Buscar

3 - Diureticos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Diuré ticos 
 
Fármaco Farmacodinâmica Farmacocinética Efeitos Usos clínicos Efeitos adversos e CI Observações 
Inibidores da 
anidrase 
carbônica 
 
Acetazolamida 
Diclorfenamida 
Metazolamida 
- São derivados de 
sulfonamida. 
- Promovem potente ini-
bição da AC tanto da mb 
luminal quanto citosóli-
ca, reduzindo considera-
velmente a reabsorção 
de bicarbonato de sódio 
- Atuam, portanto, no tú-
bulo proximal (principal 
sítio) e no ducto coletor, 
onde a AC está envolvida 
na secreção de ácidos 
tituláveis. 
 
*A AC é encontrada em 
outros tecidos além dos 
rins: olho, mucosa 
gástrica, pâncreas, SNC, 
eritrócitos 
- Administração oral 
- Biodisponibilidade: 
*Acetazolamida e 
metazolamida: 100% 
*Diclorfenamida: ? 
- Meia-vida: 
*Acetazolamida: 6 a 9hs 
*Diclorfenamida: ? 
*Metazolamida: ~14hs 
- Via de eliminação: 
*Acetazolamina: renal 
*Diclorfenamida: ? 
*Metazolamida: excre-
ção renal de 25% e me-
tabolismo hepático de 
75%. 
- Potência: diclorfenami-
da > metazolamida > 
acetazolamida 
- Acúmulo em tecidos 
ricos em anidrase 
carbônica (ligação ávida 
à enzima). 
- Excreção de bicarbona-
to: aumento de 35% 
- Elevação do pH urinário 
para cerca de 8 (inibição 
da reabsorção de bicar-
bonato, inibição do ácido 
titulável e da secreção 
de amônio) 
- Pequeno aumento na 
excreção de Cl-, pois boa 
parte é reabsorvido na 
alça de Henle 
- Excreção fracionária de 
Na pode atingir 5% e a 
de K+, 70% (ver obs) 
- ↑ excreção de Pi 
- Pouco ou nenhum 
efeito sobre a excreção 
de Ca e Mg 
- ↑ aporte de solutos na 
mácula densa, desenca-
deando o RTG (ver obs) 
- Glaucoma de ângulo 
aberto: principal 
indicação 
- Glaucoma secundário e 
no pré-operatório para 
glaucoma de ângulo 
fechado agudo 
- Edema: apesar de não 
serem muito eficazes 
como terapia isolada. 
- Em combinação c/ diu-
réticos que bloqueiam a 
reabsorção de Na mais 
distal, induzem uma boa 
resposta natriurética, 
mas a terapia a longo 
prazo é limitada pela 
acidose. 
- Epilepsia: rápido desen-
volvimento de tolerância 
- Correção de alcalose 
metabólica, ppm se cau-
sada por aumentos da 
excreção de H+ induzida 
por diuréticos 
- Eventos graves são raros 
- Por serem derivados das 
sulfonamidas, podem cau-
sar: depressão da medula 
óssea, toxicidade cutânea, 
lesões renais, reações de 
hipersensibilidade 
- Sonolência e parestesias 
após grandes doses 
- Secundários à alcaliniza-
ção da urina: 
* Desvio da amônia da uri-
na para o plasma  início 
ou piora de encefalopatia 
hepática  CI p/ pacien-
tes com cirrose 
* Nefrolitíase (Ca-PO4) 
* Agravamento de acidose 
metabólica ou respiratória 
 CI p/ pacientes c/ aci-
dose hiperclorêmica ou 
DPOC 
* ↓tx de excreção de 
bases orgânicas fracas. 
- A AC é extremamente a-
bundante no túbulo proxi-
mal, de modo que a inibi-
ção de uma boa porcenta-
gem dessa enzima se faz 
necessária para causar 
efeito significativo. 
- Os efeitos são auto-limi-
tados, provavelmente pq 
a acidose metabólica 
induzida diminui a carga 
filtrada de bicarbonato. 
- Reduz a taxa de forma-
ção de humor aquoso, ↓ 
a pressão intra-ocular 
- Ação anticonvulsivante 
da acetazolamida: ações 
diretas no SNC e indiretas 
por causar acidose meta-
bólica 
- Provoca vasodilatação 
por abertura de canais de 
K ativados pelo Ca. 
Diuréticos 
osmóticos 
 
Manitol 
Glicerina 
Isossorbida 
Uréia 
- Túbulo proximal: são 
solutos não absorvíveis 
 ↓ osmose de água p/ 
o interstício  ↓ *Na+ 
 ↓ reabsorção de Na 
- Alça de Henle: expan-
são do volume extracelu-
lar, ↓ viscosidade do 
sangue e ↓ liberação de 
renina  aumento do 
- Via: 
*Oral: glicerina e isossor-
bida 
*IV: manitol, uréia 
- Meia-vida: 
*Glicerina: 0,5 a 0,75h 
*Isossorbida: 5 a 9,5h 
*Manitol: 0,25 a 1,7h 
- Via de eliminação: 
* Glicerina: 80% metabo-
- Aumentam a excreção 
urinária de quase todos 
os eletrólitos: K, Na, Ca, 
Mg, Cl, bicarbonato e 
fosfato 
- Dilatação da arteríola 
aferente  ↑pressão 
hidrostática do capilar 
glomerular + diluição do 
plasma  ↓ pressão 
- Edema cerebral 
(manitol e uréia) 
- Controle da pressão in-
tra-ocular durante crises 
agudas de glaucoma e p/ 
remoção aguda da pres-
são intra-ocular em paci-
entes submetidos à 
cirurgias oculares (pré e 
pós operatório) 
- Edema pulmonar franco 
em pacientes com insufici-
ência cardíaca e congestão 
pulmonar, pela expansão 
do VEC 
- Hiponatremia dilucional: 
cefaléia, náuseas, vômitos 
- Se houver perda de água 
> que a perda de eletróli-
tos, pode ocorrer desidra-
- Tradicionalmente pensa-
va-se que o principal local 
de ação dos diuréticos 
osmóticos era o túbulo 
proximal, mas atualmente 
sabe-se que é a alça de 
Henle. 
 
OBS: Tanto o manito 
quanto a uréia estão 
fluxo sanguíneo medu-
lar, causando a lavagem 
da medula e perda de 
hipertonicidade  ↓ ex-
tração de água no RDD 
e, assim, limita a concen-
tração de NaCl  ↓ 
reabsorção passiva de 
NaCl no RDA. 
lismo hepático e 20% 
desconhecida 
* Isossorbida: renal 
* Manitol: 80% renal e 
20% metabolismo hepá-
tico e excreção na bile 
*Uréia: renal 
 
 
oncótica plasmática. 
Porém, como também 
aumentam a pressão 
hidrostática tubular, não 
há aumento significativo 
na TFG. 
- Necrose tubular aguda: 
profilaxia (controverso) e 
conversão de NTA oligú-
rica em não-oligúrica. 
Neste último caso, se o 
paciente não for respon-
sivo, usar diuréticos de 
alça. 
- Síndrome do desequilí-
brio da diálise (ver obs) 
tação e hipernatremia 
- CI: pacientes com anúria 
por doença renal grave ou 
não resposta ao teste com 
o fármaco. 
- Uréia: trombose, dor, 
prejuízo à função hepática 
(↑ amônia) 
- Glicerina: hiperglicemia 
contra-indicados em 
pacientes com hemorragia 
crerebral ativa 
Inibidores do 
simporte de 
Na K 2Cl 
(diuréticos de 
alça) 
 
Furosemida 
Bumetanida 
Ác. etacrínico 
Torsemida 
- Atuam primariamente 
no ramo ascendente 
espesso da alça de Henle 
- Provavelmente ligam-
se ao local de ligação ao 
Cl-, localizado no domí-
nio transmembrana no 
receptor 
- Causam a abolição da 
diferença de potencial 
transepitelial nessa por-
ção do túbulo  ↓ 
reabsorção de cátions 
pela via paracelular 
- Interferem em uma e-
tapa crítica do mecanis-
mo formador da hiperto-
nicidade medular 
- Biodisponibilidade: 
* Furosemida: 60% 
* Bumetanida: 80% 
* Ác.etacrínico: 100% 
* Torsemida: 80% 
- Meia-vida: 
* Furosemida: 1,5 h 
* Bumetanida: 0,8 h 
* Ác.etacrínico: 1 h 
* Torsemida: 3,5 h 
- Via de eliminação: 
* Furosemida: ppm renal 
* Bumetanida: metab. 
hepático significativo 
* Ác.etacrínico: 67% R 
* Torsemida: metab. 
hepático significativo 
- Alta ligação a ptns plas-
máticas  eliminação 
não por filtração, mas 
pelo sistema de secreção 
de ác. orgânicos no TP 
 Ligam-se ao NKCC2 
pela face luminal 
- Probenecida: inibe a se-
creção de furosemida no 
TP  desloca a curva de 
[] x resposta p/ a direita 
- Retenção de Na pós 
diurético: reabsorção 
ávida de Na após a ↓ *+ 
do diurético no túbulo 
- Aumento da excreção 
de Na e Cl- (até 25% da 
carga filtrada) 
- Aumento da excreção 
de Ca e Mg 
- Alguns têm fraca at ini-
bidora da AC  ↑ ex-
creção de bicarbonato e 
fosfato. 
- Aumento da excreção 
de K e de ácido titulável 
- Aumenta a excreção de 
ác.úrico de forma aguda, 
mas de forma crônica, 
reduz a excreção (obs) 
- Bloqueiam a capacida-
de de concentração da 
urina (hidropenia) 
- Tb afetam o mecanis-
mo diluidor da urina  
incapacidade de eliminar 
urina diluída na diurese 
aquosa = urina sempre 
isosmótica. 
- Se houver reposição de 
volume, ↑ FSR total e o 
distribuem p/ a porção 
média do córtex, prova-
velmente envolvendo 
produção de PG. 
- Edema agudo de pul-
mão: ↑ capacitância ve-nosa + ↑ natriurese = ↓ 
pressão de enchimento 
de VE = alívio rápido 
- ICC crônica: para ↓ 
volume do LEC e reduzir 
a congestão venosa e 
pulmonar  ↓ mortali-
dade e risco de agrava-
mento e ↑ capacidade 
de exercício 
- Hipertensão arterial: 
por ter meia-vida curta, 
são menos úteis que os 
tiazídicos 
- Síndrome nefrótica: 
geralmente o edema só 
responde aos diuréticos 
de alça 
- Edema e ascite da 
cirrose: cuidado p/ não 
piorar a encefalopatia e 
induzir Sd hepatorrenal 
- Em caso de dose exces-
siva de algum fármaco, a 
fim de forçar eliminação 
renal. 
- tto da hipercalcemia: 
junto c/ reposição de sol 
salina isotônica. 
- IRA 
- Uso excessivo: depleção 
grave do Na corporal  
hiponatremia ou ↓ de vo-
lume do LEC: hipotensão, 
↓ TFG, colapso circulató-
rio, tromboembolismo, 
encefalopatia hepática 
- Alcalose hipoclorêmica: 
pelo ↑ aporte de Na no 
TD + ativação SRAA, que 
levam ao ↑ excreção de 
K+ e H+ 
- Hipocalemia: pode levar 
a arritmias cardíacas, ppm 
em pacientes em uso de 
glicosídeos cardíacos. 
- Hipomagnesemia: ↑ 
risco de arritmias 
- Hipocalcemia: tetania e 
↑ risco de osteoporose 
- A inibição do transporte 
de eletrólitos na orelha in-
terna pode causar altera-
ções na composição ele-
trolítica da endolinfa e 
contribuir p/ a ototoxicida-
de  zumbidos, compro-
metimento auditivo, sur-
dez, vertigem e sensação 
de plenitude nas orelhas. 
São habitualmente rever-
síveis. (ver obs) 
- São muito eficazes, pois 
normalmente reabsorvem 
25% do Na filtrado e os 
segmentos distais ao ramo 
espesso da alça de Henle 
não são capazes de recu-
perar o fluxo rejeitado por 
ele. 
- Existem 2 formar do sim-
porte: NKCC1 = secretivo e 
NKCC2 = absortivo. Os diu-
réticos tem maior 
afinidade pelo NKCC2 
- Têm a capacidade de 
inibir o transporte de NaCl 
na mácula densa  ini-
bem o RTG  não causam 
redução da TFG 
- São poderosos estimula-
dores da liberação de 
renina. 
- A furosemida induz au-
mento agudo da capaci-
tância venosa  ↓ pres-
são de enchimento de VE 
 ↓ edema pulmonar 
mesmo antes da diurese 
- Alterações no transporte 
de eletrólitos em muitos 
tecidos 
Inibidores do 
simporte Na+ 
Cl- (diuréticos 
tiazídicos) 
 
Bendroflumetia-
zida 
Clorotiazida 
Hidroclorotiazida 
- São sulfonamidas 
- Inibem a reabsorção de 
NaCl no TCD = local 
primário de ação 
- Tem uma ação secun-
dária ao nível do TP 
- O local de ligação ao 
simporte NaCl parece ser 
compartilhado por esses 
íons. 
- A expressão desse 
transportador é regulada 
pela aldosterona 
- São ácidos orgânicos  
são secretados no TP 
pela via de secreção de 
ácidos orgânicos. Depen-
dem desse transporte p/ 
o lúmen para exercer 
sua ação. 
- Ampla variação entre a 
ligação a ptns para cada 
agente  variação da 
carga de filtração. 
- Ampla variação de 
biodisponibilidade (9 a 
100%), meia vida (2,3 a 
47 hs). 
*Clorotiazida:biodisponi-
bilidade de 9 a 56% de-
pendente da dose. 
- A maioria é eliminada 
por via renal, podendo 
haver algum grau de 
metabolismo 
- ↑ Excreção de NaCl p/ 
até 5% da carga filtrada 
(pois 90% do Na é reab-
sorvido no TP) 
- Alguns são inibidores 
fracos da AC: ↑ excre-
ção de bicarbonato e PI 
- ↑ excreção de K+ e H+ 
- ↑ excreção de ácido 
úrico agudamente, 
porém ↓ a longo prazo 
- ↓ excreção de Ca: 
aumento da reabsorção 
no TP pela depleção de 
volume e aumento da 
reabsorção no TCD (↑ 
troca Na/Ca, pelo ↑ Na 
luminal) 
- Magnesiúria discreta 
- ↓ capacidade dos rins 
excretarem urina diluída 
durante diurese aquosa 
(inibem o transporte no 
segmento diluidor 
cortical) 
- Edema associado à ICC, 
doença hepática (cirro-
se) e renal (sd nefrótica, 
IRC, glomerulonefrite 
aguda). 
- São ineficazes quando a 
TFG < 30 a 40 ml/min 
(exceto a metolazona e 
indapamina) 
- Hipertensão arterial: 
econômicos, eficazes e 
bem tolerados (adm 1x 
dia, sem necessidade de 
titulação da dose)  são 
seguros e ↓ mortalidade 
e morbidade CV em 
pacientes hipertensos. 
Doses baixas: 25mg / dia 
de hidroclorotiazida. 
Estudos mostram que 
são o melhor tto inicial 
p/ HA. 
- Nefrolitíase por cálcio 
- Osteoporose 
- Base do tto do diabetes 
insipidus nefrogênico: ↓ 
volume urinário em 50% 
- SNC: vertigem, cefaléia, 
parestesias, xantopsia, 
fraqueza 
- GI: anorexia, náuseas, 
vômitos, cólicas, diarréia, 
constipação, colecistite e 
pancreatite 
- Hematológicas: discrasias 
sanguíneas 
- Dermatológicas: fotos-
sensibilidade e erupções 
cutâneas 
- Disfunção erétil 
- Desequilíbrio hidroele-
trolítico: depleção de VEC, 
hipotensão, hipopotasse-
mia, hiponatremia, hipo-
cloremia, alcalose metabó-
lica, hipomagnesemia, 
hipercalcemia, hiperuri-
cemia 
- ↓ toleância à glicose 
- ↑ LDL, colesterol total, e 
TG 
- CI: hipersensibilidade às 
sulfonamidas 
- Não afetam o FSR, afe-
tam a TFG de modo variá-
vel. Como atuam distal-
mente à mácula densa, 
não alteram a secreção de 
renina. 
- Não interferem com a 
hipertonicidade medular: 
rim continua capaz de 
excretar urina concentra-
da na hidropenia. 
- Podem ser úteis no tto 
da intoxicação por Br-. 
Inibidores dos 
canais de Na+ 
do epitélio 
renal 
(poupadores 
de K+) 
 
Triantereno 
Amilorida 
- Inibem os canais ENaC 
das cels principais da 
porção terminal do TD e 
ducto coletor. (provável 
ligação ao poro) 
- Ao impedir a entrada 
de Na nas céls, impedem 
a despolarização da 
membrana luminal, que 
causaria uma DP trans-
epitelial lúmen negativa, 
importante força propul-
sora da secreção de K+ 
através dos canais ROMK 
 ↓ secreção de K+. 
- Biodisponibilidade: 
*Amilorida = 15 a 25% 
* Triantereno: 50% 
- Meia-vida: amilorida = 
21hs e triantereno = 4,2 
- A amilorida é excretada 
na forma inalterada na 
urina 
- O triantereno sofre 
metabolismo hepático, 
gerando um metabólito 
ativo, que é excretado 
na urina (toxicidade em 
caso de doença renal ou 
hepática) 
- ↑ pequeno na excre-
ção de NaCl (até 2% da 
carga filtrada) 
- ↓ Taxas de excreção 
de K+, H+, Ca e Mg (pela 
redução da voltagem 
negativa no lúmen) 
- ↓ excreção de ácido 
úrico (depleção de volu-
me aumenta a reabsor-
ção de ácido úrico no TP) 
- Pouco ou nenhum 
efeito sobre a hemodi-
nâmica renal 
- Não alteral o RTG 
- Usados sempre em as-
sociação a outros diuré-
ticos, com o objetivo de 
reduzir a perda de K+ 
- Síndrome de Liddle 
- ↑ depuração mucoci-
liar em pacientes com 
fibrose cística (amilorida 
aerossol) 
- Diabetes insipidus 
nefrogênico induzido por 
lítio (amilorida: bloqueia 
o transporte de Li nas 
cels dos tubulos 
coletores) 
- Hiperpotasemia: pode 
ser fatal. CI em pacientes 
c/ hiperpotassemia, IR, 
uso de outros diuréticos 
poupadores de K+, iECA ou 
suplementos de K+ 
- ↑ risco de megaloblasto-
se em pacientes c/ cirrose 
(triantereno = agonista 
fraco do ác.fólico) 
- Intolerância à glicose 
- Fotossensibilidade 
- Nefrite intersticial e 
nefrolitíase 
- Efeitos adversos mais 
comuns da amilorida: 
náuseas, vômitos, diarréia 
e cefaléia 
- Efeitos adversos mais 
comuns do triantereno: 
nãuseas, vômitos, cãibras, 
tonturas 
Antagonistas 
da 
aldosterona 
 
Espironolactona 
Eplerenona 
Canrenona 
Canrenoato 
- São inibidores compe-
titivos dos receptores de 
mineralocorticóide: in-
teragem com o MR, mas, 
ao contrário da aldoste-
rona, não são capazes de 
induzir a expressão de 
ptns específicas 
- Aldosterona: ↑ condu-
tância da membrana ao 
Na+  ↑ voltagem ne-
gativa luminal  ↑ se-
creção de K+ e H+. 
- Agem na porção termi-
nal do TD e ducto coletor 
- Espironolactona: BD 
65%, extenso metabolis-
mo hepático, alta ligação 
a ptns plasmáticas, meia-
vida curta. Gera um me-
tabólito ativo com t1/2 
de 16,5h 
- Eplerenona: boa BD 
oral; eliminada primaria-mente por metabolismo, 
gerando metabólito ina-
tivo. Meia vida de 5hs 
- Efeitos semelhantes 
aos dos inibidores de 
canais de Na+ 
- A sua eficácia clínica 
depende dos níveis en-
dógenos de aldosterona 
(diretamente proporcio-
nal) 
- Tem afinidade pelos 
receptores de progeste-
rona e de androgênios (a 
eplerenona tem afinida-
de menor) 
- A espironolactona tem 
efeito antiarrítmico na IC 
- Co-administrados com 
tiazídicos ou diuréticos 
de alça no tto do edema 
e da HA  ↑ mobiliza-
ção do edema e manu-
tenção dos níveis séricos 
de K+. 
- Hiperaldosteronismo 
primário e edema refra-
tário associado ao 
hiperaldosteronismo 
secundário. 
- Cirrose hepática: diuré-
tico de escolha 
- ICC: ↓ morbi-mortali-
dade e arritmias ventri-
culares 
- Hiperpotassemia: mesm-
as CI q inibidores do ENaC 
- Acidose metabólica em 
pacientes com cirrose 
- Ginecomastia 
- Impotência sexual 
- Irregularidades menstru-
ais, hirsutismo, engrossa-
mento da voz 
- Diminuição da libido 
- Diarréia, gastrite, sangra-
mento gástrico e úlceras 
pépticas 
- SNC: sonolência, letargia, 
ataxia, confusão e cefaléia 
- Erupções cutâneas, 
discrasias sanguíneas 
- São os únicos diuréticos 
que não precisam ter 
acesso ao lúmen tubular 
para exercer ser efeito 
diurético. 
- Podem estar associados 
a aumento da incidência 
de neoplasias malignas, 
como CA de mama 
- Eplerenona tem menos 
efeitos adversos, que se 
resumem basicamente a 
hiperpotassemia e dist. GI 
- Estão CI em pacientes c/ 
úlceras pépticas. 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 Fisiologia renal: 
 Taxa de filtração glomerular de um único néfron (TFGUN) = Kf [delta P – πgc]: 
 Kf: é o coeficiente de filtração  influenciado pelas propriedades fisico-quimicas da membrana filtrante e pela área de superfície disponível para a filtração 
 Delta P: é a diferença de pressão hidrostática entre os capilares glomerulares e o espaço de Bowman  é influenciada pela PA e pela resistência das arteríolas aferente e 
eferente. 
 Πgc: é a pressão oncótica no capilar glomerular, determinada pela concentrações de proteínas no sangue arterial e pelo fluxo sanguíneo no néfron (↑fluxo  ↓filtração e 
concentração e proteínas no interior dos vasos sanguíneos  ↓ pressão oncótica). 
 A ocorrência de um desequilíbrio contínuo entre a excreção e a ingestão de sódio é incompatível com a vida (balanço positivo  hipervolemia  edemas; balanço negativo  
desidratação e colapso cardiovascular). Os diuréticos promovem natriurese, porém, apesar de causar um déficit efetivo e duradouro no conteúdo corporal de sódio, o efeito 
natriurético tem duração limitada, pelo fenômeno de freio diuréticos = mecanismos compensatórios 
 Ativação do sistema nervosos simpático e SRAA 
 Diminuição da pressão arterial (diminui a natriurese decorrente de pressão) 
 Hipertrofia das células epiteliais renais 
 Maior expressão de transportadores epiteliais renais 
 Alterações nos hormônios natriuréticos 
 RTG = Reflexo Tubulo-glomerular  aumento de solutos na mácula densa provoca mecanismos que levam ao aumento da resistência arteriolar aferente, com consequente redução 
do fluxo sanguíneo renal (FSR) e da taxa de filtração glomerular (TFG). 
 Mecanismo de aumento da excreção de K+ (pelos diuréticos não poupadores de K+) 
 Suprimento distal de Na+ aumentado 
 Aumento da secreção de K+ dependente de fluxo pelo ducto coletor 
 Liberação não-osmótica de vasopressina 
 Ativação do eixo SRAA 
 Síndrome do desequilíbrio da diálise: síndrome que ocorre durante a hemodiálise ou diálise peritoneal, pela rápida remoção de solutos  ↓ osmolaridade do líquido extracelular  
água passa do compartimento intracelular para o extra  hipotensão e sintomas no SNC (cefaléia, náuseas, cãibras musculares, inquietação, depressão do SNC, convulsões). Ao 
aumentar a osmolaridade do líquido extracelular, os diuréticos osmóticos ajudam a controlar esse fenômeno. 
 Diuréticos de alça: 
 Apesar de o túbulo proximal reabsorver 65% do Na filtrado, diuréticos que atuam no túbulo proximal são pouco eficazes, pois o ramo ascendente espesso da alça de Henle tem 
grande capacidade de reabsorver os solutos rejeitados pelo TP. Por esse motivo, diuréticos que atuam após o ramo espesso da alça também são pouco eficazes, pois esses 
segmentos distais recebem apenas uma pequena porção do Na filtrado. 
 Mecanismo de aumento da excreção de ácido úrico: (1) transporte intensificado no túbulo proximal, secundário à depleção de volume, resultando em maior reabsorção de ácido 
úrico; (2) competição entre o diurético e o ácido úrico pelo mecanismo secretor de ácidos orgânicos no túbulo proximal, resultando em redução da secreção de ácido úrico. 
 A retenção de Na pós-diurético pode anular o efeito global do diurético de alça na excreção de sódio. Pode ser evitado pela restrição dietética de sódio ou aumento da frequencia 
das doses. 
 Ototoxicidade: parece ocorrer com mais frequencia na admnistração intravenosa rápida. O ácido etacrínico tem maior possibilidade de induzir ototoxicidade e só deve ser prescrito 
a pacientes que não toleram outros diuréticos de alça. 
 Outros efeitos adversos: 
 Hiperuricemia  podem desencadear gota 
 Hiperglicemia  podem desencadear DM raramente 
 ↑ LDL e TG e ↓ HDL 
 Erupções cutâneas, fotossensibilidade, parestesias, depressão da medula óssea, distúrbios gastrintestinais. 
 Contra-indicações: 
 Depleção grave de volume e Na 
 Hipersensibilidade às sulfonaminas: no caso de diuréticos de alça do grupo das sulfonamidas 
 Anúria que não responde a uma dose de teste de diuréticos de alça. 
 Interações medicamentosas: 
 Aminiglicosídeos / Cisplatina : sinergismo da ototoxicidade causada por ambos os fármacos / pelo diurético 
 Anticoagulantes: aumento da atividade anticoagulante 
 Glicosídeos digitálicos: aumento das arritmias induzidas por digitálicos 
 Lítio e propanolol: aumento dos níveis plasmáticos de lítio/propanolol 
 Sulfoniluréias: hiperglicemia 
 AINE: redução da resposta diurética e toxicidade do salicilato (se for admnistrado em alta dose) 
 Probenecida: atenua resposta diurética 
 Diuréticos tiazídicos: sinergismo na atividade diurética, podendo causar diurese profusa 
 Anfotericina B: maior potencial de nefrotoxicidade e toxicidade e intensificação do distúrbio eletrolítico. 
 Uso dos diuréticos de alça na IRA: os pacientes recebem um teste com diuréticos de alça, a fim de tentar converter a IRA oligúrica em não-oligúrica 
 Diuréticos tiazídicos: 
 Intolerância à glicose: ocorre por redução na secreção de insulina e alterações no metabolismo da glicose, além da hipopotassemia. 
 A hippopotassemia induzida pelos tiazídicos compromete o efeito anti-hipertensivo e a proteção cardiovascular 
 Interações medicamentosas: 
 Fármacos que têm o efeito diminuído pelos diuréticos tiazídicos: anticoagulantes, agentes uricosúricos, sulfoniluréias, insulina 
 Fármacos que têm o efeito aumentado pelos diuréticos tiazídicos: anestésicos, diazóxido, glicosídeos cardíacos, lítio, diuréticos de alça, vitamina D 
 Fármacos que diminuem a eficácia dos tiazídicos: AINE, inibidores seletivos ou não da COX-2, sequestradores de ácidos biliares (↓ absorção) 
 Anfotericina B e corticosteróides aumentam o risco de hipopotasemia induzida por tiazídicos. 
 Tiazídicos  hipopotassemia  ↑ risco de torsade de pointes causada pela quinidina. 
 Antagonistas da aldosterona: 
 Interações medicamentosas: 
 Salicilatos podem diminuir a eficácia da espironolactona. 
 Espironolactona pode aumentar a depuração dos glicosídeos cardíacos 
 Eplerenona: ainda há pouca experiência clínica, porém parece ser um anti-hipertensivo efetivo e seguro e diminui a morbi-mortalidade em pacientes com IAM complicado por 
disfunção sistólicade VE.

Outros materiais