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SI - Aula 02 em 15-08-2013

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Resumo produzido por Rodrigo Kopke
Disciplina: Segurança e Relações Internacionais 				Professora: Layla Dawood
Aula 02: Introdução aos estudos de segurança					15/08/2013
Texto: WILLIAMS, Paul. Security studies: an introduction. In: WILLIAMS, Paul (Ed.). Security studies: an introduction. New York: Routledge, 2007. p. 1-12
Considerações:
Pensa segurança como um campo autônomo.
Orçamento destinado a segurança + restrições à liberdade em nome dela:
Não tem como falar de Relações Internacionais sem passar pelo conceito de segurança. A área de segurança é muito importante nas RI por 2 motivos: Primeiro (é gasto muito dinheiro com o tema) e segundo (a liberdade do indivíduo se faz restrita por causa da segurança).
O que é segurança?
É o estado de sentir-se seguro. É a não existência de ameaça. Sensação de estar livre de ameaça existencial. A busca do estado material de não haver ameaça a existência como indivíduo/grupo. Esse conceito mudou porque tinha-se em mente a segurança física (da existência do Estado enquanto organização política). Estar seguro não é apenas sobreviver fisicamente, mas também sobreviver nos termos políticos e culturais que se tem/quer.
Segurança de quem?
Não basta definir o que é segurança, mas também para quem é destinada essa segurança. Pode variar bastante. Pode ser do indivíduo, de um grupo ou do Estado. O objeto de estudo do que é segurança e para quem é segurança do realismo, liberalismo e construtivismo é o Estado (Autores: Waltz, Walt, Mersheimer e Morgenthau). Ou seja, preocupam-se com a sobrevivência física dos cidadãos do Estado e das instituições políticas do mesmo. É a sobrevivência do regime político instaurado. 
O que conta como uma questão de segurança?
A ameaça para os tradicionais se constitui militarmente (uma tropa inimiga no território). A existência pode estar ameaçada também quando sua cultura está em perigo. A questão de segurança não é só militar. Ela se transforma em algo maior: na ameaça ao desaparecimento de um grupo específico ou do desaparecimento de países em que mudanças climáticas podem gerar seu desaparecimento (a questão ambiental vira uma questão de segurança).
Definir segurança, portanto é saber o que seria segurança, para quem a mesma é destinada e quais seriam as questões que poderiam ser consideradas de segurança. Os atores da segurança (quem resolve os problemas de segurança) são um ponto muito importante. No mainstream é o Estado e as forças armadas, mas com a ampliação dos conceitos há uma considerável mudança nessa definição porque os governos podem não conseguir sozinhos assegurar a estabilidade aos indivíduos.
História do campo:
Surgimento após a 2ª GM
Surge nos EUA. A segurança estudada neste momento é a segurança nos EUA.
De 1945 a 1955: o tema principal era a segurança nacional dos EUA
Nos primeiros 10 anos os estudos sobre segurança internacional foi apoiada quase que integralmente sobre os EUA. As definições de segurança são marcadas até os dias atuais por esse tempo de vida em função dos EUA.
De 1955 a 1965: “Era do ouro”
É denominada uma época de ouro, pois há expressivo financiamento desses pesquisadores que era bastante valorizado. A idéia da GF era o que mais explicava a evolução do conceito de segurança. Era vasto o patrocínio a intelectuais que desejavam escrever sobre a GF e os estudos sobre segurança relacionados aos problemas de segurança dos EUA e da URSS. A análise de segurança sob a ótica das armas nucleares se fez bastante presente nesta época. Há a discussão sobre que ponto as armas nucleares são capazes de serem decisivas em uma guerra, mudando o pensamento estratégico dos Estados. Após esse momento aparece a Detente tendo um efeito expressivo na área de estudos de segurança, pois a possibilidade de uma guerra diminuiu, esses estudos vão perdendo espaço tornando-se menos importantes.
Preocupação com os 4S
Anos 1980 – prevalência do neorealismo
Nessa época, depois dos estudos sobre segurança terem sofrido forte impacto (diminuição de importância), houve diversos problemas entre URSS e EUA (Ex: intervenção dos EUA no Afeganistão). Houve um retorno com os estudos de segurança, pois a perspectiva de guerra cresceu novamente. Nesse momento há a prevalência do neorealismo (livro de Waltz escrito em 1979). Tenta discutir as armas nucleares. Como esse elemento transforma as ações e estratégias (ou não) dos atores envolvidos. Dissuasão e deterrência passam a ser temas bastante relevantes no cenário internacional. Porém em 1983 surgem duas vozes dissonantes a essa idéia (Ullman e Buzan) tentando mudar a prevalência do realismo.
Texto: HAFTENDORN, Helga. The security puzzle: theory building and discipline building in international security. International Studies Quarterly, v. 35, n. 1, p. 3-17, 1991.
Ela considera que a segurança é uma subárea das Relações Internacionais. Discute o conceito de segurança na intenção de chegar a um consenso comum.
Segurança Nacional (Hobbes) X Segurança Internacional (Grocius) X Segurança Global (Kant)
A segurança nacional é prevalecente na GF, pois se tem uma evolução do sistema internacional onde existiram duas potências incapazes de imaginar que poderiam precisar uma da outra se unindo para alcançarem uma segurança mais efetiva de seus cidadãos. Valoriza-se iniciativas individuais e não comuns. A base ideacional sobre o que seria a Segurança Internacional é onde os Estados entendem que seus problemas de segurança são comuns não dando para resolver sozinho seus problemas de segurança. Há a necessidade do outro. Na segurança global deve-se ter em mente que a segurança de um indivíduo mesmo que o mesmo não tenha conexão nenhuma pelo menos não direta com a sua, ela pode impactar no seu estado de segurança. O problema alheio deve ser pensado também como seu próprio problema.
Bases filosóficas dos diferentes conceitos
Retoma as bases filosóficas das Relações Internacionais. Hobbes configura pensamento na segurança dos Estados. Em Grocius deve-se ter em mente que a segurança de um depende do outro onde existem diversas articulações possíveis entre os Estados para resolver os problemas de segurança que são comuns (pensa-se em instituições). Quando a preocupação passa a ser o indivíduo remete-se a Kant. Para o último o indivíduo deve ser pensado como um ser global e não somente do Estado.
Introdução do sistema internacional X Conceitos
Diferentes bases filosóficas pensam a segurança de formas distintas. Mapeia a evolução dos diversos conceitos de segurança. Mudanças materiais no sistema internacional podem gerar uma alteração no conceito de segurança. O fator que une todos esses conceitos distintos sobre segurança é o conceito de ameaça existencial.
A conclusão da aula seria, portanto: o conceito de segurança variou ao longo do tempo. Existiu a prevalência do conceito de segurança nacional por um bom tempo, mas nos dias atuais existem conceitos distintos. Isso configura que se deve trabalhar com muitos conceitos mais a não ser o material/militar.
Formação de um programa de pesquisa é proposto pela autora
Diferentes temas
Diferentes áreas
Comportamento cooperativo
Armas nucleares

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