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PARACITOLOGIA EDSON

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Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
Manual	De	Técnicas	De	Diagnóstico	Parasitológico	
Disciplina	Parasitologia	Clínica	Laboratorial	
Prof.	Edson	Claudio	Cambinda	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
Parasitologia	é	a	ciência	que	estuda	os	parasitas,	os	seus	hospedeiros	e	relações	entre	eles.	Engloba	
os	filos	Protozoa	(protozoários),	do	reino	Protista	e	Nematoda	(nematódes),	
Platyhelminthes	(platelmínteos)	e	Arthropoda	(artrópodes),	do	Reino	Animal.	Os	protozoários	são	
unicelulares,	enquanto	os	nematódeos,	platelmintos	e	artrópodes	são	organismos	multicelulares.	
Temos	também	parasitismo	em	plantas	(holoparasta	e	hemiparasita)	como	é	o	caso	do	cipó-chumbo.	
temos	parasitismo	em	fungos	(micose)	e	em	bactérias	e	até	vírus.	A	parasitologia	médica	também	se	
preocupa	com	o	estudo	do	vetor.	
	
Protozoários	
Presentam	4	fases	ou	forma	de	vida.	
• Trofozoitos	
• Prequistes	
• Cistos	ou	quistes	
• Metaquistes	
	
•	Doença	de	Chagas	(Trypanosoma	cruzi)	
•	Malária					(plasmodium	ssp)	
•	Amebíase			(Entamoeba	histolytica)	
•	Leishmaniose						(leishmânia)	
•	Doença	do	Sono	(trypanosoma	brucei)	
•	Giardíase					(Giardia	lamblia)	
•	Toxoplasmose	(tpxoplasma	gondi)	
•	Tricomoníase	(Trichomonas	vaginalis)	
	
Helmintos:	
São	divididos	em	dois	filos,	Nematoda	e	Platyhelminthes.	
Fases	ou	forma	de	vida.		Miracidios,	Cercarias,	Metacercarias,	Cistecercos,	Ovos	e	Larvas		
	
Nematoda:	constituído	por	vermes	arredondados	que	possuem	corpos	cilíndricos.		Podem	ser	
parasitas	intestinais	ou	podem	infectar	o	sangue	e	tecidos.	
	
Nematoda	mas	frequentes	
- 		Ascaris	lumbriocoides	
-	Trichuris	trichiura	
-	Ancylotoma	duodenale	
-	Necator	americanus	
-	Strongyloides	stercoralis	
-	Enterobius	vermicularis	
												Filariose	ou	elefantíase	
	
Platyhelminthes:	constituído	pelos	platelmintos,	que	possuem	corpos	achatados.	Podem	
ser	subdivididos	em	trematódeos	e	cestódeos.	
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
Os	trematódeos																															Cestódeos	
Fasciola	hepatica																																Taenia	solium	
Clonorchis	sinensis																												Taenia	saginata	
Paragonimus	spp.																												Diphylobotrium	latum	
Schistosoma	spp																																		Hymenolepis	nana	
	
Algumas	Doenças	causadas	por	Protozoários	
Tricomoníase	-Trichomonas	Vaginalis	
Local	da	infecção:	Trato	geniturinário	do	homem	e	da	mulher.	
Transmissão:.	
É	transmitido	pela	relação	sexual	e	pode	sobreviver	por	mais	de	um	mês	no	prepúcio	de	um	homem	
sadio,	após	o	coito	com	uma	mulher	infectada.	
O	homem	é	o	vetor	da	doença;	com	a	ejaculação,	os	tricomonas	presentes	na	mucosa	da	uretra	são	
levados	a	vagina	pelo	esperma.	
	
A	tricomoníase	neonatal	em	meninas	é	adquirida	durante	o	parto.	
	
Patologia	
Mulher:	Varia	da	forma	assintomática	ao	estado	agudo.	A	infecção	vaginal	provoca	uma	vaginite	que	
se	caracteriza	por	um	corrimento	vaginal	fluidoabundante	de	cor	amarelo-esverdeada,	bolhoso,	de	
odor	fétido,	mais	comumente	no	período	pós-menstrual.	
-	A	mulher	apresenta	dor	e	dificuldade	para	as	relações	sexuais,	desconforto	nos	genitais	internos,	
dor	ao	urinar	e	frequência	miccional.	
	
Homem:	A	tricomoníase	no	homem	é	comumente	assintomática.	
Se	sintomática,	apresenta	como	uma	uretrite	com	fluxo	leitoso	ou	purulento	e	uma	leve	sensação	de	
prurido	na	uretra.	Pela	manhã,	antes	da	passagem	da	urina,	pode	ser	observado	um	corrimento	claro,	
viscoso	e	pouco	abundante,	com	desconforto	para	urinar	(ardência	miccional).	
	
Diagnóstico:	
Clínico:	o	diagnóstico	diferencial	da	tricomoníase,	tanto	no	homem	como	na	mulher	é	difícil,	sendo	
essencial	o	diagnóstico	parasitológico.	
	Parasitológico:	
Coleta	da	amostra:	
No	homem:	os	pacientes	devem	comparecer	no	local	pela	manhã,	sem	terem	urinado	no	dia	e	sem	
terem	tomado	nenhum	medicamento	tricomonicida	há	mais	de	15	dias.	O	material	uretral	é	colhido	
com	uma	alça	de	platina	ou	com	swab	de	algodão	não	absorvente	ou	de	poliéster.	O	organismo	é	
mais	encontrado	no	sêmen	que	na	urina	ou	em	esfregaços	uretrais.		
Uma	amostra	fresca	poderá	ser	obtida	pela	masturbação	em	um	recipiente	limpo	e	estéril.	Também	
pode	debe	ser	observado	o	sedimento	centrifugado	(600	g	por	20	min.)	dos	primeiros	20	ml	de	urina	
matinal.		
	
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
Na	mulher:	a	vagina	é	o	local	mais	facilmente	infectado,	e	os	tricomonas	são	mais	
abundantes	durante	os	primeiros	dias	após	a	menstruação.	O	material	é	normalmente	coletado	na	
vagina	com	um	swab	de	algodão	não	absorvente	ou	de	poliéster.	
O	diagnóstico	é	feito	através	da	observação	do	material	coletado	a	fresco	no	microscópio	ou	em	
cultura	de	parasitos.	
O	exame	é	feito	com	o	material	coletado	diluído	em	solução	salina	isotônica	(0,15M)	tépida.	Este	é	o	
mais	prático	e	rápido	método	de	diagnóstico,	mas	possui	uma	sensibilidade	relativamente	
	
GIARDÍASE	
Agente	etiológico:	Giardia	lamblia	(	diarrea	e	mal	absorcao		
Morfologia:	Apresenta	duas	formas:	cística	e	trofozoítica.	
	
Ciclo	de	vida	
A	G.	lamblia	é	um	parasito	monoxeno	de	ciclo	biológico	direto.	
A	via	de	infecção	normal	para	o	homem	é	a	ingestão	de	cistos.	Após	a	ingestão	
do	cisto,	o	desencistamento	ocorre	no	meio	ácido	do	estômago	e	é	completado	no	duodeno	e	jejuno,	
onde	ocorre	a	colonização	do	parasito.	Este	se	reproduz	por	divisão	binária	longitudinal.	O	ciclo	se	
completa	com	o	encistamento	do	parasito	e	a	sua	eliminação	nas	fezes	
	
Transmissão:	
Através	da	ingestão	de	cistos,:	ingestão	de	agua,	alimentos	contaminados,	pessoa	a	pessoa,	através	
de	mãos	contaminadas	e	através	de	sexo	anal;	
-.	
Sintomatologia:	
A	maioria	das	infecções	por	G.	lamblia	é	assintomática.	
A	forma	aguda	se	apresenta	como	uma	diarréia	do	tipo	aquosa,	explosiva,	de	odor	fétido,	
acompanhada	de	gases,	com	distensão	e	dores	abdominais.	
Essa	forma	aguda	dura	poucos	dias	e	seus	sintomas	iniciais	podem	ser	confundidos	com	diarréias	
virais	e	bacterianas.	
Ela	se	resolve	espontaneamente	e	os	parasitos	podem	desaparecer	das	fezes.	
Após	o	desenvolvimento	da	imunidade,	há	uma	regressão	dos	sintomas,	podendo	alguns	pacientes	se	
tornarem	portadores	assintomáticos.	
	
Diagnóstico	
Laboratorial:	deve-se	fazer	exame	de	fezes	nos	pacientes	para	identificar	cistos	ou	trofozoítos	nestas.	
Em	fezes	formadas:	os	métodos	de	escolha	são	os	de	concentração:	método	de	Faust	ou	de	MIFC.	
Em	fezes	diarréicas:	usar	o	método	direto	(com	salina	ou	lugol)	ou	o	método	da	hematoxilina	férrica.	
	
Amebíase	
Amebíase	é	uma	infecção	intestinal	ou	hepática	causada	por	espécie	de	
amebas	patogenias	principalmente	Entamoeba	histolytica	
Entamoeba	sp	existem	em	2	formas:	
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
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•	Trofozoíto	
•	Cisto	
Transmissão:	os	cistos	podem	ser	transmitidos	diretamente	de	pessoa	para	
pessoa,	ou	de	forma	indireta	pelos	alimentos	ou	pela	água.	A	amebíase	também	
pode	se	disseminar	por	sexo	oral-anal.	
	
Sinais	e	sintomas	
Os	sintomas	de	amebíase	desenvolvem	ao	longo	de	1	a	3	semanas	podem	inclui:	
Diarreia,	as	vezes	com	sangue	visível	nas	fezes	
Dor	abdominal	acompanhadas	de	cólicas	
Perda	de	peso	e	febre	
	
Diagnostico	
Exame	de	fezes	
Exame	de	sangue	para	detetar	anticorpos	contra	as	amebas	
	
Algumas	Doenças	causadas	por	Nematodes	
Ascaridíase	é	uma	doença	parasitária	causada	pelo	verme	nematoda	Ascaris	lumbricoides,u 	Localização	intestino	delgado.		
u A	reprodução	é	sexuada,	sendo	a	fêmea	(20	a	35cm)	maior	que	o	macho	(15	a	20cm)	e	com	
o	diâmetro	de	um	lápis.	Os	vermes	adultos	podem	viver	de	um	a	dois	anos.	Seus	ovos	têm	
50	micrómetros,	o	que	causa	dificuldade	de	observar	se	o	alimento	está	contaminado	
u FI:	ovo	embrionado		
u HD:	homem		
	
O	período	de	incubação	dois	meses.	Nesse	período	as	larvas	passam	por	vários	órgãos,	como	fígado	
e	pulmões.	Normalmente	não	causam	problemas	na	sua	migração	mas,	particularmente	se	
existirem	em	grandes	números,	podem	causar	irritação	pulmonar	com	hemorragias	e	hemoptise	
(tosse	com	sangue).	Outros	sintomas	nessa	fase	além	da	tosse	são,	falta	de	ar	e	febre	baixa.	
Após	chegada	ao	intestino	e	maturação	nas	formas	adultas,	os	parasitas	nutrem-se	do	bolo	
alimentar	e	não	são	invasivos.	Sintomas	possíveis	incluem	
u Náusea	e	vômito;	
u Diarreia	e	dor	abdominal;	
u Perda	de	apetite;	
u Febre;	
u Ruído	ao	respirar.	
		
Lesões	respiratórias,	intestinais,	neurológicas,	nutricionais,	produto	das	migrações		
	
Complicações	
subnutrição	do	hospedeiro	e	os	parasitas	passam	a	alimentar-se	das	próprias	paredes	intestinais	
causando	hemorragias	internas	com	dores	abdominais	intensas.	
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
	(Obstrução	intestinal)	.	Grande	número	de	parasitas	migrando	pelos	pulmões	e	faringe	ou	para	os	
ductos	biliares,	pancreáticos	ou	apêndice	resultar	em	dificuldade	para	respirar,	colecistite,	
pancreatite	ou	apendicite.	Pode	ainda	ocorrer	tosse	com	sangue	e	larvas,	
	
Ciclo	de	vida		
u Ingestão	de	ovos	férteis	de	pessoas	infestadas,	no	ID	é	liberada	a	larva	que	percorre	os	
capilares	venosos	e	linfáticos,	em	direção	ao	lado	direito	ao	coração	e	depois	para	os	
pulmões,	depois	a	faringe	sendo	deglutida	e	passando	para	o	DI,	onde	se	torna	um	adulto.		
	
Diagnostico		
Identificação	macroscópica	A	fêmea	possui	uma	cintura	vulvar.	As	bobinas	macho	em	sua	posição	
terminal.	Ex.	direto,	eosina,	lugol,	sol.	salina.	Conc.	Kato-Katz,	permite	a	contagem	do	nº	de	ovos,	
dá-nos	a	medida	da	intensidade	da	parasitemia	e	medida	para	avaliar	o	tto.	Outros.	Radiografia,	
colangiografia,	Ato	cirúrgico	quando	há	apenas	parasitas	machos	ou	fêmeas	imaturas,	a	expulsão	é	
escassa	e	o	diagnóstico	é	difícil	x	ausência	de	ovos		
	
A	Tricuríase,	também	conhecida	como	infecção	do	verme	do	chicote,	é	uma	infecção	pelo	verme	
parasita	Trichuris	trichiura	
		
u Tichuris-trichura	Nematode	
u Localização		Intestino	grosso		
u Reproduz-se	sexuadamente.		
u FI:	ovo	embrionado		
u HD:	macho			
		
Ciclo	de	vida		
A	ingestão	de	ovos	férteis	de	água	e	alimentos	contaminados,	uma	vez	dentro	do	trato	digestivo,	
desce	para	o	intestino	grosso,	rompendo	o	tampão	mucoso	e	liberando	as	larvas	que	migram	para	
se	tornarem	adultas	no	cólon.			
Se	a	carga	de	parasitas	é	baixa,	a	doença	é	assintomática,	porém	se	for	elevada	(mais	de	200	
vermes)	pode	ocorrer:	
u Evacuação	noturna	frequente;	
u Diarreia;	
u Prolapso	retal	(ânus	aumentado);	
u Menor	crescimento	em	crianças;	
u Desconforto	abdominal.	
	
Complicações	possíveis	incluem	necrose	da	mucosa	intestinal	com	hemorragias	e	diarreia	
sanguinolenta,	podendo	progredir	para	anemia	por	déficit	de	ferro.	Outros	sintomas	são	a	dor	
abdominal,	perda	de	peso	em	indivíduos	já	desnutridos,	flatulência	e	fadiga.	Em	casos	incomuns	
pode	ocorrer	apendicite	(se	o	verme	entrar	no	apêndice	e	não	conseguir	sair)	e	prolapso	rectal	com	
hemorroidas.		
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
	
Diagnostico.	
Ex	direto,	lugol,	eosina	e	SSF.	Reveja	com	Ritchie	e	Willis.	
	
	
A	ancilostomíase	ou	ancilostomose	é	uma	verminose	causada	por	parasitas	nematódeos	das	
espécies	Necator	americanus	e	Ancylostoma	duodenale.	Esses	animais	apresentam	de	um	a	dois	
centímetros	de	comprimento	e	alojam-se	no	intestino,	desencadeando	complicações,	como	a	
anemia.	
u Ancilostomidae	Necator	Ancylostoma		
u intestino	grosso		
u Reprodução	sexuada.	
u 	FI	larva	filariforme	que	penetra	na	pele		
u HD	homem		
	
ciclo	de	vida	
Seu	ciclo	é	muito	simples,	eles	têm	apenas	algumas	diferenças	1.	Os	ovos	atingem	o	solo	por	
fecalismo	ao	ar	livre.	2.	Em	condições	ambientais	adequadas,	os	ovos	dão	origem	a	larvas	
rabditiformes,	que	sofrem	várias	mudas	e	se	transformam	em	larvas	filariformes.	Embainhada,	
penetra	na	pele	do	humano	exposto	ao	solo,	através	da	região	glútea,	abandona	sua	bainha	e	viaja	
no	lado	direito	do	coração,	pulmões	e	faringe,	sendo	deglutido.	Eles	vão	para	o	ID.	Para	se	tornar	
um	adulto.	A	larva	de	Ancylostoma	passa	para	o	intestino	sem	completar	o	ciclo	x	pulmão.		
	
Exame	macroscópico	-	presença	de	larvas	e	ovos	rabditiformes	na	IC.	os	ovos	são	difíceis	de	
distinguir,	relatados	como	ancilostomídeos.	Diferencia-se	na	coprocultura	x	o	método	Harada-Morí	
para	diferenciar	Necator	de	Ancylostoma	Tec.	De	concentração	de	sedimentação	de	Willis	ou	
Richie.	Kato-Katz	para	observar	a	intensidade	da	infecção.		
	
ENTEROBIOSE	
Agente	etiológico:	
Enterobius	vermicularis	
Conhecido	popularmente	como	oxiúros,	devido	ao	fato	que	este	verme	pertencia	
anteriormente	ao	gênero	Oxyuris.	
	
Ciclo	de	vida	
É	do	tipo	monoxênico,	após	a	cópula	os	machos	morrem	e	são	eliminados	nas	fezes.		
As	fêmeas	repletas	de	ovos	(5	a	16	mil	ovos)	são	encontradas	na	região	perianal.	A	fêmea	se	
assemelha	a	um	“saco	de	ovos”	e	muitos	autores	acreditam	que	ela	não	realiza	a	oviposição,	
simplesmente	se	rompe	na	região	perianal	liberando	os	ovos.Os	ovos	liberados	se	tornam	infectantes	
em	poucas	horas	e	são	ingeridas	pelo	hospedeiro.	No	intestino	delgado	as	larvas	eclodem	e	fazem	
duas	mudas	no	trajeto	intestinal	até	o	ceco.	Aí	chegando	se	tornam	adultos,	e	um	ou	dois	meses	
depois	as	fêmeas	já	são	encontradas	na	região	perianal.	
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
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Transmissão	
-	Heteroinfecção:	ovos	presentes	na	poeira	ou	alimentos	atingem	um	novo	hospedeiro.	
-	Indireta:	Ovos	presentes	na	poeira	atingem	o	mesmo	hospedeiro	que	o	eliminou.	
-	Auto-infecção	externa:	a	criança	leva	os	ovos	da	região	perianal	a	boca.	Causa	a	cronicidade	da	
doença.	
-	Retroinfeção:	as	larvas	eclodem	na	região	perianal	e	migram	para	o	ceco.	
	
Patogenia	
-	Na	maioria	dos	casos	passa	desapercebida.	
-	Prurido	anal,	principalmente	a	noite.	
-	O	ato	de	coçar	pode	provocar	infecções	secundárias,	além	de	provocar	perda	de	sono	e	nervosismo.	
-	Pela	proximidade	dos	órgãos	sexuais	pode	levar	a	masturbação	e	erotismo,	principalmente	em	
meninas.	
	
Diagnóstico	
-	Clínico:	Prurido	anal	noturno	e	contínuo.	
-	Laboratorial:	
O	exame	de	fezes	não	funciona	bem	para	essa	verminose.	
O	método	mais	indicado	é	o	da	fita	adesiva	ou	fita	gomada.	
Método	da	fita	gomada:	
*Corta-se	um	pedaço	de	8	a	10	cm	de	fita	adesiva	tranparente;	
*Coloca-se	a	mesma	com	a	parte	adesiva	para	fora	sobre	um	tubo	de	ensaio;	
*Opõe-se	várias	vezes	a	fita	na	região	perianal;	
*Coloca-se	a	fita	na	lâmina	de	vidro	como	se	fosse	uma	lamínula;	
*Leva-se	ao	microscópio	e	examina-se	no	aumento	de	10	e	40x	.	
	
Estrongiloidíase	é	uma	infecção	intestinal	causada	pelo	parasita	Strongyloides	stercoralis,	que	
provoca	sintomas	como	diarreia,	dor	abdominal	e	excesso	de	gases	intestinais.	No	entanto,	existe	
uma	variante	mais	grave	da	infecção,	que	afeta	o	pulmão	e	a	circulação,	causando	febre	acima	de	
38ºC,	vômitos,	tosse	e	falta	de	ar.	
	
Ciclo	de	vida	do	Strongyloides	stercoralis	
As	larvas	infectantes	do	parasita,	também	chamadas	de	larvas	filarioides,	estão	presentes	no	chão,	
principalmente	no	solo	com	areia	e	lama,	e	conseguem	penetrar	no	corpo	através	da	pele,	mesmo	
que	não	exista	uma	ferida.	A	seguir,	se	espalham	pela	circulação	sanguíneaaté	chegar	aos	pulmões.	
Nesta	região,	as	larvas	se	misturam	ao	muco	e	secreções	respiratórias,	e	alcançam	o	estômago	e	
intestino	quando	estas	secreções	são	engolidas.	
No	intestino,	os	parasitas	encontram	locais	favoráveis	para	crescer	e	se	reproduzir,	onde	atingem	o	
tamanho	de	até	2,5mm,	e	liberam	ovos	que	dão	origem	a	novas	larvas.	A	estrongiloidíase	é	
transmitida	pelas	pessoas,	principalmente,	mas	também	por	cães	e	gatos,	que	liberam	as	larvas	no	
ambiente	através	das	fezes.	
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
Manual De Técnicas De Diagnóstico Parasitológico. Prof. Edson Claudio Cambinda 
 
Outras	formas	de	infecção	são	pela	ingestão	de	água	e	alimentos	contaminados	com	larvas	ou	fezes	
de	pessoas	contaminadas.	O	período	entre	a	contaminação	até	a	liberação	de	larvas	pelas	fezes	e	
início	dos	sintomas	pode	variar	entre	14	e	28	dias.	
	
Principais	sintomas	
Manchas	vermelhas	na	pele,	que	surgem	quando	as	larvas	penetram	na	pele	ou	quando	se	
movimentam	através	dela;	Diarreia,	flatulência,	dor	abdominal,	náuseas	e	falta	de	apetite	surgem	
quando	os	parasitas	estão	no	estômago	e	intestino;	Tosse	seca,	falta	de	ar	ou	crises	de	asma,	quando	
a	larva	causa	inflamações	nos	pulmões	ao	passar	por	esta	região.	As	pessoas	com	sistema	
imunológico	comprometido,	como	pessoas	com	AIDS	ou	desnutridas,	por	exemplo,	frequentemente	
desenvolvem	a	forma	mais	grave	da	infecção,	que	se	manifesta	com	febre	acima	de	38ºC,	dor	intensa	
na	barriga,	diarreias	persistentes,	vômitos,	falta	de	ar,	tosse	com	secreção	ou	até	com	sangue.	
Além	disso,	como	esse	parasita	consegue	perfurar	a	parede	do	intestino,	é	provável	que	aconteça	o	
transporte	de	bactérias	intestinais	para	outros	locais	do	corpo,	resultando	em	infecção	generalizada.	
	
diagnóstico	
A	estrongiloidíase	é	diagnosticada	pelo	exame	de	fezes,	através	da	identificação	das	larvas,	
pelo	método	MÉTODO	BAERMANN	E	MORAES	É	específico	para	o	isolamento	de	larvas	de	
estrongilóides	e	acompanhamento	do	tratamento.	Mas,	para	a	confirmação,	muitas	vezes	pode	
ser	necessário	repetir	o	exame	várias	vezes	até	se	encontrar	o	parasita.	
	
TRICOMONÍASE	
Trichomonas	vaginalis	
Local	da	infecção:	Trato	geniturinário	do	homem	e	da	mulher.	
Transmissão:.	
É	transmitido	pela	relação	sexual	e	pode	sobreviver	por	mais	de	um	mês	no	prepúcio	de	um	homem	
sadio,	após	o	coito	com	uma	mulher	infectada.	
O	homem	é	o	vetor	da	doença;	com	a	ejaculação,	os	tricomonas	presentes	na	mucosa	da	uretra	são	
levados	a	vagina	pelo	esperma.	
A	tricomoníase	neonatal	em	meninas	é	adquirida	durante	o	parto.	
	
Patologia	
Mulher:	Varia	da	forma	assintomática	ao	estado	agudo.	A	infecção	vaginal	provoca	uma	vaginite	que	
se	caracteriza	por	um	corrimento	vaginal	fluidoabundante	de	cor	amarelo-esverdeada,	bolhoso,	de	
odor	fétido,	mais	comumente	no	período	pós-menstrual.	
-	A	mulher	apresenta	dor	e	dificuldade	para	as	relações	sexuais,	desconforto	nos	genitais	internos,	
dor	ao	urinar	e	frequência	miccional.	
	
Homem:	A	tricomoníase	no	homem	é	comumente	assintomática.	
Se	sintomática,	apresenta	como	uma	uretrite	com	fluxo	leitoso	ou	purulento	e	uma	leve	sensação	de	
prurido	na	uretra.	Pela	manhã,	antes	da	passagem	da	urina,	pode	ser	observado	um	corrimento	claro,	
viscoso	e	pouco	abundante,	com	desconforto	para	urinar	(ardência	miccional).	
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Diagnóstico:	
Clínico:	o	diagnóstico	diferencial	da	tricomoníase,	tanto	no	homem	como	na	mulher	é	difícil,	sendo	
essencial	o	diagnóstico	parasitológico.	
	Parasitológico:	
Coleta	da	amostra:	
No	homem:	os	pacientes	devem	comparecer	no	local	pela	manhã,	sem	terem	urinado	no	dia	e	sem	
terem	tomado	nenhum	medicamento	tricomonicida	há	mais	de	15	dias.	O	material	uretral	é	colhido	
com	uma	alça	de	platina	ou	com	swab	de	algodão	não	absorvente	ou	de	poliéster.	O	organismo	é	
mais	encontrado	no	sêmen	que	na	urina	ou	em	esfregaços	uretrais.		
Uma	amostra	fresca	poderá	ser	obtida	pela	masturbação	em	um	recipiente	limpo	e	estéril.	Também	
pode	debe	ser	observado	o	sedimento	centrifugado	(600	g	por	20	min.)	dos	primeiros	20	ml	de	urina	
matinal.		
	
Na	mulher:	a	vagina	é	o	local	mais	facilmente	infectado,	e	os	tricomonas	são	mais	
abundantes	durante	os	primeiros	dias	após	a	menstruação.	O	material	é	normalmente	coletado	na	
vagina	com	um	swab	de	algodão	não	absorvente	ou	de	poliéster.	
O	diagnóstico	é	feito	através	da	observação	do	material	coletado	a	fresco	no	microscópio	ou	em	
cultura	de	parasitos.	
O	exame	é	feito	com	o	material	coletado	diluído	em	solução	salina	isotônica	(0,15M)	tépida.	Este	é	o	
mais	prático	e	rápido	método	de	diagnóstico,	mas	possui	uma	sensibilidade	relativamente	
	
GIARDÍASE	
Agente	etiológico:	Giardia	lamblia	(	diarrea	e	mal	absorcao		
Morfologia:	Apresenta	duas	formas:	cística	e	trofozoítica.	
	
Ciclo	de	vida	
A	G.	lamblia	é	um	parasito	monoxeno	de	ciclo	biológico	direto.	
A	via	de	infecção	normal	para	o	homem	é	a	ingestão	de	cistos.	Após	a	ingestão	
do	cisto,	o	desencistamento	ocorre	no	meio	ácido	do	estômago	e	é	completado	no	duodeno	e	jejuno,	
onde	ocorre	a	colonização	do	parasito.	Este	se	reproduz	por	divisão	binária	longitudinal.	O	ciclo	se	
completa	com	o	encistamento	do	parasito	e	a	sua	eliminação	nas	fezes	
	
Transmissão:	
Através	da	ingestão	de	cistos,:	ingestão	de	agua,	alimentos	contaminados,	pessoa	a	pessoa,	através	
de	mãos	contaminadas	e	através	de	sexo	anal;	
-.	
Sintomatologia:	
A	maioria	das	infecções	por	G.	lamblia	é	assintomática.	
A	forma	aguda	se	apresenta	como	uma	diarréia	do	tipo	aquosa,	explosiva,	de	odor	fétido,	
acompanhada	de	gases,	com	distensão	e	dores	abdominais.	
Essa	forma	aguda	dura	poucos	dias	e	seus	sintomas	iniciais	podem	ser	confundidos	com	diarréias	
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virais	e	bacterianas.	
Ela	se	resolve	espontaneamente	e	os	parasitos	podem	desaparecer	das	fezes.	
Após	o	desenvolvimento	da	imunidade,	há	uma	regressão	dos	sintomas,	podendo	alguns	pacientes	se	
tornarem	portadores	assintomáticos.	
	
Diagnóstico	
Laboratorial:	deve-se	fazer	exame	de	fezes	nos	pacientes	para	identificar	cistos	ou	trofozoítos	nestas.	
Em	fezes	formadas:	os	métodos	de	escolha	são	os	de	concentração:	método	de	Faust	ou	de	MIFC.	
Em	fezes	diarréicas:	usar	o	método	direto	(com	salina	ou	lugol)	ou	o	método	da	hematoxilina	férrica.	
	
O	 Schistosoma	 mansoni	 é	 um	 platelminto	 trematódeo	 agente	 da	 esquistossomose	 intestinal,	
popularmente	 conhecida	 como	 ‘mal	 do	 caramujo’	 ou	 ‘barriga	 d´água’.	 Essa	 espécie	 é	 comum	 em	
regiões	da	África,	Antilhas	e	América	do	Sul,	pela	presença	de	hospedeiros	intermediários	adequados	
e	condições	ambientais	favoráveis	
	
Transmissão:	 ocorre	 pela	 penetração	 das	 cercárias	 na	 pele	 e	 na	 mucosa	 do	 hospedeiro	 humano,	
especialmente	em	pés	e	pernas	em	contato	com	água	contaminada.	
	
Ciclo	biológico	caramujo	como	hospedeiro	intermediário.	Os	vermes	adultos	vivem	no	sistema	porta,	
local	 onde	 os	 esquistossômulos	 atigem	 maturação	 sexual,	 de	 modo	 que	 migram	 para	 a	 veia	
mesentérica	 superior,	 se	 reproduzem	 sexuadamente	 e	 as	 fêmeas	 começam	a	 colocar	 os	 ovos.	 Eles	
ganham	o	meio	externo	pelas	fezes,	de	modo	que	 irão	eclodir	na	água	e	 liberar	miracídeos	quando	
estimulados	por	 fatores	como	altas	 temperaturas,	 luz	 intensa	e	oxigenação	da	água.	Os	miracídeos	
seguem	até	o	hospedeiro	intermediário,	onde	perdem	estruturas	e	se	transformam	em	um	saco	com	
a	geração	das	células	germinativas,	denominado	esporocisto.	
As	 células	 germinativas	 no	 esporocisto	 se	 multiplicam	 e	 formam	 o	 esporocisto	 secundário	 com	 o	
dobro	do	tamanho.	Essas	estruturas	migram	para	as	glândulas	digestivas	domolusco	por	volta	do	18º	
dia,	 onde	 sofrerão	profundas	modificações	 anatômicas	 até	 serem	eliminadas	na	 forma	de	 cercária.	
Sabe-se	que	um	único	miracídeo	pode	gerar	por	volta	de	100	a	300	mil	cercárias,	essas	que	podem	
sobreviver	por	até	48	horas	na	água.	Elas	nadam	até	atingir	o	hospedeiro	correto,	penetrando	na	pele	
e	mucosas	com	auxílio	das	ventosas	e	de	uma	substância	mucoproteica	secretada	por	suas	glândulas.	
	
Após	 penetração,	 as	 cercárias	 perdem	 sua	 cauda	 e	 as	 larvas	 são	 denominadas	 esquistossômulos,	
esses	que	se	adaptam	ao	meio	 interno	e	são	 levados	da	pele	até	os	pulmões	pelo	sistema	vascular	
sanguíneo.	Depois,	se	encaminham	para	o	sistema	porta,	onde	se	desenvolvem	em	macho	e	fêmea	
após	 cerca	 de	 28	 dias,	 sendo	 capazes	 de	 perpetuar	 o	 ciclo.	 Quando	 o	 sistema	 porta-hepático	 fica	
hiperparasitado	 os	 vermes	 podem	 migrar	 para	 locais	 como	 testículos,	 coração,	 sistema	 nervoso	
central	(SNC),	bexiga,	entre	outros.	
	
Quadro	clínico:	a	entrada	do	helminto	pode	promover	dermatite	cercariana,	sendo	que	a	fase	inicial	
da	 infecção	possui	 sintomatologia	 variada	e	pode	até	mesmo	 ser	 assintomática.	 Pode-se	 ter	 febre,	
quadros	pulmonares,	dores	musculares,	desconforto	abdominal,	entre	outros.	Durante	o	processo	de	
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passagem	 dos	 esquistossômulos	 dos	 pulmões	 em	 direção	 ao	 sistema	 porta-hepático	 eles	 podem	
promover	lesão	tecidual,	febre,	necrose,	linfadenopatia,	necrose	e	hepatite	aguda.	
Após	cerca	de	50	dias,	na	 fase	aguda	da	 infecção,	 tem-se	a	oviposição	e	seus	efeitos	no	organismo	
como	febre	elevada	com	calafrios,	sudorese,	astenia,	tosse	não	produtiva,	náuseas,	vômitos,	diarreia,	
mialgia,	entre	outros	que	caracterizam	a	forma	toxêmica.	Ao	exame	físico	pode-se	ter	hepatomegalia,	
mucosas	desidratadas,	taquicardia,	icterícia	nas	formas	mais	graves	e	esplenomegalia	por	congestão	
do	ramo	esplênico	–	podendo	formar	varizes	esofagianas	em	decorrência	da	formação	de	circulação	
colateral.	 Ao	 exame	 laboratorial	 pode	 ter	 aumento	 de	 enzimas	 hepáticas	 e	 bilirrubina,	 além	 de	
leucocitose	com	hipereosinofilia.	
Os	ovos	podem	gerar	áreas	de	necrose	e	promover	 formação	de	granulomas,	esses	que	podem	ser	
formar	 em	 inúmeros	 órgãos,	 como:	 1)	 Fígado:	 hipertensão	 portal,	 fibrose	 e	 desorganização	 do	
parênquima,	 2)	 Intestino:	 formação	 de	 pseudotumores	 e	 obstrução,	 3)	 Sistema	 nervoso	 central:	
disfunções	neurológicas	e	4)	Pulmão:	lesões	vasculares	pulmonares.	
	
	
Além	 disso,	 na	 fase	 crônica	 da	 doença	 tem-se	 a	 presença	 de	 inúmeros	 vermes	 adultos,	 esses	 que	
promovem	ação	espoliativa	(2,5mg	de	ferro	por	dia),	 liberam	substâncias	tóxicas	e	obstruem	vasos,	
podendo	causar	diarreia,	anemia,	ascite,	entre	outros	sintomas.	Além	disso,	a	espícula	do	ovo	pode	
lesar	a	mucosa	intestinal,	fato	que	pode	gerar	hemorragias,	dores	abdominais	e	edema.	Sabe-se	que	
a	reação	antígeno-anticorpo	pode	formar	imunocomplexos	circulantes,	esses	que	podem	se	depositar	
nos	vasos	renais	e	promoverem	um	quadro	de	nefropatia	esquistossômica.	
Desse	modo,	nota-se	que	o	quadro	clínico	da	esquistossomose	conta	com	alterações	hemodinâmicas,	
reações	 imunológicas,	 lesão	 por	 imunocomplexos	 e	 repercussões	 sobre	 o	 organismo	 em	 geral,	
podendo	interagir	e	favorecer	outras	patologias.	
	
Diagnóstico:	pode	ser	feito	por	um	teste	parasitológico	de	fezes,	encontrando	o	ovo	com	presença	de	
espícula,	 tendo	 resultado	 satisfatório	 em	 infecções	 com	 carga	 parasitária	média	 e	 alta,	 precisando	
repetir	 se	 ela	 for	 baixa.	 A	 biópsia	 da	mucosa	 retal	 depende	 de	 profissional	 treinado	 para	 coleta	 e	
pode	gerar	certo	desconforto	para	o	paciente,	mas	possui	maior	sensibilidade.	A	ultrassonografia	é	
muito	importante,	já	que	pode	diagnosticar	alterações	hepáticas	e	precisar	o	grau	de	fibrose.	
Além	 desses	 podem	 ser	 realizados	 exames	 imunológicos	 ou	 indiretos	 como	 ELISA,	 testes	
intradérmicos,	 reação	 em	 cadeia	 da	 polimerase	 (PCR),	 entre	 outros.	 Como	 diagnóstico	 diferencial	
tem-se	 leishmaniose	 visceral,	 doença	 de	 Chagas,	 leucemias	 agudas,	 malária,	 mononucleose	
infecciosa,	hepatites	virais,	entre	outros.	
	
FASCIOLOSE	
A	Fasciolose	é	uma	zoonose:	enfermidade	que	pode	ser	passada	dos	animais	para	o	homem.	Possui	
grande	interesse	econômico,	pois	é	parasita	de	canais	biliares	de	ovinos,	bovinos,	caprinos,	suínos,	
bubalinos	e	vários	mamíferos	silvestres.	Raramente	acomete	o	homem.		
	
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No	homem,	que	não	é	seu	hospedeiro	habitual,	encontra-se	nas	vias	biliares,	alvéolos	pulmonares	e	
esporadicamente	em	outros	locais.	
	
Os	ovos	são	eliminados	pelo	acetábulo,	com	a	bile	caem	no	intestino,	de	onde	são	eliminados	com	as	
fezes.	No	meio	externo,	há	maturação	da	larva	miracídio.	Mas	o	miracídio	só	sai	o	ovo	quando	este	
ovo	entra	em	contato	com	a	água	e	é	estimulado	pela	luz	solar.	O	miracídio	nada	livremente	e	
encontra	o	hospedeiro	intermediário	(caramujos	do	gênero	Lymnaea	columela	e	L.	viatrix)	ao	acaso.	
Se	não	encontrar,	morre	em	poucas	horas	(	sua	vida	média	é	de	6	h.).	
Se	penetrar	no	molusco,	cada	miracídio	forma	um	esporocisto,	pelas	células	germinativas.	Os	
esporocistos	dão	origem	a	várias	rédias,	que	podem	originar	rédeas	de	segunda	geração	ou	cercárias.	
Ao	contrário	da	cercária	do	esquistosoma,	sua	cauda	é	única	(no	esquistosoma	ébifurcada).	
	
Logo	que	a	cercária	sai	do	caramujo,	perde	a	cauda,	encista-se	pela	secreção	das	glándulas	
cistogênicas,	encontrando	substrato	em	plantas	aquáticas,	como	o	agrião,	e	vai	para	o	fundo	da	água	
na	forma	de	metacercária	(cercária	encistada).	O	homem	(ou	animal)	infecta-se	ao	comer	essas	
verduras	ou	beber	água	contaminada	com	metacercárias.	As	metacercárias	desencistam-se	no	
intestino	delgado,	perfurando	a	mucosa	intestinal,	caindo	na	cavidade	peritoneal.	Pelo	peritôneo	vão	
para	o	fígado	e	mais	raramente	para	os	pulmões.	Mais	tarde	alcançam	a	vesícula	biliar,	onde	atingem	
a	maturidade,	eliminando	ovos	e	
fechando	o	ciclo.	
	
TENÍASE	E	CISTICERCOSE	
Na	família	Taeniidae,	dois	cestódeos	que	tem	o	homem	como	hospedeiro	definitivo	eobrigatório	são:	
Taenia	solium	e	T.	saginata,	popularmente	conhecidas	como	solitárias.	
Seus	hospedeiros	intermediários	são	os	suínos	e	os	bovinos,	respectivamente.	
A	teníase	e	a	cisticercose	são	entidades	mórbidas	distintas,	causadas	pela	mesma	espécie	porém	em	
fases	da	vida	diferentes.	
A	teníase	é	caracterizada	pela	presença	da	forma	adulta	de	T.	solium	e	T.	saginata	no	intestino	
delgado	humano.	
A	cisticercose	é	uma	alteração	provocada	pela	presença	da	larva	(conhecida	como	“canjiquinha”)	nos	
tecidos	de	seus	hospedeiros	intermediários	(suíno	e	bovino).	As	larvas	de	T.	solium	podem	ser	
encontradas	em	hospedeiros	intermediários	anômalos,	como	o	homem	e	o	cão..	
	
As	Taenia	adultas	vivem	no	intestino	delgado	do	homem.	
O	cisticerco	de	T.	solium	é	encontrado	no	tecido	subcutâneo,	muscular,	cardíaco,	cerebral	e	no	olho	
de	suínos	e	acidentalmente	no	homem	e	no	cão.	
O	cisticerco	de	T.	saginata	é	encontrado	nos	tecidos	dos	bovinos.	
	
Ciclo	de	vida	
O	homem	parasitado	elimina	as	proglotes	cheias	de	ovos	no	meio	exterior	junto	com	as	fezes.	Um	
hospedeiro	intermediário	próprio	(suíno	para	T.	solium	e	bovino	para	T.	saginata)	ingere	os	ovos.	No	
estômago,	os	embrióforos	sofrem	a	ação	da	pepsina,	e	no	intestino	as	oncosferas	sofrem	a	ação	dos	
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sais	biliares,	importantes	para	a	ativação	e	liberação.	As	oncosferas	saem	dedentro	do	embrióforo	e	
penetram	nas	veias	mesentéricas,	atingindo	a	corrente	circulatória	e	sendo	distribuído	para	todos	os	
órgãos	e	tecidos	do	corpo.	
	
As	oncosferas	se	desenvolvem	em	cisticercos	em	qualquer	tecido	mole.	A	infecção	do	homem	se	dá	
através	da	ingestão	de	carne	crua	ou	mal-cozida	de	porco	ou	boi	contendo	cisticercos.	Três	meses	
após	a	ingestão	da	larva,	inicia-se	a	liberação	de	proglotes	grávidas.	
A	T.	solium	pode	viver	até	três	anos	no	hospedeiro	e	a	T.	saginata	10	anos.	
	
Transmissão	
-	Teníase:	
*	Ingestão	de	carne	bovina	ou	suína	mal	cozida	contaminada	com	cisticercos.	
-	Cisticercose:	
*	Ingestão	acidental	de	ovos	viáveis	de	T.	solium.	
Auto-infecção	externa;	
O	homem	elimina	proglotes	e	os	ovos	de	sua	própria	tênia	são	levadas	a	boca	por	mãos	
contaminadas	ou	coprofagia.	
Auto-infecção	interna;	
Durante	vômitos	ou	retroperistaltismo,	os	proglotes	podem	chegar	ao	estômago	e	depois	voltariam	
ao	intestino	delgado.	
	
Patogenia	e	sintomatologia	
Apesar	de	ser	conhecida	como	solitária,	normalmente	as	pessoas	estão	infectadas	por	mais	de	uma	
tênia.	
Podem	causar:	 	 	 	
-	Fenômenos	tóxicos	alérgicos;	
-	Pode	provocar	hemorragia	na	mucosa;	
-	Produzir	inflamações.	
-	Competição	por	alimento:	o	parasito	compete	com	o	hospedeiro,	espoliando	seu	alimento.	
-	A	cisticercose	é	que	causa	as	lesões	realmente	graves	no	homem.	
As	manifestações	clínicas	dependem	da	localização,	do	número	de	parasitos,	seu	estágio	de	
desenvolvimento	e	a	característica	orgânica	do	paciente.	
Podem	atingir	qualquer	tecido	do	corpo,	mas	as	mais	importantes	são	as	musculares	e	neurais.	
	
Diagnóstico	
-	Parasitológico:	
Proglotes	e	ovos	nas	fezes	pelos	métodos	rotineiros;	
Diagnóstico	específico:	Tamização	das	fezes,	para	recuperar	e	comparar	as	proglotes.	
Imunológico:	
Os	métodos	mais	usados	detectam	anticorpos	no	soro,	líquido	cefalorraquidiano	e	humor	aquoso.	
Reação	imunoenzimática	utilizando	antígenos	purificados	dos	cistos	de	T.	solium.	Estas	proteínas	
purificadas	são	específicas	para	os	cisticercos	
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Exame	de	fezes	
1- Receber	as	fezes	em	recipiente	adequado.	
2- As	amostras	devem	ser	correta	e	completamente	identificadas	com:	o	nome	do	paciente;	
idade,	número	de	identificação	do	laboratório;	hora	da	colheita	e	hora	da	chegada	da	amostra	ao	
laboratório.	
As	instruções,	sobre	a	coleta	de	fezes	devem	ser	claras	e	passadas	 ao	paciente.	É	importante	
verificar	se	o	paciente	as	entendeu,	pois	é	na	coleta	adequada	que	se	inicia	a	qualidade	do	exame	
parasitológico.	
3- Para	um	trabalho	rotineiro	em	Parasitologia	é	recomendável	que	se	realize	três	exames	
parasitológicos	em	dias	alternados.	
4- Todos	os	parasitas	observados	devem	ser	relatados	pelo	nome	científico,	incluindo	gênero	e	
espécie,	quando	possível,	e	o	estágio	que	 estão.	Determinados	elementos	celulares	(GV,	GB	ou	
outras	células),	fungos	 ou	cristais	de	Charcot-Leyden	devem	ser	assinalados	de	modo	
semiquantitativo	como:	poucos	cristais,	moderados	ou	muitos.	Também,	deverão	constar	os	
métodos	executados	e	a	consistência	das	fezes.	
5- Fezes	líquidas	devem	ser	examinadas	dentro	de	30	minutos;	semi-sólidas	dentro	de	1	hora	e	
formadas	dentro	de	24	horas.	Se	o	exame	for	realizado	depois	de	24	horas	a	amostra	deve	ser	
mantida	em	conservadores	tais	como:	formol	a	10%,	álcool	polivinílico	(PVA);	o	MIF	conservador	
muito	difundido	composto	de	mertiolato	ou	mercurocromo,	iodo	e	formol	e	o	SAF	que	é	um	
fixador	usado	para	conservar	cistos	e	trofozoítos.	
	
A	proporção	utilizada	é	de	três	partes	de	qualquer	um	dos	conservadores	para	uma	parte	de	fezes.	
Essa	mistura	deve	ser	bem	homogeneizada.	
	
O	formol	e	o	MIF	 preservam	ovos,	cistos	e	trofozoitos	para	exames	a	fresco;	PVA	e	o	SAF	preservam	
trofozoitos	para	coloração	permanente.	
Formol	a	10%	
Formol	comercial	 10ml.	
Solução	salina	a	0,85%	 90ml.		
Fixador	Álcool	Polivinílico	(PVA)	
Utilizada	para	conservar	e	transportar	fezes	líquidas.	A	proporção	adequada	é	de	2	a	3ml.	de	fezes	
para	8	a	10ml.de	solução	de	PVA.	
	
Rejeitar	fezes	contendo	meio	de	contraste	para	Raios	X	(sais	de	bário),	somente	colher	as	fezes	5	a	
10	dias	após	a	ingestão	de	sais	de	bário.	
	
Não	administrar	purgativos	tais	como:	óleo	mineral,	óleo	de	castor	ou	supositórios,	porque	é	
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impossível	pesquisar	protozoários.	
	
Classificação	dos	métodos	de	exames	coproparasitologico			
	
	
	
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EXAME	MACROSCÓPICO	
Procedimentos	
1- Observar	a	consistência	da	amostra.	
Fezes	moles	ou	líquidas	sugerem	a	possível	presença	de	trofozoítos	de	protozoários	intestinais.	
Cistos	de	protozoários	são	encontrados	com	mais	freqüência	em	fezes	formadas.	Ovos	e	larvas	de	
helmintos	podem	ser	encontrados	tanto	em	fezes	líquidas	quanto	em	fezes	formadas.	
	
2- Examinar	a	superfície	da	amostra	para	observar	a	presença	de	proglotes	de	tênias,	
ancilostomídeos	ou	oxiúros	adultos,	por	exemplo.	
	
3- Examinar	a	amostra	fecal	com	auxílio	de	um	palito	(sorvete)	para	verificar	a	presença	de	outros	
helmintos	adultos.	
	
4- Examinar	as	fezes	quanto	à	presença	de	sangue	e/ou	muco.	
a) sangue	fresco	(vermelho	vivo)	indica	hemorragia	aguda	no	trato	intestinal.	
b) muco	sanguinolento	sugere	ulcerações	e	uma	porção	desse	material	deve,	de	preferência,	ser	
examinada,	ao	microscópio,	para	a	procura	de	trofozoitos.	
	
Os	vermes	adultos,	quando	encontrados,	devem	ser	imediatamente	examinados	e	
identificados.	
As	tênias	são	identificadas	especificamente	pelo	exame	das	proglotes	grávidas.	As	proglotes	devem	
ser	fixadas	em	formol	a	10%	e	 depois	clarificadas	por	imersão	em	glicerina	ou	solução	de	lactofenol.	
	
EXAME	MICROSCÓPICO	
Permite	a	visualização	de	trofozoitos,	cistos	e	oocistos	de	protozoários	e	de	ovos	e	larvas	de	
helmintos.	
É	recomendável,	como	rotina,	o	emprego	de	03	procedimentos	distintos	
	
a) exame	direto	a	fresco,	para	observação	dos	movimentos	do	trofozoito,	
b) técnicas	de	concentração	de	parasitas	
c) um	esfregaço	de	fezes	com	coloração	permanente	
	
O	exame	pode	ser	quantitativo	ou	qualitativo.	Os	métodos	quantitativos	são	aqueles	nos	quais	se	
faz	contagem	de	ovos	para	avaliação	da	carga	parasitária.	O	mais	conhecido	é	o	de	Stoll,	mas,	o	mais	
empregado	atualmente	é	o	de	Kato-	Katz.	
Os	métodos	qualitativos	são	os	mais	utilizados	para	a	demonstração	da	presença	das	formas	
parasitárias.	Freqüentemente	o	número	das	formas	parasitárias	é	pequeno,	assim	é	necessário	
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recorrer	a	processos	de	enriquecimento	dessas	formas	para	concentrá-las.	
	
Os	principais	métodos	de	enriquecimento	ou	de	concentração	utilizados	são:	
	
Sedimentação	espontânea:	método	de	Hoffmann,	Pons	e	Janer	ou	método	de	Lutz.	 Este	método	
permite	o	encontro	de	ovos	e	 larvas	de	helmintos	e	 cistos	de	protozoários;	
	
Sedimentação	por	centrifugação:	Método	de	Blagg,	conhecido	por	MIFC;	Método	de	Ritchie,	e	o	
Coprotest.	Usados	para	a	pesquisa	de	cistos	de	protozoários	e	de	ovos	e	larvas	de	helmintos.	
	
Flutuação:	Método	de	Willis.	Indicado	para	pesquisa	de	ovos	leves	(ancilostomídeos).	
	
Centrífugo-flutuação:	Método	de	Faust.	Utilizado	para	pesquisa	de	cistos	e	oocistos	de	protozoários	
e	de	ovos	leves.	
	
Concentração	de	larvas	de	helmintos:	Método	de	Baermann-Moraes	e	o	método	de	Rugai	usados	
para	pesquisa	de	larvas	de	Strongyloides	stercoralis.	
	
As	fezes	enviadas	ao	laboratório	clínicodevem	ser	submetidas	a	um	desses	métodos	citados.	Como	
não	existe	um	método	capaz	de	diagnosticar,	ao	mesmo	tempo,	todas	as	formas	parasitárias	o	que	
se	faz	de	rotina	é	o	emprego	de	um	método	geral	como	o	de	Lutz	ou	de	Hoffmann,	Pons	e	Janer	(de	
fácil	execução	e	pouco	dispendioso),	um	específico	para	cistos	de	protozoários	e	um	para	a	pesquisa	
de	larvas	de	helmintos.	
	
Exame	direto	a	fresco	
Este	método	é	indicado	principalmente	para	a	pesquisa	de	trofozoitos	de	protozoários	em	fezes	
diarréicas	recém	emitidas;	para	a	identificação	 de	cistos	de	protozoários	e	larvas	de	helmintos	cora-
se	a	preparação	com	Lugol.	O	uso	de	lamínula	é	facultativo.	
	
Método	de	Faust	
Você	realizará	ou	solicitará	este	método	quando	houver	suspeita	de	enfermidades	causadas	por	
parasitos	helmintos	ou	protozoários.	
Mais	especificamente	sobre	o	método,	também	chamado	de	centrífugo-flutuação	no	sulfato	de	zinco,	
ele	é	um	Exame	Parasitológico	de	Fezes	(EPF)	simples,	utilizado	na	pesquisa	parasitológica	de	ovos	e	
larvas	de	helmintos	(principalmente	ancilostomíneos)	e	cistos	e	oocistos	de	protozoários.	É	realizado	
com	o	objetivo	de	concentrar	o	que	será	investigado,	eliminando	resíduos	fecais	e	facilitando	a	
identificação,	por	isso	a	técnica	de	concentração	é	muito	utilizada	nas	estratégias	de	exame	para	
parasitos	
	
MÉTODO	DE	FLUTUAÇÃO	(WILLIS)	
Fundamento:	Concentração	e	flutuação	de	cistos	de	protozoários	e	ovos	leves	de	helmintos	em	
solução	saturada	de	cloreto	de	sódio	ou	açúcar.	
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Indicado	na	pesquisa	de	protozoários	e	ovos	leves	de	helmintos	(Ancilostomídeos,	Enterobius	
vermicularis,	Trichuris	trichiura).	
	
MÉTODO	DE	SHEATHER	
É	uma	técnica	de	centrífugo-flutuação	que	foi	criada	para	detectar	a	presença	de	ovos	de	helmintos	
nas	fezes	de	gado	bovino.	Com	o	tempo,	foram	realizadas	observações	que	indicam	que	a	técnica	
pode	ser	aplicada	para	o	diagnóstico	de	outras	parasitoses.	Nesta	técnica	a	solução	diluente	utilizada	
é	uma	solução	saturada	de	sacarose.	Alguns	pesquisadores	tem	proposto	alterações	na	técnica	de	
Sheather	com	alteração	dos	tempos	de	centrifugação	(Figueiredo	et	al,	1984)	ou	da	densidade	da	
solução	de	sacorose	(Huber,	Bomfim,	Gomes	2003)	
	
MÉTODO	DE	RITCHIE	(Concentração	pelo	Formol-Éter)	Fundamento:	Emprego	do	formol	e	do	éter	
com	a	finalidade	de	fixar	e	concentrar	as	estruturas	parasitárias	e	separá-las	dos	detritos	e	gorduras	
fecais.	
	
Para	que	serve	o	método	de	Ritchie?	
conhecido	por	MIFC;	Método	de	Ritchie,	e	o	Coprotest.	Usados	para	a	pesquisa	de	cistos	de	
protozoários	e	de	ovos	e	larvas	de	helmintos.	Utilizado	para	pesquisa	de	cistos	e	oocistos	de	
protozoários	e	de	ovos	leves.	
	
Tecnicca	de	Hoffman	ou		sedimentação	espontânea	
Este	método	detecta	a	presença	de	ovos	nas	fezes,	e	após	coloração	com	lugol	é	possível	verificar	a	
presença	de	cistos	de	protozoários	e	larvas	de	helmintos.	
	
A	técnica	de	Hoffman,	Pons	e	Janer	ou	Lutz	ou	método	de	sedimentação	espontânea	consiste	
basicamente	na	mistura	das	fezes	com	água,	sua	filtração	por	uma	gaze	cirúrgica	(ou	parasitofiltro)	e	
manutenção	em	repouso,	formando	uma	consistente	sedimentação	dos	restos	fecais	ao	fundo	do	
cálice.	
	
Quais	são	os	parasitas	que	podem	ser	identificados	pelo	método	de	Hoffman?	
	
Permite	identificação	e	a	quantificação	por	grama	de	fezes	das	infestações	por	alguns	helmintos	
(Ascaris	lumbricoides,	Necator	americanus,	Schistosoma	mansoni,	Trichuris	trichura,	Taenia	sp,	
Enterobios	vermiculares	e	Strongyloides	stercoralis).	Cistos	de	protozoários	podem	não	ser	
identificados	por	este	método.	
	
MÉTODO	BAERMANN	E	MORAES	(MOD.)	
É	específico	para	o	isolamento	de	larvas	de	estrongilóides	e	acompanhamento	do	tratamento.	
	
MÉTODO	KATO	KATZ	
Permite	identificação	e	a	quantificação	por	grama	de	fezes	das	infestações	por	alguns	helmintos	
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(Ascaris	lumbricoides,	Necator	americanus,	Schistosoma	mansoni,	Trichuris	trichura,	Taenia	sp,	
Enterobios	vermiculares	e	Strongyloides	stercoralis).	Cistos	de	protozoários	podem	não	ser	
identificados	por	este	método.	A	sua	execução	pode	ser	inviável	em	fezes	diarréicas.	
	
Método	de	Harada	e	Mori	
Fundamento:	Cultura	de	material	fecal	em	papel	de	filtro	visando	a	dentificação	de	larvas	de	
nematelmintos.	
Indicação:	Suspeita	de	estrongiloidíase	ou	ancilostomíase	sem	sucesso	nos	métodos	mais	
frequentemente	utilizados	(Baermann-Moraes	e	Willis,	repectivamente).	
	
Método	de	Graham,	método	da	fita	é	um	exame	parasitológico,	para	pesquisa	de	ovos	de	Enterobius	
vermicularis,	Taenia	saginata	e	Taenia	solium.	Uma	fita	adesiva	é	colocada	ao	fundo	de	um	tubo	de	
ensaio	com	a	parte	colante	voltada	para	fora.	A	prega	anal	do	paciente	é	então	aberta	e	assim	é	
encostado	diversas	vezes	a	parte	colante	naquela	região	perianal.	A	fita	adesiva	é	então	colocada	em	
lâmina	e	observada	em	microscópio.[1]	
	
Método	de	Stoll.	Fundamento:	Método	quantitativo	em	solução	de	hidróxido	de	sódio	0,1	N.	
Indicação:	Quantificação	de	ovos	de	helmintos	em	particular	os	ovos	de	casca	fina	cuja	quantificação	
pelo	Método	de	Kato-Katz	pode	ser	comprometida.	Contudo,	se	presta	a	quantificação	de	ovos	de	
várias	espécies.	Em	algumas	infeções	helmintícas,	a	partir	da	quantificação	podemos	inferir	a	carga	
parasitária,	e	por	conseguinte,	a	espoliação	sofrida	pelo	paciente.

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