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História da Arte e do Design

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Indaial – 2023
História da arte e do 
design
Prof.a Rosana Soares
4a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2023
Elaboração:
Prof.ª Rosana Soares
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
SO676h
Soares, Rosana
História da Arte e do Design. / Rosana Soares. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2023.
207 p.; il.
ISBN
1. Arte - História. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 709
III
apresentação
Caro acadêmico! A arte faz parte da existência do mundo, passa 
por inúmeras transformações ao longo do desenvolvimento humano, mas 
o que permanece na arte é a sua característica de ser uma forma específica 
de testemunhar o mundo. Os homens e as mulheres, ao longo da história, 
registraram sua cosmovisão a partir de um olhar sensível e crítico sobre 
as coisas que nos rodeiam. A materialidade dessa compreensão que 
denominamos obra de arte também assume diferentes formatos: pinturas, 
esculturas, gravuras, desenhos, arquitetura, literatura, cinema, entre outras. 
As diversas formas de arte que homens e mulheres nos deixaram 
como legado parte de contextos socioculturais distintos, o que torna este 
legado artístico rico e indispensável à formação da nossa humanidade 
compartilhada. Este livro didático é um convite a conhecer obras e artistas em 
seus universos sócio-históricos, políticos, simbólicos e culturais objetivando 
a aprendizagem das especificidades das artes de cada civilização, a começar 
pela produção artística das culturas antigas até a contemporaneidade a partir 
de uma visão dinâmica das transformações ocorridas na arte, com destaque 
na arquitetura a partir dos movimentos da história.
A partir do estudo da Unidade 1 do Livro Didático de História da Arte 
e do Design, você será capaz de identificar as especificidades das artes de cada 
civilização, a começar pela produção artística das culturas antigas, partindo da 
Pré-História até o Egito. Em seguida, conhecerá uma parte da complexidade do 
Oriente a partir de três grandes civilizações: sumérios, assírios e persas. Ainda 
nos estudos da Idade Média, conheceremos o importante legado da arte greco-
romana. Também compreendem a Unidade 1 os estudos da Arte Bizantina, 
Românica e Gótica. Ao final desta unidade, você terá conhecido as transformações 
importantes ocorridas na Idade Média, com a arte do Renascimento e Barroco.
A partir dos estudos da Unidade 2, você estará apto a reconhecer 
a arte de cada período estudado, iniciando pelo período conhecido como 
Neoclássico, que apresenta forte influência da Antiguidade Clássica. Já no 
Romantismo, o individualismo marca a produção artística com forte tendência 
ao nacionalismo. No Realismo, conheceremos a representação artística muito 
próxima do real e a pintura apresentará temas de crítica e denúncia social. O 
Impressionismo e a fotografia marcam o século XIX. Finalizamos a Unidade 
2 com os estudos do Pós-Impressionismo, representado por um grupo de 
artistas que desenvolveram pesquisas pictóricas diversas.
Na última unidade do nosso livro, com o conhecimento da história 
da arte, você reconhecerá aspectos da Arte Contemporânea marcada por 
expressões artísticas que privilegiam características como o conceito, a 
hibridização e a efemeridade da arte criada.
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Este livro didático efetua comparações entre os conteúdos de forma 
crítica e relevante para reflexões e estudos da teoria sobre a arte como 
produção cultural. 
Bons estudos!
Prof.ª Rosana Soares
V
VI
VII
UNIDADE 1 – A ARTE PRÉ-HISTÓRICA, A ARTE NA IDADE ANTIGA 
 E A ARTE NA IDADE MÉDIA .................................................................................1
TÓPICO 1 – ARTE PRÉ-HISTÓRICA ................................................................................................3
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................3
2 PERÍODO PALEOLÍTICO ................................................................................................................4
3 CULTURAS RUPESTRES E O NEOLÍTICO .................................................................................8
4 COMUNIDADES PRIMITIVAS ......................................................................................................8
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................12
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................13
TÓPICO 2 – ARTE NO EGITO ...........................................................................................................15
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................15
2 CULTURA URBANA E ARTE NO EGITO ....................................................................................15
2.1 ARQUITETURA .............................................................................................................................16
3 MONARQUIA ANTIGA E MONARQUIA MÉDIA ...................................................................18
3.1 PINTURA EGÍPCIA ......................................................................................................................18
4 MONARQUIA NOVA – DINASTIAS XVIII A XXI (1580-108) A.C. .........................................20
4.1 ARQUITETURA .............................................................................................................................20
4.2 ESCULTURA ..................................................................................................................................21
4.3 PINTURA ........................................................................................................................................22
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................24
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................25
TÓPICO 3 – ARTE NO ORIENTE ......................................................................................................27
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................272 A ARTE DOS SUMÉRIOS ................................................................................................................27
3 A ARTE ASSÍRIA ................................................................................................................................29
4 A ARTE PERSA ...................................................................................................................................30
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................33
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................34
TÓPICO 4 – ARTES GREGA E ROMANA .......................................................................................35
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................35
2 PERÍODO ARCAICO GREGO ........................................................................................................36
3 PERÍODO CLÁSSICO .......................................................................................................................38
4 PERÍODO HELENÍSTICO ................................................................................................................41
5 ARTE ROMANA .................................................................................................................................43
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................46
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................47
TÓPICO 5 – ARTES BIZANTINA, ROMÂNICA E GÓTICA ......................................................49
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................49
2 IMPÉRIO BIZANTINO .....................................................................................................................49
sumário
VIII
3 PERIODO ROMÂNICO ....................................................................................................................51
4 O GÓTICO E AS TRANSFORMAÇÕES NA ARQUITETURA ................................................54
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................57
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................58
TÓPICO 6 – AS TRANSFORMAÇÕES DA IDADE MÉDIA:
 ARTE NO RENASCIMENTO E BARROCO .............................................................59
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................59
2 RENASCIMENTO ..............................................................................................................................59
3 O BARROCO .......................................................................................................................................65
3.1 ARQUITETURA .............................................................................................................................69
3.2 ESCULTURA ..................................................................................................................................70
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................73
RESUMO DO TÓPICO 6......................................................................................................................75
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................76
UNIDADE 2 – CONHECENDO A ARTE DO MUNDO MODERNO 
 AO CONTEMPORÂNEO..........................................................................................77
TÓPICO 1 – ARTE NEOCLÁSSICA ..................................................................................................79
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................79
2 NEOCLÁSSICO ..................................................................................................................................79
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................89
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................90
TÓPICO 2 – ARTE NO ROMANTISMO ..........................................................................................91
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................91
2 ROMANTISMO ..................................................................................................................................91
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................100
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................101
TÓPICO 3 – ARTE NO REALISMO ...................................................................................................103
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................103
2 REALISMO ..........................................................................................................................................103
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................110
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................111
TÓPICO 4 – ARTE NO IMPRESSIONISMO ...................................................................................113
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................113
2 A ARTE IMPRESSIONISTA .............................................................................................................114
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................119
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................120
TÓPICO 5 – ARTE PÓS-IMPRESSIONISTA ...................................................................................121
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................121
2 PÓS-IMPRESSIONISMO .................................................................................................................121
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................126
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................131
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................132
IX
UNIDADE 3 – DESDOBRAMENTOS DA ARTE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO .........133
TÓPICO 1 – REVERBERAÇÕES DOS MOVIMENTOS ARTÍSTICOS MODERNOS ...........135
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................1352 EXPRESSIONISMO ...........................................................................................................................136
3 FAUVISMO ..........................................................................................................................................139
4 CUBISMO .............................................................................................................................................141
5 ABSTRACIONISMO .........................................................................................................................146
6 CONSTRUTIVISMO .........................................................................................................................149
7 SUPREMATISMO ..............................................................................................................................150
8 DADAÍSMO ........................................................................................................................................151
9 SURREALISMO ..................................................................................................................................152
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................154
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................155
TÓPICO 2 – CULTURA VISUAL: ARTE E EXPRESSÃO ..............................................................157
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................157
2 POP ART ...............................................................................................................................................157
3 OP ART .................................................................................................................................................159
4 MINIMALISMO .................................................................................................................................160
5 EXPRESSIONISMO ABSTRATO ....................................................................................................162
6 TACHISMO .........................................................................................................................................163
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................166
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................167
TÓPICO 3 – REFLEXÕES SOBRE A ARTE CONTEMPORÂNEA ..............................................169
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................169
2 REFLETINDO SOBRE A ARTE CONTEMPORÂNEA ...............................................................170
3 ARTE CONCEITUAL .........................................................................................................................171
4 MOVIMENTO FLUXUS ....................................................................................................................174
5 ARTE POVERA ...................................................................................................................................175
6 NEOEXPRESSIONISMO ..................................................................................................................176
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................179
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................180
TÓPICO 4 – EXPRESSÕES ARTÍSTICAS CONTEMPORÂNEAS ..............................................181
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................181
2 HAPPENING .......................................................................................................................................181
3 PERFORMANCE .................................................................................................................................182
4 VIDEOARTE ........................................................................................................................................183
5 BODY ART ...........................................................................................................................................184
6 FOTORREALISMO ............................................................................................................................185
7 INTERNET ART ..................................................................................................................................187
8 STREET ART ........................................................................................................................................187
9 GRAFITE ..............................................................................................................................................189
10 LAND ART .........................................................................................................................................191
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................195
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................199
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................200
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................203
X
1
UNIDADE 1
A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
A ARTE NA IDADE ANTIGA 
E A ARTE NA IDADE MÉDIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• identificar manifestações artísticas de cada civilização, iniciando com as 
culturas antigas, da Pré-História até o Egito;
• reconhecer aspectos da arte do Oriente, a partir de três grandes civilizações: 
sumérios, assírios e persas;
• compreender os movimentos artísticos ao longo da história a partir das 
particularidades da Arte Bizantina, Românica e Gótica;
• refletir sobre as transformações ocorridas na arte e na arquitetura no 
período da Idade Média reconhecendo os movimentos da história e os 
contextos socioculturais.
Esta unidade está dividida em seis tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado. 
TÓPICO 1 – ARTE PRÉ-HISTÓRICA
TÓPICO 2 – ARTE NO EGITO
TÓPICO 3 – ARTE NO ORIENTE
TÓPICO 4 – ARTES GREGA E ROMANA
TÓPICO 5 – ARTES BIZANTINA, ROMÂNICA E GÓTICA
TÓPICO 6 – AS TRANSFORMAÇÕES DA IDADE MÉDIA: ARTE NO 
RENASCIMENTO E BARROCO
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
ARTE PRÉ-HISTÓRICA
1 INTRODUÇÃO
A História da Arte é a história dos seres humanos e suas obras. Erwin 
Panofsky (1892-1968) defende que a história da arte pode ser compreendida com a 
análise histórica e interpretativa dos objetos feitos pelo homem. Herbert Read (1893-
1968) entende que a história da arte é a história das maneiras e percepção visual – das 
várias maneiras como o homem viu o mundo. Para Arnold Hauser (1998) no livro 
História Social da Arte e da Literatura, perguntar quem é esse homem é fundamental 
para compreender as transformações artísticas ocorridas ao longo da história. 
O autor nos lembra de que no período em que o homem era nômade, ou seja, 
vivia em busca constante de alimentos oferecido pela natureza, ele eraUno, físico-
material (corpo). Ao deixar de ser nômade e se fixar em lugares para cultivo de seu 
alimento e lutar pela sobrevivência, passou a desenvolver uma relação de dualidade 
com a natureza. Passou assim a nomear os fenômenos não compreendidos, por 
exemplo, como o excesso de chuva ou a ausência dela. Surgiram os deuses e seus 
diferentes nomes. Nesse momento o homem se tornou Duo, físico-metafísico 
(corpo e alma) e abriu caminho para o que hoje denominamos fé, crença, religiões. 
Arte, religião, filosofia e ciência desenvolveram uma relação complexa de múltiplas 
influências que têm reflexos nas obras de arte até hoje.
George Lukacs (1885-1971) nos ensina que a Arte é uma forma única de 
conhecer o mundo – o homem testemunha a vida e a simboliza na obra de arte; 
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) aponta que a arte é intrínseca ao homem.
Em que momento da História nasce a Arte? A artista Dulce Osinski 
(2001) aponta que ela nasce com o homem. Isso significa dizer que obras de artes 
são fruto do material humano de um sujeito social e histórico. É considerada 
ARTE PRÉ-HISTÓRICA as manifestações pictóricas desenvolvidas antes do 
desenvolvimento da escrita e os historiadores dividiram-na em três períodos. 
Neste tópico, estudaremos cada um deles.
Sabemos que os mais remotos antepassados – os primeiros homens – 
começaram a se aprimorar do meio em que viviam, com galhos, pedras, ossos 
para fazerem seus utensílios e com a pele dos bisões se aqueciam nos períodos 
frios, além de viverem sob a proteção das cavernas. Depois de dominarem suas 
criações foram se aprimorando, e com a evolução humana foi desenvolvida uma 
cultura muito importante – a vida dos homens pré-históricos. Devido a sua longa 
duração, os historiadores a dividiram nos seguintes períodos:
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
4
• Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada.
• Neolítico ou Idade da Pedra Polida.
• Primitivo ou Idade dos Metais.
2 PERÍODO PALEOLÍTICO
Vamos começar falando do homem pré-histórico a partir da Era Glaciária, 
que durou dezenas de milênios. Em todo esse tempo que se presenciou o início 
da história humana e da arte é que se dá o nome de Paleolítico. Este período foi 
dividido em três períodos.
Pesquisadores apontam que o Período Paleolítico compreende as origens 
do homem até 8000 a.C. Dentro desse período ainda existem subdivisões, uma 
delas é o Paleolítico Inferior (5000.000 – 30.000 a.C.). Tem esse nome devido às 
criações de instrumentos e armas produzidos em pedra, além de serem lascados 
para adquirir as pontas e bordas cortantes. Com ajuda dessas ferramentas, os 
homens iam em busca da sobrevivência. Eram denominados caçadores e coletores. 
As mais antigas ferramentas foram encontradas na África, trabalhada pelo Homo 
habilis. Há um milhão e meio de anos, o Homo erectus tomou seu lugar, ocupando 
outras regiões, como da Ásia e da Europa.
O Paleolítico Médio, período que compreende 200.000 a 35.000 a.C., é 
caracterizado pelo Homem Neandertal. Homens que se adaptaram ao período 
frio da Europa. No contexto social e cultural desse período, podemos destacar o 
uso de ferramentas como machadinhas, facas e lanças para uso alimentício. Mas 
como defesa, usavam o corpo para as lutas. Outra característica cultural desse 
período são as primeiras sepulturas: o homem, ao perceber que não veria mais 
seu companheiro, cavou uma fossa onde o sepultou e colocou próximo ao morto 
nacos de carne a fim de que ele pudesse se alimentar em algum momento da 
sua viagem. Com o seu desaparecimento, surge outro tipo humano, semelhante 
ao homem atual. Nesse período, o homem já demonstra uma estrutura de 
organização social e comunitária.
O Paleolítico Superior é o período que compreende 35.000 a 8000 a.C. É 
nesse período que surgem as primeiras manifestações artísticas feitas pelo Homo 
sapiens. Muitas gravações foram encontradas nas paredes das cavernas, como 
em Altamira (Espanha). Foi o primeiro conjunto pictórico com grande extensão 
já encontrado. Ainda assim, foram descobertas outras pinturas em Lascaux e 
Chauvet, na França.
As expressões artísticas encontradas consistiam em traços nas paredes das 
cavernas. Esse traço é chamado de rupestre, do latim rupes, quer dizer “rocha”. 
A arte desse período pode ser considerada naturalista – uma forma viva de 
tradução da realidade. Caçador exímio, de sentidos apurados, a arte do homem 
nas cavernas é elaborada e detalhista, impressionam pela representação do real. 
TÓPICO 1 | ARTE PRÉ-HISTÓRICA
5
FIGURA 1 – CAVALOS DO SALÃO NEGRO DA GRUTA DE NIAUX, PIRENÉUS, FRANÇA
FONTE: <http://www.scielo.br/pdf/aob/v10n3/14336.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2019.
Na imagem, os cavalos são representados de forma detalhista, incluindo 
o movimento do grupo representado. A posição das cabeças e a variação de 
tamanho conferem à imagem a impressão de deslocamento. 
Ao olhar essas imagens, chamadas rupestres, é inevitável nos 
questionarmos o que levou o homem a fazer tal representação pictórica e, muitas 
vezes, em lugares de difícil acesso. Uma das possíveis explicações seria de que 
estas pinturas seriam de homens caçadores, como ritual de magia. Mas que magia 
seria essa? Uma hipótese é a de que eles faziam pinturas de animais transpassados 
por flechas e lanças, como modo de aprisionar o animal na imagem, tendo assim 
poder sobre ele, conseguindo de forma mais fácil aprisioná-lo. Nesse momento 
histórico, é interessante observar que o homem se vê entre o real e o místico, e os 
fenômenos da natureza.
FIGURA 2 – BISÃO 15000-10000 A.C., ALTAMIRA, ESPANHA
FONTE: Gombrich (1999, p. 41)
As pinturas realizadas, como os bisões, veados e cavalos impressiona a 
capacidade de usarem traços fortes, possivelmente expressando ideia de vigor. 
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
6
FIGURA 3 – VÊNUS DE WILLENDORF, C. 24000-20000 A.C., PEDRA, ALT. C. 0,12 M. MUSEU DA 
HISTÓRIA NATURAL, VIENA
FONTE: Janson (2001, p. 44)
Entre as pequenas esculturas temos a representação do corpo feminino, 
que está ligada à fertilidade. Flores (2013) lembra que a capacidade do corpo 
feminino de gerar vida era visto como um poder, por isso sua representação em 
esculturas pode ser entendida como um ato de veneração do sagrado feminino. 
DICAS
Assista às transformações na representação das mulheres através da história 
da Arte: https://www.youtube.com/watch?v=m1o6niEReWg.
O surgimento da arquitetura começou quando o homem pré-histórico 
começou a sair de sua caverna e passou a fazer, também, a primeira escultura 
monumental. Surgiu uma colossal arquitetura de enormes pedras erguidas em três 
formas básicas: o dólmen, que consiste em enormes pedras verticais cobertas por 
uma laje, parecendo uma mesa gigante. Alguns desses dólmens eram túmulos ou 
casas de mortos e cromeleques (designação dada a um agrupamento de menires 
organizado em círculo, com a ideia de recinto sagrado ou lugar de culto – alguns 
podem estar relacionados à astronomia e ao estudo de fenômenos celestes). 
Guedes e Vialou (1981) destacam que a linguagem visual das representações 
rupestres oportuniza a compreensão sobre os traços estilísticos e formais dos 
registros e também o acesso a conceitos imateriais, como sistemas de crenças, 
marcas sociais, organização territorial.
Nesse período, a forma de esculpir e talhar eram atividades efetuadas para 
exercer suas atividades cotidianas. Em seu desenvolvimento, o homem pré-histórico 
apropriou-se de outros materiais, como a pedra, e realizou pequenas esculturas. 
TÓPICO 1 | ARTE PRÉ-HISTÓRICA
7
Apesar de rudimentares, os monumentos são considerados a primeira forma de 
arquitetura monumental realizada pelo homem. Assim, segundo Silveira (2010), 
o uso de materiais encontrados na natureza era pensado para a elaboração de 
ferramentas e armas para sobrevivência e também para a construção de moradias 
com pedras, madeira, argila e folhas. Ainda, segundo o autor, o uso de materiais é 
um dado importante para a compreensão dos aspectos históricos da arquitetura, 
poisas mudanças ocorridas têm também uma ligação direta com a descoberta 
de novos materiais, além, é claro, das novas organizações sociais que geram 
necessidades arquitetônicas. 
Para Strickland e Boswell (2014), um exemplo arquitetônico é o 
Cromeleque, conhecido como “Stonehenge”, localizado na Inglaterra. Algumas 
pedras pesam 50 toneladas e têm 4 metros de altura. Estudiosos acreditam que a 
construção esteja ligada ao culto do Sol.
FIGURA 4 – STONEHENGE
FONTE: <https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/85342-7-fatos-mitos-e-
curiosidades-que-voce-talvez-desconheca-sobre-stonehenge.htm>. Acesso em: 10 jun. 2019.
O monumento é um círculo de pedras e está localizado no condado de 
Wiltshire, sudeste da Inglaterra. Construído há cerca de cinco mil anos, a estrutura 
desperta a curiosidade ainda nos dias atuais. Entre as inúmeras teorias existentes 
que rondam a estrutura arquitetônica de Stonehenge, temos a informação de que 
serviu de cemitério (pela descoberta de covas no local); também que o monumento 
serviu de templo e de espécie de calendário astronômico para prever eventos 
solares e eclipses.
A vida nômade do homem do período Paleolítico estava terminando 
trazendo inúmeros desafios, dentre eles lidar com a natureza pouco conhecida. 
Ao se fixar em determinado local e retirar seu sustento da terra, o homem inicia 
outro ciclo de sobrevivência e conquistas: surge o período Neolítico.
De uma maneira geral é possível afirmar que os períodos estudados pela 
História da Arquitetura correm paralelos aos da História da Arte, com diferenças que se 
acentuam em alguns momentos e semelhanças que se encontram em tempos distintos. 
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
8
3 CULTURAS RUPESTRES E O NEOLÍTICO
“Neolítico vem do grego e significa pedra nova. O homem aprendeu a 
polir a pedra e a partir daí conseguiu produzir instrumentos mais eficientes e 
resistentes. Como alternativa da caça, o homem descobriu a agricultura” (VIEIRA, 
2009, p. 3). Também neste período passou a construir as primeiras moradias e 
começou a domesticar os animais. Assim surgiram as primeiras famílias e logo 
a divisão do trabalho. A descoberta de como produzir fogo através do atrito das 
pedras modifica todo um sistema de vida e, sobretudo, o trabalho com metais. 
Descobriu que o calor do fogo endurecia o barro e surgiu a cerâmica. Nesse período 
foi deixado para trás o estilo naturalista do homem do Paleolítico; começaram a 
aparecer pinturas com temas da vida coletiva e dança, mostrando movimento nos 
braços e nas pernas, o que, aliás, demonstra que a dança, o movimento, além de 
caminhar e correr, está no homem da Pré-História. 
DICAS
Assista ao filme: A Guerra do Fogo
Data de lançamento: 1981
Direção: Jean-Jacques Annaud
Sinopse: O filme se passa nos tempos pré-históricos, em torno da descoberta do fogo. A 
tribo Ulam vive em torno de uma fonte natural de fogo. Quando este fogo se extingue, 
três membros saem em busca de uma nova chama. Depois de vários dias andando e 
enfrentando animais pré-históricos, eles encontram a tribo Ivakas, que descobriu como fazer 
fogo. Para que o segredo seja revelado, eles sequestram uma mulher Ivaka. A crueldade e o 
rude conhecimento de ambas as tribos vão sendo revelados. O filme foi elogiado por criar 
ambiente e personagens convincentes, por meio da maquiagem (premiada com Oscar) e da 
linguagem primitiva (criada por Desmond Morrise Anthony Burgess).
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=x-e2B6ywHik.
4 COMUNIDADES PRIMITIVAS
A partir do filme A guerra do fogo, temos noção de uma das grandes viradas 
na história da humanidade. A descoberta de como produzir e controlar o fogo dá 
outra dimensão à existência do homem, que vai refletir na Arte Primitiva. 
A partir disso, o modo de vida que passa o período Neolítico, onde 
primitivos africanos viviam em seu local, sem expansões territoriais, suas criações 
provêm de seus costumes e criações meramente de seu grupo. Aqui vamos ter 
uma evolução social e cultural importante. O homem não é mais parasitário, 
agora é caçador e produtor de seu alimento. 
TÓPICO 1 | ARTE PRÉ-HISTÓRICA
9
Dentro desse contexto sociocultural, muitas tribos passaram a desenvolver 
uma arte elaborada em cestaria, máscaras, talhas ou mesmo no trabalho com 
metais, que de certa forma serviam para protegê-los. “É cada vez maior o número 
de provas de que, sob certas condições, os artistas tribais podem produzir obras 
tão corretas na representação, na interpretação da natureza quanto o mais hábil 
trabalho de um mestre ocidental” (GOMBRICH, 1999, p. 44).
Para Santana (2018), as máscaras tiveram uso para as mais diversas 
finalidades, dependendo da cultura e da religiosidade. Também os contadores de 
histórias utilizavam a máscara para dar mais ênfase às narrativas. 
As máscaras eram feitas de uma diversidade de formas (humanas, animais, 
formas híbridas) que causam assombro e espanto. Eram criadas, provavelmente, 
para afastar o inimigo.
Hoje, as máscaras – no senso comum – ficaram associadas às festas burlescas, 
mas podemos ver que elas surgem como elementos ritualísticos e depois na Grécia 
Antiga serviram para levar a mulher ao palco para encenar a comédia e a tragédia 
(veremos isso mais adiante). No que se refere às máscaras africanas, elas trazem 
em sua representatividade, o mundo espiritual e material e são usadas em rituais 
variados, onde a dança, a música e o teatro compõem a cena dos rituais.
FIGURA 5 – MÁSCARA DE DANÇA INUIT, DO ALASCA, C. 1880 (MADEIRA PINTADA, 37 X 25,5 CM)
FONTE: Gombrich (1999, p. 50)
A máscara Inuit, apesar de pertencer ao período Moderno (século XIX), 
apresenta características ritualísticas comuns ao período Pré-Histórico. O mesmo 
serve para as máscaras africanas étnicas modernas. Nesse sentido, passado 
e presente são resinificados pelas máscaras e carregam de forma simbólica as 
culturas que representam. 
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
10
Os povos primitivos também faziam culto aos antepassados. Na Ilha de 
Páscoa, encontram-se gigantescas figuras alinhadas, talhadas em rocha vulcânica, 
chamadas de Moais. Veiga (2018) acentua que para a compreensão do contexto 
que propiciou a criação dos gigantes de pedra, como são chamados os Moais, é 
preciso recuar no tempo. Os moais – são cerca de 900 – com 4 a 6 metros de altura, 
e seu peso médio é de 14 toneladas. Foram construídos na Ilha de Páscoa, um 
dos lugares habitados mais remotos do mundo, a 3,7 mil quilômetros da costa do 
Chile, no Oceano Pacífico. Para o cientista, segundo o autor, e que por se tratar 
de uma sociedade complexa, as esculturas grandiosas podem ter sido feitas para 
homenagear líderes mortos.
FIGURA 6 – IMAGENS DE MOAIS TALHADOS EM PEDRA – SÉCULO XVII
FONTE: <https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/48155-8-fatos-e-teorias-
fascinantes-sobre-a-ilha-de-pascoa.htm>. Acesso em: 10 jun. 2019.
Os Moais expressaram suas crenças e valores nas esculturas, mas 
dependendo da cultura outras formas de representatividade são encontradas. 
Um exemplo é a técnica da pintura na areia. “A técnica, que exige considerável 
perícia, consiste em lançar pó de pedra ou de terra de várias cores sobre um leito 
plano de areia” (JANSON, 2001, p. 70). 
FIGURA 7 – IMAGEM PINTURA EM AREIA – UMA RITUALÍSTICA DE CURA
FONTE: <https://ecitydoc.com/download/pictogramas-em-areia-dos-indios-navajo_pdf>. 
Acesso em: 10 jun. 2019.
TÓPICO 1 | ARTE PRÉ-HISTÓRICA
11
Essa pintura em areia era um ritual de grande intensidade emocional, 
tanto para o médico como para o paciente, que estava adoecido.
Os exemplos de representação de crenças, valores, ideais e organização 
político-social do homem deste período podem ser compreendidos ao conhecermos 
os múltiplos elementos que hoje pertencem ao que chamamos de arte. A pintura, 
a escultura e a gravura se revestem do cotidiano desses homens que deixaram as 
marcas de sua passagem no mundo. Assim como o desenvolvimento do homem, 
a arte também passa por constantes mudanças, e conhecer a históriadesse 
desenvolvimento a partir dos vestígios artísticos encontrados é uma das formas 
de compreender o homem na sua essência criadora.
12
Neste tópico, você aprendeu que:
• A Pré-História é dividida em três períodos: Paleolítico ou Idade da Pedra 
Lascada; Neolítico ou Idade da Pedra Polida; e Arte Primitiva.
• Homem do Paleolítico eram povos nômades (andarilhos) em busca da própria 
subsistência e sua arte está nas primeiras impressões nas paredes das cavernas, 
como também pequenas esculturas com formas desproporcionais.
• Na arte primitiva, o povo procurava fazer cestarias, máscaras com 
intencionalidade de afastar seus inimigos, como também usavam para danças 
e espanto de espíritos. Cultuavam esculturas que foram talhadas em rochas 
vulcânicas.
• A arquitetura nasce com a necessidade do homem em marcar seu território e 
buscar abrigo; se transforma ao longo do desenvolvimento dos grupos sociais.
RESUMO DO TÓPICO 1
13
1 A Pré-História apresenta períodos distintos, como o Paleolítico e o Neolítico. 
Em relação a esses períodos, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) O Neolítico e o Paleolítico tiveram o mesmo desenvolvimento artístico 
destacando os traços geométricos do desenho e da pintura.
b) ( ) O desenvolvimento do cultivo do solo, de técnicas de caça e a 
domesticação de animais se deu no período Paleolítico.
c) ( ) No período do Neolítico, os homens praticavam uma economia coletora 
de alimentos.
d) ( ) O Paleolítico foi o período de grande desenvolvimento artístico com 
desenhos naturalistas.
2 Sobre a arte primitiva, analise as sentenças a seguir.
I- O homem não é mais parasitário, agora é caçador e produtor de seu alimento.
II- Desenvolveram apenas a visão monista (visão mágica, sensualista, atendo-
se ao concreto, vida desse mundo).
III- As sociedades primitivas são de natureza predominantemente rural, 
bastam-se a si próprias.
IV- Os povos primitivos não faziam culto aos antepassados.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Apenas as sentenças I e III estão corretas.
b) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
c) ( ) As sentenças I, III e IV estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença IV está correta.
AUTOATIVIDADE
14
15
TÓPICO 2
ARTE NO EGITO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Quando estudamos a evolução histórica da humanidade, é importante 
ressaltar que o Egito se forma socialmente por sua diversidade étnica. Nesse 
sentido, é fundamental reconhecer que a civilização egípcia é um marco na 
história social, cultural, política e econômica da humanidade, principalmente 
pelo olhar acadêmico e epistemológico ocidental. 
O país se desenvolveu às margens do Rio Nilo, e a história egípcia 
antiga – a primeira das grandes civilizações – está dividida em dinastias, com 
transformações na pintura, na escultura e na arquitetura.
O trabalho do artista não tinha a diferenciação que temos hoje na 
contemporaneidade. O pintor e o escultor eram vistos com o mesmo peso do 
ferreiro ou qualquer outro que tivesse a atividade a partir do uso das mãos na 
construção de artefatos. Somente mais tarde, a partir do renascimento, inicia-se o 
debate sobre o trabalho intelectual e o trabalho manual.
No que se refere à aquisição da técnica para a representação dos objetos 
pelos artistas egípcios, Hauser (1998) situa o desenvolvimento do artista 
essencialmente como aprendiz – todo artista era iniciado por um mestre; a regra 
era representar as partes importantes dos objetos sem necessariamente ter relação 
com o naturalismo. Esculpiam-se e pintavam-se elementos como deveriam ser 
vistos e não como eram na realidade.
A arquitetura, principalmente a dos templos, era preparada para receber 
o corpo mumificado do faraó e seus respectivos acessórios, pois acreditavam 
em uma vida após a morte. Mas muitos mistérios rondam o interior de suas 
construções. O Egito teve uma das mais rígidas civilizações. Com uma organização 
social complexa, os egípcios desenvolveram a escrita, além de se destacarem na 
matemática, ciência e medicina.
2 CULTURA URBANA E ARTE NO EGITO
Falar da organização social dos povos é falar também da organização do 
poder e da hierarquia, o que mais tarde (no século XIX) seriam as classes sociais. 
Por muito tempo, a civilização egípcia foi tida como a mais rígida e conservadora, 
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
16
marcada pelas monarquias, divididas em antiga, média e nova, além das divisões 
em dinastias. A mais antiga, segundo a velha tradição, teve início por volta de 
3000 anos a.C. e terminou por volta de 2155 a.C., com a queda da Sexta Dinastia. 
Depois da queda do poder faraônico centralizado no fim da Sexta Dinastia, 
Janson (2001) lembra que o Egito entrou num período de perturbações políticas 
que durou cerca de 700 anos e, nesse tempo, sucederam-se várias dinastias de curta 
duração. Pouco depois de extinta a Décima Segunda Dinastia, o país enfraquecido 
sucumbiu à invasão dos Hicsos, um povo da Ásia Ocidental, que governou durante 
150 anos até que foi expulso pelos príncipes de Tebas (1570 a.C.). 
Os 500 anos posteriores correspondentes às décimas oitava, nona e 
vigésima dinastias, representam a Terceira Idade do Ouro do Egito. O país, mais 
uma vez unido sob reis fortes, alargou as fronteiras para o Leste até a Palestina 
e a Síria (por isso se chama também o período do Império). Este foi o período da 
Monarquia Nova, última fase monárquica egípcia. Durante o longo período de 
declínio, a partir de 1000 a.C., os sacerdotes alcançaram um poder cada vez maior 
no Estado, mas sob os domínios gregos e romanos, a civilização egípcia terminou 
numa imensa pluralidade de doutrinas religiosas esotéricas. 
2.1 ARQUITETURA
O grande marco na arquitetura egípcia foram as pirâmides, as quais ainda 
representam mistério para os engenheiros, devido à forma de construção. As 
pirâmides foram cenário de grandes celebrações religiosas, tanto na vida como 
após a morte do faraó.
Doberstein (2010) chama a atenção para as múltiplas representações 
sociais da arquitetura da pirâmide, destacando as funções religiosa, política, 
ideológica e administrativa. 
As pirâmides que apresentam maior destaque foram: Quéops, Quéfren e 
Miquerinos. Os seus nomes provêm de seus faraós. A pirâmide Queops é a maior 
de todas, com 146,5 m de altura e 230 m de lado, sendo que não há material entre 
os blocos que formam as paredes de pedra. Já a pirâmide de Quéfren, construída 
décadas mais tarde, tem 143,5 m de altura e é a segunda maior pirâmide do 
Egito, apresenta revestimento original de calcário fino e polido. E completando 
o conjunto das pirâmides, tem-se Miquerinos. Esse conjunto de pirâmides servia 
para abrigar os restos mortais dos faraós (SEIDEL; SCHULZ, 2006).
TÓPICO 2 | ARTE NO EGITO
17
FIGURA 8 – PIRÂMIDES DE MIQUERINOS, QUÉFREN E QUÉOPS, EM GIZÉ
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Necr%C3%B3pole_de_Giz%C3%A9#/media/Ficheiro:All_
Gizah_Pyramids.jpg>. Acesso em: 10 jun. 2019.
Gizé está localizada próxima ao Cairo, capital do Egito, e abriga as três 
pirâmides, sendo hoje patrimônio Mundial da UNESCO.
Junto a estas pirâmides se encontra a Esfinge, a maior escultura do Antigo 
Egito. Esta obra foi esculpida a partir de uma rocha e apresenta feições miscigenadas.
FIGURA 9 – ESFINGE – IV DINASTIA, C. 2530 A.C.
FONTE: <https://www.bluffton.edu/homepages/facstaff/sullivanm/egypt/giza/sphinx/distant2.jpg>. 
Acesso em: 10 jun. 2019.
Vários pesquisadores afirmam que a cabeça da escultura provém de uma 
unificação entre parte humana e parte animal, em que o corpo apresenta ser de 
um leão e a cabeça de um faraó.
DICAS
Ao acessar o link a seguir e assistir ao vídeo, você conhecerá algumas teorias 
sobre as Pirâmides do Egito e como elas foram construídas. Acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=4oDAc0nubAQ.
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
18
3 MONARQUIA ANTIGA E MONARQUIA MÉDIA
Além de legados arquitetônicos, a Monarquia Antiga teve incríveis 
estátuas-retratos, provenientes de sepulcros e templos funerários. As esculturas 
apresentamum conjunto de regras (cânones) referente à figura humana. As 
posições escultóricas são representadas de acordo com a “posição hierárquica” 
dos deuses, faraós e legados. Destacando que muitas esculturas estavam ligadas 
à arquitetura, como o caso da figura a seguir, a estátua colocada no templo 
funerário faria com que o Faraó pudesse ter relações com o mundo e garantir 
uma vida tranquila, mesmo o túmulo sendo violado. 
FIGURA 10 – ESTÁTUA EM FRENTE AO TEMPLO
FONTE: <http://museuegipcioerosacruz.org.br/ramses-ii-o-grande/>. Acesso em: 10 jun. 2019.
O faraó Mikerinos foi representado entre a deusa Hathor e a divindade 
de uma província, para demonstrar o poder que ele exercia. Figuras em pé ou 
sentadas mostravam o poder das estatuárias, mas denota-se a rigidez, a simetria 
com que eram feitas. O resultado é uma imagem rígida e sólida.
No que se refere à Monarquia Média, as esculturas eram “menores, em 
madeira pintada (figuras de animais e humanas), que apresentavam cenas do 
cotidiano (barcos de pescadores, artesãos, tecelões e até pelotões de escravos). 
Algumas esculturas eram colocadas próximas ao túmulo que servia para 
acompanhar o faraó na vida após a morte. Como foram feitas em madeira, poucas 
sobras restaram” (LISE, 1992, p. 154).
3.1 PINTURA EGÍPCIA
Na Monarquia Antiga, as regras pictóricas eram bem definidas. Neste 
período, “o corpo feminino era sempre representado em amarelo claro ou rosa, 
e o masculino castanho avermelhado e branco para o fundo. A pintura era 
realizada em superfícies planas ou em relevo” (SEIDEL; SCHULZ, 2006, p. 128). 
Primeiramente, eram traçadas as inscrições nas paredes e havia todo um cuidado 
com a perfeição dos traços, e em seguida a cor completava a imagem. De onde 
provinham as cores? Usavam as cores do meio natural, como os homens pré-
TÓPICO 2 | ARTE NO EGITO
19
históricos. O amarelo e o castanho eram obtidos de terra natural, o branco do 
gesso, azul e verde com cobalto e cobre como pigmentos, o negro do fumo. E 
muitas das cenas provinham do cotidiano deles.
FIGURA 11 – TAWY E NAKHT REALIZANDO OFERENDAS – PINTURA DA TUMBA DE NAKHT, EGITO
FONTE: <http://seguindopassoshistoria.blogspot.com/2015/11/egito-negro.html>. 
Acesso em: 1 out. 2019.
A diferenciação marcante da figura feminina e da figura masculina na 
pintura egípcia obedecia às regras de divisão social, distinguindo além do gênero, 
a divisão do trabalho.
Algumas mudanças acontecem na pintura da Monarquia Média, que 
apresenta temas tradicionais, as figuras apresentam novas posições, além de 
alturas diferentes. A cor é mais livre, quando surge a pintura sobre o sarcófago 
de madeira. Eles ainda desenhavam sobre a pedra e depois faziam sulcos 
contornando as imagens, e quanto mais profundo, mais a imagem se destacava, 
dando a impressão de volume nos corpos. 
FIGURA 12 – SARCÓFAGO DE MADJA, NO MUSEU DO LOUVRE
FONTE: <http://www.historia.uff.br/revistaplethos/nova/downloads/4,1,2014/7fabio.pdf>. 
Acesso em: 10 jun. 2019.
A pintura no sarcófago de madeira apresenta cenas da vida social egípcia. 
Traz também símbolos representativos da cultura, como o olho do deus Hórus.
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
20
4 MONARQUIA NOVA – DINASTIAS XVIII A XXI (1580-108) A.C.
Para Vieira (2009), o chamado Novo Império é marcado pelo intercâmbio 
cultural no Egito. A Décima Oitava Dinastia começa com a expulsão dos hicsos 
em direção a Kadesh pelo rei Ahmosis, que havia mantido seu poder em Tebas, 
que passa a ser capital do Egito. Os faraós mais importantes do período foram 
Tutmósis III (o Napoleão do Oriente), Amenhotep III e Ramsés II. Aliás, durante 
o reinado de Ramsés II, o Egito conquistou a Núbia e construiu templos de Abu 
Simbel (um complexo de dois templos escavados na rocha, um dedicado a Ramsés 
II e o outro a Nefertari, sua primeira esposa). 
Uma curiosidade!
Ramsés II viveu quase 100 anos e teve mais de 180 filhos. Com sua morte, sucessivos 
Ramsés foram deteriorando o Egito e perdendo a grandeza anteriormente conquistada. 
Foi um período em que reis fortes comandaram. Com isso foram feitos arrojados projetos 
arquitetônicos. A arte foi de muita qualidade e rica em detalhes.
NOTA
4.1 ARQUITETURA
Para Seidel e Schulz (2006), são destaques arquitetônicos os templos de Luxor 
e Carnac, ambos dedicados ao deus Amon. Para construções destes templos na 
Monarquia foram empregados adobes (tijolo composto por terra crua, água, palha e 
fibras naturais, como esterco de gado) cozidos ao sol, material que foi mais econômico.
FIGURA 13 – TEMPLO DE LUXOR
FONTE: <https://sites.google.com/site/nahistoriageral/idade-antiga/egito-antigo/templo-de-
luxor/templodeluxor>. Acesso em: 10 jun. 2019.
TÓPICO 2 | ARTE NO EGITO
21
O templo mostrado na figura anterior foi construído na cidade de Luxor 
e representa as figuras de pai, mãe e filho de uma família egípcia considerada 
sagrada, conhecida como a tríade de Tebas: Amon, Mut e Khonso.
4.2 ESCULTURA
A escultura apesar de apresentar rigidez, começou a revelar informações 
sociais, étnicas e profissionais. Um dos túmulos com maior destaque é do 
Tutankhamon. Encontravam-se vasos, trono, carruagens e muitas peças 
escultóricas, dentre elas duas peças representando o Faraó, feitas em ouro, além 
da múmia com a máscara sobre seu rosto, mostrando o seu poder.
Falecido aos dezoito anos, Tutancâmon deve a fama ao fato acidental de ter 
sido o único faraó cujo túmulo foi descoberto intacto nos nossos dias, com quase todo 
o conteúdo. As enormes riquezas das sepulturas (só o caixão de ouro deste soberano 
pesa mais de 113 quilos) atraíram saqueadores desde a Primeira Monarquia. 
Os sarcófagos, objetos com forma retangular feitos para depositar o corpo 
morto (na contemporaneidade temos o caixão que possui a mesma finalidade, 
mudando apenas a ritualística), no Egito eram destinados para armazenar 
o corpo do Faraó e por isso eram transformados em esculturas incríveis, com 
entalhes, pinturas e detalhes que exaltavam o poder que o faraó exercia sobre o 
seu povo. A escultura da rainha Nefertite foi talhada sobre pedra, apresentando 
maior suavidade e delicadeza nos traços, como também na pintura. 
FIGURA 14 – TAMPO DE ATAÚDE DE TUTANKHAMON. MUSEU EGÍPCIO – CAIRO
FONTE: Janson (2001, p. 63)
Além da riqueza externa do sarcófago de Tutankhamon, também foram 
encontrados no túmulo muitos tesouros. Parte da riqueza do faraó foi depositada 
no túmulo junto a seu corpo mumificado.
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
22
4.3 PINTURA
Se a escultura apresentou uma elegância e leveza esculpida, na pintura 
foi apresentada a lei da frontalidade da figura humana, em que o tronco estava 
sempre de frente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés estavam de perfil. A 
pintura era feita para decorar murais dos túmulos, em que além da figura 
humana retratada também começaram a aparecer objetos, vasos e hieróglifos 
como elemento estético. Para Seidel e Schulz (2006), nesse período era colocado 
junto ao morto o papiro, para confortá-lo durante a sua passagem.
FIGURA 15 – A LEI DA FRONTALIDADE
FONTE: <http://arqueologiaegipcia.com.br/2017/01/22/a-lei-da-frontalidade-entendendo-as-
pinturas-egipcias/>. Acesso em: 10 jun. 2019.
A pintura revela aspectos da estrutura social egípcia, em que a cor pode 
variar conforme o gênero, e também o tamanho das figuras representadas 
obedecem à hierarquia da estratificação social.
Obedecendo à Lei da Frontalidade, as figuras se mostram de forma 
múltipla em uma visão lateral e frontal ao mesmo tempo. 
O papiro (papel fino, feito de uma planta da família das ciperáceas, cujo 
nome científico é Cyperuspapyrus) também foi instituído em rolo. Era ilustrado com 
cenas muito vivas, que eram acompanhadas de textos. Podemos destacar o Livro 
dos Mortos, que era posto no sarcófago e que podia ajudar na sua viagem eterna.
TÓPICO 2 | ARTE NO EGITO
23
FIGURA 16 – PAPIRO EGÍPCIO CARREGAVA FEITIÇO AMOROSO
FONTE: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/09/papiro-egipcio-e-decifrado-
e-revela-feitico-amoroso.html>.Acesso em: 10 jun. 2019.
Até hoje, muitos mistérios rondam o Egito, principalmente com a 
organização e estrutura para construírem as pirâmides e seus labirintos. Estudos 
semióticos sobre as pinturas, objetos encontrados e estudos aprofundados através 
da alta tecnologia ajudam a escrever constantemente essa civilização.
24
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O Egito foi dividido em monarquias: Antiga, Média e Nova.
• Na Monarquia Antiga, destacam-se as pirâmides do Egito. As esculturas eram 
acopladas principalmente às portas dos templos e apresentavam uma pintura, 
com cenas do seu cotidiano.
• Na Monarquia Média, as esculturas tiveram maior destaque, pois acompanhavam 
o faraó após a sua morte. Nesse período surgiu a pintura sobre o sarcófago.
• Na Monarquia Nova, os sarcófagos eram esculturas que apresentavam uma 
verdadeira obra de arte, pois era usado ouro para mostrar o poder que o faraó 
exercia sobre seu povo. As pinturas ficaram mais ricas, com outros elementos, 
como vasos, objetos e também com hieróglifos.
• A arquitetura egípcia concentrou-se nos templos funerários e nos templos 
dedicados aos deuses.
25
1 Os povos da Idade Antiga criaram diversos tipos de escrita, dentre elas o 
hieróglifo, no Egito. Escreva uma mensagem com símbolos e entregue para 
alguém da sala com a respectiva legenda para que ela possa realizar a leitura. 
Exemplo: @ > / # &. Resposta:_____________
Legenda: 
 # T
 & O
 > G
 @ E
 / I
2 Sobre a construção das pirâmides, analise as asserções e a relação proposta 
entre elas: 
I- Cientistas conseguiram explicar como as pirâmides do Egito foram 
construídas e derrubaram alguns mitos que perduraram ao longo de 
dezenas de anos. 
Porque
II- Muitos disseram que alienígenas construíram as pirâmides, mas que, na 
realidade, os antigos egípcios moveram os blocos numa espécie de trenó sob 
a areia molhada. 
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) A asserção I está correta, mas não complementa a asserção II, que está 
parcialmente correta.
b) ( ) A asserção II é um complemento da asserção I e ambas estão corretas 
sobre a construção das pirâmides.
c) ( ) Ambas as asserções estão incorretas, porque muito se falou sobre a 
construção das pirâmides e até agora não se tem uma comprovação de 
sua construção.
d) ( ) A asserção II está correta, enquanto a asserção I não procede a sua 
afirmação.
AUTOATIVIDADE
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TÓPICO 3
ARTE NO ORIENTE
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Mesopotâmia – a “terra entre dois rios” (Eufrates e Tigre) – tinha como 
capital a Babilônia, hoje situada no atual Iraque. 
A história política da Antiga Mesopotâmia é marcada pelas rivalidades 
locais, incursões estrangeiras. Sobre um fundo tão agitado é ainda mais notável a 
continuidade das tradições culturais e artísticas. Essa herança comum se deve aos 
primeiros povos – os sumérios. 
Nesta geografia vamos olhar o legado da arte dos sumérios, assírios e 
persas. Segundo Baumgart (1999), em meio a esta diversidade, as formas artísticas 
conservam certa hegemonia devido à herança dos sumérios.
2 A ARTE DOS SUMÉRIOS
O povo sumério se desenvolveu ao sul da Mesopotâmia, atualmente sul do 
Iraque. O foco de seu registro está centrado nas construções arquitetônicas, sendo 
que as imagens concretizadas em estátuas presentes nas construções atuavam de 
forma significativa na produção artística desse povo. Representavam seus deuses, 
às vezes, em fusão com figuras de animais, com destaque para os olhos.
Um dos grandes legados dos sumérios foi a escrita cuneiforme, representada 
com símbolos específicos que conseguiam transmitir suas ideias e representavam 
objetos variados, sempre ligados aos fenômenos de seu cotidiano, contemplando 
assuntos administrativos, políticos e econômicos. Registrados em placas de argila, é 
através dessas inscrições que foi possível conhecer um pouco da vida dos sumérios. 
FIGURA 17 – ESCRITA CUNEIFORME
FONTE: <https://www.estudopratico.com.br/escrita-cuneiforme/>. Acesso em: 8 maio 2019.
28
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
A escrita cuneiforme é um sistema que provavelmente teve origem 
na Suméria. Consta de 600 caracteres, cada um dos quais representa palavras 
ou sílabas escritas em tábuas de argila ou de pedra. Espalhados em cidades-
estados, a arquitetura suméria foi desenvolvida em prol da religião, realizando a 
construção de grandes templos dedicados a seus deuses e também como espaço 
de armazenamentos dos grãos necessários a sua alimentação. Nessas construções 
destacam-se os zigurates, torres em degraus que completavam as construções 
gigantescas assemelhando-se à construção das pirâmides egípcias. Pode-se 
afirmar que a arte dos sumérios era fundamentada em suas crenças religiosas, 
por isso a construção de grandes templos destinados ao louvor de seus deuses.
FIGURA 18 – ZIGURATE DO REI URNAMMU, UR, C. 2500 A.C.
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Zigurate_de_Ur>. Acesso em: 8 maio 2019.
Zigurates eram grandes escadarias que completavam as construções 
em formato de pirâmides e serviam como locais de armazenagem de produtos 
agrícolas e também como templos religiosos. Um famoso zigurate é a Torre de 
Babel, referenciada na Bíblia Sagrada.
Infelizmente, o tempo não poupou as construções dos sumérios, 
construídas com tijolos, elas foram destruídas e o que restou foram ruínas ou 
partes das construções. 
Na escultura dos sumérios, o material utilizado era a pedra e madeira, 
associando alguns elementos como o ouro, o cobre e a prata. Os olhos e as 
sobrancelhas eram inicialmente de materiais coloridos incrustados, e a cabeça 
coberta por uma “cabeleira” de ouro ou cobre. 
Assim, o legado dos sumérios se revelou nas descobertas arqueológicas 
das placas de argila gravadas em sua escrita cuneiforme, em que seu cotidiano, 
suas crenças e realizações foram registradas. As esculturas representavam 
seus deuses e a arquitetura grandiosa era dedicada a eles. Essas manifestações 
artísticas vão influenciar também os demais povos que reconheceram na arte 
suméria importante fonte de inspiração, dentre eles os assírios.
TÓPICO 3 | ARTE NO ORIENTE
29
DICAS
Saiba mais sobre os Sumérios assistindo ao vídeo no link a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=TPE4vTDWoIM.
3 A ARTE ASSÍRIA
Em comum com os sumérios, o povo assírio também tinha como pano de 
fundo de sua sobrevivência e de sua arte a região geográfica da Mesopotâmia, bem 
como os rios Tigre e Eufrates. No entanto, o povo assírio é conhecido pela sua ativa 
participação em guerras, voltado à conquista de territórios de outros povos.
Fernandes (2018) frisa que os guerreiros assírios eram chamados de “máquina 
de guerra” pela formação do provável primeiro exército organizado da História. 
Arqueiros, lanceiros, carros de combate e cavalaria formavam sua força de combate, foi 
assim que conseguiram submeter várias das civilizações da Mesopotâmia ao seu jugo.
No que se refere à representação escultórica, os deuses eram fonte de 
inspiração para os artistas que os esculpiam em miniaturas. 
Na arquitetura, os assírios apresentaram clara influência dos sumérios, 
diz-se que os assírios foram em relação aos sumérios o mesmo que os romanos 
em relação aos gregos. 
FIGURA 19 – CIDADE DE SARGÃO II, EM DUR
FONTE: <http://m.redeangola.info/palacio-do-rei-sargao-ii-destruido-pelo-estado-islamico/>. 
Acesso em: 25 fev. 2019.
Essas construções em reverência aos seus reis e suas batalhas estão 
exemplificadas em gigantescos painéis que em baixo-relevo representavam cenas 
de caça e cenas militares e que ornamentavam suas construções arquitetônicas. 
Esses painéis assumiam a função de narração das atividades desenvolvidas pelos 
assírios, atuando também de forma didática.
30
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
Santos (2013) destaca que os relevos assírios eram esculpidos em enormes 
painéis de pedra calcária e alocados nas paredes dos palácios reais e formavam 
uma narrativa visual, geralmente exaltando as conquistas do império,já que a 
arte era patrocinada pelo Estado. 
O legado dos assírios através de sua arte confere importante registro de 
um povo que teve a sobrevivência e a conquista de territórios como fonte principal 
de sua atuação. A influência da arte suméria é visível, no entanto, os assírios 
conferem sua identidade na apropriação das formas de representação artística, 
como a escultura e, principalmente, a arquitetura. Sua herança será assumida 
pelo Império dos Persas.
4 A ARTE PERSA
A Pérsia recebeu o nome do povo que ocupou a Babilônia em 539 a.C. 
e se tornou herdeira do antigo império assírio. Hoje tem o nome de Irã, nome 
mais antigo e mais adequado. Janson (2001) observa que o Irã parece ter sido 
uma via de acesso das tribos migratórias das estepes asiáticas, ao Norte, e da 
Índia, a Leste. Os recém-chegados estabeleciam-se por algum tempo, dominando 
a população local ou fundindo-se com ela até que se vissem, por sua vez, forçados 
a sair – para a Mesopotâmia, para a Ásia Menor, para a Rússia Meridional – pela 
onda seguinte de imigrantes. 
A arte persa foi concentrada também na arquitetura e na escultura, e a 
pintura também foi representada de forma significativa. No entanto, a arquitetura 
vai sofrer modificações representadas em pequenas construções de tijolos e 
argamassa. Já os palácios vão conservar a estrutura monumental.
FIGURA 20 – PERSÉPOLIS – ARQUITETURA IMPONENTE, TRABALHADA EM PRATA E OURO 
ESCULTURAS EM RELEVO SIMBOLIZAM OFERENDAS AO REI
FONTE: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/arte-persa.htm>. Acesso em: 8 maio 2019.
Importante frisar que de todas as manifestações artísticas do povo persa, a 
arquitetura foi a de maior representação. Os palácios eram edifícios impressionantes 
e um dos mais ambiciosos estava em Persépolis. O seu traçado geral, com imenso 
TÓPICO 3 | ARTE NO ORIENTE
31
número de câmaras, salas e pátios reunidos sobre uma plataforma alteada, 
lembrava as residências reais da Assíria, cujas tradições se mostravam dominantes. 
A escultura e a pintura complementam a arquitetura persa.
Na escultura, a representação de animais e homens em seres mitológicos 
ordenavam a crença em sua força guerreira de conquistas territoriais. Utilizavam 
argila e mármore para esculpir suas figuras.
Foi na civilização persa que surgiram as famosas tapeçarias persas, que 
cobriam as paredes dos palácios, tendo como tema animais, vegetais e cenas 
de caça. Surgiu também o uso das sedas. Essa arte tem como suporte o tecido e 
ditou a arte da tapeçaria por várias regiões próximas. Atualmente, a tapeçaria é 
valorizada como representativa da arte persa.
FIGURA 21 – TAPEÇARIA PERSA
FONTE: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jean-L%C3%A9on_G%C3%A9r%C3%B4me_-_
The_Carpet_Merchant_-_Google_Art_Project.jpg>. Acesso em: 1 out. 2019.
Na tentativa de conhecer as particularidades da arte persa, podemos citar 
que, segundo Gonçalves (2016):
• Os principais trabalhos artísticos da Pré-História foram as peças de cerâmica e 
as pequenas figuras de argila.
• No primeiro grande período da arte persa, durante o reinado dos aquemênidas, 
a escultura ganhou uma característica monumental.
• Entre os primeiros exemplos da arquitetura persa, destacam-se pequenas casas 
feitas à base de argamassa e tijolos de barro cru e secos ao sol, descobertas em 
várias obras neolíticas do Ocidente do Irã.
• O primeiro momento de grande desenvolvimento da arquitetura persa tem 
lugar com a dinastia dos aquemênidas (550 a 331 a.C.).
32
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
• Durante o período Aquemênida, as artes decorativas passaram a ser empregadas 
nos artigos de luxo, como ornamentos e vasilhas de ouro e prata, jarros de 
pedra e joias trabalhadas.
• Depois da conquista da Pérsia pelos árabes no ano 641, o Irã passou a fazer parte 
do mundo islâmico. Seus artistas tiveram que se adaptar à cultura islâmica, 
a qual, por sua vez, foi influenciada pela tradição iraniana. A arquitetura 
continuou sendo a principal forma artística.
DICAS
Assista ao vídeo sobre detalhes da arquitetura persa em: https://www.youtube.
com/watch?v=cb6QPIGe2S0&t=31s.
33
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A arte do Oriente foi representada pelos sumérios, assírios e persas. Em suas 
particularidades, cada civilização nos deixou sua marca através também de 
sua arte.
• Os sumérios se destacaram na arquitetura e as esculturas eram inspiradas em 
seus deuses. Outro legado importante dos sumérios foi a escrita cuneiforme.
• Os assírios eram a civilização mais guerreira, conquistando vasto território. 
Suas esculturas eram em miniaturas representando seus deuses, utilizavam 
também esculturas em baixo-relevo. Na arquitetura dos assírios, houve a 
presença dos zigurates.
• A civilização persa foi marcada também pelas requintadas tapeçarias. Na 
arquitetura e na escultura, ocorreu o uso de argila e mármore.
34
1 Um dos grandes legados dos sumérios foi a escrita, enquanto a arte assíria 
tem os deuses como inspiração. Na arquitetura, os assírios têm a influência 
dos sumérios. Diante disso, assinale a alternativa CORRETA sobre a relação 
desses dois povos na arte arquitetônica:
a) ( ) Os arquitetos assírios construíram grandes igrejas para agradar aos 
deuses de suas crenças.
b) ( ) A arquitetura dos assírios seguia uma inspiração egípcia e a figura das 
pessoas já aparece retratada nas parede. 
c) ( ) A arquitetura ainda não havia surgido nem entre os povos sumérios e 
nem entre os povos assírios.
d) ( ) As construções, como os templos e os zigurates, levantadas pelos assírios, 
tinham inspiração dos sumérios e os palácios atingiram dimensões sem 
precedentes. 
2 Acerca dos sumérios, assírios e persas, analise as afirmações a seguir: 
I- Os sumérios começam a trabalhar a escultura e utilizam como material a 
pedra e a madeira.
II- Já na Assíria, os artistas estavam muito mais interessados na pintura e, 
portanto, pouco se interessaram pela escultura e pela arquitetura.
III- Mas foi na Assíria que o sistema sexagesimal de contar o tempo foi 
desenvolvido.
IV- A arte persa tem um significado importante tanto na tapeçaria, como na 
escultura, mas pouca representatividade na arquitetura. 
É CORRETO apenas o que se afirma em: 
a) ( ) I e III.
b) ( ) I, II e IV.
c) ( ) II, III e IV.
d) ( ) I e IV.
AUTOATIVIDADE
35
TÓPICO 4
ARTES GREGA E ROMANA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Segundo Funan (2002), os mais antigos antepassados dos gregos 
chegaram à região da Grécia no final do terceiro milênio a.C. e logo se dirigiram 
às ilhas do Mar Egeu. 
Os primeiros gregos que ocuparam a região foram os jônios, eles 
submeteram os antigos habitantes da Ásia Menor por meio da violência e os 
reduziram à servidão. Os gregos incorporaram elementos culturais de outros 
povos e os ressignificaram. O período de formação da civilização grega é de cerca 
de quatrocentos anos, de 1100 a 700 a.C. Dos três séculos iniciais sabe-se pouco, 
mas a partir de 800 a.C. os gregos emergem rapidamente à plena luz da história. 
São desse tempo as primeiras datas precisas que chegaram até a atualidade: 776 
a.C., ano da instituição dos jogos olímpicos e ponto de partida da cronologia 
grega, assim como outras, um pouco anteriores da fundação de várias cidades. 
Este tópico abordará as artes grega e romana. A arte grega com destaque 
para o ideal de beleza. Os gregos tinham preocupação pela harmonia das formas, 
principalmente nas esculturas. As construções não tinham preocupação utilitária, 
enquanto na arte romana o enfoque era a praticidade e a utilidade.
Nas figuras a seguir observamos que o ideal grego de beleza apresenta 
o predomínio do ritmo, do equilíbrio e da harmonia, valorizando as medidas 
proporcionais. Já a arte romana sofre a influência grega e apresenta uma arte 
naturalista, sem a beleza idealizada dos gregos. 
FIGURA 22 – ARTE GREGA FIGURA 23 – ARTE ROMANA
FONTE: <https://www.bma.art.br/escultura-
grega/>. Acesso em: 15 jan. 2019.
FONTE: <https://www.slideshare.net/hgp5/a-
escultura-romana>.Acesso em: 15 jan. 2019.
36
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
Observe na representação dos traços do rosto das duas esculturas. A 
Figura 22 é de Apolo Belvedere, que representa o Deus Grego bem conhecido, o 
Apolo. O rosto apresenta suavidade e simetria em uma junção de força e leveza. 
Para eles, a razão e a sensibilidade foram essenciais para construir arte com mera 
particularidade, pois exprimia valores como equilíbrio, harmonia, ordem e medida.
Já o rosto da Figura 23 (retrato séc. I a.C. Metropolitan Museum of Art 
NY), de origem romana, traz a expressão humana em sua plenitude com os traços 
originais. A representação naturalista era importante para os romanos, cultivando 
a originalidade dos traços das figuras representadas. 
Do ponto de vista artístico, podemos destacar os seguintes períodos 
artísticos da Grécia Antiga:
• Arcaico: do século VII até a 1ª metade do século V a.C.
• Clássico: do século V até a metade do século IV a.C.
• Helenístico: do final do século IV até a metade do século I a.C.
2 PERÍODO ARCAICO GREGO
Durante o período Arcaico, temos a pintura de vasos e uma arquitetura 
monumental, com destaque para a escultura. Por muitos séculos, a arte só se 
expressava na cerâmica, apresentando alternância na decoração, às vezes eram 
feitas linhas geométricas retilíneas, contínuas ou quebradas. Mais tarde vieram 
os vasos de cerâmica que apresentavam figuras, bastante estilizadas, as figuras 
negras e figuras vermelhas.
Inicialmente foi utilizada a técnica da figura negra sobre fundo vermelho. 
O artista riscava os detalhes com agulha ou algo que apresentava uma ponta 
fina. O maior pintor de figuras negras foi Exéquias. Depois o artista Eutímedes 
inverteu o esquema de cores, deixando as figuras na cor natural e pintando o 
fundo de negro, dando início às figuras vermelhas.
A pintura de vasos orientalizantes e arcaicas apresentavam uma diferença 
de disciplina artística. Algumas figuras eram representadas como silhuetas 
maciças, quer como simples contornos ou como a combinação de ambas as 
maneiras de apresentá-las. Temos assim o surgimento do estilo “de figuras 
negras”, traçadas em silhueta sobre o barro avermelhado.
TÓPICO 4 | ARTES GREGA E ROMANA
37
FIGURA 24 – OBRA DE EUTÍMEDES
FONTE: <http://historiadaarte2ano.blogspot.com/>. Acesso em: 15 jan. 2019.
Os vasos gregos também obedeciam ao rigor da harmonia no encontro da 
forma com as cores. Os desenhos aplicados nos vasos têm a intenção de retratar 
cenas inspiradas na mitologia grega e também pessoas em suas atividades diárias. 
Os vasos possuíam duas funções: utilitária (rituais religiosos, armazenar água, 
vinho) e decorativo. 
Medeiros (2018) frisa que no período, conhecido como Arcaico, a escultura 
é feita em pedra, em que rapazes (Kouros) e moças (Korés) são criados pelo 
escultor que representava superficialmente as feições e os músculos. As esculturas 
masculinas são nuas e eretas, revelando a influência de outras culturas, pois eram 
esculpidas numa pose de grande rigidez e frontalidade.
FIGURA 25 – FIGURA FEMININA (KORE), C. 650 A.C. – FIGURA DE JOVEM (KOUROS), C. 600 A.C.
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Escultura_da_Gr%C3%A9cia_arcaica#/media/File:Kouroi2.jpg>. 
Acesso em: 15 jan. 2019.
Nesse período chamado Arcaico, a escultura apresenta rigidez e seriedade. 
Os corpos são talhados mais próximos da representação egípcia e mesopotâmia. 
No decorrer do desenvolvimento da escultura grega esta representação mudará 
drasticamente, incorporando o movimento e emoção.
38
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
Quando os gregos começaram a construir os templos, a escultura foi 
unificada a ela. Os gregos esculpiram, principalmente, na base triangular, grandes 
guardiões que destacavam e engrandeciam e embelezavam a arquitetura.
Proveniente de tais feitos, a arte passou a evoluir principalmente o âmbito 
da arquitetura, surgindo em vez de esculturas na base triangular, colunas que 
vieram com propósitos sociais, isso no próximo período (PROENÇA, 2011).
3 PERÍODO CLÁSSICO
Foi no período Clássico que a perfeição artística teve seu apogeu. É chamado 
de momento clássico, pois alcançou a clareza absoluta da visão. Tiveram domínio 
do movimento nas esculturas, a arquitetura teve caráter social com o surgimento 
do teatro, e as pinturas realizadas em vasos serviam como oferendas funerárias.
A arquitetura grega é reconhecida pelo uso de colunas que são registradas 
em três ordens: dórica, jônica e coríntia.
A ordem dórica era simples e maciça. Os fustes das colunas eram grossos 
e afirmavam-se diretamente no estilóbata. “Os capitéis, que ficavam no alto dos 
fustes, eram muito simples. A arquitrave era lisa e sobre ela ficava o friso que era 
dividido em tríglifos – retângulos com sulcos verticais – e métopas – retângulos 
que podiam ser lisos, pintados ou esculpidos em relevo” (PROENÇA, 2011, p. 34).
A ordem dórica pode ser vista no Partenon, templo em homenagem à 
deusa Atena. O templo consistia essencialmente em arquitetura exterior. Conforme 
Robertson (1982), essa construção tinha um friso de 159 m de comprimento, e 
esculturas nos dois frontões e nas 92 métopas. Podemos destacar ainda o templo 
Hephaisteion, dedicado ao deus do fogo, que foi um dos mais preservados de Atenas.
A ordem jônica parecia dar mais leveza e era mais ornamentada que 
a dórica. As colunas eram delgadas sobre uma base decorada. Os capitéis 
ornamentados eram divididos em três faixas horizontais. O friso dividido em 
partes ou decorado. Um exemplo de ordem jônica é o Templo de Atena Niké, 
construído em mármore. Com as mesmas colunas, o Erecteion em Atenas veio a 
ser construído para ser uma espécie de santuário. Frisando que algumas colunas 
jônicas deram espaço para figuras femininas, de forma delicada complementavam 
e ornamentavam o lugar.
TÓPICO 4 | ARTES GREGA E ROMANA
39
FIGURA 26 – COLUNAS GREGAS
FONTE: Janson (2001, p. 169)
O templo coríntio é uma derivação do jônico, mais adornado e elevado de 
proporções. O seu capitel tem a forma de um sino invertido, coberto por folhas de 
acanto, tornando-se padrão em Roma. 
Uma construção que prevaleceu nesse período foi o “Teatro”, dividido em 
três partes: 
• Orquestra – local para danças, coro e representação de atores. 
• Arquibancada – local para o público. 
• Palco – lugar onde os atores se preparavam para entrar em cena.
O teatro mais famoso é o “Epidauro, notável por sua acústica perfeita e 
podia acomodar até 14.000 pessoas” (PROENÇA, 2011, p. 35).
ORDEM DÓRICA ORDEM JÔNICA
EN
TA
BL
A
M
EN
TO
EN
TA
BL
A
M
EN
TO
C
O
LU
N
A
C
O
LU
N
A
Cornija
Cornija
Friso
Friso
Arquitrave
ou Epistilo
Arquitrave
ou Epistilo
Capitel
Capitel
Fuste
Fuste
Base
Gotas
Gotas
Ábaco
Equino
Taenia
Regula
ESTILÓBATA ESTILÓBATA
ESTEREÓBATA ESTEREÓBATA
EUTINTÉRIA
Ábaco
Voluta
Geison
Geison
Geison
 Inclin
ado
Geison InclinadoSima
 Inclin
ado
Sima Inclinado
Mútulo
MétopaTriglifo
40
UNIDADE 1 | A ARTE PRÉ-HISTÓRICA,
FIGURA 27 – TEATRO DE EPIDAURO, C. 350 A.C.
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Epidauro#/media/File:Epidauros-Theater-1.jpg>. 
Acesso em: 15 jan. 2019.
A arquitetura grega influencia até hoje construções em todo o mundo. No 
Brasil temos o Teatro da Paz, em Belém/PA, que foi projetado por um engenheiro 
militar e as colunas no seu frontão são de inspiração grega.
Na pintura, durante o período Clássico, perdura a pintura em vasos, além 
de pinturas em murais e mosaicos. As figuras com representações femininas eram 
temas que serviam para os monumentos funerários de mulheres jovens. 
FIGURA 28 – PINTURA EM VASO
FONTE: <https://fr.wikipedia.org/wiki/Sir%C3%A8ne_(mythologie_grecque)#/media/
Fichier:Odysseus_Sirens_BM_E440_n2.jpg>. Acesso em: 1 out. 2019.
O vaso da figura revela a delicadeza e o cuidado na representação do barco 
e dos seres metafísicos. Requintada, a cerâmica grega anuncia também o estilo do 
artista configurando assim uma assinatura pessoal na criação dos objetos, ora 
utilitário, ora decorativo.
TÓPICO

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