÉLULA MUSCULAR LISA * Sistema nervoso autônomo. * Para a célula realizar contração, ela não precisa de um estímulo despolarizante (não sofre necessariamente um potencial de ação). * Para se contrair, ela precisa aumentar a concentração de cálcio no citoplasma. * Essa contração vai depender de mediadores que podem ter efeito dual, dependendo do receptor. * Em algumas células lisas o mesmo mediador pode provocar contração ou relaxamento, só depende do receptor. * Aumento da concentração de cálcio no citoplasma = aumento do tônus já existente. Não necessariamente tem que haver despolarização, só é preciso que o mediador estimule a célula a liberar cálcio de reserva. * O cálcio vai se ligar a proteína calmodulina (enzima), formando cálcio-calmodulina. * Haverá ativação das quinases das cadeias leves da miosina, que estão na cabeça da miosina. As quinases têm função de fosforilação de proteínas, adicionando grupamentos fosfato. * A miosina fica fosforilada = atividade muito maior. Afinidade com a actina muito maior. * Muitas miosinas ligadas a muitas actinas. * Maior tônus na célula muscular lisa = contração. RELAXAMENTO * Menor tônus já existente. * Deve ocorrer a diminuição de cálcio (concentração) no citoplasma. * Diminuição da formação do complexo cálcio-calmodulina. * As quinases são serão ativadas porque elas dependem do complexo cálcio-calmodulina. * Prevalece as fosfatases das cadeias leves = desfosforilam, tiram o ligamento fosfato. * Miosina desfosforilada. * Poucas miosinas ligadas a actina. * Menor tônus = relaxamento. EFEITO DE MEDIADORES NAS CÉLULAS LISAS * Vasos sanguíneos = receptores α1, mediador noradrenalina / adrenalina, resposta: vasoconstrição (contração). NORADRENALINA: * Numa célula muscular lisa que tiver β2, vai promover relaxamento. HISTAMINA: * Relaxa a musculatura lisa vascular (vasodilatação). * Contrai a musculatura lisa dos bronquíolos (vasoconstrição). SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE O MÚSCULO CARDÍACO E ESQUELÉTICO SEMELHANÇAS * São estriados = têm filamentos finos e espessos organizados formando sarcômero. * São inervados por neurônios = dão sinais químicos. DIFERENÇAS * O esquelético é somático / voluntário, enquanto o cardíaco é autônomo / involuntário. * O mediador do esquelético é a acetilcolina, enquanto no cardíaco a acetilcolina é inibidor, recebendo estímulo elétrico (nó sinoatrial), sinal químico apenas como modulador e não como gerador. MARIA EDUARDA GOMES – MED14 AULA 9 Sistema Nervoso Autônomo DIVIDÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL * Encéfalo. * Medula espinhal. PERIFÉRICO * Somático: Voluntário. Alvo = músculo esquelético -> receptor nicotínico. *Autônomo: Autonômico / neurovegetativo. Involuntário. Alvos = músculo liso, músculo cardíaco, glândulas endócrinas (corrente sanguínea) e glândulas exócrinas (interior das cavidades). S ISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO S ISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO * Via periférica = faz parte do sistema nervoso central, tem comandos centrais. * Via bineuronal. * O corpo celular do 1º neurônio vai estar no tronco encefálico ou na medula sacral, de onde as vias parassimpáticas vão emergir. * O 2º neurônio vai estar próximo ao órgão efetor / tecido alvo. Está distante do 1º, logo o 1º se desenvolve para alcançar o 2º. * Gânglios = região formada por corpos de neurônios, próxima a de sinapseentre o 1º e 2º neurônio. Os parassimpáticos estão distantes do sistema nervoso central e próximos ao órgão efetor ou órgão alvo. S ISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO * Via periférica, faz parte do sistema nervoso central e tem comandos centrais. * É bineuronal. * Vias simpáticas emergem da medula torácica e medula lombar. * 1º neurônio está muito próximo a região central -> axônio curto. * 2º neurônio vai desenvolver axônio longo, pois seu corpo está distante dos alvos. * Gânglio simpático = está mais próximo do 1º neurônio do que do alvo. POSSUI DUAS EXCREÇÕES: * Medula da glândula suprarrenal = região central da glândula. Secreta hormônio na corrente adrenalina = 85% noradrenalina e 15% noradrenalina. Se comporta como um gânglio simpático, mas não é! * Glândula sudorípara. Toxina botulínica = impede que a exocitose das vesículas nas proteínas de ancoramento SNARES, impedindo a liberação de acetilcolina. MECANISMO DE AÇÃO – V IAS DE TRANSDUÇÃO DE S INAL V IA DE ADENILATO = ATIVAÇÃO * Via de proteína G = G5. * B1 e B2 = receptores. * Enquanto não começa a via de ativação, a proteína G tem sua subunidade ligada ao GDP. * Receptor reconhece o mediador químico e sofre ativação = primeiro mensageiro. * A proteína G5 sofre ativação = a subunidade α se desliga do GDP e se liga ao GTP (GTP -> MUITA ENERGIA). * A subunidade α ligada ao GTP se dissocia de γ e β. * O complexo α-GTP vai para a membrana plasmática e ativa a enzima adenilatociclase. * A adenilatociclase transforma ATP em AMP cíclico = regulação autócrina. 2º mensageiro. * AMP cíclico ativa proteínas quinases. Dependentes do AMP cíclico -> quinases A. * As proteínas quinases fosforilam outras proteínas. * As proteínas fosforiladas gerarão respostas. OBS.: Noradrenalina -> β1: aumenta a concentração de cálcio citoplasmático. β2: diminui a concentração de cálcio citoplasmática. VIA DE INATIVAÇÃO DA ADENILATO CICLASE * É uma proteína G (trimérica), chamada de Gi (inibitória). * Receptores serão α2, M2 e M4. M2 = Hiperpolarização no coração, gás sarin ou agonista colinérgico. * Subunidade α da proteína G ligada ao GDP. * Receptor reconhece o mediador químico e sofre ativação. * Ativação da proteína Gi -> subunidade α se desliga do GDP e se liga ao GTP. * Subunidade α ligada ao GTP se dissocia de γ e β. * O complexo α-GTP inativa a adenilato ciclase = diminui AMPc. OBS.: As proteínas Gs e Gi são proteínas isofórmicas, são muito parecidas, mas não são iguais. VIA DA FOSFOLIPASE C * É uma via da proteína G (trimérica), chamada Gq. * Os receptores são α1, M1, M3, M5. * Subunidade α da proteína G ligada ao GDP. * Receptor reconhece o mediador químico e sofre ativação. * Proteína Gq se ativa e se desliga do GDP ligando-se ao GTP. * A subunidade α ligada ao GTP se desprende de gama e beta. * O complexo α-GTP irá ativar a enzima FOSFOLIPASE C (degrada o fosfolipídio). * A fosfolipase C degrada o fosfolipídio da membrana e forma o diacilglicerol (DAG) e IP3. * DAG ativa proteínas quinases que fosforilam outras proteínas. * IP3 libera cálcio das reservas internas. * O cálcio também ativam quinases. * Quinases fosforilam proteínas. * Resposta. OBS.: Qualquer intercorrência em qualquer dessas vias interferem nas respostas das mesmas. PRÁTICA -> ATIVAÇÃO DA ADENILATO CICLASE * β1 ativado = aumento da atividade do coração. Mediadores = noradrenalina e adrenalina. * Cascata de reações = adrenalina ativa o receptor β1 cardíaco -> mudança conformacional -> ativação da proteína Gs -> subunidade de desliga do GDP e se liga ao GTP -> α-GTP se desprende das subunidades γ e β -> α-GTP ativa a adenilato ciclase que transforma ATP em AMPc -> AMPc ativa as quinases que fosforilam proteínas -> RESPOSTA!!! * Respostas: CÉLULA MECÂNICA = aumenta a força de contração. CÉLULA ELÉTRICA = mais rápida, aumenta a frequência. * Interferência = cafeína -> xantinas (cafeína, teofilina e teobromina. XANTINA = bloqueia a enzima fosfodiesterase que degrada (hidrolisa) o AMPc, sendo bloqueado o AMPc fica com tempo de vida aumentado -> aumento da frequência e da força contrátil. V IA S IMPÁTICA – EFEITO NORADRENÉRGICO BRONQUÍOLOS – MUSC LISO * Receptor: β2 -> AMPc * Resposta: Broncodilatação. ARTERÍOLAS – MÚSC LISO * Receptor: α1 -> fosfolipase C. Aumento da concentração de cálcio. * Resposta: Vasoconstrição. CORAÇÃO – MÚSC CARDÍACO * Receptor: β1 -> AMPc Aumento da concentração de cálcio. * Resposta: Aumento da frequência cardíaca e da força contrátil. PUPILA – MÚSC LISO * Receptor: α1 -> aumento da concentração de cálcio -> fosfolipase C. * Resposta: MIDRÍASE. Dilatação da pupila. Contração do músculo radial. TRATO GASTROINTESTINAL * Receptor: Parede muscular lisa = α1 e β2 = relaxamento. Esfíncter = α1 = contração. * Resposta: Diminui a motilidade e secreções. Não inibe a secreção de saliva, mas ela fica mais espessa. BEXIGA * Receptor: Parede do músculo liso = β2 e um pouco de α1 = relaxamento. Esfíncter = α1 = contração. CÉLULAS JUSTAGLOMERULARES * Receptor: β1. * Resposta: Aumento da produção de renina. V IA PARASSIMPÁTICA – EFEITO COLINÉRGICO BRONQUÍOLOS – MUSC LISO * Receptor: M3. * Resposta: Broncoconstrição. ARTERÍOLAS – MÚSC LISO * Receptor: M3 -> na célula endotelial. Diminuição da concentração de cálcio. * Célula endotelial produz ácido nítrico importante para o relaxamento do músculo liso. * Resposta: Vasodilatação indireta. CORAÇÃO – MÚSC CARDÍACO * Receptor: M2 -> na célula endotelial. Diminuição da concentração de cálcio. * Resposta: Diminuição da força contrátil e da frequência cardíaca. PUPILA – MÚSC LISO * Receptor: α1 -> aumento da concentração de cálcio -> fosfolipase C. * Resposta: MIOSE Contração da pupila. Contração do esfíncter. ATROPINA= INIBE A VIA PARASSIMPÁTICA. TRATO GASTROINTESTINAL * Age mais no processo pós prandial (pós alimentação). * Receptor: Parede muscular lisa = M3 = contraída. Esfíncter = relaxado. * Resposta: Aumenta a motilidade e secreções. Estimula a produção de saliva -> mais aquosa. BEXIGA * Via que estimula a micção. * Receptor: Parede do músculo liso = M2 = contração. Esfíncter = α1 = relaxamento. MARIA EDUARDA GOMES – MED14 AULA 10 Sistema Cardiovascular FUNÇÕES * Suprir o organismo com O2 e nutrientes. * Remover do organismo produtos do metabolismo = CO2. Corrente sanguínea coleta e leva para o local de excreção. * Termorregulação. Quem participa diretamente é o sistema respiratório. * Regulação da pressão arterial (PA). Conjunto de sistemas -> Homeostase = circulatório, renal, endócrino e neuro. Integração funcional. * Regulação do pH. * Distribuição de hormônios até a célula alvo = apresenta receptor. * Produção de hormônio = peptídeo natriurético atrial. Local de produção = musculo cardíaco -> miócitos atriais. Bastante importante na regulação da pressão arterial. Aumenta a excreção de sódio e água através da urina. Vasodilatação. NATRIURESE = Excreção de sódio através da urina, o sódio leva a água -> diurese. * Defesa do organismo. Células sanguíneas = linhagem branca = leucócitos. * Desintoxicação do organismo. Leva para o fígado e rins, através do sangue, as toxinas. Obs.: Dentro do sistema cardiovascular, a hemostasia é um processo de impedimento do extravasamento de sangue = Impede que o sangue vá para espaços extravasculares. É um tipo de homeostase. AS CIRULAÇÕES * Circulação geral = sempre fechada. A sistêmica e pulmonar se encaixam aqui. Coração (bomba ejetora) -> artérias (vasos de distribuição – preparadas para receber o sangue ejetado) -> capilares (vasos de troca – irrigam os tecidos diretamente) -> veias (vasos de coleta – retorno do sangue ao coração) -> coração. C IRCULAÇÃO SISTÊMICA / GRANDE CIRCULAÇÃO* O sangue arterial, rico em oxigênio, chega ao átrio esquerdo pela veia pulmonar e sai do ventrículo esquerdo através da artéria aorta, que o leva às diversas regiões do corpo através de artérias grandes, médias e pequenas até os capilares arteríolas, nelas, ocorre o processo de trocas gasosas, então, o sangue, agora venoso, é conduzido pelos capilares vênulas até as veias pequenas, médias e grandes até as veias cavas de volta ao coração para desembocar na cavidade do átrio direito. * Arteríolas = rica em músculo liso e controlam o fluxo que chega ao capilar. * Capilares = vasos de troca. Obs.: Quando caracterizamos o vaso, não podemos dizer que as artérias só levam sangue arterial e as veias só levam o venoso. CIRCULAÇÃO PULMONAR * O sangue venoso, rico em gás carbônico, advindo das diversas regiões corporais chega ao átrio direito através das veias cavas superior e inferior e sai do ventrículo direito através da artéria pulmonar, que leva-o aos pulmões através de artérias grandes, médias e pequenas, neles, ocorre o processo de hematose/trocas gasosas através dos capilares alojados nos alvéolos pulmonares e então o sangue, agora arterial, é conduzido para a veia pulmonar através de veias de calibres cada vez maiores de volta ao coração para desembocar na cavidade do átrio esquerdo. * Capilares = hematose acontece a nível dos capilares. AULA 11 Hemodinâmica FATORES QUE FAVORECEM A EXIXTÊNCIA DE FLUXO SANGUÍNEO * Coração funcionando como bomba ejetora. Sem a bomba ejetora não haverá fluxo. * Gradiente de pressão ao longo dos vasos. Lei do fluxo dos vasos = favorece o retorno do sangue ao coração. Obs.: É muito mais fácil o fluxo sanguíneo acontecer do lado arterial do que do lado venoso. O gradiente de pressão é muito mais alto do lado arterial. Isso tem a ver com onde a bomba ejetora está localizada. A artéria aguenta muita pressão. FLUXO SANGÚINEO * DELTAP= gradiente de pressão. * R = resistência à passagem de sangue. Força contrária que precisa ser vencida. * Do lado venoso vamos aprender que os fatores que estarão favorecendo o retorno venoso a existir, já que temos essa bomba ejetora desse lado. LEI DA RESISTÊNCIA OU LEI DE POISCUILLE * Viscosidade do sangue (v): Propriedade do fluido e não do vaso. Tomar vitamina de abacate e um suco de laranja com canudo = quanto mais viscoso, maior o esforço e maior a resistência. Relacionada ao grau de fluidez. Diretamente proporcional à resistência = quanto maior a viscosidade, maior a resistência. CONDIÇÕES FISIOPATOLÓGICAS: Dislipidemia = fator de risco para trombose -> quanto maior a viscosidade, maior a resistência. Anemia megaloblástica (menos eritrócitos) -> quanto menor a viscosidade, menor a resistência. Desidratação = menos parte líquida, maior percentual de hematócrito -> quanto maior a viscosidade, maior a resistência. * Comprimento do vaso (l): L = vence a resistência por mais tempo. l = vence a resistência por menos tempo. Diretamente proporcional à resistência = quanto maior o comprimento, maior a resistência. * Raio do vaso (r): Inversamente proporcional à resistência = quanto maior o raio do vaso maior a resistência. Resistência do vaso vai sendo controlada por mediadores. Qualquer alteração, por menor que seja, no raio, vai alterar muito a resistência. Raio maior = menor esforço para passar e a vasodilatação diminui a resistência. Raio menor = maior esforço para passar e vasoconstrição aumenta a resistência. PRESSÃO ARTERIAL * Perfusão tecidual = pressão arterial adequada. * Natureza pulsátil = sístole e diástole do coração. Sístole = contração dos ventrículos = maior pressão. Diástole = relaxamento dos ventrículos = menor pressão. * A natureza pulsátil explica a pressão diastólica e sistólica Sistólica = pressão quando o coração está em sístole. Diastólica = pressão quando o coração está em diástole. * PA = DC X RVP PA = pressão arterial. DC = débito cardíaco. RVP = resistência vascular periférica. * DC = FC X VES FC = frequência cardíaca -> quantidade de sístoles por um determinado tempo. VES = volume da ejeção sistólica. * Débito cardíaco: Varia = depende da condição da pessoa. Volume de sangue ejetado pelo coração num intervalo de tempo. DC = 5l/min (repouso) = em atividade pode chegar em 18l/min; 20l/min. * É necessário uma P.A ideal para ocorrer uma perfusão tecidual -> caso algum desses fatores forem alterados, haverá algum tipo de compensação. * Todos esses fatores, uma vez que alterados, alteram também a pressão. DESCARGA ADRENÉRGICA * SUSTO = descarga de adrenalina pela glândula suprarrenal. * Ativação da via parassimpática = noradrenalina nas fendas sinápticas -> aumento da frequência cardíaca e aumento do débito cardíaco. * Maior força de contração, maior volume de sangue ejetado = aumento da P.A. HISTAMINA * Reação alérgica -> vasodilatação. * Diminui a resistência vascular periférica = P.A diminui. TROMBOXANO * Vasoconstritor = aumenta a P.A. HIPOVOLEMIA * Perde volume de sangue circulante -> diminui o débito cardíaco = diminui a P.A. * Assim que perde, a frequência cardíaca dispara na tentativa de bobear mais = compensatório. VASOS SANGUÍNEOS * Camada íntima: Chamada também de túnica = contato direto com o sangue. * Camada média. * Camada adventícia: Fibras de colágeno. Fibras de elastina. Músculo liso. * Células endoteliais = parede bem fina que está no entorno do lúmen. * Estrutura da parede vai definir a função do vaso. ARTÉRIAS * Apresenta 3 camadas. * Grande quantidade de fibras elásticas e parede mais calibrosa = fatores necessários para receberem o sangue da ejeção. * Vasos de distensão / distribuição. VEIAS * 3 camadas. * Menor proporção de fibras de elastina. * Vasos com alta capacitância Grande capacidade de armazenar sangue. Precisamos de fatores que ajudem o retorno do sangue. Não tem a ver com o volume em si mas com o tempo que aquele sangue vai permanecer ali. * Estase venosa = essa capacidade provoca trombose e edema. * Tem mais colágeno que as artérias. * Parede um pouco mais fina. Obs.: 2/3 do volume do nosso sangue se encontram nas veias ARTERÍOLAS * 3 camadas. * Grande quantidade de músculo liso. * Vasos de resistência = grande responsável pela resistência vascular periférica. * Controla o fluxo de sangue que chega aos capilares -> se sofrer vasoconstrição vai reduzir o fluxo dos capilares -> se sofrer vasodilatação vai aumentar o fluxo. * Sofre influência do sistema nervoso autônomo = maior vasoconstrição, maior vasodilatação. CAPILARES * Vasos de troca. * Tem uma parede muito fina = facilita as trocas. * Só apresentam a camada íntima = formada apenas pelas células endoteliais. * Possui grande área de superfície de troca = rede capilar com muitas ramificações. * Parede do vaso com células musculares lisas inervadas pela via simpática -> grande quantidade de receptor beta2 -> relaxa -> vasodilatação. Obs.: CASO ESPECÍFICO = muitas arteríolas têm a presença de receptor alfa 1 -> vasoconstrição. RETORNO VENOSO * Retorno do sangue para o coração através das veias. * Presença de válvulas nas paredes das veias = impede o fluxo retrógrado) do sangue (que não é do coração. Estão presentes em veias dos membros superiores e inferiores. As veias centrais da cabeça e do pescoço não têm essa válvula porque o fluxo através dela já é facilitado. * Compressão extrínseca exercida pela musculatura esquelética. Por isso não deve passar muito tempo em uma posição = EDEMA. Viagens prolongadas, onde passa muito tempo sentado, interfere no retorno venoso (retorno do sangue através das veias) e no fluxo retrógrado -> facilita o fluxo retrógrado. Formigamento = pressão na região (retenção de sangue venoso) = pouco O2 -> prejudica o funcionamentodas células nervosas. Se o retorno venoso não for feito corretamente e o sangue demorar mais tempo nas veias, além dos edemas, favorece a formação de trombos (coagulação do sangue). Panturrilha -> “2º coração”. * Movimentos respiratórios. O movimento de expansão / compressão ajuda no retorno venoso da região torácica. Mudança de pressão. * Inervação simpática = vasoconstrição. Venoconstrição por ação simpática = constrição nervosa. * Tudo contribui para o retorno venoso. * Se houver alguma alteração, haverá o acúmulo de sangue venoso naquela região -> facilita o surgimento de tromboses, edemas. Obs.: VARIZES = o sangue fica mais tempo retido nas veias -> pode ser por um defeito de valva, por exemplo = processo inflamatório na parede da veia. LEI DE FRANK / STARL ING * Para encher os átrios precisa do retorno venoso. * A força de contração desenvolvida pela fibra cardíaca é diretamente proporcional ao grau de distensão ou estiramento sofrido por essa fibra no momento anterior à contração = volume diastólico final. * Regula a atividade cardíaca. * Fibra cardíaca = célula cardíaca de natureza mecânica. * Força de contração diretamente proporcional ao nível de estiramento nesse momento imediatamente anterior à contração -> estiramento máximo. * Limite = existe uma grau de distensão máximo. * Na hipertrofia ventricular, perde esse estiramento. Obs.: VOLUME RESIDUAL = volume sistólico final. VOLUME DIASTÓLICO FINAL = volume de enchimento. VOLUME DE EJEÇÃO SISTÓLICA = débito sistólico (volume de ejeção ao final da sístole) -> tudo depende desse estiramento. EDEMA * Capacitância das veias. * Edema subcutâneo (sistêmico) = causado por insuficiência ventricular direita (IVD). Força de contração diminuída = VES na artéria pulmonar diminuído -> maior volume residual -> interferência na congestão do sangue que chega na circulação sistêmica. Sangue vai retornar para o corpo. Ex.: Turgência jugular. * Edema pulmonar = causado por insuficiência ventricular esquerda (IVE). Maior volume residual = dificuldade no retorno da circulação pulmonar -> sangue passa mais tempo na veia. Muito grave -> a hematose é dificultada = hipóxia (ausência de O2 suficiente). Retido nas veias pulmonares. Sangue ficará retido nos pulmões causando edema. PRÉ CARGA * Favorece o processo de sístole ventricular. * É o volume diastólico final que depende do retorno venoso. * É o grau de distensão das fibras miocárdicas no momento anterior à sístole ventricular = no final da diástole. * Força que antecede à sístole e ajuda na contração. PÓS CARGA * Grau de força que deve ser vencida para que ocorra ejeção (pressão arterial). * Resistência arterial incluída. HIPERTENÇÃO: * Pós carga elevada. Volume de ejeção sistólica diminui. Volume residual aumenta. * Pós carga diminuída. Volume de ejeção sistólica aumenta. Volume residual diminui. * Pré carga aumenta = aumento do volume diastólico final. Volume de ejeção sistólica aumenta. Volume residual diminui. * Diminuição na pré carga. Diminuição do volume de ejeção sistólica. Aumento do volume residual. MARIA EDUARDA GOMES – MED14 AULA 12 Eletrofisiologia CÉLULAS MIOCÁRDICAS * De natureza mecânica: Realizam contração da parede dos átrios e ventrículos. * De natureza elétrica: Geram e conduzem sinal elétrico. Presentes no nodo sinoatrial, nodo atrioventricular, feixe de Hio e fibras de Purkinse. * O músculo cardíaco responde mecanicamente a um sinal elétrico. * O coração consegue funcionar fora do corpo em líquido nutritivo devido ao seu automatismo. Obs.: CÉLULA MECÂNICA = faz contração. CÉLULA ELÉTRICA = tem como propriedade a capacidade de gerar sinal elétrico, conduzir sinal elétrico para que as células mecânicas, ao receberem esse sinal, façam contração. PROPRIEDADE DAS CÉLULAS CARDÍACAS AUTOMATISMO * Capacidade de autoexcitação. * Potenciais de forma espontânea. Estímulo gerado nela mesma. * Não é exclusivamente da célula cardíaca. Célula intersticial. BATMOTROPISMO * Batmo = exprime noção de degrau, limiar. * Capacidade de ser excitável e de realizar potencial de ação. Atingir o limiar de excitabilidade. * Não é uma exclusividade da célula cardíaca, existe em toda célula excitável. CRONOTROPISMO * Crono = tempo. * Capacidade de se excitar com ritmo ou ritmicidade. * Chamada também de frequência cardíaca. DROMOTROPISMO * Dromo = lugar de correr. * Capacidade de conduzir o sinal elétrico. Velocidade de espalhamento. INOTROPISMO * Ino = fibras. * Capacidade de responder ao estímulo realizando contração. * Fibras = células cardíacas que vão responder quando estimuladas. VIA SIMPÁTICA: * Noradrenérgica. * Estimula essas propriedades. * Dizer que é positivo = estimulando. VIA PARASSIMPÁTICA: * Colinérgica. * Desestimula essas propriedades. * Dizer que é negativo. POTENCIAL DE AÇÃO NA CÉLULA CARDÍACA * β1 nessa célula = mais cálcio = mais força de contração. * Fase 0 = Rápida despolarização. Base iônica dessa fase (canais que permitem essa fase existir) são os canais de sódio dependentes de voltagem. Influxo de cargas positivas (sódio). * Fase 1 = Breve repolarização. Abertura dos canais de potássio. Efluxo de cargas positivas (potássio). * Fase 2 = Platô Breve intervalo de tempo. DDP estável. Influxo de cálcio e efluxo de potássio = canais rápidos e lentos. * Fase 3 = Repolarização propagada. Canal de potássio = canais lentos. * Fase 4 = célula em repouso. Reage ao estímulo do nó sinoatrial. Obs.: Célula mecânica do ventrículo não tem receptor para reconhecer a via parassimpática (átrios). 4 -> 0 -> 1 -> 2 -> 3 -> 4 CÉLULA MECÂNICA CARDÍACA NÃO TETANIZA * Não mantém contração, pois seria incompatível com a sua função. * Função do músculo cardíaco = encher de sangue para ejetar sangue dos vasos. * Se mantiver a contração ventricular, não passa pela fase da diástole, não teria enchimento, não estaria ejetando sangue do vaso. Qual o dispositivo ele vai ter para não manter a contração mesmo recebendo estímulos subsequentes? * Por causa do período refratário absoluto dessa célula, se confunde com o período que ela já está fazendo contração. * Enquanto ela está fazendo contração e quando está em processo de relaxamento, ela ainda está em período refratário absoluto. * Ela NÃO estará podendo realizar novo potencial de ação. * O platô prolonga o tempo de período refratário dessa célula e impede a tetania. CÉLULA NO NODO SINOATRIAL * Canto superior do átrio direito. * Tem inervação simpática e parassimpática. * Fase 0 = Rápida despolarização. Canais de cálcio -> influxo. O objetivo não é a contração e sim a despolarização. * Fase 3 = Canais de potássio. Repolarização = responsável pela abertura dos canais IF (permeáveis ao sódio e ao potássio). * Fase 4 = Canais IF (canais de sódio e potássio). Condutância maior ao sódio Fase de despolarização diastólica = leva o limiar de excitabilidade. 4 -> 0 -> 3 -> 4 * Não há potencial de repouso, essa célula não descansa. * Autoexcitável não precisa de estímulos externos para abertura dos canais. * Canais IF = são canais dependentes de voltagem. * A célula é sujeita a variações da vida simpática e parassimpática. * Vai variar a ocorrência do potencial de ação. * A célula do nodo sinoatrial vai apresentar maior frequência intrínseca (mais rádio) de disparos espontâneos de potencial de ação. * Não tem fase de repouso = está sempre mudando a ddp. * O nodo sinoatrial é capaz de gerar potencial de ação mais rápido do que outras estruturas elétricas do coração = marca passo fisiológico. * Caso falhe, outra estrutura assume isso, como o nodo atrioventricular = foco ectrópio. REGULAÇÃOAUTÔNOMA DO NODO SINOATRIAL VIA SIMPÁTICA: * Diminui o tempo da fase 4. * Potencializa a abertura dos canais IF e dos canais de cálcio. * Além disso, o potencial de membrana começa com um valor menos negativo do que o basal = amplitude é diminuída, mas o potencial de ação continua o mesmo. * Cronotropismo = positivo. * Maior frequência cardíaca. * Diminui a condutância de potássio. * Facilita a despolarização. V IA PARASSIMPÁTICA: * Prolonga o tempo da fase 4. * Prolonga o tempo da abertura dos canais de potássio * Diminui a possibilidade de abertura dos canais IF. * Cronotropismo = negativo. * Não gera, modula o sinal. MARCA PASSO FISIOLÓGICO: * Nodo sinoatrial = dita o ritmo cardíaco. * Realiza a fase 4 mais rapidamente que as células das outras estruturas de atividade elétrica. * Maior frequência de disparos espontâneos = atinge rapidamente o limiar de excitabilidade. VELOCIDADE DE CONDUÇÃO DO SINAL ELÉTRICO: * Há um retardo na condução do nodo atrioventricular. Para que tenha um tempo hábil para os ventrículos se encherem de sangue. * Aumenta a velocidade de condição no sistemas His-Purkinse. Garante força, contração e ejeção suficiente. Sincício funcional =São células com muitos núcleos resultante da fusão de várias células mais pequenas, relacionada a uma patologia que é independente de uma lesão orgânica, pelo menos conhecida (por exemplo, o miocárdio). Parede ventricular é maior = a contração deve ser feita do ápice para o base para expulsar o sangue = por isso tem que ser muito rápido. . * A diferença de velocidade se dá pelo número de junções GAP (maquinaria da célula), presentes para fazer a sinapse elétrica. Maior número de GAP = maior velocidade. AULA 13 Ciclo celular CONTRAÇÃO VENTRICULAR ISOVOLUMÉTRICA * Começa a acontecer porque recebeu sinal elétrico do nodo sinoatrial. * Não há variação de volume = as valvas ainda estão fechadas. * A pressão sofrida pelo sangue abre as valvas semilunares = ventrículo realizando sístole -> coloca sangue nas artérias). * Paredes ventriculares estão fazendo contração, mas ainda não está havendo ejeção -> por isso ISOVOLUMÉTRICO. * Sinal elétrico se espalha pela parede ventricular -> o ventrículo já estão respondendo com contração. * Aumento da pressão e força -> abertura das semilunares. EJEÇÃO VENTRICULAR RÁPIDA * Abertura das valvas semilunares. * Grande velocidade devido a diferença de pressão e a força de contração. EJEÇÃO VENTRICULAR LENTA * Diminuição da diferença de pressão e da força de contração. RELAXAMENTO VENTRICULAR ISOVOLUMÉTRICO * Fechamento das semilunares. * Não está acontecendo o enchimento -> não está mudando o volume de sangue dentro do ventrículo porque as valvas atrioventriculares estão fechadas. * Átrios estão se enchendo de sangue que está vindo da circulação sistêmica e pulmonar. * Camada atrial se enche de sangue = a pressão aumento dentro dos átrios. * Ventrículo = volume residual. * Diferença de pressão entre os átrios e ventrículos = abertura das atrioventriculares. ENCHIMENTO VENTRICULAR RÁPIDO * Processo no qual, a partir da abertura das valvas atrioventriculares, a pressão reduzida da cavidade ventricular pelo evento de relaxamento isovolumétrico direciona o fluxo sanguíneo em elevado fluxo para as mesmas em razão do alto gradiente de pressão entre as porções atrial e ventricular. ENCHIMENTO VENTRICULAR LENTO * Sístole atrial = termina de encher os ventrículos. Iniciado por sinal elétrico que passa para o ventrículo e recomeça o ciclo. * Diminuição do gradiente de pressão e da força contrátil. * Fechamento das valvas atrioventriculares. CONTRAÇÃO ATRIAL * Processo no qual, a partir da sístole das paredes atriais, ocorre a saída de sangue dessas estruturas. BULHAS CARDÍACAS * 1ª bulha = fechamento das atrioventriculares (anterior à sístole ventricular = início). * 2ª bulha = fechamento das semilunares (anterior à diástole = início). * 3ª bulha = insuficiência cardíaca por redução da complacência ventricular ou inapetência das atrioventriculares. 4ª bulha = contração atrial forçada. Ventrículos menos complacente. Obs.: correlacionar com a ausculta. AULA 14 Eletrocardiograma * Mensuração da atividade elétrica do músculo cardíaco como um todo a partir de uma determinada perspectiva de avaliação. * Onda P = despolarização (contração) dos átrios. * Complexo QRS = despolarização dos ventrículos. * Onda T = repolarização dos ventrículos. * Segmento PR = porção do eletrocardiograma que não possui onda elétrica -> apresenta relação com o processo de condução elétrica no nodo atrioventricular. Obs.: A onda de repolarização dos átrios está encoberta pelo complexo QRS = quando os ventrículos estão contraindo (despolarizando), os átrios já estão relaxando (repolarizado). * Em caso de bloqueio atrioventricular (excesso de atividades parassimpáticas), além da adrenalina (estimulador da via simpática), bloqueio da via parassimpática (atropina – antimuscarínico). Segmento PR mais longo. MARIA EDUARDA GOMES – MED14 AULA 15 Hemostasia * Regulação dos parâmetros variáveis = para o sangramento / cessa a hemorragia. * Conjunto de mecanismos fisiológicos responsáveis por conter processos hemorrágicos de extravaso sanguíneo por rompimento vascular que podem levar o indivíduo à eventos de choques hipovolêmicos. * Não é caracterizado apenas pela coagulação. * É um tipo de homeostase. * Fármacos anticoagulantes atuam impedindo uma das etapas do processo de hemostasia que precedem o tampão plaquetário, uma vez após formado, é iniciado o processo de coagulação. ETAPAS DA HEMOSTASIA VASOCONSTRIÇÃO (REFLEXA ) * Processo que ocorre a partir da atuação inicial dos sinalizadores endotelina (liberada pela célula endotelial injuriada), associada ao tromboxano A2, serotonina, ADP. * Tem ocorrência durante todo processo de hemostasia. * Resposta reflexo -> via neural. * Reduz o fluxo sanguíneo. TAMPÃO PLAQUETÁRIO * Estrutura temporária que impede o extravasamento de sangue através de uma reparação inicial que envolve as atividades de adesão de plaquetas -> ocorre a partir do ancoramento desses fragmentos de megacariócitos em moléculas de colágeno expostas pela lesão da camada íntima. * Adesão e agregação das plaquetas. * Hemostasia primária. * Curativo temporário. Obs.: Não existe processo de formação de coágulos sem formação de tampões plaquetário, sendo essa segunda etapa necessária para que os primeiros sejam formados. * Pacientes com a doença de Von Willebrand possuem quadros de dificuldade de coagulação sanguínea que podem acarretar hemorragias severas porque afeta a produção do fator de Von Willebrand (responsável pela resposta inicial para a formação do tampão plaquetário). * Moléculas de fibrinogênio apresentam-se circulantes no plasma sanguíneo, porém não se apresentam constantemente formando tampões plaquetário aleatórios pela necessidade de ativação das plaquetas para que exponham seus receptores para esse mediador. * Para pacientes com potencialização de formação de trombos, são receitados fármacos como clopidogrel, que atuam no processo de impedimento da agregação plaquetária durante o processo de formação de tampão plaquetário através da inibição dos sítios de ligação dessas estruturas para o ADP, composto que atua na ativação das plaquetas. COAGULAÇÃO * Processo que utiliza o tampão plaquetário como estrutura inicial para efetivar a correção da lesão vascular. * Caracterizada por um processo de hemostasia secundária que pode se desenrolar a partir das vias intrínseca e extrínseca. FORMAÇÃO DO TAMPÃO PLAQUETÁRIO * ADESÃO + AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA = TAMPÃO PLAQUETÁRIO (hemostasia primária). ADESÃO PLAQUETÁRIA * Exposição de colágeno devido à lesão da parede do vaso. Não há colágeno na camadaíntima do vaso. * As primeiras plaquetas que chegam ao local da lesão se aderem ao colágeno através do fator de Von Willebrand (proteína plasmática produzida pelas plaquetas e pelas células endoteliais). * Plaquetas aderidas se ativam e liberam fatores (mediadores) que continuam ativando outras plaquetas (feedback positivo), recrutando-as para região afetada. Quimiotaxia. Mediadores plaquetário = serotonina, ADP, fator de ativação plaquetária e tromboxano A2. AGRAGAÇÃO PLAQUETÁRIA * Fibrinogênio permite a agregação plaquetária = permite a ligação entre plaquetas ativadas, realizando a agregação entre elas. É ativado na coagulação (rede de fibrina). * Elo de ligação entre os receptores. MEDIADORES L IBERADOS * Responsáveis pela atividade / ativação de mais plaquetas. * A partir das vesículas = serotonina. Estavam produzidas = ADP e fator ativador de plaquetas -> estimula a produção de tromboxano. * A partir de lipídeos de membrana = tromboxano -> não estava produzido. Obs.: Tromboxano e serotonina são vasos constritores -> tampão plaquetário -> frágil. Obs.: Ligação entre plaquetas ativadas que estão aderindo é feita por fibrinogênio = produzida pelo fígado, proteína circulante. Obs.: As células endoteliais intactas (vizinhas à lesão) produzem prostaciclina (PGIc) e óxido nítrico que impedem a agregação plaquetária. Esses impedem a disseminação do coágulo. A prostaciclina produzida na membrana e o óxido nítrico internamente. Obs.: Trombina também é responsável pela ativação de plaquetas. Ela é liberada pelo fígado, é circulante, ou seja, já está na corrente sanguínea. Protrombina -> inativa (não faz nada). CASO CLÍNICO * Infarto -> tendência a formar trombo (coágulo) = prescrição do ácido acetilsalicílico (AAS) – AINE (anti-inflamatório não esteroide). O QUE JUSTIFICA? QUAL SEU MECANISMO DE AÇÃO? * Impede a agregação plaquetária atuando na via da cascata do ácido aracdônico que se transforma em outros metabólitos. * Processo inflamatório: Intensa atividade da via do ácido aracdônico. Atenção: é uma disfunção, sua função faz parte do metabolismo. ASS (AINE) * Inibidor da COX -> enzima. * Dose muito baixa quando quero que atue nas plaquetas. * Atua na hemostasia primária. * Todo AINE, ou seja, todo aquele que não é corticoide, tem como ação inibir ou bloquear a COX (cicloxigenase), impedindo a produção de tromboxano A2 (potente agregador plaquetário). CLOPIDOGREL * Antiagregante plaquetário. * Bloqueia o receptor ADP na plaqueta. Realiza agregação plaquetária. * Na região vizinha à injúria, a célula endotelial produz óxido nítrico e prostaciclina que inibem a adesão e agregação de plaquetas. Nos protege da formação de trombos. * Óxido nítrico = protetor vascular que impede a formação da aterosclerose. Deficiência na sua produção aumenta o risco da ocorrência de aterosclerose. COAGULAÇÃO * Não necessariamente precisa ter tido um lesão vascular, mas definitivamente precisa ter tampão plaquetário. * Hemostasia secundária. * Objetivo = formar a rede fibrina. V IA EXTRÍNSECA * Exposição do fator III, chamado de tromboplastina ou fator tecidual. O fator III é exposto quando haver lesão. * Tecido subendotelial, produzido por fibroblastos. Não estão no plasma = extrínseca. V IA INTRÍNSECA * Pode ser iniciada pela exposição ao colágeno ou ativação do fator XI (já está na corrente sanguínea). * O trabalho é em conjunto -> terminam uma rota em comum. OBSERVAÇÃO: * Deficiência ou ausência de produção do fator IX (via intrínseca) -> hemofilia B. * Deficiência ou ausência de produção do fator VIII -> hemofilia A. * Em um paciente com hemofilia, o TDPA (tempo de tromboplastina parcialmente ativada) está alterado. A agregação plaquetária e o tempo da trombina são normais. LEVE = produção de 5%. MODERADA = entre 1% e 5%. Grave = produção menor que 1 %. Obs.: Cálcio = FATOR IV / não há fator VI. FUNÇÃO DA TROMBINA * Transforma o fibrinogênio em fibrina. * Ativa o fator XIII -> XIII a. * Feedback positivo por ativar fator XI, IX, VIII e V. * Ativação plaquetária -> formação do tampão plaquetário. * Colabora com a atividade anticoagulante exercida por proteína C e proteína S. Também são produzidas no fígado = hepatócitos. V ITAMINA K * Essencial para a produção hepática do fator II, VII, IX, X, proteína C e proteína S. * Varfarina = antagonista da vitamina K -> anticoagulante oral. Inibe a produção dos fatores II, VII, IX, X. Apesar de não ter a proteína C e S, tem vias de coagulação. FIBRINÓLISE * Degradação do coágulo, degradação da rede de fibrina. * Para acontecer a degradação do colágeno, tem que transformar plasminogênio em plasmina. PLASMINOGÊNIO ------> PLASMINA Plasminogênio = depende da trombina e do ativador do plasminogênio tecidual = ativadores do plasminogênio em plasmina. Plasmina = degrada a rede de fibrina. * T-PA recombinante = ativador do plasminogênio tecidual. Recombinante = bactérias * Paciente com AVC: Isquêmico = obstrução, possivelmente por coágulo. T-PA poderia ser usado aqui visto que ele iria ajudar a desobstruir. Hemorrágico = ruptura da parede do vaso. Sangue não chega por causa do EXTRAVASAMENTO (mais grave). Se o T-PA for administrado nesse caso, vai piorar a situação do paciente, pois o organismo vai estar tentando coagular e o T-PA impedirá essa coagulação. * Pode ser útil em paciente com infarto no miocárdio (se for por coágulo). V IAS DE ANTICOAGULAÇÃO * É diferente de produzir e degradar = impedem a formação do coágulo. IN IBIDOR DA V IA DO FATOR RESIDUAL * Via extrínseca. * Tem a capacidade de inibir a atividade do complexo fator III -> fator III a. Não consegue ativar a via comum. Se liga ao fator tecidual mesmo que esteja ligado ao fator VII. V IAS DA PROTEÍNA C E PROTEÍNA S * São produzidas pelo fígado = vitamina K para o fígado produzir essas proteínas. * São circulantes. * A célula endotelial (não sofre injúria) expõe o receptor chamado trombomodulina. * A trombina circulante se liga à trombomodulina. * A trombina vai agir como enzima ativando a proteína C circulante. * Essa proteína precisa de um cofator = proteína S -> então a proteína C ativada junto com a proteína S inibem ou desativam os fatores VIII a e Va. * Paciente com menor produção de proteína C (anticoagulante). Doença hepática = hepatopata. Tendência a formar trombo, pois uma via endógena de anticoagulação está diminuída. Obs.: Proteína C anticoagulante é diferente de proteína C reativa (processos inflamatórios, marcador de inflamação específico). VIA DA ANTITROMBINA I I I * Grande poder de coagulação. * Inativa fatores de coagulação = II a (trombina), IX a, Xa, XI a, XII a. * Sua atividade é potencializada pela heparina (endógena) Basófilos têm grânulos de heparina. Sulfato de heparina (exógeno). Obs.: As vias de anticoagulação servem para IMPEDIR e FREIAR a coagulação. MARIA EDUARDA GOMES – MED14 AULA 16 Regulação da Pressão Arterial * Tem mais de um caminho para se estabilizar a pressão = se um falhar, tem outros. * Precisamos de uma PA adequada para garantir a perfusão tecidual. * PA = sistema cardiovascular, renal, endócrino e nervoso. * Doença mais comum: hipertensão = pressão permanentemente alterada. Várias vezes alterada, por vários meses. Doenças graves se não tratada = insuficiência, AVC, infarto, insuficiência renal. Hipertensão propriamente dita ou hipertensão secundária = causada por doença primária. MECANISMOS REGULADORES DA PA * Neurais = primeiro a desencadear respostas. Monitoramento momento à momento. * Locais = são mais lentos, mas isso não significa incompetência. * Hormonais = questão temporal de regulação. MECANISMOS NEURAIS * Receptores (aferências)
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