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Otite média aguda

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Infecções agudas superiores (IRAS) 
 
Otite média aguda 
 
-Quase todas as crianças apresentam 1 episódio entre o 1º e 3º ano de vida 
 
-Prevalência entre 6 meses e 3 anos 
 
 Mais predominante no outono e inverno 
 
-Aumenta entre 5-6 anos  quando entra na escola 
 
-Atenção para vacina pneumo 13 
 
-Pode ser infecciosa ou não  sempre inflamatória 
 
-Fatores de risco 
 
 Incoordenação da musculatura 
 
 Imaturidade de cartilagens 
 
 Síndromes e predisposição genética 
 
 Prematuridade 
 
 HF de OMA recorrente 
 
 Sexo masculino 
 
 Alteração do clearance mucociliar 
 
 Poluição ambiental 
 
 Menor de 6 meses 
 
 Mamadeira e chupeta  faz pressão que vai para tuba auditiva 
 
-Considerar o diagnóstico otite média aguda (OMA) em dor de ouvido e otorréia; 
 
 Em bebês e crianças até 4 anos de idade também na presença de 
sintomas gerais, mesmo sem (evidências de) dor de ouvido ou otorreia 
 
-Susceptíveis 
 
 Erros inatos da imunidade 
 
 Hiper-reatividade de via aérea 
 
 Adenopatias 
 
 Alterações nasossinusais obstrutivas 
 
 Disfunções ciliares 
 
 Anormalidades de crânio 
 
Anamnese 
 
-Dor de ouvido, otorréia, perda auditiva, uni- ou bilateral. 
 
-Sintomas gerais (febre mais baixa, obstrução nasal, irritabilidade, agitação 
noturna, dor abdominal, vômitos, diarréia, diminuição na ingestão de líquidos e 
alimentos, sonolência). 
 
-Sintomas de uma infecção respiratória superior (tosse, coriza, dor de garganta). 
 
-Gravidade, duração e evolução dos sintomas 
 
-Episódios anteriores de OMA nos últimos doze meses. 
 
-Presença de tubo de ventilação na membrana do tímpano. 
 
-Fatores de risco para complicações 
 
Otoscopia 
-Hiperemia 
 
-Aumento de vascularização  viral ou bacteriana 
 
-Diminuição da translucidez da membrana timpânica 
 
-Formação de bolhas 
 
-Nível líquido 
 
-Retração de MT  casos crônicos e de repetição 
 
-Abaulamento da membrana timpânica e otorreia  grande chance de ser 
bacteriana 
 
Diagnóstico 
 
-Abaulamento e enrubescimento da membrana timpânica ou se essa apresentar 
aparência turva; 
 
-Membrana timpânica com clara diferença entre esquerda e direita na 
vermelhidão; 
 
-Otorréia existente a pouco tempo devido a um tímpano perfurado ou tubo de 
ventilação 
 
-Histórico de início agudo 
 
-Presença e efusão 
 
 
 
Otite média com efusão 
 
-Secreção serosa ou mucosa sem perfuração de membrana timpânica 
 
-Sem infecção aguda 
 
-Pode estar associada e IVAS 
 
-Tendência de cura em semanas ou até 3 meses 
 
-Se for secundária a outra otite média  sem tratamento subsequente 
 
-Efusão não dói e não da febre  somente incômodo  somente esperar, sem 
tratamento tópico ou sistêmico 
 
 
 
Otite média aguda (OMA) 
 
-Efusão de ouvido médio + sinais sintomas inflamatórios + dor + membrana 
hiperemiada + abaulamento de membrana timpânica + otorreia ou rinorreia 
 
-Abaulamento de membrana timpânica (sinal da rosquinha)  etiologia 
bacteriana 
 
-Hiperemia bacteriana  vermelho escuro e forte, quase vinho 
 
-Hiperemia viral  somente hiperemia comum 
 
 
 
Etiologias 
 
-Vírus sincicial respiratório, influenza, parainfluenza 
 
-Bactérias: 
 
 S. pneumoniae  otite bilateral, otalgia importante, febre, mais comum 
perfuração de membrana podendo apresentar complicações 
(bacteremia ou mastoidite) 
 
 H. influenza  associação com conjuntivite, otite e febre mais baixa 
 
 Morazella catarrhalis  infecção com quadro mais leve, tentendo a cura 
espontânea 
 
Classificação 
 
-Otite média aguda recorrente (OMAR)  3 episódios de OMA em 6 meses ou 4 
episódios em 1 ano 
 
 Pesquisar hipertrofia de amigdala e de adenoide 
 
-Otite média supurativa crônica (OMSC)  otorreia através de perfuração de 
membrana timpânica por mais de 2 a 6 semanas  encaminhar para otorrino 
 
 
 
Conduta 
 
-Em 80% das crianças ≥ 2 anos os piores sintomas melhoram dentro de 2-3 dias e 
controle não é necessário 
 
-Em crianças menores os sintomas podem durar mais tempo. 
 
-Pode ocorrer secreção auricular, no geral essa tem resolução espontânea dentro 
de 1 semana. 
 
-Em perfuração timpânica não nadar com a cabeça debaixo da água; tomar banho 
é permitido. 
 
-Durante ou após uma infecção aguda do ouvido médio a criança tem a audição 
reduzida no ouvido afetado, mas isso geralmente desaparece espontaneamente 
ao longo de semanas a meses. 
 
-Os antibióticos não têm influência significativa na duração e gravidade dos 
sintomas. Em otorréia logo após o início das queixas e em OMA bilateral em 
crianças < 2 anos, os antibióticos podem encurtar a duração da dor ou febre. 
 
-Orientar sinais de alarme 
 
Tratamento 
 
-Recomendar em todos os casos analgesia  paracetamol é a primeira escolha 
 
-Instruir os responsáveis a entrar em contato na ausência de melhora em 48 horas 
e em sinais de alarme 
 
-Recuperação é menos provável sem ATB em: 
 
 Menores de 2 anos 
 
 Otite bilateral 
 
 Sintomas mais graves 
 
-No entanto, pode reavaliar em 48h 
 
 Unilateral, maiores de 2 anos e menos prostrado pode esperar 
 
 
 
-O tratamento antimicrobiano é indicado: 
 
 Em criança gravemente doente ou se o estado piorar; 
 
 Em risco de complicações. 
 
 Considerar tratamento antimicrobiano em crianças: 
 
o < 2 anos com um OMA bilateral; 
 
o Com otorréia já na primeira apresentação do episódio de OMA; 
 
o Que após três dias de sintomas não apresentarem melhora 
 
o Febre alta 
 
-A primeira opção é a amoxicilina por 1 semana 
 
 Casos não complicados, com Pneumo 13 e que não usam ATB com 
frequência e não frequentam creche  50mg/kg/dia de 8/8 ou 90 
mg/kg/dia de 12/12 
 
 Todos vacinados de pneumo 10, uso frequente de ATB e frequenta 
creche  90 mg/kg/dia de 8/8 
 
 Amoxicilina + clavulanato  síndrome otite-conjuntivite (H. influenzae), 
uso recente nos últimos 30 dias ou recorrência tratada recentemente 
 
-Tempo de tratamento 
 
 Maiores de 2 anos não complicados  7 dias 
 
 Menores de 2 anos, casos complicados e recorrência  10 dias 
 
-Em casos mais graves  entra direto com ceftriaxona 
 
-Em contra-indicações para a amoxicilina prescrever claritromicina/ azitromicina 
por 3 dias ou cotrimoxazol por 5-7 dias 
 
 Atenção  algumas crianças têm rash por ser um quadro viral  
investigar 
 
 Acometimento de mais de 2 sistemas  anafilaxia 
 
-Aumento de dose de penicilina consegue cobrir pneumococo parcialmente 
resistente 
 
 Tem sido resistente pois não toma pneumo 13 
 
 Criança com otite de pneumococo que tomou pneumo 10  dobrar dose 
de amoxicilina 
 
Acompanhamento 
 
-Depois de 1 semana: iniciar antibiótico se a otorréia persistir (e inicialmente se foi 
optado por espera vigilante). 
 
-1 mês após o término da otorréia: avaliar se a perfuração do tímpano está 
fechada 
 
-Consultar um otorrinolaringologista ou encaminhar em: 
 
 ausência de melhora dentro de 48 horas após o início do antibiótico; 
 
 otorréia persistente após o tratamento com um agente antimicrobiano; 
 
 persistência na perfuração do tímpano um mês após o início da otorréia; 
 
 três ou mais recorrências por seis meses ou quatro por ano.

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