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CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL HistHistóóricorico �� 1775:1775: PottPott relatou altarelatou alta frequfrequêênciancia de cde cââncer de bolsa ncer de bolsa escrotal em limpadores de chaminescrotal em limpadores de chaminéé em Londresem Londres �� 1975:1975: StellmanStellman ee DaumDaum descrevem que cerca de 3000 descrevem que cerca de 3000 novas substnovas substââncias sncias sãão introduzidas a cada ano na o introduzidas a cada ano na indindúústria, sem conhecimento dos trabalhadoresstria, sem conhecimento dos trabalhadores �� 1988:1988: RumelRumel relata que o relata que o óóbito por cbito por cââncer de pulmncer de pulmãão o entre trabalhadores braentre trabalhadores braççais ais éé maior que entre maior que entre metalmetalúúrgicos, comercirgicos, comerciáários, artistas e cientistasrios, artistas e cientistas CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL Magnitude do problemaMagnitude do problema �� CCââncer ncer éé a segunda causa de morte no Brasila segunda causa de morte no Brasil �� Mortalidade por cMortalidade por cââncer vem aumentando, inclusive em ncer vem aumentando, inclusive em menores de 50 anosmenores de 50 anos �� Cerca de 30% das mortes poderiam ser evitadas por Cerca de 30% das mortes poderiam ser evitadas por meio de ameio de açõções de deteces de detecçãção precoce articuladas o precoce articuladas àà ampliaampliaçãção do acesso ao tratamento adequado dos o do acesso ao tratamento adequado dos casoscasos �� Cerca de 30% dos casos poderiam ser evitados por Cerca de 30% dos casos poderiam ser evitados por meio de ameio de açõções de prevenes de prevençãção primo primááriaria CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL Meio ambienteMeio ambiente �� ModernizaModernizaçãção da agricultura, processo acelerado de o da agricultura, processo acelerado de urbanizaurbanizaçãção, a transformao, a transformaçãção sustentada dos recursos o sustentada dos recursos naturais e a dependnaturais e a dependêência energncia energéética de fontes ntica de fontes nãão renovo renovááveis veis –– tendtendêência a homogeneizancia a homogeneizaçãção da economia mundial o da economia mundial –– forte forte agressagressãão aos ecossistemaso aos ecossistemas CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL �� DefiniDefiniçãção: Co: Cââncer que surgiu comoncer que surgiu como consequconsequêênciancia da exposida exposiçãção a o a agentes carcinogagentes carcinogêênicos presentes no ambiente de trabalho, nicos presentes no ambiente de trabalho, mesmo apmesmo apóós a cessas a cessaçãção da exposio da exposiçãçãoo �� NNãão ho háá distindistinçãção quanto ao aspecto clo quanto ao aspecto clíínico e histnico e históória natural do ria natural do ccââncer nncer nãão ocupacionalo ocupacional �� Causas atribuCausas atribuííveis para cveis para cââncer:ncer: →→ Tabagismo (30%) Tabagismo (30%) →→ Dieta (35%)Dieta (35%) →→ ÁÁlcool (3%) lcool (3%) →→ Produtos farmacProdutos farmacêêuticos (1%)uticos (1%) →→ PoluiPoluiçãção ambiental (2%)o ambiental (2%) →→ RadiaRadiaçãção eletromagno eletromagnéética (3%)tica (3%) →→ OcupaOcupaçãçãoo (2 a 4%) (2 a 4%) →→ Comportamento sexual (7%)Comportamento sexual (7%) CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL • Potencial carcinogênico ocupacional: Substância, combinação ou mistura de substâncias, que causam aumento da incidência de neoplasias benignas ou malignas, ou substancial diminuição do período de latência entre a exposição e o aparecimento da doença CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL �� O cO cââncer provocado por exposincer provocado por exposiçõções ocupacionais geralmente es ocupacionais geralmente atinge regiatinge regiõões do corpo que estes do corpo que estãão em contato direto com as o em contato direto com as substsubstââncias cancerncias canceríígenas, seja durante a fase de absorgenas, seja durante a fase de absorçãção o (pele, aparelho respirat(pele, aparelho respiratóório) ou de excrerio) ou de excreçãção (aparelho urino (aparelho urináário), rio), o que explica a maior freqo que explica a maior freqüêüência de cncia de cââncer de pulmncer de pulmãão, de pele o, de pele e de bexiga nesse tipo de exposie de bexiga nesse tipo de exposiçãçãoo CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL •• **44--aminodifenilaminodifenil (p(p--xenilaminaxenilamina)) •• 22--naftilaminanaftilamina Compostos Órgão Indústria Amina aromática* Bexiga Corante Asbesto Pleura/Pulmão Isolamento Benzeno Medula óssea Petróleo Benzidina Bexiga/Pâncreas Fotográfica/Textil Cloreto de vinila Fígado Plástico Cromo Mucosa nasal Cromação Sílica Pulmão Mineração CÂNCER PULMONAR � Arsênico (mineração de cobre) � Asbestos � Berílio � Bisclorometiléter/ Clorometiléter (tratamento em indústria têxtil, fabricação de pesticida, substâncias protetoras contra fogo) � Cádmio (fabricação de pigmentos, de vidros) � Sílica cristalina � Cloreto de vinil (fabricação de PVC) � Cromo VI (fabricação de baterias) � Gás mostarda � Níquel e seus compostos → Agentes e grupo de agentes Grupo 1 da IARC* (agente é cancerígena para o homem) CÂNCER PULMONAR � Produção de alumínio � Gaseificação de carvão � Produção de carvão coque (pavimentação asfáltica de estradas, impermeabilização de lajes e pisos) � Vapores de ácidos fortes � Fundição de aço e ferro � Mineração de hematita � Pintura com pulverizador contendo ácido sulfúrico → Exposições nos ambientes de trabalho: situações ou processos Grupo 1 da IARC CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL DiagnDiagnóósticostico 11-- histhistóória ocupacionalria ocupacional 22-- levantamentos ambientais realizadoslevantamentos ambientais realizados 33-- existexistêência de outros trabalhadores/pacientes que ncia de outros trabalhadores/pacientes que tiveram ou ttiveram ou têêm cm cââncerncer 44-- tempo de lattempo de latêência, geralmente superior a 15 anosncia, geralmente superior a 15 anos 55-- outros fatores associados como tabagismooutros fatores associados como tabagismo CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL CLASSIFICACLASSIFICAÇÃÇÃO IARC*O IARC* 55 Grupos: 1, 2 A, 2 B, 3 e 4Grupos: 1, 2 A, 2 B, 3 e 4 AtAtéé 2004 foram examinados 899 agentes 2004 foram examinados 899 agentes ffíísicos, qusicos, quíímicos ou biolmicos ou biolóógicos, misturas e gicos, misturas e condicondiçõções complexas de exposies complexas de exposiçãção.o. * IARC ( INTERNATIONAL AGENCY FOR RESEARCH ON CARNCER)* IARC ( INTERNATIONAL AGENCY FOR RESEARCH ON CARNCER) CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL Grupo 1Grupo 1: reconhecimento cancer: reconhecimento canceríígeno para humanos. Dos 95 geno para humanos. Dos 95 agentes e misturas, 29 estagentes e misturas, 29 estãão relacionados ao trabalho e o relacionados ao trabalho e ambiente e 12 aambiente e 12 a cirunstcirunstâânciasncias de exposide exposiçãção (o (BoffetaBoffeta, 2004), 2004) Grupo 2 AGrupo 2 A: provavelmente cancer: provavelmente canceríígeno para humanos. Grau de geno para humanos. Grau de evidevidêência dencia de carcinogenicidadecarcinogenicidade em humanos em humanos éé limitado, limitado, sendo no entanto suficiente em experimentos com animais.sendo no entanto suficiente em experimentos com animais. Grupo 2 BGrupo 2 B: possivelmente cancer: possivelmente canceríígeno para humanos. Limitada geno para humanos. Limitada evidevidêência dencia de carcinogenicidadecarcinogenicidade em humanos e menos que em humanos e menos que suficiente em animais.suficiente em animais. Grupo 3Grupo 3: condi: condiçõções nes nãão classifico classificááveis quanto veis quanto àà carcinogenicidadecarcinogenicidade em humanos. Evidem humanos. Evidêência inadequada em ncia inadequada em humanos e inadequada ou limitada em experimentos com humanos e inadequada ou limitada em experimentos com animais.animais. Grupo 4Grupo 4: provavelmente, n: provavelmente, nãão o éé carcinogcarcinogêênico para humanos. nico para humanos. CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL �� O controle da exposiOcontrole da exposiçãção ocupacional pode atingir grande o ocupacional pode atingir grande efetividade por meio:efetividade por meio: –– avaliaavaliaçãção dos riscos ambientais (NR9)o dos riscos ambientais (NR9) –– avaliaavaliaçãção mo méédicas preventivas (NR7) dicas preventivas (NR7) –– participaparticipaçãção dos trabalhadores (NR5)o dos trabalhadores (NR5) –– equipamentos de proteequipamentos de proteçãção coletiva e individual (NR6)o coletiva e individual (NR6) AvaliaAvaliaçãção do ambiente de trabalhoo do ambiente de trabalho 11-- AvaliaAvaliaçãção de agentes fo de agentes fíísicos, qusicos, quíímicos e biolmicos e biolóógicosgicos –– FFíísico: radiasico: radiaçãçãoo ionizanteionizante (t(téécnico radiologia)cnico radiologia) –– QuQuíímico: pesticidas (agentes de samico: pesticidas (agentes de saúúde da FUNASA)de da FUNASA) –– BiolBiolóógico: vgico: víírus (mrus (méédico)dico) 22-- Resultados dos estudos de avaliaResultados dos estudos de avaliaçãção de risco orientam o o de risco orientam o planejamento do controle, inclusive da legislaplanejamento do controle, inclusive da legislaçãçãoo.. CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL �� LegislaLegislaçãção Ocupacional feita pelo Ministo Ocupacional feita pelo Ministéério do Trabalho e rio do Trabalho e Emprego (MTE): Portaria 3214 de 1978Emprego (MTE): Portaria 3214 de 1978 �� NR 15 hNR 15 háá limites de exposilimites de exposiçãção para substo para substââncias como sncias como síílica, lica, asbesto, radiaasbesto, radiaçãçãoo ionizanteionizante, benzeno (todas IARC 1), entre , benzeno (todas IARC 1), entre outrasoutras �� NNãão existem limites seguros para substo existem limites seguros para substââncias cancerncias canceríígenasgenas �� HHáá substsubstââncias e processos, onde nncias e processos, onde nãão o éé permitida nenhuma permitida nenhuma exposiexposiçãção ou contato:o ou contato: –– 44--aminodifenilaminodifenil (p(p--xenilaminaxenilamina) ) = ind= indúústriastria textiltextil/fotogr/fotográáficafica –– 44--nitrodifenilnitrodifenil = ind= indúústria de borrachastria de borracha –– 22--naftilaminanaftilamina = ind= indúústria corantesstria corantes –– produproduçãção deo de benzidinabenzidina * (* (luminolluminol)) CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL PrevenPrevençãção o 11 -- a remoa remoçãção da substo da substâância cancerncia canceríígena do local de trabalho;gena do local de trabalho; 22 -- controle da liberacontrole da liberaçãção de substo de substââncias cancerncias canceríígenas resultantes genas resultantes de processos industriais para a atmosfera;de processos industriais para a atmosfera; 33 -- controle da exposicontrole da exposiçãção de cada trabalhador e o uso rigoroso dos o de cada trabalhador e o uso rigoroso dos equipamentos de proteequipamentos de proteçãção individual (mo individual (mááscaras e roupas scaras e roupas especiais);especiais); 44 -- a boa ventilaa boa ventilaçãção do local de trabalho, para se evitar o excesso o do local de trabalho, para se evitar o excesso de produtos qude produtos quíímicos no ambiente;micos no ambiente; CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL PrevenPrevençãçãoo 55 -- o trabalho educativo, visando aumentar o conhecimento dos o trabalho educativo, visando aumentar o conhecimento dos trabalhadores a respeito das substtrabalhadores a respeito das substââncias com as quais trabalham, ncias com as quais trabalham, alaléém dos riscos e cuidados que devem ser tomados ao se exporem m dos riscos e cuidados que devem ser tomados ao se exporem a essas substa essas substââncias;ncias; 66 -- a eficia eficiêência dos servincia dos serviçços de medicina do trabalho, com a os de medicina do trabalho, com a realizarealizaçãção de exames perio de exames perióódicos em todos os trabalhadores;dicos em todos os trabalhadores; 77 -- a proibia proibiçãção do fumo nos ambientes de trabalho, pois, como jo do fumo nos ambientes de trabalho, pois, como jáá foi dito, a poluifoi dito, a poluiçãçãoo tabagtabagíísticastica ambiental potencializa as aambiental potencializa as açõções da es da maioria dessas substmaioria dessas substââncias.ncias. CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL VigilVigilâância do Cncia do Cââncer Ocupacional e Ambientalncer Ocupacional e Ambiental �� Propostas:Propostas: –– RealizaRealizaçãção de estudos pilotos de avaliao de estudos pilotos de avaliaçãção de risco em o de risco em ááreas reas geogrgeográáficas especficas especííficasficas –– Apoio a aApoio a açõções regionaises regionais relaiconadasrelaiconadas àà vigilvigilâância em parceria ncia em parceria com as Secretarias Municipais e Estaduais de Sacom as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúúdede –– EstruturaEstruturaçãção do Sistema de Informao do Sistema de Informaçãção parao para monitorizamonitorizaçãçãoo de de cancercanceríígenos ocupacionais e ambientais (Ficha SINANgenos ocupacionais e ambientais (Ficha SINAN-- SISTEMA DE INFORMASISTEMA DE INFORMAÇÃÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃÇÃO)O) –– DisponibilizaDisponibilizaçãçãoo de informade informaçõções sobre agentes, classificados es sobre agentes, classificados como cancercomo canceríígenos pela IARC, que tenham relevgenos pela IARC, que tenham relevâância para a ncia para a sasaúúde pde púública no Brasilblica no Brasil.. ExposiExposiçãção ao Benzenoo ao Benzeno � Quinta substância de maior risco segundo o Programa das Nações Unidas de Segurança Química � Exposição ocupacional: – Indústria do couro, adesivos e colas, tintas, limpeza a seco, produtos derivados de petróleo; – Metalurgia e siderurgia; – Fabricação de veículos automotores ExposiExposiçãção ao Benzenoo ao Benzeno � Intoxicação aguda e crônica � O benzeno é um agente mielotóxico regular, leucemogênico e cancerígeno mesmo em doses inferiores a 1ppm � Não existem sinais e sintomas patognomônicos da intoxicação � Quadro clínico de toxicidade ao benzeno: Comprometimento da medula óssea, alterações hematológicas Sinais e sintomas: Astenia, mialgia, sonolência, tonteira e infecções repetidas � Dados hematológicos relevantes: neutropenia, leucopenia, linfocitopenia, monocitopenia, eosinofilia , macrocitose, pontilhado basófilo, pseudo Pelger e plaquetopenia ExposiExposiçãção ao Benzenoo ao Benzeno �� DiagnDiagnóóstico stico éé clclíínico e epidemiolnico e epidemiolóógicogico • História da exposição ocupacional; • Observação de sinais e sintomas clínicos e laboratoriais; • Alterações hematológicas devem ser valorizadas, investigadas e justificadas. *Acordo Nacional do Benzeno criado pela Portaria n.º 14, de 1995 do Ministério do Trabalho e do Emprego * 2,5ppm para as indústrias siderúrgicas e 1,0ppm para as indústrias de petróleo, química e petroquímica. ReferReferêênciasncias �� SeminSemináário de Vigilrio de Vigilâância do Cncia do Cââncer Ocupacional e ncer Ocupacional e Ambiental Ambiental –– GulnarGulnar Azevedo de MendonAzevedo de Mendonçça, 2005a, 2005 �� SiteSite do INCA (MS): do INCA (MS): www.inca.www.inca.govgov..brbr �� Protocolos de alta complexidade: SProtocolos de alta complexidade: Séérie A. Normas e rie A. Normas e Manuais TManuais Téécnicos. Brascnicos. Brasíília lia –– DF, 2006DF, 2006
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