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Relatório ESG, Gestão Sustentável

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
NÚCLEO DE GESTÃO – CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE 
CURSO DE GRADUAÇÃO ADMINISTRAÇÃO
 
 
 
 
 
 
 
 
LUÍZ FERNANDO SANTOS
THIAGO MANOEL DA SILVA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE DA CIDADE DE BONITO
PERNAMBUCO: UMA ANÁLISE PELO PRISMA DOS CÍRCULOS DE
SUSTENTABILIDADE
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: GESTÃO SUSTENTÁVEL 
 
 
CARUARU
2022
SUMÁRIO
Domínio Social – Político 2
1.1. Organização e governança 2
1.2. Direito e justiça 4
1.3. Comunicação e crítica 5
1.4. Representação e negociação 6
1.5. Segurança e acordo 7
1.6. Diálogo e reconciliação 8
1.7. Ética e responsabilidade 9
Domínio Social – Econômico 10
2.1. Produção e Recursos 10
2.2. Troca e Transferência 11
2.3. Contabilidade e Regulação 12
2.4. Consumo e Uso 13
2.5. Trabalho e Bem-Estar 14
2.6. Tecnologia e Infraestrutura 16
2.7. Riqueza e Distribuição 17
Domínio Social – Ecológico 19
3.1. Materiais e Energia 19
3.2. Água e ar 20
3.3. Flora e Fauna 22
3.4. Habitação e Assentamentos 26
3.5. Forma Construída e Transporte 27
3.6. Incorporação e Sustento 27
3.7. Emissão e Resíduos 28
Domínio Social – Cultural 31
4.1. Identidade e Engajamento 31
4.2. Criatividade e Recreação 32
4.3. Memória e Projeção 33
4.4. Crença e Significado 33
4.5. Gênero e Gerações 34
4.6. Investigação e Aprendizagem 34
4.7. Bem-estar e Saúde 35
Círculo de Sustentabilidade 36
1
1. Domínio Social – Político
Um estudo concluiu que indicadores sociais e, portanto, indicadores de
desenvolvimento sustentável, são construtos científicos cujo objetivo principal é informar a
formulação de políticas públicas. O Instituto Internacional para o Desenvolvimento
Sustentável desenvolveu de forma semelhante uma estrutura política, vinculada a um índice
de sustentabilidade para o estabelecimento de entidades e métricas mensuráveis. A estrutura
consiste em seis áreas principais: comércio internacional e investimento, política econômica,
mudança climática e energia, medição e avaliação, gestão de recursos naturais e o papel das
tecnologias de comunicação no desenvolvimento sustentável.
O Programa das Cidades do Pacto Global das Nações Unidas definiu o
desenvolvimento político sustentável de uma maneira que amplia a definição usual para além
dos estados e da governança. O político é definido como o domínio de práticas e significados
associados a questões básicas do poder social, no que se refere à organização, autorização,
legitimação e regulação de uma vida social em comum. Essa definição está de acordo com a
visão de que a mudança política é importante para responder aos desafios econômicos,
ecológicos e culturais. Isso também significa que a política de mudança econômica pode ser
tratada. Eles listaram sete subdomínios do domínio da política:
1.1. Organização e governança
Pela norma vigente, no primeiro ano de mandato do Prefeito, o Poder Executivo
Municipal elaborará o Plano Plurianual para vigorar do segundo ano da legislatura ao
primeiro ano do mandato subsequente, consistindo no instrumento norteador das ações do
governo, no período, contendo a orientação estratégica, objetivos e metas da administração
municipal e as ações, sejam projetos de investimentos ou atividades continuadas, organizadas
em programas de trabalho.
Foram elencadas, durante o processo de elaboração da Lei de Diretrizes
Orçamentárias, as áreas de atuação do governo e suas ações prioritárias, discriminadas no
Anexo de Prioridades da LDO/2018, que integram também este PPA 2018/2021 e a Lei
Orçamentária Anual – LOA 2018, para dar rumo ao plano. No PPA consta tudo que a
Prefeitura e suas entidades realizarão durante seus mandatos, sendo prioritárias alguma das
determinadas a seguir:
2
AÇÕES PRIORITÁRIAS PARA O MUNICÍPIO DE BONITO
Permitir o regular funcionamento das atividades do Poder Legislativo, incluindo
contratação de assessorias e consultorias, reequipamento e modernização administrativa.
Realizar a manutenção e ampliação da frota municipal.
Implantar o monitoramento 24h via Câmeras (cidade e distritos) integradas à Polícia
Militar.
Avaliação permanente do Plano Diretor de Desenvolvimento e legislação municipal
correlata: Manter a legislação atualizada com base no monitoramento dos instrumentos
urbanísticos e legislações correlatas.
Melhoria do desempenho nas atividades de coleta de lixo, limpeza urbana e outros
serviços postos à disposição da população
Programa “No Chão Que Eu Piso Faço História”, pavimentar 100% das ruas do
município (Bairros e Distritos) com paralelepípedos, granitos, asfáltico e outros tipos de
revestimento.
Fiscalização ambiental – Garantir o meio ambiente ecologicamente equilibrado, visando
o bem-estar social, econômico e ambiental/Aquisição de veículo.
Execução de ações previstas no Plano Municipal de Conservação e Recuperação da
Mata Atlântica – PMMA.
A gestão da prefeitura de Bonito possui em seu secretariado o prefeito Gustavo
Adolfo; o Vice-prefeito Edson Monteiro; na secretaria de educação e cultura a Maria Elza; na
secretaria de Desenvolvimento Social, Inclusão e Direitos Humanos Isabel Celina; se tem a
Valdiane Souza como secretária da Administração e Gestão de Pessoas; a Joelma Teodoro
como secretária de Planejamento, Meio Ambiente e Sustentabilidade; A Julieta Farias como
secretária da saúde; o Benício Cavalcanti como procurador geral; o Valdir Silva como
secretário de Controladoria Geral de Controle Interno; Romilson Cabral do governo; Samuel
Queiroz como secretário da fazenda; Wilson Lourenço com obras, serviços públicos e
urbanismo; Marcos Silva como secretário da agricultura; Carlos Henrique com Turismo,
Juventude, Esporte e Lazer; Andreza Pimentel com políticas da mulher; e José Batista com
defesa civil.
3
O processo para a governança de forma democrática, bem como as leis existentes
obriga o(a) prefeito(a) eleito(a) ou reeleito(a) a apresentar após a posse, o Programa de Metas
de sua gestão. Para a cidade de Bonito o programa deve conter as prioridades, as ações
estratégicas, os indicadores e metas quantitativas para cada um dos setores da administração
pública municipal, subprefeituras e distritos da cidade, observando, no mínimo, as diretrizes
de sua campanha eleitoral.
Para o processo de transparência criou-se diversos canais eletrônicos que
disponibilizam informações e dados para o cidadão e estimulam o controle social sobre os
poderes públicos. O Portal da Transparência, bem como o site da prefeitura, disponibiliza
informações da gestão financeira e orçamentária da cidade, visando assim facilitar o controle
social, e a partir de tudo isso, a nota utilizada no ciclo de sustentabilidade foi nota 7.
1.2. Direito e justiça
A partir do direito à cidade e institutos de proteção dos territórios urbanos de grupos
sociais vulneráveis, é cada vez mais crescente a preocupação com os fenômenos de
urbanização devido às evidências do crescimento da população urbana, e dos problemas
oriundos deste processo com a degradação das condições e vida das populações que vivem
em povoados, vilas.
Em Bonito para o combate da desigualdade social e territorial, é apontado assuntos e
temas que precisam ser enfrentados para mudar este tipo de realidade, tais como:
● Sistemas e mecanismos adequados de integração, descentralização e democratização
dos organismos governamentais de gestão de políticas públicas;
● Ordenamentos legais e jurídicos voltados a combater a desigualdade social e
territorial e assegurar o uso socioambiental da propriedade urbana e rural;
● Financiamento e investimentos públicos para atender as demandas de infraestrutura
urbana, prestação adequada e acessibilidade a serviços públicos, moradia adequada,
mobilidade e transporte saneamento ambiental;
● Proteção e preservação do meio ambiente construído e natural, proteção do
patrimônio histórico e cultural;
● Combate à violência urbana;
● Geração de trabalho e renda.
Bonito acaba desempenhando um papel bastante perspicaz quando se fala em ordem
legal urbana, no qual éconferida a ela, bem a como todos os municípios a partir da
Constituição Brasileira de 1988. Ela possui um ótimo desempenho, que confere um papel
4
preponderante, como ente federativo para atuar no campo legislativo, administrativo e
econômico na promoção das políticas de desenvolvimento urbano, no planejamento e
ordenamento de uso e ocupação de seu território (urbano e rural), e na promoção de políticas
públicas que propiciem o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade e do bem estar de seus habitantes.
Ao abordar a justiça e redação, compete à Comissão de Justiça e Redação
manifestar-se sobre todos os assuntos entregues à sua apreciação, quanto ao seu aspecto
constitucional, legal ou jurídico e quanto ao seu aspecto gramatical e lógico, quando
solicitado o seu parecer, por imposição regimental ou por deliberação do Plenário. As
matérias consideradas relevantes, deverão ser precedidas de parecer da Assessoria Jurídica da
Câmara.
É obrigatória a audiência da Comissão sobre todos os processos que tramitarem pela
Câmara, ressalvados os que, explicitamente, o Regimento Interno prever outro destino.
Concluindo a Comissão de Justiça e Redação, pela ilegalidade ou inconstitucionalidade de
um projeto, deve o parecer vir a plenário para ser discutido e, somente quando rejeitado
prosseguirá o processo. Como presidente se tem o vereador Ítalo Damasceno Cabral de
Andrade; o relator é o Vereador José Holanda Cavalcanti Filho; e o membro é o vereador
Divaldo José da Silva.
Algo também relevante a ser mencionado a respeito da cidade, é que recentemente o
TJPE inaugurou o novo Fórum de Bonito, e isso potencializará o atendimento ao
jurisdicionado e a melhoria das instalações para o trabalho de servidores e magistrados. O
Fórum também possui um setor de custódia, três salas técnicas, uma Central de Distribuição
de Mandados (Cemando) e espaços para administração e um depósito. Ainda há salas
destinadas aos membros da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Pernambuco
(OAB-PE), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), da Defensoria Pública (DPPE) e
do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE). Com todas essas informações a nota atribuída para
o uso no ciclo de sustentabilidade foi 5.
1.3. Comunicação e crítica
Ao se abordar esse ponto, Bonito possui como uma de suas ações prioritárias
promover o acesso às tecnologias de informação e comunicação e ao acervo de informações e
de conhecimentos, contribuindo para a inclusão social dos cidadãos bonitenses. Além de
oferecer oportunidades de inclusão digital às escolas públicas, às comunidades e pequenos
5
empreendedores por meio de capacitação e treinamento nas modernas ferramentas da
tecnologia da informação e comunicação, em especial a Internet.
Em uma sociedade cada vez mais mediada por tecnologias de informação, debater o
papel dos meios de comunicação é essencial, é importante reconhecermos que meios de
comunicação tradicionais ainda ocupam lugar privilegiado na formação da opinião pública e
na mobilização em torno de espaços característicos da política, como as casas legislativas.
Bonito possui uma rádio que se chama Rádio Verdade 98.7 FM, no qual também busca
atribuir em sua programação o debate e desenvolvimento das comunidades em que estão
instaladas, possuindo assim uma função social.
A comunicação realizada voltada para a administração pública, bem como para a
cidade de Bonito, leva sempre em consideração as peculiaridades cujo objetivo primordial é
prestar serviços de qualidade ao cidadão respeitando sempre os princípios da Administração
Pública: publicidade, impessoalidade, moralidade, economicidade, isonomia e legalidade.
A cobrança cada vez maior da sociedade bonitense por uma gestão mais eficiente e
pela demonstração de resultados por parte do poder público faz com que o próprio órgão do
governo tenha que se aproveitar de todos os instrumentos disponíveis para melhorar a
qualidade de seus serviços. Existe o canal de comunicação direta entre a população e o poder
legislativo, no qual se chama ouvidoria, e assim é possível atribuir críticas bem como
sugestões.
A partir das informações do tópico Comunicação e crítica, a nota atribuída para o ciclo de
sustentabilidade é 3.
1.4. Representação e negociação
A participação da sociedade civil na proposição de políticas públicas para a cidade de
Bonito nunca foi tão intensa. A apropriação dos mecanismos de governança participativa pela
sociedade acontece de forma organizada, através de conselhos participativos, audiências
públicas, Portal de Transparência e canais online abertos para sugestões e acompanhamento
da população.
6
Dentro do Portal da Transparência, o cidadão tem acesso ao e-SIC (Sistema de
Informação ao Cidadão). O sistema gerencia o cadastro de usuários que enviam solicitações
de informação à administração municipal. O serviço também oferece instruções para a
realização dos pedidos e uma seção destinada à consulta da legislação que ampara a Lei de
Acesso à Informação.
Em Bonito, os conselhos municipais também são um referencial de democracia
participativa, pois todos são compostos por representantes da sociedade civil. A participação
popular ainda pode ser observada na proposição de leis para o ordenamento da cidade, como
a elaboração do Plano Diretor Estratégico e na formulação da proposta da Lei de
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo.
Bonito sempre busca firmar as políticas afirmativas de cotas para representação e
participação política das mulheres e minorias em todas as instâncias locais eletivas e de
definição de suas políticas públicas, no qual se tem a secretária Andreza Pimentel responsável
pelas políticas da mulher na cidade, e com tudo isso proposto e desenvolvido pela cidade, a
nota utilizada no ciclo da sustentabilidade é 5.
1.5. Segurança e acordo
Ao se abordar a segurança pública, as ações prioritárias da Câmara Municipal de
Bonito referente a ação para execução de programas prioritários de segurança pública são, a
manutenção das atividades nas áreas de segurança pública com cidadania e defesa civil,
através de convênios com outros entes federados; Defesa civil com segurança; Execução de
obras e aquisição de equipamentos de apoio a defesa civil no município; Implantação,
instalação e operação de câmeras de monitoramento nas vias públicas municipais;
Implantação e ampliação da GM (Guarda Municipal); Criação e implantação do Órgão
Gestor de Trânsito; Avaliação permanente do Plano diretor de Desenvolvimento e legislação
municipal correlata: manter a legislação atualizada com base no monitoramento dos
instrumentos urbanísticos e legislações correlatas.
As forças de segurança da cidade têm entre suas principais missões o respeito e
proteção dos direitos dos(as) cidadãos(ãs). A cidade busca garantir que as forças de segurança
pública sob suas ordens somente exercerão o uso da força estritamente de acordo com as
previsões legais e com controle democrático, além de que a cidade busca garantir a
participação de todos os cidadãos(ãs) no controle e avaliação das forças de segurança.
A prefeitura de Bonito iniciou já a algum tempo o trabalho para reforçar as ruas da
cidade colocando mais policiamento nas ruas, bem como a atuação do corpo de bombeiros.
7
Isso pelo fato de o pelotão da PMPE e a seção do CBMPE localizados no município estarem
recebendo investimentos para reforçar a segurança e melhor atender a população.
Recentemente o governo de Pernambuco aportou R$ 1,6 milhão na requalificação das
unidades da PMPE e CBMPE para serem entregues à cidade de Bonito.
A obra da seção do CBMPE é em um imóvel de 900 m² cedido pela Prefeitura de
Bonito, na entrada da cidade. Compreenderá uma garagem para três viaturas: uma de
incêndio, uma de vistoria e outra de atendimento pré-hospitalar. Serão atendidas pela unidade
aproximadamente 190 mil pessoas, população somada dos municípios de Bonito, Barra de
Guabiraba, São Joaquim do Monte, Agrestina, Camocim de São Félix, Sairé,Cortês, Cupira,
Belém de Maria e Lagoa dos Gatos. Já o pelotão da PMPE, com área total de 1.800 m²,
contará com 30 policiais a mais após a conclusão das obras, chegando ao total de 64 PMs. A
unidade atenderá a uma população de 50 mil pessoas, de Bonito e de municípios
circunvizinhos. Com as informações acima a nota atribuída e utilizada no ciclo de
sustentabilidade é 7.
1.6. Diálogo e reconciliação
Não são apenas os vereadores e os convidados que tem voz ativa nas sessões
legislativas: todos os cidadãos podem manifestar sobre assuntos de interesse da comunidade.
O uso da palavra por representadas populares durante as sessões ordinárias, quando sua
inscrição tiver sido feita antes do início da reunião, junto a Secretaria da Câmara, não sendo
permitidos discursos ofensivos às autoridades constituídas, de subvenção a ordem política ou
sócia, de preconceito a raça, religião ou de classe.
O orador não poderá usar linguagem imprópria, desviar-se do assunto a ser abordado,
ultrapassar o prazo concedido e deixar de atender às advertências do ou do (a) Presidente(a).
Somente será admitida obedecida a ordem de inscrição, o orador disporá de dez minutos para
falar, podendo ser prorrogado por mais cinco minutos para conclusão.
Bonito fomenta a resolução dos conflitos civis, penais, administrativos e trabalhistas
mediante a implementação de mecanismos públicos de conciliação, transação e mediação. As
ações e omissões podem expressar-se no campo administrativo, por elaboração e execução de
projetos, programas e planos; na esfera legislativa, através da edição de leis, controle de
recursos públicos e ações do governo; na esfera judicial, nos julgamentos e decisões judiciais
sobre conflitos coletivos e difusos referente a temas de interesse urbano.
A cidade se compromete com a criação de condições para a conveniência pacífica, ao
desenvolvimento coletivo e ao exercício da solidariedade, para tanto garantirá o pleno
8
usufruto da cidade, respeitando a diversidade e preservando a memória e a identidade cultural
de todos os cidadãos sem discriminação. Mesmo com boas práticas e comprometimentos,
nem tudo é perfeito e muitos problemas surgem, e devido a tudo isso a nota usada no ciclo de
sustentabilidade é 3.
1.7. Ética e responsabilidade
A ética parlamentar na cidade de Bonito, é o órgão da Câmara de vereadores
encarregado de julgar e aplicar penalidades aos vereadores, nos casos de descumprimento das
normas relativas ao decoro parlamentar. Ela é composta pelo presidente que é o Vereador
Edilson Eiji Barbosa Morimura, pelo relator que é o vereador José Roberval dos Santos e
pelo membro que é o Vereador Maria das Graças Barbosa da Silva.
Ao se falar do Direito à Cidade, isso retrata a defesa da construção de uma ética
urbana fundamentada na justiça social e na cidadania, afirmando a prevalência dos direitos
urbanos e precisando os preceitos, instrumentos e procedimentos com o fim de viabilizar as
transformações necessárias para que a cidade exerça a sua função social.
Para salvaguardar o princípio da transparência, Bonito se compromete a organizar a
estrutura administrativa de modo tal que garanta a efetiva responsabilidade de seus
governantes frente aos cidadãos(ãs), bem como a responsabilidade da administração
municipal perante os órgãos do governo, complementando a gestão democrática.
A observância dos padrões éticos de conduta traduz compromisso e responsabilidade
na prestação jurídica, judicial ou extrajudicial ao hipossuficiente, além de preservar a imagem
da instituição pública. Dos Atos Atentatórios ao Decoro do Cargo, constitui-se como ato, não
manter o gabinete organizado, deixando de zelar pelo patrimônio e pela documentação sob
sua responsabilidade;
A gestão municipal optou por incentivar mecanismos de transparência e de combate à
corrupção, através dos diversos canais eletrônicos que disponibilizam informações e dados
para o cidadão e estimulam o controle social sobre os poderes públicos. O Portal da
Transparência, bem como o site da prefeitura, disponibiliza informações da gestão financeira
e orçamentária da cidade, visando assim facilitar o controle social.
Na área de atuação do poder legislativo da cidade de Bonito que representa os
cidadãos bonitenses, ela possui em sua visão bem como em seus valores o comprometimento
com esses pontos observados. Ela tem como visão: Trabalhar com competência, transparência
e responsabilidade para ser referência na gestão pública eficiente em todas as suas atividades;
e no seus valores se tem: a transparência, probidade, ética, responsabilidade, competência. A
9
partir de todas as informações do tópico sobre ética e responsabilidade, a nota atribuída para
o ciclo de sustentabilidade foi 6.
2. Domínio Social – Econômico
Nas relações sociais presentes no espaço, o trabalho e renda encontram-se como
fatores de importância diferenciando espacialmente grupos sociais, definindo também a
qualidade de vida em dimensão econômica em que a segregação por classes sociais
apresenta-se como a que domina a estrutura intraurbana.
O espaço-tempo da produção como o espaço tempo das relações sociais, as quais
produzem bens e serviços que satisfazem as necessidades. Para o autor, nas relações sociais
encontra-se uma dupla desigualdade de poder entre capitalistas e trabalhadores, por um lado,
e entre ambos e a natureza, por outro.
Ainda, na desigualdade de poder envolvendo a natureza, considerando os mecanismos
de controle sobre os meios de produção e o trabalho como meio de transformação, e dessa
transformação tem-se como resultado os bens materiais consumíveis, produzem-se também
resíduos materiais, onde se entende a externalidade socioambiental como presente nas
relações de produção de bens afetando o ambiente. Assim, observa-se que “as raízes da crise
ambiental estão no fato de o capital considerar o meio ambiente como um bem livre, e os
danos ambientais dos processos produtivos como externalidades”. O domínio econômico é
definido como as práticas e significados associados à produção, uso e gestão de recursos,
onde o conceito de “recursos” é usado no sentido mais amplo dessa palavra.
2.1. Produção e Recursos
Depois dos tempos áureos vividos pela região durante os ciclos canavieiro, cafeeiro e
algodoeiro, e devido ao fechamento da antiga fábrica de sucos da Maraguary, a situação
econômica atual é bem diferente. O nível de emprego era muito baixo, com a população
vivendo basicamente da agricultura, sendo que o cultivo do inhame representava quase 40%
de todo o emprego do município. É importante lembrar que esses trabalhadores não tinham
registro e, portanto, ficavam sem amparo das leis trabalhistas.
Hoje as coisas mudaram bastante, no qual além do cultivo do inhame, existem
também no município as culturas da batata-doce, tomate, cana-de-açúcar e flores
ornamentais, só que todas essas atividades não são mais o ponto forte da economia da cidade.
Em determinado período as tradicionais atividades econômicas do município, como a
10
agricultura e a pecuária, tinham começado a sinalizar uma situação de crise, impondo um
redirecionamento na economia. A partir disso foi quando o turismo realmente foi implantado
na região, traduzindo-se uma reação à conjuntura econômica vigente. O turismo desponta
como uma atividade promissora, inserida no processo de desenvolvimento regional, além de
ser supostamente condizente com os preceitos do chamado “desenvolvimento sustentável”.
Recentemente a atuação no turismo se tornou o ponto forte da cidade, no qual ela
possui um grande potencial com suas belezas naturais. O rebanho bovino também nos últimos
anos teve um aumento no efetivo de cabeças, no qual esse crescimento que a atividade foi
menos afetada pela inserção do turismo que a agricultura. Na cidade de Bonito se tem como
bens culturais de natureza imaterial o artesanato, gastronomia sertaneja, lenda e folclore, bem
como Festas Populares, e tudo isso acaba fortalecendo a própria cultura da cidade.A cidade de Bonito busca garantir a todas as pessoas o usufruto pleno da economia e
da cultura da cidade, a utilização dos recursos e a realização de projetos e investimentos em
seus benefícios e de seus habitantes, dentro de critérios de equidade distributiva,
complementaridade econômica, e respeito a cultura e sustentabilidade ecológica; o bem estar
de todos seus habitantes em harmonia com a natureza, hoje e para as futuras gerações. A
partir de todas as informações acima, a nota utilizada para o ciclo de sustentabilidade foi 6.
2.2. Troca e Transferência
Atividades econômicas que durante décadas predominaram na região, em especial a
agropecuária, a partir da década de 1990, em função da perda de dinamismo econômico
associada à preocupação ambiental, perderam sua importância na região, cedendo espaço a
atividade turística, que despontou, no imaginário coletivo, como uma atividade que poderia
gerar desenvolvimento regional, contemplando toda a sociedade. O turismo foi imaginado
como atividade capaz de gerar renda para empresários/agropecuaristas, gerar empregos para
os trabalhadores e estaria aliado à conservação ambiental).
Em Bonito, a sociedade teve papel fundamental para o desenvolvimento do turismo,
demonstrando a revolta através da pichação de muros no centro da cidade contra a
degradação ambiental promovida pelos agricultores. Sob a ameaça de ter suas belezas
naturais destruídas, pessoas da cidade, preocupadas com o futuro de Bonito, picharam o muro
da rua principal com a frase: “os agricultores estão acabando com Bonito”, que expressava a
revolta de alguns com a poluição, sensibilizados e motivados pelos acontecimentos da
Eco-92, ocorrida em julho no Rio de Janeiro.
11
Esta ação foi um dos marcos para o início profissional da atividade turística em
Bonito. A maior parte das manifestações ocorridas no início dos anos 90, pela sociedade
local, foi embebida pelas mensagens ambientais de grande efeito proclamadas pela Rio-92.
A cidade se compromete a impedir a especulação imobiliária mediante a adoção de
normas urbanas para uma justa distribuição de cargas e de benefícios gerados pelos processos
de urbanização e de adequação dos instrumentos de políticas econômicas, tributárias e
financeiras e dos gastos públicos com os objetivos e desenvolvimento urbano. Nesse tópico a
nota atribuída a partir de suas informações para o uso no ciclo de sustentabilidade foi de 4.
2.3. Contabilidade e Regulação
Atualmente, no comércio varejista de Bonito existe o predomínio de estabelecimentos
comerciais voltados ao atendimento de turistas. A cidade, a partir da década de 1990, passou
a se especializar no atendimento deste tipo de atividade. Hoje o turismo na totalidade de suas
atividades, representa mais de 56% da mão-de-obra ocupada em Bonito, sendo diversos os
tipos de emprego presentes neste contexto, como guias, agentes, remadores, monitores,
recepcionistas, motoristas, gerentes, guardas, telefonistas, camareiras, etc.
A cidade de Bonito preza pelo princípio da transparência, onde se compromete a
organizar a estrutura administrativa de modo tal que garanta a efetiva responsabilidade de
seus governantes frente aos cidadãos(ãs), bem como a responsabilidade da administração
municipal perante os órgãos do governo, complementando a gestão democrática.
Ao mencionar os geossítios da cidade, eles já são explorados comercialmente. Na
maioria das cachoeiras, por exemplo, o acesso aos visitantes é realizado através do
pagamento de taxas. Em algumas delas inclusive, é montada toda uma infraestrutura para
receber os turistas que vem especialmente para desfrutar dos banhos de cachoeira e práticas
de esportes radicais. Outro exemplo de como a geodiversidade da região pode ser explorada
para fins econômicos é uma pedreira abandonada, que foi utilizada para a extração de granito
no período de construção da PE-103.
Ainda se falando a respeito de trabalho e emprego, em 2021 chegaram à cidade
algumas empresas que acabam por fortificarem a taxa de emprego bem como a própria
economia da cidade. Entre as empresas que chegaram na cidade, está uma multinacional, a
Yazaki Mercosul, empresa que trabalha na confecção de chicotes automotivos. Outro ponto é
que a cidade sempre busca promover o direito de acesso e permanência à terra, aos territórios
e aos recursos naturais por parte dos agricultores familiares e empreendedores familiares. A
partir das informações acima, a nota cabível para o ciclo de sustentabilidade é de 8.
12
2.4. Consumo e Uso
Em relação ao uso habitacional, são encontrados na cidade os tipos de padrões A, B,
C e D (mostrados na figura abaixo). As habitações do padrão “A” concentram-se
principalmente no Centro e no seu entorno imediato, sendo atendidas pelos serviços de
abastecimento d’água, com fossa séptica, coleta de lixo, energia elétrica, iluminação pública,
e maior proximidade com o comércio e os serviços.
O padrão “B” encontra-se também no Centro e em seu entorno, principalmente nos
Bairros Morena e Jucá. As habitações no padrão “C” são as majoritárias, ocupam a área
periférica mais afastadas do Centro, margeando as de padrão “B”. Essas localidades têm
deficiência em serviços urbanos e infraestrutura. As habitações definidas como padrão “D” e
“E” localizam-se, em geral, em áreas periféricas, havendo algumas construções em áreas
íngremes.
13
Outra área urbana localizada no município do Bonito é a Vila Alto Bonito. Situada na
porção oeste do município e limitada ao norte pela PE-109, ela abriga uma área de comércio
e serviços pouco expressivos e com habitações principalmente de padrão C.
A conservação é levada bastante a sério, onde se tem políticas municipais de
agroecologia e produção orgânica, onde se tem ecossistemas naturais e recomposição dos
ecossistemas modificados, por meio de sistemas de produção agrícola e de extrativismo
florestal baseados em recursos renováveis, com a adoção de métodos e práticas culturais,
biológicas e mecânicas, que reduzam resíduos poluentes e a dependência de insumos externos
para a produção.
A cidade sempre busca incentivar a agroecologia nos meios urbanos, periurbanos,
potencializando o uso de espaços públicos disponíveis para a produção de alimentos
saudáveis. O município de Bonito possui até um mercado público voltado para agricultura
familiar, e com essas informações a nota adequada para o uso no ciclo de sustentabilidade é
de 5.
2.5. Trabalho e Bem-Estar
Ao abordar o tópico saúde segundo dados do IBGE, a taxa de mortalidade infantil
média na cidade é de 13,36 óbitos por mil nascidos vivos; Internações por diarreia é de 0,3
internações por mil habitantes e se falando de estabelecimentos de Saúde SUS, são 21. Para o
órgão de planejamento, coordenação, execução, controle e avaliação de atividades do
Município, se tem:
I – prestar assistência direta ao Prefeito, no desempenho de suas atribuições;
II – planejar, programar, elaborar e executar a política de saúde do Município, conforme as
diretrizes do SUS, através da implementação do Sistema Municipal da Saúde e do
desenvolvimento de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde da população, com
a realização hierarquizada e integrada das ações assistenciais;
III – estabelecer diretrizes e promover o desenvolvimento da política municipal de saúde, por
meio da formulação, execução e acompanhamento do Plano Municipal de Saúde, em
consonância com as deliberações diretrizes tripartites e com o que estabelece a Lei Federal n°
8.080, de 19 de setembro de 1990;
IV – atender de forma integral, universal e equânime, garantindo acesso da população a todos
os níveis de serviços, contemplando ações de promoção, proteção e recuperação da saúde
individual e coletiva;
14
V – promover pesquisas, estudos e avaliação da demanda aos serviços de saúde, das
necessidades de saúde da população do Município e da oferta de serviços nas unidades que
compõem o sistema local de saúde;
VI – promover, no âmbito do Município, a fiscalizaçãoe o controle das condições sanitárias,
de higiene, saneamento, alimentos e medicamentos;
VII – prestar serviços ambulatoriais de média complexidade no nível de competência do
Município;
VIII – prestar serviços de urgência e emergência, no nível de competência do Município;
IX – desenvolver ações intersetoriais – para o desenvolvimento de programas conjuntos de
promoção da saúde – articuladas com outros órgãos da administração municipal, estadual e
federal e com entidades da iniciativa privada;
X – captar recursos financeiros – junto a órgãos, entidades e programas internacionais,
federais e estaduais – para desenvolver projetos e programas específicos;
XI – planejar, programar, executar e controlar o orçamento da Secretaria;
XII – gerir os recursos destinados à saúde, através do Fundo Municipal de Saúde, tendo como
referência o Plano Municipal de Assistência Social;
XIII – executar outras tarefas correlatas determinadas pelo Prefeito.
Já abordando o trabalho, em 2019 o salário médio mensal era de 1.7 salários mínimos.
A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 7.5%. Na comparação
com os outros municípios do estado, ocupava as posições 58 de 185 e 96 de 185,
respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 3754 de 5570
e 4315 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até
meio salário mínimo por pessoa, tinha 52.4% da população nessas condições, o que o
colocava na posição 63 de 185 dentre as cidades do estado e na posição 915 de 5570 dentre as
cidades do Brasil.
Com a introdução da atividade turística, expandiram-se as atividades comerciais,
como hotéis, bares, restaurantes, enfim, estabelecimentos destinados a atender turistas. A
atividade turística também modifica as relações de trabalho existentes nesta cidade;
atualmente, grande maioria dos trabalhadores locais trabalha direta ou indiretamente com
alguma atividade relacionada ao turismo.
A cidade busca promover o uso sustentável dos recursos naturais, observadas as
disposições que regulam as relações de trabalho e favoreçam o bem-estar das populações do
campo e da cidade. Ela também busca pela implantação dos equipamentos necessários no
sistema de mobilidade e circulação; à adaptação de todas as edificações públicas ou de uso
15
público e os locais de trabalho e lazer com o fim de garantir o acesso das pessoas portadoras
de deficiências. A nota para o ciclo de sustentabilidade utilizada neste tópico é de 5.
2.6. Tecnologia e Infraestrutura
O município de Bonito, em Pernambuco, possui um forte apelo às atribuições de
políticas públicas, no qual a sua prefeitura toca um projeto bastante avançado e ousado que
tenta promover a inclusão social de sua população menos favorecida, utilizando TICs como
instrumento para a construção e o exercício da cidadania. Com essas ações, o Governo
Municipal amplia o conceito de inclusão digital como uma integração
A principal bandeira política da atual gestão municipal de Bonito foi criar
infraestrutura para propiciar um ambiente favorável ao desenvolvimento tecnológico, e assim
promover a utilização das tecnologias digitais de forma a contribuir para o aprofundamento
da participação popular, o controle social e a eficiência do poder local na prestação de serviço
público.
Outro ponto que vale a pena ressaltar nos seus objetivos é o de auxiliar na concepção
e implementação de políticas públicas de desenvolvimento da ciência e tecnologia, e de
inovação tecnológica do setor produtivo de TICs e aquicultura, e assim contribuir para
estabelecer, na cidade de Bonito, condições legais, econômicas e ambientais favoráveis à
atração de capital humano qualificado, novos negócios e empresas de alta tecnologia.
16
A cidade se compromete a garantir que todas as pessoas acessem a informação
pública eficaz e transparente, para tanto promoveram acessibilidade a todos os setores da
população e a aprendizagem de tecnologias de informação, seu acesso e a atualização.
Quando se trata de planos governamentais que abrangem o município do Bonito,
destaca-se no âmbito federal o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) desenvolvido
através do Ministério do Planejamento. De acordo com o PAC (2016), em Bonito, as obras
em processo de licitação, execução, em obras, bem como as que já estão concluídas
correspondem ao eixo Infraestrutura Social e Urbana do programa.
Devido ao grande fluxo de pessoas à cachoeira Véu da Noiva, há necessidade de
medidas de segurança e infraestruturas adequadas, que garantam o bem-estar dos visitantes e
não causem grandes impactos ao meio ambiente. A exemplo disso, a implantação de
escadarias de acesso seguras e também sinalização e equipamentos de segurança adequados,
de modo a evitar acidentes, inclusive nas práticas de rapel.
Bonito já é bastante conhecido a partir de seus pontos turísticos, entretanto ainda
existe muito mais a ser explorado, como por exemplo, o ponto turístico conhecido na região e
não divulgado pela prefeitura de Bonito como ponto turístico, as corredeiras do Poço da
Negra, no qual possuem um grande potencial geoturístico, didático e científico, desde que se
invista na divulgação, valorização, monitoramento e infraestrutura básica para esse fim. Com
as informações do tópico, a nota apropriada para o ciclo de sustentabilidade é de 7.
2.7. Riqueza e Distribuição
O PIB da cidade é de cerca de R$ 457,2 mil, sendo que 38,7% do valor adicionado
advém da administração pública, na sequência aparecem as participações dos serviços
(31,2%), da agropecuária (38,7%) e da indústria (12,2%). Com esta estrutura, o PIB per
capita de Bonito é de R$ 12 mil, valor inferior à média do estado (R$ 20,7 mil), da grande
região de Caruaru (R$ 13,7 mil) e da pequena região de Caruaru (R$ 14,5 mil).
O município possui 2,3 mil empregos com carteira assinada, a ocupação
predominante destes trabalhadores é a de professor de nível médio na educação infantil (294),
seguido de vendedor de comércio varejista (168) e de trabalhador de serviços de limpeza e
conservação de áreas públicas (150). A remuneração média dos trabalhadores formais do
município é de R$ 1,6 mil, valor abaixo da média do estado, de R$ 2,2 mil.
A concentração de renda entre as classes econômicas em Bonito pode ser considerada
normal e é relativamente inferior à média estadual. As faixas de menor poder aquisitivo (E e
D) participam com 78,5% do total de remunerações da cidade, enquanto que as classes mais
17
altas representam 3,8%. Destaca-se que a composição de renda das classes mais baixas da
cidade têm uma concentração 26,4 pontos percentuais maior que a média estadual, já as
faixas de alta renda possuem participação 14,2 pontos abaixo da média.
Ao tratar da distribuição da população por sexo, Bonito apresenta 50,55% de
mulheres no total, sendo estas também maioria na área urbana. Entretanto, na área rural, a
presença dos homens é maior do que a das mulheres, representando 16,1% dos 30,23% que
corresponde à população rural. E a Zona de Amortecimento da UC segue o mesmo padrão
quando comparado com a população rural.
A Economia Popular Solidária da cidade de Bonito, constitui-se de iniciativas da
sociedade civil que visam à geração de produto ou Serviço, por meio da organização, da
cooperação, da gestão democrática, da solidariedade, da distribuição equitativa das riquezas
produzidas coletivamente, da autogestão, do desenvolvimento local integrado e sustentável,
do respeito ao equilíbrio dos ecossistemas, da valorização do ser humano e do trabalho e do
estabelecimento de relações igualitárias entre homens e mulheres.
Bonito configura-se de uma área estratégica para o desenvolvimento do geoturismo,
não somente pela riqueza de sua geodiversidade, mas também por agregar a ela elementos
culturais e históricos, ratificando a importância do patrimônio geológico como fator de
identificação de uma população com o meio físico da região onde habita. Desta forma, o
turismo debase geológica (geoturismo), pode se configurar em um eficaz mecanismo de
desenvolvimento local, aproveitando os elementos da geodiversidade presentes na região
através do conhecimento, geoconservação e uso sustentável desses potenciais geossítios,
18
contribuindo para a inserção da comunidade local na divulgação e valorização do patrimônio
geológico e geomorfológico presente no município de Bonito. A partir do conteúdo acima, a
nota conveniente para o uso no ciclo de sustentabilidade é de 5.
3. Domínio Social – Ecológico
O domínio ecológico é definido como as práticas e significados que ocorrem na
interseção entre os domínios social e natural, com foco na importante dimensão do
engajamento humano com e dentro da natureza, mas também incluindo o ambiente
construído.
A estabilidade ecológica dos assentamentos humanos é parte da relação entre os seres
humanos e seus ambientes naturais, sociais e construídos. Também denominado ecologia
humana, isso amplia o foco do desenvolvimento sustentável para incluir o domínio da saúde
humana. Necessidades humanas fundamentais, como a disponibilidade e a qualidade do ar, da
água, dos alimentos e do abrigo, também são as bases ecológicas para o desenvolvimento
sustentável. A abordagem do risco à saúde pública através de investimentos em serviços
ecossistêmicos pode ser uma força poderosa e transformadora para o desenvolvimento
sustentável, que, nesse sentido, se estende a todas as espécies.
3.1. Materiais e Energia
A Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Alimentar em
parceria com a PEXT/UFRPE deu início ao Projeto de Construção de Biodigestores. A ação
está em consonância com o Plano Municipal de Agroecologia e Produção Orgânica de
Bonito, e teve uma propriedade no Sítio Pratinha como primeira beneficiada.
Os biodigestores são equipamentos de fabricação relativamente simples, que
possibilitam o reaproveitamento de detritos para gerar gás e adubo, também chamados de
biogás e biofertilizantes.
Tal projeto foi vem sendo realizado pela necessidade dos agricultores bonitenses em
aproveitar melhor todo o processo de produção, desde as lavouras, até a parte de adubação, e
entre esse período conseguir gerar gás e adubo, trazendo mais autonomia para os produtores
da cidade.
Em relação a produtos recicláveis, a Associação Recicla Bonito, carregou no último
ano, a sua primeira carga de produtos recicláveis oriundos do programa de coleta seletiva do
município de Bonito.
19
Foram carregados 94 fardos, com aproximadamente 150 kg cada um, totalizando mais
de 14 toneladas, transportados para uma empresa compradora no município, a Reciclanart.
Tratando da necessidade de combustíveis fósseis e da eletricidade, a cidade de Bonito
é extremamente dependente de empresas produtoras que enviam para a cidade, como o caso
da energia elétrica que é distribuída pela Celpe, do grupo Neoenergia Pernambuco, e os
combustíveis fósseis que são produzidos nas refinarias de Abreu e Lima, Pernambuco e que
são vendidos nos postos de combustíveis espalhados pela cidade.
Deste modo, ao analisar o ponto de materiais e energia, percebe-se que a cidade
bonitense é muito dependente e não detém meios de produção, o que faz com que esta não
possua um bom controle e nem disponibilize de estratégias para buscar uma produção
sustentável na área urbana, sendo assim, a nota para este ponto no ciclo de sustentabilidade é
de 3.
3.2. Água e ar
O abastecimento de água potável é constituído pelas atividades, infraestruturas e
instalações necessárias ao abastecimento desde a captação até as ligações prediais e
respectivos instrumentos de medição. No decreto n° 7.217/2010 (art. 4°), detalha-se que são
incluídas as atividades de reservação, captação e adução da água bruta, tratamento da água,
adução da água tratada e reservação da água tratada.
93,43% da população total de BONITO tem acesso aos serviços de abastecimento de
água. A média do estado de Pernambuco é 81,15% e, do país, 83,71%.
Em BONITO (PE), o prestador mede o consumo de 92,47% das economias de água,
que são todos os estabelecimentos que possuem o hidrômetro. 31,03% da água captada é
perdida na rede antes de chegar às economias.
Os cuidados com a água são a razão de ser da Compesa. E não poderia ser diferente
para uma empresa que tem como matéria prima um recurso natural tão valioso para a vida
humana. Cumprimos à risca a Portaria nº 2914/11 do Ministério da Saúde, que regulamenta o
controle da qualidade da água.
Deste modo, é medida a cor e turbidez da água bruta captada nos mananciais de
superfície (rios, lagos, barragens) e da saída dos decantadores. Turbidez na água da saída dos
filtros. Cor, turbidez, cloro residual e pH da água tratada. Sais, metais, compostos orgânicos,
compostos hidrobiológicos e toxicológicos para os mananciais e a água tratada na saída das
Estações de Tratamento de Água, além da análise microbiológica dos mananciais
20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7217.htm
Em relação a tempo e clima, Bonito possui clima tropical, com temperatura média
anual de 25º C e períodos de cheia (verão) e de seca (inverno).
O período entre a primavera e verão é bem quente e úmido, com temperaturas altas de
dia e de noite e chuvas esparsas que se intensificam principalmente entre Dezembro e Março
e aumentam o volume de água dos rios, deixando as cachoeiras mais caudalosas e a
vegetação mais verde.
Já no período de outono e inverno a maioria dos dias também costuma ser quente e
mais seco, e à noite a temperatura cai ficando em torno dos 20º C e pode chegar até os 15º C
nos dias mais frios, geralmente entre Maio e Agosto. Os rios ficam mais limpos e a
visibilidade da água fica incrível, sendo uma ótima época para mergulhar e fazer flutuação.
Em se tratando da qualidade da cidade, a arborização das vias, áreas verdes e mata
ciliar é um tema imprescindível quando falamos de qualidade nos núcleos urbanos. Os
indivíduos arbustivos ou arbóreos que nos circundam em nossa ida ao trabalho, escola ou
estão nas nossas calçadas nos oferecem benefícios relevantes no nosso dia a dia. Eles têm o
poder de agir diretamente no microclima, podendo diminuir em até 4°C a temperatura da área
onde se encontram.
Além de deixar as ruas mais bonitas, também reduzem o barulho externo ocasionado
pelo tráfego, filtram o ar poluente, consomem o gás carbônico e produzem oxigênio,
mitigando os efeitos negativos das emissões de gases nocivos. As árvores também realizam a
captação das águas da chuva, permitindo maior penetração no solo, reduzindo, assim, a
possibilidade de alagamentos e proporcionando a recarga dos lençóis freáticos.
Durante a visita de campo para a realização do Plano de Desenvolvimento Integrado
do Turismo Sustentável do Polo Agreste, foram verificados que algumas cachoeiras estão
sendo prejudicadas pelo comportamento inadequado dos turistas e proprietários, já que estes
não atuam ativamente na estratégia de preservação do ambiente, deixando inclusive lixo
espalhado pela propriedade. Outro ponto constatado durante essa visita foi que em
determinados períodos de estiagem do ano, os agricultores represam a água das cachoeiras
para utilizar na irrigação das plantações, impactando, assim, diretamente no volume de água
das cachoeiras.
Essa falta de regramento das atividades e modificações de uso do solo se traduzem em
uma potencialização do principal efeito modificador da dinâmica de funcionamento dos
remanescentes de floresta do Município que são os efeitos provenientes da fragmentação de
habitats naturais. Esses efeitos se traduzem em um comprometimento da prestação de
serviços ambientais fundamentais, como por exemplo, a manutenção da relação com a
21
floresta e água como principal forma de garantir segurança hídrica para as zonas de captação
de água do Município.
Em se tratando da qualidade da água e ar, podemos dar nota 7 no ciclo de
sustentabilidade, ou seja, é altamente satisfatório. Mesmo a cidadeestando localizada numa
região rodeada por reservas florestais e parques ecológicos, com ótima qualidade de água e
ar, percebe-se que não existem estratégias eficientes sendo propostas para manter esta
qualidade por muito tempo, o que pode a curto prazo comprometer a qualidade da água e do
ar na cidade.
3.3. Flora e Fauna
O Estado de Pernambuco segue o mesmo padrão nacional de uma série de entraves
para a implementação de um Sistema de Áreas Protegidas que desempenhe o papel de
conservação da biodiversidade e dos serviços ambientais essenciais para a população. Apesar
de Pernambuco possuir um Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), a grande
maioria das 81 Unidades de Conservação do Estado não são implementadas, ou seja, não
possuem planos de manejo ou conselho gestor.
De maneira adicional, o Sistema de Áreas Protegidas do Estado não representa nem
1% das áreas naturais ou remanescentes dos dois principais ecossistemas encontrados que
possuem ocorrência em PE que são a Floresta Atlântica e a Caatinga. Para se ter uma ideia da
gravidade disso, um colapso dos processos ecológicos já começa a ser documentado nestes
ecossistemas. Por exemplo, os remanescentes de Floresta Atlântica ao Norte do Rio São
Francisco compreendem as florestas costeiras situadas entre os estados de Alagoas,
Pernambuco, Paraíba e o Rio Grande do Norte.
Essa região é categorizada como uma região biogeográfica única da Floresta Atlântica
Brasileira, devido à presença de um grupo de aves endêmicas dessa região. Devido ao
histórico de fragmentação e defaunação, que datam desde o século XVI, a quantidade de
habitat natural remanescente (incluindo fragmentos menores do que 100 ha, a classe de
tamanho mais representativa da região) correspondem a apenas 12%, conferindo o título da
porção mais ameaçada da Floresta Atlântica brasileira.
Devido a esse longo histórico de atividades deletérias registradas para essa porção da
Floresta Atlântica brasileira é possível entender e investigar os efeitos de longo prazo
relacionados à perda de habitat natural e suas consequências para a dinâmica de
funcionamento dos remanescentes de floresta e para os padrões de retenção de
biodiversidade. Alguns padrões já foram descritos para essa região. Por exemplo, mudanças
22
nas composições taxonômicas e funcionais podem ser verificadas em pequenos fragmentos
de floresta (> 100 ha) que conseguem reter uma baixa riqueza de árvores, poucas árvores
emergentes, e uma baixíssima quantidade de espécies com grandes sementes e que são
polinizadas por vertebrados.
Ainda, diferenças entre as abundâncias de árvores ao longo de bordas, pequenos
fragmentos e interior de florestas foram identificadas. Para se ter uma ideia, Tabarelli et al.,
(2010) encontraram que um quarto de todas as espécies de árvores amostradas em um
conjunto de 20 fragmentos possuíam pequenas sementes, e nesses mesmos habitats ocorre
uma baixíssima frequência de espécies que produzem grandes frutos (> 30mm) e que estão
sempre verdes ao longo do ano.
Para a caracterização da fauna destaca-se que foi realizado durante as caminhadas
para caracterização da flora, dessa forma o percurso e distância percorrida é o mesmo.
O levantamento dos dados secundários foi realizado utilizando-se os trabalhos de
Burgos e Cintra (2010) e Farias et al. (2016). Durante as caminhadas foi pouco observada a
presença de animais na área, apenas a presença de uma cobra cipó (Chironius bicarinatus) e
de aves no interior da UC.
O levantamento da fauna permitiu a identificação de 162 espécies distribuídas em 56
famílias da fauna. A família mais representativa foi a Tyrannidae com 22 espécies, seguida da
Trochilidae (15 sp), Thraupidae (12 sp.), Thamnophilidae (9 sp.) e Emberizidae (7 sp.).
Juntas essas famílias representam 40% de todas as espécies observadas.
Muito vem sendo feito no sentido de promover a preservação dos biomas presentes no
território brasileiro. Recentemente, uma série de políticas e dispositivos legais foram criados
no sentido de dar efetividade à agenda de conservação e recuperação da vegetação nativa no
País como um todo.
Para a área de Floresta Atlântica não é diferente. O bioma mais ameaçado do País é
reconhecido internacionalmente como um “hotspot” de biodiversidade, abrigando ainda uma
grande quantidade de espécies, muitas delas endêmicas e ameaçadas de extinção, possuindo
apenas 12,5% de sua área original.
Nesse contexto, foi criada em 2006 uma lei específica para a proteção do bioma Mata
Atlântica. A lei federal 11.428, prevê uma série de medidas para a proteção do que resta da
Floresta Atlântica brasileira. Ela criou ainda um dispositivo visando fazer com que os
municípios presentes nesse bioma adotem políticas para sua proteção, facultando a cada
município presente nos limites da Floresta Atlântica, a elaboração de um Plano Municipal de
Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA), podendo com isso, acessar recursos
23
provenientes do fundo de restauração do Bioma Mata Atlântica para realizar ações em prol de
conservação e recuperação dessas áreas.
Dessa forma, o PMMA se mostra como um instrumento chave na conservação da
biodiversidade e dos serviços ambientais restantes na Floresta Atlântica brasileira, sendo um
documento técnico que visa sobretudo a realização de um diagnóstico da situação das
florestas do município e a elaboração de programas e ações que garantam efetividade na
conservação e recuperação dos remanescentes de floresta em escala municipal, conforme
regulamentado em lei (Decreto federal 6.660/08).
A arborização urbana é fundamental para as cidades. É através dela que se pode
salvaguardar a identidade biológica da região, preservando e cultivando as espécies nativas
que ocorrem em cada município ou região específica, sendo também uma forma de salvar
espécies ameaçadas de extinção. Melhoram a qualidade de vida dos moradores, fornecendo
um ar purificado, diminuindo a temperatura do local e protegendo as moradias de ruídos
externos elevados, desempenhando um papel vital para o bem estar da comunidade.
As árvores no meio urbano também oferecem abrigo e alimentação à fauna local,
conservando suas belezas e diversidade. Porém, em Bonito foi verificado a presença
majoritária de espécies exóticas, o que traz vários prejuízos ao ecossistema.
As árvores na paisagem urbana tendem a trazer muitos benefícios, mas um problema
em especial vem causando impactos ambientais bastante significativos, a contaminação
biológica, que na arborização de cidades vem se apresentando pela utilização de espécies
exóticas. A contaminação biológica é o processo de introdução e adaptação de espécies que
não fazem parte, naturalmente, de um dado ecossistema, mas que se naturalizam e passam a
provocar mudanças em seu funcionamento.
Problemas como a perda de biodiversidade representada pela morte e afugentamento
de animais juntamente com a diminuição da riqueza de espécies da flora além da exposição
ao solo a problemas como a erosão e o seu empobrecimento podem ser evidenciadas por
conta de ações como o desmatamento e a conversão de florestas em culturas agrícolas, que
trazem problemas diretos quanto ao estado de conservação do fragmento.
As espécies exóticas invasoras são consideradas a segunda maior causa de extinção de
espécies no planeta, afetando diretamente a biodiversidade, a economia e a saúde humana.
Desta forma, torna-se importante haver a inserção de espécies nativas nos próximos plantios,
juntamente com a manutenção dos espécimes preexistentes.
Outro impacto negativo observado neste fragmento é quanto à caça. Em vários
trechos foi possível encontrar armadilhas e pontos de espera para caça. Dessa forma esses
24
tipos de atividade juntamente com o desmatamento são os grandes responsáveis pelo
processo conhecido como defaunação.
A defaunação consiste na diminuição da riqueza, diversidade e/ou biomassa de
animais da floresta que ocorre principalmente devido à caça e desmatamento do habitat.Esse
tipo de atividade reduz de forma rápida e drástica as espécies de mamíferos e aves de médio e
grande porte, tendo consequências imediatas na demografia, diversidade e densidade de
espécies animais. Além disso, por conta desse processo há a quebra ou relaxamento das
interações animal-planta, interferindo na dinâmica florestal, o que tem sérias implicações
sobre a manutenção dos ecossistemas e seu estado de conservação.
Como no município do Bonito foi verificada uma alta ocorrência de espécies exóticas
utilizadas na arborização, torna-se importante que para projetos futuros de arborização seja
utilizada apenas espécies nativas da Floresta Atlântica e que haja a substituição gradativa em
relação às espécies exóticas já plantadas em vias, praças e mata ciliar do município.
Para a espécie exótica Spathodea campanulata (P. Beauv), conhecida vulgarmente por
espatódea, pelo fato de possuir alcalóides tóxicos nas flores, que pode ocasionar
envenenamento de algumas aves e insetos importantes na dispersão de sementes e frutos de
espécies da região, recomenda-se a erradicação desses indivíduos e a substituição dos
mesmos por espécies nativas da região.
Dentre as alternativas de desenvolvimento econômico sustentável encontradas na
região, destaca-se a agricultura, através de sistemas agroflorestais, e o ecoturismo. Os
sistemas agroflorestais correspondem a consórcios de culturas agrícolas com espécies
arbóreas, onde, dentre outros benefícios, otimiza a produtividade, diminui a perda de
fertilidade do solo e o ataque de pragas, possibilita o restabelecimento de boa parte das
relações entre as plantas e os animais, bem como pode ser uma estratégia para o combate da
erosão.
Tratando de Fauna e Flora na cidade de Bonito, Pernambuco, percebemos que a
biodiversidade é um compromisso da cidade para o meio ambiente, com várias projetos de
preservação e parques ecológicos, assim como arborização da cidade, buscando substituir
espécies invasoras por espécies nativas da região, com isso, a nota para este ponto no ciclo de
sustentabilidade é de 6, ou seja, é satisfatório.
25
3.4. Habitação e Assentamentos
Topografia de Bonito, Microrregião do Brejo Pernambucano, Região Geográfica
Intermediária de Caruaru, Pernambuco, Região Nordeste, 55680-000, Brasil (-8.48639
-35.73721).
Realização de vistoria in loco para avaliação das condições físicas das edificações e
concluir se as mesmas atendem minimamente às exigências de habitabilidade, salubridade e
segurança. Em relação a habitabilidade a prefeitura de Bonito Pernambuco não disponibilizou
informações.
Bonito tem 3 UCs:
A criação de Unidades de Conservação (UC) é uma das grandes conquistas para
proteção, conservação e manejo da biodiversidade. Para garantir que cada UC cumpra seu
papel na conservação do patrimônio paisagístico e cultural, além da proteção e preservação
da fauna e da flora, foram elaborados planos de manejo, levando em conta todas as
características das áreas de preservação, garantindo o uso sustentável de cada uma delas.
A construção dos planos de manejo, pelo consórcio de empresas Processo Engenharia
e Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan), pretende potencializar as atividades
turísticas e ambientais.
Também foi elaborado o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata
Atlântica – PMMA, que traz um diagnóstico da situação ambiental do município, aponta
diretrizes e oferece subsídios técnicos para a gestão, visando integrar projetos e ações em
consonância com as leis e códigos ambientais vigentes.
Um processo adequado de planejamento e gestão dos serviços de DMAPU é um dos
elementos essenciais para minimizar os impactos sofridos pelas populações, em decorrência
de eventos hidrológicos extremos.
BONITO possui suas áreas de risco de inundação mapeadas, e possui sistemas de
alerta de riscos hidrológicos.
Existe mapeamento de áreas de risco de inundação dos cursos d'água urbanos; O
mapeamento é parcial; Existem sistemas de alerta de riscos hidrológicos (alagamentos,
enxurradas, inundações); Não existe um Plano Diretor de Drenagem; Não existe cadastro
técnico das obras de drenagem; O município participa de comitê de bacia ou sub-bacia
organizado, assim como realizou intervenção ou manutenção em seus sistemas de drenagem
no ano anterior.
Em relação a habitação e assentamentos na cidade de Bonito, podemos dar a nota 5 no
ciclo de sustentabilidade, ou seja, básico, visto que pontos como a topografia, existência de
26
vegetação nativa na cidade, existência de 3 parques de conservação, assim como constante
manutenção e recuperação dos parques ecológicos.
3.5. Forma Construída e Transporte
Bonito é um município do Nordeste brasileiro e fica no estado de Pernambuco (PE).
Está localizado na mesorregião Agreste Pernambucano e na microrregião Brejo
Pernambucano.
De acordo com o censo realizado no ano de 2010 pelo IBGE - Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, o município de Bonito tinha 37.566 habitantes. Em 2015 o total de
habitantes foi de 38.094 e em 2016 a estimativa foi de 38.069 habitantes. Já em 2017, a
população estimada foi de 38.044 habitantes.
A área total do município de Bonito em 2010 era de 395.611. Sua densidade
demográfica era de 94.96 habitantes/km².
Em se tratando de transporte, na cidade de Bonito se tem as opções de carros
populares, táxis, ônibus, motocicletas, vans e toyotas (lotação típica do interior
pernambucano). Não dispondo de aeroportos e nem de linhas férreas de trem ou metrô. A
cidade possui boa localização, assim como fácil acesso pelas rodovias. Entretanto, não
percebe uma infraestrutura voltada para sustentabilidade em seu sistema de transporte. Deste
modo, a nota que se dá no ciclo de sustentabilidade para este ponto é de 4.
3.6. Incorporação e Sustento
A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 13.36 para 1.000 nascidos vivos.
As internações devido a diarreias são de 0.3 para cada 1.000 habitantes. Comparado com
todos os municípios do estado, fica nas posições 151 de 185 e 128 de 185, respectivamente.
Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 3780 de 5570 e 3907 de
5570, respectivamente.
O Município possui uso do solo rural, exclusivamente para a agricultura familiar e
produção agropecuária extrativista, com pastos para bovinos. Não há legislação municipal de
incentivo à conservação e preservação dos recursos naturais e há baixo índice de orientação
às atividades agrícolas.
No curto prazo se faz necessário o desenvolvimento de arranjos de parceria com o
setor de turismo, em específico com o setor hoteleiro e de pousadas. No médio e longo prazo,
em atividades coordenadas pelo conselho gestor, se faz estratégico o desenvolvimento de um
grupo de trabalho específico para captação de recursos públicos e privados.
27
O grande desafio desse grupo está em preparar projetos competitivos para a atração
desses recursos. Ainda, é imprescindível desenvolver a cultura de estabelecimento de
parcerias multissetoriais pautadas na vocação que a unidade de conservação possui, pois
dessa forma será possível criar um portfólio de parceiros que possam apoiar as diversas
demandas. Deste modo, levando em conta os pontos acima citados, a nota do círculo de
sustentabilidade, acerca do ponto de incorporação e sustento é 3.
3.7. Emissão e Resíduos
Ao mitigar a emissão de CO2 e de outros gases de efeito estufa decorrente da
degradação de ecossistemas naturais, as unidades de conservação ajudam a impedir o
aumento da concentração desses gases na atmosfera terrestre. Esses exemplos permitem
constatar que esses espaços protegidos desempenham papel crucial na proteção de recursos
estratégicos para o desenvolvimento do país, um aspecto pouco percebido pela maior parte da
sociedade, incluindo tomadores de decisão, e que, adicionalmente, possibilitam enfrentar o
aquecimento global.
Esses cenários são preocupantes, requerendo ações de planejamento para convivência
e mitigação dos seus impactos,sendo uma das estratégias mais proeminentes para isso, a
manutenção da floresta “em pé”.
Já são demonstradas evidências científicas que apontam para um cenário de mudanças
climáticas que provocarão um aumento das temperaturas médias da área onde se insere a
unidade de conservação, bem como a diminuição de precipitações, reduzindo, por
conseguinte, a disponibilidade hídrica, e aumentando a vulnerabilidade das populações que
dependem deste recurso.
Nestas áreas, como já pontuado no diagnóstico, existe uma série de ameaças à sua
conservação que se abatem sobre todos os remanescentes do município, estando eles
protegidos ou não.
Os maiores expoentes desses problemas são a presença de fogo no entorno, provocado
pelas práticas agrícolas de queima pré-plantio realizadas no município, ou mesmo de queima
de resíduos, já havendo registros de queimadas atingindo diversas áreas da UC e de outros
fragmentos florestais da região.
Os serviços de limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos são constituídos pelas
atividades, infraestruturas e instalações operacionais de: coleta, transporte, transbordo,
tratamento e disposição final adequados do lixo doméstico e dos serviços de varrição e
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limpeza de logradouros e vias públicas, incluindo triagem para fins de reúso ou reciclagem,
de tratamento, inclusive por compostagem, e varrição, capina e poda de árvores em vias e
logradouros públicos e outros eventuais serviços da limpeza pública urbana (Lei n°
11.445/2007, art. 7º).
A presença de lixo também é outro fator bastante recorrente em todas as áreas
florestadas tendo diversas causas, desde o não atendimento da população na promoção da
coleta regular, até a própria desinformação das pessoas acerca de como descartar
corretamente seu lixo e o impacto deste em ecossistemas florestados.
Em BONITO, 73,43% da população total é atendida com coleta de Resíduos
Domiciliares. Vale reparar na diferença da taxa de cobertura da população urbana, de 67,66%,
frente à população rural, de 86,72%.
A população total atendida por coleta de resíduos domiciliares é de 28 mil, desses, 18
mil são da zona urbana da cidade e outros 10 mil são da zona rural.
Se comparado ao total de habitantes beneficiados com a coleta de resíduos
domiciliares entre município, estado e federação, percebe-se que a cidade de Bonito está bem
atrás na porcentagem de população atendida. Enquanto Bonito possui um total de 73,43% da
população total beneficiada, no Estado de Pernambuco como um todo esse percentual é de
89,34%, e, se comparado ao país como um todo, o percentual é ainda maior, totalizando
92,06%.
O esgotamento sanitário é constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações
operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos
sanitários; inclui desde as ligações prediais até o lançamento final no meio ambiente.
BONITO possui 1,57% de seu esgoto manejado de forma adequada, por meio de
sistemas centralizados de coleta e tratamento ou de soluções individuais. Do restante, 82,88%
é coletado mas não é tratado e 15,55% não é tratado nem coletado.
Se comparado ao total de habitantes beneficiados com o tratamento de esgoto entre
município, estado e federação, percebe-se que a cidade de Bonito está bem atrás na
porcentagem de população atendida. Enquanto Bonito possui um índice sem atendimento sem
Coleta e sem Tratamento 15,55%, o Estado possui um percentual de 38,8% e o país de
23,6%. Em relação ao índice de atendimento por solução individual, a cidade de Bonito
possui um total de 1,57%, o Estado possui um percentual de 5,72% e o país de 8,64%. No
que se refere ao índice de atendimento com coleta e sem tratamento, a cidade de Bonito
possui um total de 82,88%, o Estado possui um percentual de 26,39% e o país de 22,83%. Por
fim, tratando-se do índice de atendimento com coleta e com tratamento, a cidade de Bonito
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não possui este tipo de tratamento, enquanto o Estado possui um percentual de 14,6% e o país
de 38,26%.
A drenagem e o manejo das águas pluviais urbanas são constituídos pelas atividades
de planejamento, gestão e manutenção, pela infraestrutura e pelas instalações operacionais de
drenagem de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de
vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas, contempladas a
limpeza e a fiscalização preventiva das redes. Os prestadores ou órgão responsável por este
serviço são, quase em sua totalidade, as próprias prefeituras municipais.
Diferentemente dos outros componentes do saneamento, o conceito de atendimento
ou déficit com relação aos serviços de drenagem urbana ainda não é algo consolidado. O
conjunto de informações e indicadores levantados pelo SNIS ainda estão em fase de
desenvolvimento. A baixa disponibilidade dos informações sobre as estruturas e situação nos
Municípios, também restringe a qualidade dos dados obtidos.
69,76% da área de BONITO é considerada área urbana, com densidade de 97,75 mil
pessoas/ha. Problemas nos sistemas de drenagem e manejo das águas pluviais podem
desencadear impactos diretos sobre a vida da população nas áreas urbanas. 1,7% dos
domicílios de BONITO estão sujeitos a risco de inundação. De 2013 a 2019 foram registradas
4 enxurradas, inundações ou alagamentos.
35% das vias públicas da área urbana de BONITO são pavimentadas e possuem
meio-fio. A média das cidades do estado é de 68,91% e a do país, 74,23%.
Se comparado ao total de habitantes beneficiados com drenagem e manejo das águas
pluviais urbanas entre município, estado e federação, percebe-se que a cidade de Bonito está
bem atrás na porcentagem de população atendida. Enquanto Bonito possui uma taxa de
cobertura de vias públicas com pavimentação e meio-fio, na área urbana de apenas 35%, o
estado de Pernambuco possui um total de 68,91%, e o país um total de 74,23%.
No que se refere a taxa de cobertura de vias públicas com redes ou canais pluviais
subterrâneos, na área urbana de Bonito - PE, não se possui nenhuma rede ou canal pluvial
subterrâneos, enquanto no estado de Pernambuco tem-se 10,86% e no restante do país, um
total de 26,74%. Tratando da parcela de Cursos d’Água Naturais Perenes em Área Urbana
com Parques Lineares, a cidade de Bonito também não possui nenhuma, o estado
pernambucano possui um total de 0,08% e o Brasil um total de 1,92%.
Em relação a parcela de Cursos d’Água Naturais Perenes com Canalização Aberta,
em Bonito tem-se um total de 33,3%, no estado Pernambuco 11,67% e no restante do Brasil
9,84%. Por fim, em relação a parcela de Cursos d’Água Naturais Perenes com Canalização
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Fechada e parcela de Cursos d’Água Naturais Perenes com Diques, a cidade de Bonito não
possui nenhum dos dois, o estado pernambucano apresenta 2,12% e 4,31% respectivamente e
o Brasil um total de 4,9% e 4,58% respectivamente.
Mesmo dispondo de algumas estratégias de combate a emissão de resíduos, a cidade
de Bonito Pernambuco está muito atrás das demais cidades do estado e em relação a nível
nacional a situação é ainda pior, deste modo, a nota no círculo de sustentabilidade para este
ponto é de apenas 3.
4. Domínio Social – Cultural
O domínio cultural é definido como as práticas, discursos e expressões materiais que,
ao longo do tempo, expressam continuidades e descontinuidades do significado social.
Na estrutura teórica e conceitual para a sustentabilidade, a dimensão cultural como a
promoção da diversidade e identidade cultural em todas as suas formas de expressão e
representação, especialmente daquelas que identifiquem as raízes endógenas, propiciando
também a conservação do patrimônio urbanístico, paisagístico e ambiental, que referenciam a
história e a memória das comunidades. No espaço, a cultura pode ser observada pelas ações e
experiências que homens e mulheres exercem em convívio com as diferenças.
Pode ser também observada nos aspectos do ser humano, nas particularidades, no
modo de ser, dentre outros, nos modos de vida.Nesse caso, considera-se a cultura, como “a
soma dos comportamentos, dos saberes, das técnicas, dos conhecimentos e dos valores
acumulados pelos indivíduos durante suas vidas”. Portanto, tais conhecimentos, valores,
técnicas e práticas estão representados no espaço por símbolos, significados e representações
diversas que as pessoas atribuem e transmitem de geração a geração. Esses símbolos,
significados e representações passam a fazer parte do cotidiano das pessoas, projetam-se no
espaço, constituindo-se como uma riqueza a ser recuperada e preservada.
4.1. Identidade e Engajamento
Além dos bens culturais de natureza imaterial, Bonito também apresenta bens
culturais materiais que representam pontos estratégicos que, ao se integrarem com os bens de
natureza imaterial, compõem atrativos turísticos e também estruturam o fortalecimento da
identidade do lugar, valorizando suas origens e elevando a autoestima da comunidade local.
Dessa forma, em Bonito encontram-se os seguintes bens culturais imateriais: 8 edifícios
urbanos isolados Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição Igreja de São Sebastião; Capela
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de Nossa Senhora de Mont Serrat; Núcleo Colonial Rio Bonito 3 engenhos Sítio
Arqueológico Pedra do Rodeador
Além disso, a arborização urbana encontra-se como fundamental para manter o clima
e a identidade biológica da cidade. É através dela que se pode salvaguardar a identidade
biológica da região, preservando ou cultivando as espécies nativas que ocorrem em cada
município ou região específica, sendo também uma forma de salvar espécies ameaçadas de
extinção. Desta maneira, em se tratando de identidade e engajamento na cidade de Bonito,
possui uma nota 5 no ciclo de sustentabilidade.
4.2. Criatividade e Recreação
No que corresponde às manifestações culturais e arquitetônicas que podem ser
encontradas no município do Bonito, destaca-se a relação dos bens culturais imateriais e
materiais apontados no Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável do Polo
Agreste, sendo a integração desses bens capaz de transmitir a cultura e a história local. Dessa
forma, os bens culturais de natureza imaterial listados no município do Bonito
correspondentes às categorias de artesanato, gastronomia sertaneja, lenda e folclore, bem
como Festas Populares, são:
Categoria Reação dos bens culturais imateriais Artesanato em madeira, bonecas de
pano, bordados, peças de cerâmica. Gastronomia Sertaneja Comidas típicas de São João,
canjica, pamonha de milho verde, carne de sol com feijão verde, galinha de cabidela, mão de
vaca, sarapatel. Lenda e Folclore Bumba Meu Boi ou Boi Lavado, Grupo Folclórico Nossa
Arte, Bloco Boca de Ouro, Bloco Melindrosa, Bloco Unidos da Vila, Troça do Lenhador,
Troça do Urso, Banda de Pífano, Batalhão de Bacamarteiros, Bichadrilha, Bonecadrilha
Festas Populares São Sebastião, N.S. da Conceição, Procissão de São Pedro e Festa da Batata
Doce, Encontro dos Bacamarteiros.
Acrescentando-se às manifestações culturais imateriais, os equipamentos e espaços de
vivências culturais onde são produzidos, promovidos e transmitidos os valores culturais.
Artísticas e/ou folclóricas não consta; Informação cultural Auditório do Santa Luzia Plaza
Hotel. Lazer, espetáculo e recreação Clube Municipal do Bonito, Grêmio Polimático do
Bonito, Sede dos Bacamarteiros do Bonito. Festa, exposição e esporte Parque da Vaquejada
Mizael Galindo, Sovabo – Sociedade dos Vaqueiros do Bonito.
Sendo assim, as manifestações folclóricas se destacam na atração cultural local.
Dentre elas, os Bacamarteiros têm grande notoriedade no município. Os Bacamarteiros são
grupos de danças armados com bacamartes e compõem a atração principal da Festa de São
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Pedro. Em Bonito, há a sede da Associação de Bacamarteiros do Batalhão nº15. Outra festa
popular de destaque em Bonito é a Festa religiosa do padroeiro da cidade, São Sebastião.
Essa festa acontece todo mês de janeiro e, em 2016, foi comemorada a 200ª edição. Com base
nos dados acima citados, podemos pontuar em nota 5 no ciclo de sustentabilidade neste ponto
de criatividade e recreação.
4.3. Memória e Projeção
Durante o decorrer da audiência pública, em meio aos questionamentos, os
participantes eram estimulados pelos facilitadores a apresentarem diversos cenários para cada
uma das problemáticas levantadas pelos grupos e refletir sobre onde esperavam chegar com a
resolução do determinado problema (cenário futuro). Foi também pedido que as pessoas
selecionassem aquela opção que mais os agradava para realizar reflexões, no caso de deixar a
situação da forma que está, ou chegar a uma resolução. Em todas as vezes os participantes
buscaram a resolução das situações apresentadas através de diversas proposições, sugerindo
mais de uma ação a ser feita, sendo estas, registradas.
A ideia era que no final da audiência pública, os participantes pudessem concatenar
todas essas visões acerca dos problemas (atuais e futuros) e das potencialidades do município
em uma frase que resumiria a visão de futuro do plano.
No momento da audiência pública, por conta da grande quantidade de debates que
surgiam e que acabavam trazendo importantes informações dos moradores acerca de
problemas no município que não foram detectados em um primeiro momento, não foi
possível a elaboração da visão de futuro. Nesse sentido, todo o material proveniente da
audiência pública, como tabelas, painéis, mapas e outros, foi sistematizado e encaminhado
para a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Bonito que encaminhou para os
presentes na audiência para que, em um segundo momento, fosse definida sua visão de futuro
com a facilitação da equipe executora do projeto e apoio da equipe da Prefeitura Municipal
do Bonito. Deste modo, com base na memória e projeção na cidade de Bonito, podemos dar a
nota 4 no ciclo no ciclo de sustentabilidade.
4.4. Crença e Significado
Em Bonito - PE, existem 20 igrejas com religiões diferentes bem atuantes. A grande
maioria se divide em católicas e evangélicas. Em relação ao quantitativo de adeptos a cada
religião, se tem 83,3% autodeclarada católica, 15,9% evangélica e 0,8% espírita. As
celebrações são realizadas principalmente às sextas e domingos e frequentemente são
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convidados pessoas de outras cidades. Os moradores católicos participam das Comunidades
Eclesiais de Base e cada uma das igrejas possui uma liderança em nível municipal das CEBs.
As igrejas católicas da cidade possuem vários tipos de arquitetura diferentes.
Os católicos têm um grupo de reflexão que se reúnem todas às quartas-feiras nas casas
de um membro para refletirem textos bíblicos de forma contextualizada com a comunidade e
região. Em relação aos evangélicos, os cultos também são frequentes em vários dias da
semana, cada igreja possui um pastor responsável pelos cultos e eventos. No que tange aos
católicos, eles ainda possuem o hábito de pedir a benção aos mais velhos, em especial à
família. Ainda chamam os outros por compadres, comadres, afilhados. Em relação a crença e
significado em Bonito, Pernambuco, demos a nota 5 no ciclo de sustentabilidade.
4.5. Gênero e Gerações
Em Bonito, existem mais mulheres do que homens. Sendo a população composta de
50.55% de mulheres e 49.45% de homens.
Conforme o censo 2010 a população de Bonito é distribuída entre homens e mulheres.
A população masculina representa 18.577, enquanto a população feminina é de 18.989 hab. A
grande maioria dos moradores familiares têm de 19 a 45 anos de idade; em seguida vem a
população de até 19 anos e a minoria são de pessoas de 46 anos acima. Entretanto, devido à
falta de informações sobre gênero e gerações na cidade de Bonito, Pernambuco, demos a nota
3 no ciclo de sustentabilidade.
4.6. Investigação e Aprendizagem
Na dimensão social, com relação à escolaridade, em Bonito, existem mais
analfabetos. Sendo 24.003 alfabetizados. Em relação ao quantitativo de escolas e creches, na
cidade de Bonito tem-se um total de 38 unidades entre creches

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