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19 B Poderes da Administração - Copia - Copia

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Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poderes da Administração 
Material feito predominantemente pela resoluções de questões de concursos (método de estudo reverso). 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 2 
 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 3 
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO 
 
CONCEITOS INICIAIS 
 
Conceito de Carvalho Filho: Conjunto de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere 
aos agentes administrativos para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins. 
 
Apesar de se chamar poder, na verdade é um poder-dever, tendo em vista que é uma prerrogativa 
irrenunciável da Administração Pública para benefício da coletividade. Portanto, não é uma faculdade. 
 
Características dos poderes administrativso: 
 Poder-dever: deve ser exercido, não é uma faculdade. 
 Instrumental: para alcançar a finalidade pública. 
 Irrenunciável: administração não pode dispor. 
 
O poder da administração (abstrato) materializa-se-á com a prática de um ato administrativo. 
 
Poder administrativo Poder político 
 Prerrogativa da Administração Pública para alcançar o 
interesse público. 
 Relacionados aos elementos estruturais do estado. 
 Estão relacionados com o exercício da função do 
 O Judiciário (JUD) e o Legislativo (LEG) possuem esses 
poderes em suas funções atípicas, ou seja, de administrar. 
 São as prerrogativas típicas do Poder Executivo, 
Legislativo e Judiciário elencadas na CF. 
 Poder regulamentar é função típica do Poder Executivo.  Não funções atípicas, o LEG e JUD têm poder normativo, 
mas não regulamentar. 
 
 
 
PODERES EM EMPÉCIE 
 
Poder Vinculado Poder Discricionário 
 Está sujeito aos critérios definidos em lei. 
 Não tem discirionariedade. 
 O agente não aprecia aspectos concernentes à 
oportunidade, conveniência, interesse público, equidade. 
O legislador já o fez. 
 Controle judicial incide apenas sobre os aspectos 
vinculados do ato (competência, finalidade e forma). 
 Segundo entendimento do STF os atos discricionários são 
sindicáveis pelo Poder Judiciário somente no que se 
refere à competência, à forma e à finalidade. 
 A lei, ao atribuir determinada competência, deixa alguns 
aspectos do ato para serem apreciados pel agente publico 
diante do caso concreto, essa análise chama-se mérito 
administrativo. 
 Fundamento: impossibilidade de o legislador catalogar 
na lei todos os atos que a prática administrativa exige. 
 Os limites da discricionariedades encontram-se na lei e 
nos princípios, em especial, proporcionaldiade e 
razoabilidade. 
 O agente poderá analisar os aspectos relativos à 
conveniência e oportunidade. 
 O Poder Judiciário não pode julgar o mérito de um ato 
administrativo discricionário, apenas no que diz respeito 
à sua adequação com a lei. 
 
Discrionariedade Arbitrarieade 
O administrador deve 
eleger entre algumas 
condutas a que melhor se 
adeque ao caso concreto. 
A pretexto de agir 
discricionariamente, atua 
fora dos limites da lei ou 
em direta ofensa a esta. 
 
 Elementos do ato administrativo que são vinculados: 
competência, finalidade e forma. 
 Elementos do ato administrativo que podem ser 
discricionários: motivo e objeto (conteúdo). 
 Exemplos: emissão de licença, concessão de 
aposentadoria, admissão, homologação. 
 Exemplos: decreto expropriatório, peRmissão, 
autoRização, Renúncia 
 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 4 
 
NULIDADE REVOGAÇÃO 
 Não há juízo de discricionariedade. 
 Gera efeitos ex tunc (retroagem como se o ato nunca 
tivesse existido). 
 
Ex tunc (retroage). 
 Pelo juízo de conveniência e oportunidade o ato pode 
revogado; 
 Gera efeitos ex nunc (ou seja, não retroage). 
 
Ex nunc (nunca retroage). 
 
 
 
CONVALIDAÇÃO OU SANEAMENTO 
 CONCEITO: supressão do vício existente em um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado. 
 
 ELEMENTOS: 
 Competência: se o ato for praticado por agente incompetente, admite-se a convalidação, que nesse caso 
recebe o nome de ratificação. Se for competência exclusiva não pode ser convalidado. 
 Finalidade: não é possível convalidar. 
 Forma: convalidação é possível se a forma não for essencial à validade do ato. 
 Motivo: não é possível convalidar. 
 Objeto ou conteúdo: não é possível convalidar, mas é possível converter por um outro ato. 
 
 
 
 
 
CONVALIDÁVEIS 
 
 Competência, desde que não excluvia. 
 Forma, desde que não essencial. 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 5 
PODER HIERÁRQUICO 
 
 Palavras chaves: ordenação, coordenação, controle e correção. Dentro do próprio órgão. 
 Decorre do poder hierárquico: delegar e avocar funções. 
 
O Poder Hierárquico é característica que integra a estrutura das pessoas jurídicas da Administração 
Pública, sejam os entes da Administração Direta ou Indireta. 
 
É o de que dispõe a Administração para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e 
rever a atuação de seus agentes estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores de seu quadro 
de pessoal. 
 
A submissão hierárquica tem os seguintes objetivos: ordenação, coordenação, controle e correção. 
 
Do poder hierárquico decorrem algumas prerrogativas: 
 Delegar e avocar atribuições; 
 Dar ordens; 
 Fiscalizar; 
 Rever / revisar atividades de órgãos inferiores; 
 Ordenação, coordenação, correção e controle dos atos administrativos internos; 
 Aplicação da teoria da encampação em mandado de segurança; 
 Editar atos normativos internos; 
 Possibilidade de anular atos ilegais ou de revogar os inconvenientes e inoportunos, 
com base na Súmula 473/STF. 
O poder hierárquico não se verifica em determinadas expressões do Poder Público, como é o caso da 
repartição constitucional de competências legislativas entre os entes da Federação, de modo que uma lei 
federal não valerá mais nem menos que uma lei municipal. 
 
A hierarquia é uma característica exclusiva ao exercício da função administrativa. No Legislativo e 
no Judiciário, a hierarquia concerne apenas as atividades atípicas administrativas, ou seja, quando o LEG 
ou o JUD delega funções administrativas a um servidor, fiscaliza um contrato administrativo firmado, aplica 
sanções aos servidores, autoriza férias, etc. 
 
Quanto ao poder de punir atente-se que decorre de forma mediata do poder hierárquico e de forma 
imediata do poder disciplinar, no que concerne às pessoas com alguma espécie de vínculo com a 
Administração Pública. Se não há vínculo e há a punição, podemos estar diante do poder de polícia. 
 
PODER DE PUNIR 
Com vínculo Sem vínculo 
Se liga 
MEDIATAMENTE 
 ao 
poder hierárquico. 
Se liga 
IMEDIATAMENTE 
ao 
poder disciplinar. 
Poder de polícia. 
O poder de polícia tem como destinatários todos os particulares 
submetidos à autoridade do Estado, não se aplicando aos vínculos 
formados em relação de sujeição especial com o poder público. 
 
 
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Não podemos confundir o poder hierárquico, existente dentro de uma pessoa jurídica, com o que a 
doutrina chama de tutela administrativa, supervisão ministerial ou controle ministerial (decore esses 
sinônimos). Veja abaixo: 
Poder hierárquico 
Supervisão / Controle ministerial / Tutela 
administrativa 
 Poder existente dentro do próprio órgão. 
 Pode existir poder hierárquico dentro de órgão da 
Administração Direta. 
 Pode existir poder hierárquico dentro de órgão da 
AdministraçãoIndireta. 
 Está relacionado ao poder dentro do próprio órgão. 
 No entanto, não existe poder hierárquico da 
Administração Direta sobre a Indireta. Nem o contrário. 
 Poder exercido pelos Administração Direta sobre órgãos 
e entidades pertencentes à Administração Pública 
Indireta. 
 Não existe subordinação hierárquica da Administração 
Direta sobre a Indireta. 
 Cabe recurso hierárquico impróprio para o respectivo 
Ministério supervisor. 
 Recurso hierárquico impróprio é o recurso 
interposto contra a decisão de dirigente de 
entidade da Administração indireta, para a 
autoridade a que está vinculada, na 
Administração direta”. 
 
Ainda, como consequência da aplicação do poder hierárquico, é importante o estudo dos institutos 
abaixo: 
 
Delegação Avocação 
 A delegação é a transferência temporária de competência 
administrativa de seu titular a outro órgão ou agente 
público subordinado ou não. 
 Se houver subordinação ocorre a delegação vertical. 
 Se ocorre fora da linha hierárquica é delegação 
horizontal. 
 Pode ser revogada a qualquer tempo. 
 Movimento centrífugo (centro para fora). 
 o ato de delegação não retira a competência da autoridade 
delegante, que continua competente cumulativamente 
com a autoridade delegada. 
 
Lei 9.784/1999 
 
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não 
houver impedimento legal, delegar parte da sua competência 
a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam 
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em 
razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, 
jurídica ou territorial. 
 
NÃO PODEM SER OBJETO DE DELEGAÇÃO: 
 
 Edição de atos de caráter normativo; 
 Decisão de recursos administrativos; 
 Matérias de competência exclusiva. 
 
ANORADEX 
 
 
 A autoridade hierarquicamente superior chama para si a 
competência de um órgão ou agente subordinado. 
 Pressupõe hierarquia e subordinação. 
 Movimento centrípeto (fora para dentro). 
 Só ocorre avocação vertical (tem que haver hierarquia). 
 Não existe avocação horizontal. 
 
 
 
 
 
 
Lei 9.784/1999 
 
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por 
motivos relevantes devidamente justificados, a avocação 
temporária de competência atribuída a órgão 
hierarquicamente inferior. 
 
 
 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 7 
PODER DISCIPLINAR 
 
 Apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas com vínculo com a 
Administração Pública. 
 É discricionário, interno e não permanente. 
 
O Poder Disciplinar é o instrumento disponibilizado à Administração Pública para apurar infrações e 
aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, sendo a 
abertura do processo administrativo que marca o início do exercício do poder disciplinar e o fim do 
exercício do Poder Hierárquico. 
 
No exercício do poder disciplinar, o administrador possui certa margem na escolha da sanção 
disciplinar a ser aplicada ao agente público faltoso, juízo esse, via de regra, imune ao controle jurisdicional. 
Atente-se que não há possibilidade de escolha entre punir e não punir, isso é vinculado, caracterizada a 
infração há o dever de punir, a discricionariedade está relacionada ao tipo de penalidade a ser aplicada ou 
o quantum (intensidade) a ser aplicado (quantos dias de suspensão, por exemplo). 
 
Portanto, é parte vinculado e parte discricionário. 
 
Para apurar a eventual transgressão, abre-se um processo administrativo em que seja assegurado o 
contraditório e a ampla defesa. Se a trnasgressão é de servidor público, abre-se uma sindicância ou um 
processo administrativo disciplinar - PAD. O fato de o servidor está na inativa (licenciado, afastado, 
aposentado) não impede a propositura do PAD. 
 
Em se tratando de particulares com vínculo com a Administração Pública, abre-se um processo regido 
pela lei que disciplina o vínculo, por exemplo, processo de licitação. Assegura-se, de igual forma ao PAD, 
o contraditório e a ampla defesa. 
 
Quando ao poder de punir, não se esqueça. 
 
PODER DE PUNIR 
Com vínculo Sem vínculo 
Se liga 
MEDIATAMENTE 
 ao 
poder hierárquico. 
Se liga 
IMEDIATAMENTE 
ao 
poder disciplinar. 
Poder de polícia. 
O poder de polícia tem como destinatários todos os particulares 
submetidos à autoridade do Estado, não se aplicando aos vínculos 
formados em relação de sujeição especial com o poder público. 
 
Exemlos do poder disciplinar: 
 Punir internamente as infrações funcionais de seus servidores; 
 Punir infrações administrativas cometidas por particulares a ela ligados mediante algum vínculo específico, contrato 
administrativo, por exemplo. 
 Aplicação de multa a sociedade empresária em razão de descumprimento de contrato administrativo celebrado por 
dispensa de licitação; 
 Um tenente da Marinha do Brasil determinou que um grupo de soldados realizasse a limpeza de um navio, sob pena de 
sanção se descumprida a ordem. Nesse caso, o poder a ser exercido pelo tenente, em caso de descumprimento de sua 
ordem, é disciplinar e deriva do poder hierárquico. 
 
No que tange às penitenciárias e prisões, temos algumas considerações especiais: 
 
PODER DE POLÍCIA PODER DISCIPLINAR 
 Se ocorrer no momento da fiscalização, vistorias, revistas 
dos presos e instalações. 
 Quando o detendo é punido em procedimento 
administrativo, com a finalidade de aplicar-lhe as penas 
previstas na LEP. 
 
 
 
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PODER NORMATIVO 
 
Poder conferido á Administração Pública de expedir normas para disciplinar as matérias não 
privativas de lei. As normas são abstratas, de preceitos secundários e alcance geral. 
 
O poder regulamentar é uma espécie do gênero poder normativo. 
 
Segundo a lição de Miguel Reale, podem-se dividir os atos normativos em originários e derivados: 
 
Poder normativo 
Originário / primário 
Poder normativo 
Derivado / secundário 
 Emanados de um órgão estatal em virtude de competência 
própria, outorgada imediata e diretamente pela 
Constituição, para edição de regras instituidoras de direito 
novo. 
 Retiram seu fundamento na CF. 
 Exemplos: leis. 
 Têm por objetivo a explicação ou especificação de um 
conteúdo normativo preexistente, visando à sua execução 
no plano da praxis. 
 
 Retiram seu fundamento nas leis e indiretamente na CF. 
 Exemplos: decreto. 
 
Poder normativo inclui todas as diversas categorias de atos abstratos, tais como: 
 Decreto ou regulamento executivo; 
 Decreto ou regulamento autônomo; 
 Regimentos, instruções, deliberações, resoluções e portarias. 
 
Alguns entendem que não há distinção entre poder normativo e regulamentar. Tratam como 
sinônimos. No entanto, é preferível essa distinção, tendo em vista que o Poder Legislativo e Poder Judiciário 
possuem poder normativos em suas funções atípicas de administrar, o que não ocorre com o poder 
regulamentar, típico e exclusivo do Executivo. 
 
Veja algumas assertivas consideradas corretas: 
 O poder regulamentar é aquele que permite a edição de atos administrativos normativos, como os 
regulamentos, regimentos, portarias e decretos. 
 Regimentos, instruções, deliberações e portarias enquadram-se no poder regulamentar do poder 
público, para editarem atos administrativos gerais e abstratos, ou gerais e concretos, expedidos 
para dar fiel execução à lei. 
 
PODER REGULAMENTAR 
 
 Poder do chefe do Executivo para editar normas complementares à lei, para sua fiel execução. 
 Em regra, não pode inovar no ordenamento jurídico. 
 Emanam normas, ou seja, atos com efeitos gerais e abstratos. 
 
É função típica do Poder Executivo. É uma das formas pelas quais se expressa a função normativa do 
Poder Executivo. 
 
Pode ser definidocomo o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos 
Municípios, de editar normas complementares à lei, para sua fiel execução. 
 
O poder regulamentar consiste na possibilidade dos chefes do Executivo de explicarem e detalharem 
as leis para a sua correta execução ou de expedirem os decretos autônomos sobre matéria ainda não 
disciplinada em lei. 
 
Os princípios da segurança jurídica e da isonomia, que informam o poder normativo ou regulamentar, 
preveem que a administração pública imprima previsibilidade aos seus comportamentos, regulamentando 
pela edição de atos normativos infralegais, de forma abstrata e vinculante, os temas em relação aos quais a 
lei não foi específica. 
 
 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 9 
 
Decreto ou regulamento 
executivo 
Decreto ou regulamento 
autônomo 
 Complementa a lei ou, nos termos do artigo 84, IV, da 
Constituição, contém normas “para fiel execução da 
lei”; 
 Não pode estabelecer normas contra legem ou ultra 
legem. 
 Não pode inovar na ordem jurídica, criando 
 direitos, obrigações, proibições, medidas punitivas. 
 Ninguém é jobrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei, conforme artigo 
5º, II, da CF/88. 
 
Previsão Constitucional: 
 
Art. 84. 
 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, 
bem como expedir decretos e regulamentos para 
sua fiel execução; 
 Estabelece normas sobre matérias não disciplinadas em 
lei. 
 Não completa nem desenvolve nenhuma lei prévia. 
 Pode inovar na ordem jurídica. 
 Hipóteses taxativas na CF/88. 
 
 
 
 
 
 
Previsão constitucional: 
 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da 
República: 
 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: 
 
a) organização e funcionamento da 
administração federal, quando não implicar 
 aumento de despesa 
 nem criação 
 ou extinção de órgãos públicos; 
 
b) extinção de funções ou cargos públicos, 
 quando vagos; 
 
Exemplos de poder regulamentar: 
 
 O Chefe do Executivo de um estado federado editou decreto alterando a composição de um órgão 
colegiado para fins de reduzir seu número de integrantes. O decreto passou a exigir, ainda, que as 
decisões do referido colegiado fossem submetidas ao titular da secretaria à qual está vinculado, para 
homologação. 
 O Decreto nº 29.921/18, editado pelo Prefeito Municipal de Salvador, regulamenta os dispositivos da 
Lei Municipal nº 8.915/15 e dispõe sobre a Política Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento 
Sustentável e institui o Cadastro Municipal de Atividades Potencialmente Degradadoras e Utilizadoras 
de Recursos Naturais - CMAPD, no Município. 
 
 
 
 
 
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PODER DE POLÍCIA 
 
 Atividade da administração pública que limita ou condiciona interesses privados em detrimento do 
interesse público. 
 Pagamento do poder de polícia é feita por taxa (espécie de tributo). 
 Atributos do poder polícia: discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade. DAC. 
 Ciclos do poder de polícia: ordem, consentimento, fiscalização (preventivo) e sanção (repressivo). 
 Indelegável, em regra. 
 
CONCEITO 
Amplo Restrito 
 Toda e qualquer atuação restritiva do Estado, abrangendo 
tanto os atos do Poder Executivo, como também do 
Legislativo. 
 Atividade administrativa concreta que se consubstancia 
no poder de restringir e condicionar a liberdade e a 
propriedade. 
Atividade estatal 
 restritiva dos interesses privados, 
 limitando e condicionando 
 a liberdade e a propriedade individual em favor do 
interesse público. 
 É o mecanismo de frenagem para conter os abusos 
individuais. 
Intervenções 
 gerais e abstratas, como os regulamentos, 
 ou 
 concretas e específicas, como autorizações e licenças, 
 do Poder Executivo, 
 destinadas a limitar o interesse individual em favor do 
público. 
 
CONCEITO LEGAL – CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL 
 
Art. 78. Considera-se poder de polícia 
 atividade da administração pública que, 
 limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, 
 regula a prática de ato ou abstenção de fato, 
 em razão de interesse público 
 concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do 
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou 
coletivos. 
 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos 
limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, 
sem abuso ou desvio de poder. 
 
O fundamento, portanto, do poder de polícia é a supremacia do interesse público, um dos pilares da 
Administração Pública. 
 
Os direitos fundamentais funcionam como contraponto ao exercício do poder de polícia, limitando‐
o. 
 
Todas as pessoas federativas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) possuem, em tese, 
atribuição para exercer o Poder de Polícia, a ser realizado, entretanto, nos limites das suas respectivas 
competências. 
 
O exercício do poder de polícia pelo Estado enseja a cobrança pela sua prestação. Essa cobrança dar-
se-á pelo pagamento de taxa. 
 
Lembre-se que a taxa é uma espécie tributária. É um tributo. Não confunda com preço público ou 
tarifa. Poder de polícia paga-se por taxa. Nos ternos do CTN: 
 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no 
âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de 
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao 
contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
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PODER DE POLÍCIA 
ORIGINÁRIO 
PODER DE POLÍCIA 
DERIVADO 
 Exercido pela administração DIRETA.  Exercido pela administração INDIRETA. 
 Somente pessoas jurídicas de direito público. 
 Autarquias próprias, autarquias fundacionais, autarquias 
profissionais e autarquias reguladoras. 
 
 
Apresentamos agora as principais distinções cobradas em provas entre poder de polícia e outros 
institutos. Vejamos 
 
Poder de polícia Serviço publico 
 É uma atividade negativa em relação ao cidadão. Impõe, 
em regra, uma obrigação de não fazer. 
 Limitação administrativa ao uso da liberdade e da 
propriedade. 
 Excepcionalmente o exercício do Poder de Polícia pode 
determinar uma obrigação de fazer. Exemplo: determinar 
que famílias desocupem área sujeita à inundação. 
 É uma atividade positiva. 
 Oferecimento de comodidade material diretamente ao 
administrado. 
 
Poder de policia Poder da polícia 
 Atribuição da administração pública. 
 Fiscalização, limitação de direitos do particular em prol 
do interesse público. 
 
 Polícia Militar e Polícia Civil também têm poder de 
polícia. 
 Atribuição dos órgãos de segurança pública. 
 Preservação da ordem pública e da incolumidade das 
pessoas e das coisas. Recai sobre crimes e contravenções. 
 Pode ser 
 Judiciária (investigativa e repressiva). Exercida 
pela PC e PF. 
 Administrativa (ostensiva). Exercida pela PM. 
 
Polícia Administrativa Polícia Judiciária 
Exercida sobre atividades privadas, bens, direitos ou 
atividades. 
Ela desempenhada por órgãos administrativos de caráter 
fiscalizador, integrantes dos mais diversos setores de toda a 
administração pública. 
 
Incide diretamente sobre pessoas, é executada por 
corporações específicas (a polícia civil e a Polícia Federal e 
ainda, em alguns casos, a polícia militar, sendoque esta 
última exerce também a função de polícia administrativa). 
Rege-se pelo Direito Administrativo Rege-se pelo Direito Processual Penal. 
 
 
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA 
 
As medidas de poder de polícia que envolvem limitação de direitos e garantias devem garantir o 
prévio contraditório e ampla defesa. 
 
No entanto, em situações urgentes que ponham em risco a segurança ou a saúde pública, ou quando 
se tratar de infração instantânea surpreendida na sua flagrância, o contraditório e a ampla defesa podem 
ser postergados ou diferidos para momento posterior. 
 
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PUNIÇÃO 
 
Quando o particular desobedece as normas regulamentadoras impostas pelo poder de polícia, a 
Administração pública pode utilizar-se de meios diretos e indiretos de coerção. Essa possibilidade de punir 
o particular não se confunde com o poder disciplinar. 
 
PODER DE PUNIR 
Com vínculo Sem vínculo 
Se liga 
MEDIATAMENTE 
ao poder hierárquico. 
Se liga 
IMEDIATAMENTE 
ao poder disciplinar. 
Poder de polícia. 
O poder de polícia tem como destinatários todos os particulares 
submetidos à autoridade do Estado, não se aplicando aos vínculos 
formados em relação de sujeição especial com o poder público. 
 
 
FORMAS DO PODER DE POLÍCIA 
 
Administração Pública exerce tal poder, dentre outras formas, por meio de atos administrativos com 
características preventivas, com o fim de adequar o comportamento individual à lei, como ocorre na 
autorização. No entanto, também exercita esse poder de forma repressiva. 
 
Poder de polícia 
preventivo 
Poder de polícia 
fiscalizador 
Poder de polícia 
sancionador ou repressivo 
 Quando a administração pública 
elabora atos normativos de alcance 
geral que definem regras de 
segurança. 
 Fiscaliza o cumprimento do ato 
normativo. 
 Atos administrativos e operações 
materiais. 
 Aplicação da sanção. 
PREVENTIVO PREVENTIVO REPRESSIVO 
Atos normativos Atos concretos Atos concretos 
Legislativo e Executivo, em regra. Executivo, em regra. Executivo, em regra. 
Cabe nos demais poderes na função 
atípica administrativa. 
Cabe nos demais poderes na função 
atípica administrativa. 
Cabe nos demais poderes na função 
atípica administrativa. 
Exemplos: 
 Licença; 
 Decreto sobre o regulamento de 
determinada profissão; 
 Lei strictu sensu, isto é, emanada do 
Poder Legislativo, criando limitação 
administrativa. 
 
Exemplo: 
 Fiscalização regular da vigilância 
sanitária; 
 Fiscalização pelos agentes de 
trânsito. 
Exemplo: 
 Interdição de atividade; 
 Apreensão de mercadorias 
deterioradas. 
 
 
 
 
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CARACTERÍSTICAS OU ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA 
DAC 
Discricionariedade Autoexecutoriedade Coercibilidade ou imperatividade 
 É a regra. 
 Exceção: emissão de 
licença que é ato 
vinculado. 
 Portanto, tanto pode ser 
discricionário (regra), 
como vinculado. 
 
 Possibilidade que tem a Administração de, com 
os próprios meios, por em execução as suas 
decisões, sem precisar recorrer previamente ao 
Poder Judiciário, de forma direta ou indireta. 
 Para alguns autores a autoexecutoriedade 
divide-se em exigibilidade e executoriedade. 
 Existem em 2 situações: 
 Quando a lei expressamente prevê; 
 Situações de urgência, mesmo quando 
não expressamente prevista em lei. 
 É indissociável da autoexecutoriedade. 
 Só é autoexecutório porque dotado de 
força coercitiva 
 Significa que o particular terá que 
obedecer independentemente da sua 
vontade. 
 Obriga todos a observarem os seus 
comandos, podendo, inclusive, usar a 
força, caso necessário para vencer 
eventual recalcitrância. 
INDEPENDE DA ANUÊNCIA DO 
PODER JUDICIÁRIO. 
INDEPENDE DA ANUÊNCIA DO 
ADMINISTRADO. 
 
AUTOEXECUTORIEDADE 
Exigibilidade Executoriedade 
 Possibilidade que tem a AP de tomar decisões executórias 
sem depender do JUD. 
 
 AP usa meios indiretos de coação. 
 Está presente em todas as medidas de polícia. 
 
 Exemplo: aplicação de multas, não concessão de 
licenciamento do veículo enquanto não forem pagas as 
multas de trânsito. 
 Realiza diretamente a execução forçada, usando, se 
for o caso, da força pública. 
 
 AP usa meios diretos de coação. 
 Não está presente em todas as medias de polícia. 
 
 Exemplos: dissolve uma reunião, apreende 
mercadorias, interdita uma fábrica, construir calçada. 
 
 
Autoexecutório Exigibilidade Executoriedade 
Independe do JUD. Independe do JUD. 
Meio indireto de coerção. 
Aplicação de multa. 
- 
Meio direto de coerção. 
Apreensão, interdição 
 
EXI GI BILIDADE. 
Meio Indireto. 
EXE CU TORIEDADE 
CD 
MEIO DIRETO. 
C perto do D. 
Não está presente em todos os atos de 
polícia. 
Está presente em todos os 
atos de polícia. 
Não está presente em todos os atos de 
polícia. 
 
No que tange a multa, atente-se ao seguinte. A aplicação da multa decorre do poder de polícia, no 
entanto, a cobrança pelo pagamento não configura prerrogativa da Administração Pública. Devendo ser 
feita via judicial. 
 
Aplicação de multa Cobrança de multa 
Exigibilidade Intervenção do Poder Judiciário. 
 
Não confunda atributos do poder de polícia com atributos dos atos administrativos. 
 
ATRIBUTOS 
Poder de polícia 
DAC 
Atos administrativos 
PITA 
 Discricionariedade 
 Autoexecutoriedade 
 Coercibilidade 
 Presunção de legitimidade 
 Imperatividade 
 Tipicidade 
 Autoexecutoriedade 
Autoexecutoriedade não está presente em todos os atos de 
polícia. 
Imperatividade e autoexecutoriedade não estão presentes em 
todos os atos administrativos. 
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CICLOS DE POLÍCIA 
 
O exercício ao poder de policia compreende fases distintas, denominadas de ciclos de polícia: ordem, 
consentimento, fiscalização e sanção. 
 
"CICLO DE POLÍCIA" 
(FASES DA ATIVIDADE DE POLÍCIA) 
Ordem ou legislação Consentimento Fiscalização Sanção 
 Referente a legislação do 
poder Executivo e 
Legislativo que 
estabelecem limites e 
condicionamentos ao 
exercício de atividades e 
uso de bens. 
 Sempre deve estar presente 
e é a fase inicial de 
qualquer ciclo de polícia, 
em virtude do princípio da 
legalidade. 
 É a anuência prévia da 
administração, quando 
exigida. 
 Não está presente em 
todo ciclo de polícia. 
 A administração 
pública verifica o 
adequado 
cumprimento das 
ordens de polícia ou a 
existência (quando 
exigida) de 
consentimento de 
polícia. 
 Caréter preventivo. 
 É a atuação 
administrativa coercitiva, 
aplicando ao particular 
infrator uma sanção ou 
praticando 
procedimentos 
acautelatórios, cujo 
objetivo maior é evitar 
danos à coletividade. 
 Caráter repressivo. 
Requisitos expressos no CTB 
para obter CNH. 
Expedição da CNH. 
Agente de trânsito e 
PRF. 
Multa de trânsito por dirigir 
sem CNH. 
Normas que regulam a 
fiscalização sanitária. 
Expedição de alvará de 
licença ou autorização. 
Agentes sanitários. 
Multa e auto de interdição 
do estabelecimento. 
 
 
EXEMPLOS DE PODER DE POLÍCIA 
 
 Concessão de licença para instalação e funcionamento de um estabelecimento comercial; 
 Verificação de irregularidade cometida pelo particular fiscalizado por transgressão à legislação específica, e lavraturas 
da notificação, auto de infração e intimação; 
 Apreensão de veículos pela autoridade administrativa competente, em virtude de transporte coletivo irregular; 
 Aplicação de uma multa a restaurante que infringiu normas ligadas à proteção da saúde pública; 
 Interdição de um estabelecimento comercial, por desrespeito à licença concedida; 
 Alvará de licenciamento que pode ocorrer por licença ou autorização; 
 Programa de restriçãoao trânsito de veículos automotores, em esquema conhecido como rodízio de carros, 
desapropriação. 
 
Quanto à licença e autorização, tecemos algumas distinções essenciais: 
 
LICENÇA AUTORIZAÇÃO 
 Ato vinculado 
 Não precário. 
 Uma vez atendidas as exigências legais pelo interessado, 
deve a administração concedê-la, sendo direito subjetivo 
do particular a sua obtenção. 
 Ato discrionário 
 Precário (resulta da liberalidade da Administração, e por 
isso não geram direitos adquiridos para o particular, 
podendo ser revogados a qualquer tempo pelo Poder 
Público). 
LICENÇA – VINCULADO AUTORIZAÇÃO - DISCRICIONÁRIO 
 
ATENÇÃO: A desapropriação não pode ser considerada exercício do poder de polícia. Vejamos os 
argumento: 
 
1. O poder de polícia condiciona ou restringe o uso e gozo de direitos, bens e atividades em prol do interesse público, e 
a desapropriação é a única modalidade de intervenção do Estado na propriedade que retira o direito do particular. 
 
2. O procedimento de desapropriação não pode ser imposto administrativamente pela Administração Pública. Ou é pela 
via negocial ou judicial. 
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DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA 
 
A doutrina majoritária entende que o poder de polícia não pode ser exercido por particulares 
(concessionários ou permissionários de serviços públicos) ou entidades públicas regidas pelo direito 
privado, mesmo quando integrantes da Administração indireta, a exemplo das empresas públicas e 
sociedades de economia mista. 
 
Portanto, a regra é a indelegabilidade do poder de polícia às pessoas jurídicas de direito privado, por 
constituir prerrogativa típica do Estado (jus imperii) e só pode esse pode ser exercida. 
 
Atente-se que o exercício do poder de polícia pode ocorrer através da Administração Direta ou 
Indireta. Em se tratando da Administração Indireta, teremos duas situações. 
 
ADMINISTRAÇÃO 
DIRETA 
ADMINISTRAÇÃO 
 INDIRETA 
PJ DIREITO 
PÚBLICO 
PJ DE DIREITO 
PRIVADO 
 São titulares do poder de 
polícia. 
 Podem delegar para a 
Administração Indireta, desde 
que pessoas jurídicas de 
direito público. 
 A delegação é feita por lei 
específica. 
Pode exercer o poder de polícia. 
Não poder exercer o poder de 
polícia, como regra. 
 Autarquia (INSS); 
 Fundação autárquica (FUNAI); 
 Autarquias profissionais (CRM) - A 
fiscalização não se enquadra como 
subordinação de viés trabalhista. 
 Autarquias reguladoras (ANA, ANVISA) 
 Empresas pública 
 Sociedade de economia mista 
 
Posição da jurisprudência: 
 
STF STJ 
 Apesar de o exercício do poder de polícia ser restrito às 
entidades regidas pelo direito público, particulares podem 
auxiliar o Estado em seu exercício. 
 Exemplo: instalação de radares eletrônicos (pardais). 
 Ainda, “somente os atos relativos ao consentimento e à 
fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à 
legislação e à sanção derivam do poder de coerção do 
Poder Público. 
 Poder de polícia é indelegável, exceto: 
 Atos preparatórios: instalação de radar. 
 Atos executórios (atividade material sucessiva): 
guinchos e demolições. 
 Ne verdade, não é bem uma delegação, já que a pessoa 
privada está sob ordens da Administração Pública. 
 
Portanto, o poder de polícia, por ser atividade exclusiva do Estado, não pode ser delegado a 
particulares , mas é possível sua outorga a entidades de Direito Público da Administração Indireta, como 
as agências reguladoras (ANA, ANEEL, ANATEL, etc.), as autarquias corporativas (CFM, CFO, 
CONFEA, etc.) e o Banco Central. 
 
Jurisprudencialmente, é possível afirmar que a delegação é possível em sua dimensão fiscalizatória e 
de consentimento. Portanto: 
 
DELEGABILIDADE - PODER DE POLÍCIA 
Ordem ou legislação Consentimento Fiscalização Sanção 
Indelegável Delegável Delegável Indelegável. 
 
Por ser um tema recorrente em prova e considerando o posicionamento de algumas bancas, colaciona 
assertivas das bancas. 
 
 
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ASSERTIVAS CONSIDERADAS CORRETAS: 
 O poder de polícia delegado é limitado aos termos da delegação e se caracteriza por atos de execução. 
 Ainda que não lhe seja permitido delegar o poder de polícia a particulares, em determinadas situações, faculta-se ao 
Estado a possibilidade de, mediante contrato celebrado, atribuir a pessoas da iniciativa privada o exercício do poder de 
polícia fiscalizatório para constatação de infrações administrativas estipuladas pelo próprio Estado. 
 O poder de polícia não poderá ser delegado às concessionárias, no âmbito das parcerias público-privadas. 
 O poder de polícia pode ser delegado em sua dimensão fiscalizatória a pessoa jurídica de direito privado integrante da 
administração pública. 
 O poder de polícia se caracteriza, entre outras coisas, por ser indelegável, restritivo e não indenizável. 
 O poder de polícia é indelegável a pessoas jurídicas de direito privado por envolver prerrogativas próprias do poder 
público, insuscetíveis de serem exigidas por particular sobre o outro. 
 Caso uma empresa privada seja contratada, mediante prévia e regular licitação, para a colocação de radares medidores 
de velocidade de veículos automotores no trânsito de uma cidade, tal fato não seria ilegal. Já que não há delegação do 
poder de polícia propriamente dito, sendo indelegável pelo Estado, somente, a edição da norma de polícia e de aplicação 
de sanções. 
 Poderá ser delegado, mediante lei específica, a entes da Administração indireta. 
 O regular exercício de poder de polícia pela Administração pública admite delegação à iniciativa privada de alguns 
aspectos, a exemplo das atividades meio, que não afetam direitos diretamente. 
 A execução de alguns atos decorrentes do poder de polícia pode ser delegada por lei. 
 
ASSERTIVAS CONSIDERADAS ERRADAS: 
 O poder de polícia é indelegável (CESPE). 
 O poder de polícia é indelegável, somente podendo ser exercido pela Administração Pública direta. 
 O Poder de Polícia é indelegável, de modo que, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, não pode 
ser transferido a entidade integrante da administração pública indireta. 
 
Em se tratando da posição do STF, temos o seguinte. Em regra, é indelegável, no entanto, atos 
materiais preparatórios ou posteriores, que são mera execução de atos administrativos decorrentes dos 
poderes regulamente exercidos pela Administração Pública, podem ser delegados. 
 
DELEGABILIDADE - ATO MATERIAL DE POLÍCIA 
Preparatório Posterior 
 Preparam o ato do poder de polícia. 
 Exemplo: instalação de radar. 
 
 São posteriores ao exercício do poder de polícia. 
 Exemplo: contratação de empresa para remover 
família de uma área de risco. 
 
CONTROLE DO PODER DE POLÍCIA 
O poder de polícia, como prerrogativa da Administração Pública, sujeita-se aos mecanismos de 
controle interno e externo. Quando a própria Administração avalia os critérios de legalidade e regularidade 
da aplicação do poder de polícia, seja de ofício ou por requerimento de eventual prejudicado, diz-se que o 
controle é interno. Nesse caso a administração poderá revogar ou anular o ato. 
 
O controle externo é realizado pelo Judiciário no que tange aos critérios de legalidade, não podendo 
adentrar no mérito do poder de polícia quando houver discrionariedade do ato, salvo situações de flagrante 
arbitrariedade. Nesse caso, trata-se somente de nulidade do ato. 
 
Portanto, a atuação da Administração pública está sujeita a controle interno e externo, sob diversos 
aspectos. O controle dos atos e medidas praticados pela Administração no exercício do poder de polícia 
envolve verificação, pelo Poder Judiciário, do cumprimento de garantias individuais, a exemplo do 
princípio da ampla defesa e do contraditório, ainda que sejam diferidosem situações de urgência 
 
CONTROLE INTERNO CONTROLE EXTERNO 
 Pela própria Administração. 
 
 Pode gerar a revogação ou nulidade do ato. 
 Controle amplo. 
 Pelo Judiciário, em especial, quanto à 
ilegalidade. 
 Pode gerar a nulidade do ato. 
 Controle restrito. 
 
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PRESCRIÇÃO DO PODER DE POLÍCIA 
 
As disposições abaixo estão relacionados à aplicação da prescrição no exercício no poder de polícia 
em âmbito federal. 
 
Nos termos da Lei 9.873/1999: 
 
Art. 1o Prescreve em cinco anos 
 a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, 
 no exercício do poder de polícia, 
 objetivando apurar infração à legislação em vigor, 
 contados da data da prática do ato 
 ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. 
 
§ 1o Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, 
pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante 
requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional 
decorrente da paralisação, se for o caso. 
 
§ 2o Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a 
prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal. 
 
Art. 1o-A. Constituído definitivamente o crédito não tributário, após o término regular do 
processo administrativo, prescreve em 5 (cinco) anos a ação de execução da administração 
pública federal relativa a crédito decorrente da aplicação de multa por infração à legislação em 
vigor. 
 
 
Art. 2o INTERROMPE-SE 
a prescrição da 
ação punitiva: 
.Art. 2o-A. INTERROMPE-SE 
o prazo prescricional da 
ação executória: 
Art. 3o SUSPENDE-SE 
a prescrição 
durante a vigência: 
I – pela notificação ou citação do 
indiciado ou acusado, inclusive por 
meio de edital; 
 
II - por qualquer ato inequívoco, que 
importe apuração do fato; 
 
III - pela decisão condenatória 
recorrível. 
 
IV – por qualquer ato inequívoco 
que importe em manifestação 
expressa de tentativa de solução 
conciliatória no âmbito interno da 
administração pública federal. 
I – pelo despacho do juiz que 
ordenar a citação em execução 
fiscal; 
 
II – pelo protesto judicial; 
 
III – por qualquer ato judicial que 
constitua em mora o devedor; 
 
IV – por qualquer ato inequívoco, 
ainda que extrajudicial, que importe 
em reconhecimento do débito pelo 
devedor; 
 
V – por qualquer ato inequívoco 
que importe em manifestação 
expressa de tentativa de solução 
conciliatória no âmbito interno da 
administração pública federal. 
I - dos compromissos de cessação 
ou de desempenho, 
respectivamente, previstos nos arts. 
53 e 58 da Lei nº 8.884, de 11 de 
junho de 1994; 
 
O disposto acima não se aplica às infrações de natureza funcional e aos processos e procedimentos 
de natureza tributária. 
 
Os Estados e Municípios tem autonomia para disciplinar a matéria, no entanto, quando não existir 
legislação local específica, aplica-se as disposições do Decreto 20.910/1932. 
 
Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer 
direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, 
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem. 
 
O Decreto citado não regula a prescrição intercorrente. O que não impede que Estados e Município o 
façam. 
Prescrição ordinária 
5 anos 
Prescrição intercorrente 
3 anos 
Se for crime, é o prazo de 
prescrição do crime. 
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VÍCIOS DE PODER 
 
Uso do poder Abuso do poder 
Utilização normal, pelos agentes públicos, das 
prerrogativas que a lei lhes confere. 
Conduta ilegítima do administrador, quando atua 
fora dos objetivos expressa ou implicitamente 
traçados na lei. 
 
ABUSO DE PODER: Ocorre quando a autoridade, embora competente, ultrapassa o limite de suas 
atribuições ou desvia das finalidades administrativas. É gênero. 
 
Abuso de poder 
Excesso de poder Desvio de poder/ finalidade 
 
Pressupõe ser o agente competente para a prática do ato. 
 
Todo abuso de poder é ilegal, portanto passível de correção: 
 Autotutela pela própria Administração (de ofício); 
 Por pedido de eventuais prejudicados; 
 Pela via judicial (mandado de segurança, por exemplo). 
 
Nem toda ilegalidade decorre de conduta abusiva; mas todo abuso se reveste de ilegalidade. Abuso 
de poder é uma espécie de ilegalidade (gênero). 
 
Todo ato abusivo é nulo, por excesso ou desvio de poder, mas sendo por excesso de poder, pode ser 
convalidado. 
 
O abuso de poder pode caracterizar crime de abuso de autoridade (lei 13.869/2019), mas não 
necessariamente, não sempre. 
 
Abuso de poder 
(ilícito administrativo) 
Abuso de autoridade 
(ilícito penal) 
Semelhança 
 Pressupõem o uso anormal da competência;  Pressupõem o uso anormal da competência; 
 Implicam a prática de conduta ilícita;  Implicam a prática de conduta ilícita; 
 Geram nulidade do ato;  Geram nulidade do ato; 
 Ensejam responsabilidade da autoridade.  Ensejam responsabilidade da autoridade. 
Diferença 
 Tipificação aberta;  Tipificação fechada. 
 Ilícito que repercute na esfera administrativa;  Alcança o âmbitos civil, penal e administrativo; 
 O abuso de poder pode ser abuso de autoridade.  O abuso de autoridade será abuso de poder. 
 
Abuso de poder (nas duas formas) pode ocorrer de forma: 
 Dolosa; 
 Culposa; 
 Comissiva (ação): 
 Omissiva (omissão específica): 
 
A doutrina minoritária entende que não há abuso de poder omissivo. Outra doutrina minoritária 
entende que só pode existir omissão no desvio de poder. Mas é posição minoritária, mínima. 
 
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Abuso de 
poder 
Excesso 
de poder 
 Vício de competência ou atuação desproporcional. 
 O agente público exorbita de suas atribuições. 
 Atua fora dos limites de sua competência. 
 O excesso de poder, por ser vício de competência, admite convalidação, 
exceto se a competência for exclusiva. 
Desvio 
de poder / 
finalidade 
 É vício na finalidade do ato. 
 Chamado de vício ideológico ou vício subjetivo. 
 É um defeito na vontade que contamina o elemento da finalidade. 
 Pratica o ato com finalidade diversa da que decorre implícita ou 
explicitamente da lei. 
 Dentro de sua competência, mas afasta-se do interesse público. 
 Age dentro dos limites de sua competência, mas o faz para alcançar fim 
diverso do previsto. 
 Não admite convalidação. 
 É conduta mais visível nos atos discricionários. 
 É mais díficil a obtenção de prova. 
 
Existem muitas questões que cobram simplesmente qual o gênero e quais as espécies. 
Decore isso bem. Eu decorei assim: 
 
AED = abuso  excesso e desvio) 
 
 
EXEMPLOS 
Excesso de poder Desvio de poder 
 Policial penal que utiliza de força desproporcional, 
amarrando detentos com uma corda, a qual causou lesões 
contusas em ambos os detentos. 
 Promotor de justiça que procede à apreensão de 
documentos sem ordem judicial. 
 Delegado de polícia, além de prender aquele que cometeu 
ilícito penal, tortura o preso. 
 Ato de um administrador público que, ao punir um 
servidor, impusesse a este uma pena física (que 
obviamente não estaria prevista em lei). 
 Fiscal no aeroporto que pede para o passageiro retirar toda 
a roupa em público para fazer a revista. 
 Promotor de justiça que realiza fiscalização de cargos em 
comissão para retaliação do Prefeito, seu antigo desafeto. 
 Projeto de urbanização, em verdade, que tinha por 
objetivoo incremento de liquidez dos imóveis 
pertencentes ao prefeito. 
 Prefeitura do Município “X” desapropria um imóvel 
apenas porque o proprietário é um desafeto do Prefeito. 
 Transfere Beltrano da Silva, um funcionário público 
ocupante do cargo de médico clínico geral, para uma 
região da periferia, carente de serviços médicos, como 
forma de vingança por este ter sido o namorado de sua 
esposa. 
 Normalmente quando fala em desafeto e vingança é 
desvio de poder. 
 
 
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JURISPRUDÊNCIA APLICÁVEL – PODERES 
 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
Súmula Vinculante 38 - STF: É competente o município para fixar o horário de funcionamento de 
estabelecimento comercial. 
 
Súmula Vinculante 41: O serviço de iluminação pública NÃO pode ser remunerado mediante taxa. 
 
Súmula 419-STF: Os municípios tem competência para regular o horário do comércio local, desde que não 
infrinjam leis federais válidas. 
 
Súmula nº 646 – STF: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de 
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área. 
 
RE 658570 – STF: É constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de 
trânsito, inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente previstas. 
 
ADI 2998: CTB pode exigir a quitação do pagamento dos tributos, encargos e multas como condição para 
que o veículo possa circular. 
 
ADI 2998: Resolução do CONTRAN não pode estabelecer penalidades, devendo as sanções ser previstas 
em lei em sentido formal e material. 
 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
Súmula 19 - STJ: A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da União. 
 
Competência para 
horário comercial 
Competência para 
horário bancário 
Município União 
 
Súmula 312: No processo administrativo para imposição de multa de trânsito, são necessárias as 
notificações da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração. 
 
Súmula 434: O pagamento da multa por infração de trânsito não inibe a discussão judicial do débito. 
 
 O CTB prevê, no entanto, a opção do infrator de não apresentar defesa e reconhecer a infração. 
 Nesse caso terá um desconto de 40% no valor da multa. Ou seja, paga por 60% do seu valor. 
 Portanto, terá 2 opções: 
 Abre mão do recurso e paga com desconto de 40%. 
 Paga sem o desconto, o que não impede entrar com recurso depois. 
 
Art. 284. (...) 
 
§ 1º Caso o infrator opte pelo sistema de notificação eletrônica, se disponível, conforme regulamentação do Contran, e opte 
por não apresentar defesa prévia nem recurso, reconhecendo o cometimento da infração, poderá efetuar o pagamento da multa 
por 60% (sessenta por cento) do seu valor, em qualquer fase do processo, até o vencimento da multa. 
 
§ 2º O recolhimento do valor da multa não implica renúncia ao questionamento administrativo, que pode ser realizado a 
qualquer momento, respeitado o disposto no § 1º. 
 
Súmula 467: Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da 
Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambiental. 
 
Súmula 510-STJ: A liberação de veículo retido apenas por transporte irregular de passageiros não está 
condicionada ao pagamento de multas e despesas. 
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JURISPRUDÊNCIA EM TESES – STJ 
DIREITO ADMINISTRATIVO – PODER DE POLÍCIA 
EDIÇÃO 82 
 
1) A administração pública possui interesse de agir para tutelar em juízo atos em que ela poderia atuar com 
base em seu poder de polícia, em razão da inafastabilidade do controle jurisdicional. 
 
2) O prazo prescricional para as ações administrativas punitivas desenvolvidas por Estados e Municípios, 
quando não existir legislação local específica, é quinquenal, conforme previsto no art. 1º do Decreto n. 
20.910/32, sendo inaplicáveis as disposições contidas na Lei n. 9.873/99, cuja incidência limita-se à 
Administração Pública Federal Direta e Indireta. 
 
1. O Superior Tribunal de Justiça entende que, em casos de ação anulatória de ato 
administrativo ajuizada em desfavor da Coordenadoria Estadual de Proteção de Defesa do 
Consumidor, em decorrência do exercício do poder de polícia do Procon, é inaplicável a Lei 
n. 9.873/1999, sujeitando-se a ação ao prazo prescricional quinquenal previsto no art. 1º do 
Decreto n. 20.910/1932. 
 
2. O art. 1º do Decreto n. 20.910/1932 apenas regula a prescrição quinquenal, não havendo previsão 
acerca de prescrição intercorrente, apenas prevista na Lei n. 9.873/1999, que, conforme 
entendimento do Superior Tribunal de Justiça, não se aplica às ações administrativas punitivas 
desenvolvidas por Estados e Municípios, em razão da limitação do âmbito espacial da lei ao 
plano federal. 
 
3) Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da Administração 
Pública de promover a execução da multa por infração ambiental. (Súmula n. 467/STJ) (Tese julgada sob 
o rito do art. 543-C do CPC/73 - TEMA 324) 
 
4) A prerrogativa de fiscalizar as atividades nocivas ao meio ambiente concede ao Instituto Brasileiro do 
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA interesse jurídico suficiente para exercer 
seu poder de polícia administrativa, ainda que o bem esteja situado dentro de área cuja competência para o 
licenciamento seja do município ou do estado. 
 
Competência para o licenciamento não se confunde com competência para fiscalizar decorrente do poder 
de polícia, portanto, União, Estados, DF e Municípios podem exercer o poder de polícia em áreas cuja a 
licença foi realizada por outro ente federativo. 
 
5) Ante a omissão do órgão estadual na fiscalização, mesmo que outorgante da licença ambiental, o IBAMA 
pode exercer o seu poder de polícia administrativa, já que não se confunde a competência para licenciar 
com a competência para fiscalizar. 
 
6) O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor - PROCON detém poder de polícia para impor 
sanções administrativas relacionadas à transgressão dos preceitos ditados pelo Código de Defesa do 
Consumidor - art. 57 da Lei n. 8.078/90. 
 
7) O PROCON tem competência para aplicar multa à Caixa Econômica Federal - CEF por infração às 
normas do Código de Defesa do Consumidor, independentemente da atuação do Banco Central do Brasil. 
 
8) A atividade fiscalizatória exercida pelos conselhos profissionais, decorrente da delegação do poder de 
polícia, está inserida no âmbito do direito administrativo, não podendo ser considerada relação de trabalho 
e, por consequência, não está incluída na esfera de competência da Justiça Trabalhista. 
 
9) Não é possível a aplicação de sanções pecuniárias por sociedade de economia mista, facultado o exercício 
do poder de polícia fiscalizatório. 
 
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10) É legítima a cobrança da taxa de localização, fiscalização e funcionamento quando notório o exercício 
do poder de polícia pelo aparato administrativo do ente municipal, sendo dispensável a comprovação do 
exercício efetivo de fiscalização. 
 
11) Quando as balanças de aferição de peso estiverem relacionadas intrinsecamente ao serviço prestado 
pelas empresas ao consumidor, incidirá a Taxa de Serviços Metrológicos, decorrente do poder de polícia 
do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial - Inmetro em fiscalizar a 
regularidade desses equipamentos. 
 
12) É legitima a cobrança da Taxa de Fiscalização dos Mercados de Títulos e Valores Mobiliários 
decorrente do poder de polícia atribuído à Comissão de Valores Mobiliários - CVM, visto que os efeitosda 
Lei n. 7.940/89 são de aplicação imediata e se prolongam enquanto perdurar o enquadramento da empresa 
na categoria de beneficiária de incentivos fiscais. 
 
13) Os valores cobrados a título de contribuição para o Fundo Especial de Desenvolvimento e 
Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização - FUNDAF têm natureza jurídica de taxa, tendo em vista 
que o seu pagamento é compulsório e decorre do exercício regular de poder de polícia.

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