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Roberto R. De Avillez Entropia - R. R. de Avillezagosto/2012 1 Entropia: 2a Lei da Termodinâmica agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 2 Possibilidade de Ocorrência ● Quando um processo pode ser descrito por um modelo segundo uma teoria. ● No entanto, nada podemos afirmar sobre sua trajetória e sua real ocorrência. ● Como avaliar a possibilidade de ocorrência? ● Propriedades que não mudam em função do tempo? – Exemplo. Diamante pode se transformar em grafite sob condições de pressão de 1 atm e temperatura ambiente? – Experiência => Não – MAS, diamante não é a fase mais estável! Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 3 Estabilidade ● A estabilidade está ligada ao conceito de equilíbrio de um sistema. ● Estado estável apresenta um mínimo absoluto da energia. ● Estados meta-estáveis apresentam mínimos locais de energia. ● No entanto, esta energia não pode ser uma variação da quantidade de calor de um sistema, por exemplo, entalpia a pressão constante, porque: – Quando fornecemos calor para o gelo a 0oC, ele se transforma em líquido (com maior entalpia)... agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 4 Processos Reversíveis e Irreversíveis ● Um processo é dito irreversível, ou natural, quando ele ocorre somente num único sentido nas condições determinadas (escolhidas). ● A reversão de um processo natural requer ação de forças externas ao sistema. ● Um processo reversível somente pode ocorrer sob condições de equilíbrio ao longo de toda a trajetória e em condições tão lentas e “gentis” quanto possíveis. – Processos quasi-estáticos (equilíbrio mecânico) – Formulação conceitual, nenhum processo real pode ser reversível. Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 5 Princípio de Rudolf Clausius É impossível realizar um processo cíclico que não forneça nenhum outro resultado exceto absorver calor de um reservatório com temperatura mais baixa e liberar calor num reservatório com temperatura mais alta. Reservatório de Calor: uma região com temperatura constante e uma capacidade infinita de absorver, ou liberar, calor. Toda a transferência de calor com um reservatório é reversível Tq Tf Qf Qq agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 6 Princípio de William Thompson (Lord Kelvin) É impossível realizar um processo cíclico que não possua nenhum outro resultado exceto absorver calor de um reservatório e executar um trabalho. Temperatura não é mencionada Q W Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 7 Ciclo de Carnot Reservatório de Calor, T q w 1 w 2 w 3 w 4 1 2 3 4 Q q Reservatório de Calor, T f Q f 1. Expansão Isotérmica, Tq 3. Contração Isotérmica, T f 2. Expansão Adiabática, Tq=>Tf 4. Contração Adiabática, T f=>Tq U 1=∣Q q∣−∣W 1∣ U 2=−∣W 2∣ U 3=−∣Q f∣∣W 3∣ U 4=∣W 4∣ U 1U 2U 3U 4=0 0=∣Qq∣−∣Q f∣−∣W∣ agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 8 Qq e Qf não dependem de Tq e Tf - 1/2 Tq Tf Q q 2 Q f 1 Q f 2 W 1 W 2 Qq 1 Uma escolha apropriada do número de ciclos n1 e n2 : Q f=−n 1∣Q f 1∣+ n2∣Q f 2∣ Qq=n 1∣Qq 1∣−n2∣Qq 2∣ Esta máquina não pode existir pois contraria o Postulado de Kelvin para a Segunda Lei. n1 n2 = ∣Q f 2∣ ∣Q f 1∣ Q f=−n 1∣Q f 1∣+ n2∣Q f 2∣=0 Máquina 1 realizando n1 ciclos e máquina 2 realizando n2 ciclos no mesmo período de tempo Q q=0… Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 9 Qq e Qf não dependem de Tq e Tf - 2/2 Tq Tf Qq 2 Q f 1 Q f 2 W 1 W 2 Qq 1 Logo, a quantidade de calor que entra ou sai dos reservatórios não depende da máquina mas somente da temperatura Qq=n 1∣Qq 1∣−n2∣Q q 2∣=0 n1 n2 = ∣Qq 2∣ ∣Qq 1∣ Máquina 1 realizando n1 ciclos e máquina 2 realizando n2 ciclos no mesmo período de tempo n1 n2 = ∣Q f 2∣ ∣Q f 1∣ = ∣Qq 2∣ ∣Qq 1∣ → ∣Qq 2∣ ∣Q f 2∣ = ∣Q q 1∣ ∣Q f 1 ∣ = f (T q ,T f ) A única maneira desta máquina existir é: agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 10 Ciclo de Carnot: Qq, Qf, Tq e Tf Tq Tf 2 Q r W 2 Q q 3 Q f W 3 Q r 1 Q f W 1 Q q Tr ∣Qq∣ ∣Q r∣ = f (T q , T r) ∣Q r∣ ∣Q f∣ = f (T r , T f )⇒ ∣Q f∣ ∣Q r∣ = f (T f , T r) ∣Qq∣ ∣Q f∣ = f (T q , T f )= f (T q , T r) f (T f , T r) = F (T q) F (T f ) = T q T f ∣Qq∣ ∣Q f∣ = f (T q , T f ) Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 11 Ciclo de Carnot: Principais Conceitos Tq Tf Q f W Q q ∣Qq∣−∣Q f∣=∣W∣ 0=∣Qq∣−∣Q f∣−∣W∣ Relação entre Calor trocado entre os dois reservatórios e a temperatura. Relação entre Calor trocado entre os dois reservatórios e o trabalho útil. ∣Qq∣ ∣Q f∣ = T q T f agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 12 Considerações sobre o Ciclo de Carnot ● Para produzir um trabalho útil (W<0, o Ciclo de Carnot precisa liberar energia para o reservatório mais frio (Qf<0). ● As quantidades de calor trocadas com os reservatórios dependem unicamente das temperaturas dos reservatórios. ● Ele é a máquina de maior eficiência possível. ● Ele permite definir uma temperatura absoluta, relacionada com a eficiência. ∣Q f∣ ∣Qq∣ = T f T q Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 13 Rendimento, ou Eficiência, de uma máquina O coeficiente de rendimento, ou eficiência, de uma máquina depende da principal operação desta máquina. Se a máquina produzir trabalho útil, o coeficiente será a quantidade de trabalho útil dividida pela energia consumida. Se a máquina transferir calor, o coeficiente será a quantidade de calor transferido dividido pelo trabalho executado para realizar a transferência. trabalhoútil= trabalhorealizado energia consumida calor transferido= calor transferido energia , ou trabalho , consumido agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 14 Eficiência da Máquina de Carnot =∣W∣ ∣Q q∣ = ∣Q q∣−∣Q f∣ ∣Qq∣ =1− ∣Q f∣ ∣Q q∣ =1− T f T q Máquina de Carnot executando trabalho útil Máquina de Carnot atuando como um refrigerador = ∣Q f∣ ∣W∣ = ∣Q f∣ ∣Qq∣−∣Q f∣ = T f T q−T f = 1 T q T f −1 Máquina de Carnot atuando como uma Bomba de Calor = ∣Qq∣ ∣W∣ = ∣Qq∣ ∣Qq∣−∣Q f∣ = T q T q−T f = 1 1− T f T q Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 15 Entropia uma função de estado Reservatório de Calor, T q w 1 w 2 w 3 w 4 1 2 3 4 Q q Reservatório de Calor, T f Q f 1. Expansão Isotérmica, Tq 3. Contração Isotérmica, T f 2. Expansão Adiabática, Tq=>Tf 4. Contração Adiabática, T f=>Tq S1= ∣Q q∣ T q S2=0 S4=0 S1 S 2 S3 S 4=... ∣Q q∣ T q − ∣Q f∣ T f =0 S3= −∣Q f∣ T f agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 16 Princípio de Planck Entropia é uma função de estado definida pela expressão: dS= Qrev T E todo processo físico e químico ocorre na natureza numa direção que a soma das entropias de todos os corpos que participam de alguma maneira no processo aumenta. No caso limite dos processos reversíveis, esta soma permanece inalterada Suniv≡ S sist S viz Nesta proposta, a vizinhança somente troca calor com o sistema e, portanto, pode ser chamada de Reservatório de Calor (RC). O universo é a união do sistema e vizinhança. Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 17 Variação da entropia para equalização da Temperatura entre dois Corpos Corpos inicialmente isolados um do outro e das vizinhanças Entram em contato térmico mas permanecem isolados da vizinhaça T fT q Q T Para uma variação muito pequena de calor fluindo do corpo mais quente para o mais frio: Suniveso = Svizinhança S sistema0 Ssistema= −Q T q Q T f =Q−1T q 1T f =Q −T fT qT qT f 0 Svizinhança=0 agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 18 Reescrevendo a 1a Lei da Termodinâmica Para um processo reversível dU=Q revW=TdSW Executando um trabalho útil contra pressão hidrostática Se W outros=0 , dU= ∂U∂ S V dS ∂U∂V SdV ∂U∂V S=−P ∂U∂ S V=T dU=TdS−PdVW outros Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 19 A função Entropia dS=∂ S∂U V dU ∂S∂V U dV T dS=dUPdV dS= 1 T dUP T dV ( ∂ S∂V )U= PT ∂ S∂U V= 1T agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 20 Exemplos 1 Variação da entropia causada pela variação da temperatura durante um processo a pressão constante dS= QP , rev T = cP dT T S T =S oT o∫T o T cP T dt Variação da entropia causada pela variação da temperatura durante um processo a volume constante dS= QV ,rev T = cV dT T S T =S oT o∫T o T cV T dt Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 21 Exemplo 2 Expansão Isotérmica Reversível de um gás ideal T = constante, logo, dU=0 dU=Q rev−PdV=0 Qrev=PdV= nRT V dV=nRT dln V dS= Qrev T =nRdln V S V f −S V i=nR ln V f V i Entropia - R. R. de Avillezagosto/2012 22 Exemplo 3 (1/4) Solidificação de um líquido superresfriado A solidificação de um material abaixo da sua temperatura de fusão é um processo irreversível (espontâneo)? ●Será se a entropia do universo for positiva (> 0) ●Neste exemplo, as equações são gerais, somente no final se propõe uma simplificação no cálculo ●Vamos supor que o calor específico do sólido e do líquido são idênticos então os valores da entalpia e da entropia da substância numa temperatura abaixo do ponto de fusão são idênticos aos valores medidos no ponto de fusão. ●A entropia do reservatório de calor na temperatura T 1 pode ser obtida da quantidade de calor transmitido entre a substância e o reservatório de calor com sinal trocado. Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 23 Exemplo 3 (2/4) Variação da entropia da substância S14 S43 S 32 S21=0 S21=∫ T fus T final CpdT T1 solS(Tfus) Temperatura En tro pi a 2 3 4 L S43=∫ T final T fus CpLdT T S32= solH T fus T fus = S sol T fus S14=− S41 S41= sol S T fus∫ T fus T final Cp−CpLdT T Em um circuito fechado, a variação de entropia (função de estado) é ZERO. agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 24 Exemplo 3 (3/4) Variação da entalpia da Substância H 14 H 43 H 32 H 21=0 H 21=∫ T fus T final CpdT1 solH(Tfus) Temperatura En ta lp ia 2 3 4 L H 43=∫ T final T fus CpLdT H 32= solH T fus H 14=−H 41 H 41= solH T fus∫ T fus T final Cp−Cp LdT Em um circuito fechado, a variação de entalpia (função de estado) é ZERO. Roberto R. De Avillez Entropia - R. R. de Avillezagosto/2012 25 Para o reservatório de calor, RC, toda variação de entalpia e entropia ocorre no equilíbrio. A variação da entalpia do RC possui o mesmo módulo da variação da entropia da substância, mas com sinal trocado. Exemplo 3 (4/4) Variação da Entropia do Universo Suniverso= S41 S RC= solH T fus 1T fus− 1T final 0 S RC=− sol H T fus T final solH T fus0 H RC=−H 41 Logo, a variação da entropia do RC pode ser dada por: S RC=− 41H T final C pL=C p ⇒ Para a substância: S41= sol S T fus= solH T fus T fus Se Porque T finalT fuse agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 26 Termodinâmica Estatística: “Ensembles” ● O ensemble é simplesmente uma coleção virtual de um número muito grande de sistemas construídos para serem réplicas do sistema macroscópico investigado. ● Cada um dos ensemble deverá estar no mesmo estado termodinâmico que o sistema original (e replicar a vizinhança). t0 t0 t1 t2 t3 Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 27 Termodinâmica Estatística: Postulados ● Proposta formulada por Gibbs ● Postulado 1. A média temporal de uma variável mecânica M em um sistema termodinâmico de interesse é idêntica a média de M para todo ensemble no limite em que o número de sistemas do ensemble tende para o infinito. ● Postulado 2. em um ensemble representativo, , de um sistema termodinâmico isolado, os sistemas do ensemble estão distribuídos uniformemente, isto é, possuem a mesma probabilidade e freqüência, sobre todos os estados quânticos consistentes com os valores de N, V e E. agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 28 Estados Quânticos Térmicos Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 29 Definição de Entropia Número de configurações = N ! N 0! N 1! N 2 ! ... N r ! Entropia S=k ln dS=k d ln= Qrev T A termodinâmica estatística mostra que a Entropia é uma medida do número de configurações acessíveis para um determinado sistema sob determinadas condições, por exemplo, energia interna e volume fixos. agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 30 Estado Energético mais Provável 1/2 Distribuição de Boltzmann Estado Energia No. Partícula s 0 N0 1 N1 j j Nj r r Nr N=N 0+N 1+…+N j+…+N r U=N 0ε0+N 1 ε1+…+N jε j+…+N r εr Multiplicadores Inderterminados de Lagrange lnΩ= ln N !N 0! N 1 !…N j!…N r ! Aproximação de Stirling ln (m!)=m ln (m)−m L=N ln N−(N 0 ln(N 0)+N 1 ln (N 1)+…+N j ln(N j)+…+N r ln(N r)) +β.(U−N 0ε0−N 1 ε1−…−N j ε j−…−N r εr) +μ .(N−N 0−N 1−…−N j−…−N r) Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 31 Estado Energético mais Provável 2/2 ∂ L ∂N j =−ln (N j)−1−β j ε j−μ=0 N j=exp(−βε j)exp (−1−μ) A condição de conservação de partículas/átomos permite eliminar a variável N j N = exp (−βε j) Z Z=∑ i=0 r exp(−βε i) Cálculo da Entropia como o estado mais provável S= k lnΩmax= k (N ln N−∑ N i ln N i)= k βU +k N ln Z Processo a Volume Constante e número de partículas constante dS=k dU= Qrev T= 1 k T Função de partiçãoProbabilidade agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 32 Distribuição de Boltzmann (genérica) Sistema Isolado ●U, Energia total é constante ●N, Número total de partículas é constante ●V, Volume é constante Ensemble Microcanônico Cada estado é definido por sua energia, εi , constituído por um conjunto de microestados equivalentes (degenerados), gi , e contendo ni partículas. Ωi= g i . g i . g i 3 ! = (g i) 3 6 Se o estado i tiver 3 partículas e degenerescência gi Considerando os diversos estados em um sistema: S=k lnΩ=k ln {∏i g iN iN i ! } Z=∑i g i exp (−βεi) n jN = g j exp (−βε j)Z Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 33 Capacidade Calorífica de um Sólido ● Sólido de Einstein – Osciladores harmônicos quânticos – Cada átomo com três graus de liberdade – Frequência constante ● Sólido de Debye – Osciladores harmônicos quânticos – Cada átomo com três graus de liberdade – Frequência variável de zero até um valor máximo agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 34 Sólido de Einstein 1/2 Oscilador harmônico quântico Posição de uma partícula dada por Energia de uma partícula dada por x (t )= xo+Acos (2π ν t+ϕ) ϵ( j)=hν( j+ 12 ) U=3∑ ϵiN i= 32 N hν [ 1+exp (−hνk T )1−exp (−h νk T ) ] A é amplitude, xo posição inicial, t tempo, φ fase, ν frequência constante Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 35 Sólido de Einstein 2/2 cV=3 R Para um mol de partículas (átomos) CV=(∂U∂T )V=3N k ( h ν k T ) 2 exp ( h νk T ) (exp( h νk T )−1) 2 cV=3 R(θET ) 2 exp(θET ) (exp (θET )−1) 2 lim T→∞ cV=3 R( θET ) 2 exp(−θET ) lim T→0 agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 36 Entropia Configuracional 1/2 42 átomos Vermelhos 42 átomos Azuís Ω A= 39! 37!2!ΩV= 45! 40!5! S=k lnΩ=k lnΩVΩ A≠0 Ω A= 42! 42!=1ΩV= 42! 42!=1 S=k lnΩ=k lnΩVΩA=0 Falta algum termo na equação de entropia? Vacâncias? Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 37 Entropia Configuracional 2/2 S=k (N A(ln N A−ln (N A+N B))+N B( ln N B−ln (N A+N B))) S=k ln ( N A! N B !(N A+N B)! )=k ( ln N A !+ ln N B!−ln (N A+N B)! ) S=k (N A ln N A−N A+N B ln N B−N B−(N A+N B) ln(N A+N B)+(N A+N B)) S=k (N A ln N A+N B ln N B−(N A+N B) ln(N A+N B)) S=k (N A+N B) [ x A ln x A+x B ln xB ]=R (n A+nB) [ x A ln x A+ xB ln xB ] S=k [ N A ln( N AN A+N B )+N B ln( N BN A+N B )] agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 38 Entropia Produzida por Processo Irreversível O aumento deentropia do universo para um processo irreversível resulta da produção de entropia dentro do próprio sistema. dS sist= Q T pi S dS univ=dSvizdS sist=dS rcdS sist≥0 dS rc= −Q T Q dS sist dS univ= pi S≥0 A força motriz para qualquer reação (química, ou transformação de fase) é este aumento de entropia. Roberto R. De Avillez agosto/2012 Entropia - R. R. de Avillez 39 Força Motriz para uma Reação Variáveis Internas são variáveis que descrevem a evolução de um sistema entre dois estados de equilíbrio quando uma variável termodinâmica independente é alterada. Se (xi) é uma variável que descreve a extensão de uma determinada reação, podemos definir: D=T piS d Como uma função de estado para acompanhar a evolução do sistema. É uma função de estado porque depende somente do estado do sistema e da definição da variável de extensão. Força Motriz de uma Reação, ou Afinidade de uma Reação Química pi S d Dd =T pi S0 Para um processo espontâneo Por definição é positivo na direção em que o processo ocorre. Entropia - R. R. de Avillezagosto/2012 40 Desigualdade de Clausius Reservatório de Calor T Sistema Q W 1a Lei da Termodinâmica Suniv≡ S sist S viz≥0 Sistema Fechado Isotérmico Suniv≡ S sist− U−W T = W−UT S sist T 2a Lei da Termodinâmica U=∣Q∣W∣Q∣=U−W Suniv≡ S sist− ∣Q∣ T T S univ≡W−UT S sist≥0 Roberto R. De Avillez Entropia - R. R. de Avillezagosto/2012 41 Trabalho Máximo ocorre para Processo Reversível W rev≡U sist−T S sist Para trabalho irrreversível: T S univ≡W rev−U sistT S sist=0 Para trabalho reversível: T S univ≡W irr−UT Ssist0 T S univ≡W irr−W rev0 Como, por convenção, trabalho útil é negativo: −∣W irr∣∣W rev∣0⇒∣W rev∣∣W irr∣ Entropia - R. R. de Avillezagosto/2012 42 Funções Termodinâmicas W rev G ≡U sistP V sist−T S sist≡G dU=TdS−PdVEnergia Interna G=UPV−TS=H−TS=APVEnergia de Gibbs dG=−SdTVdP Energia de Helmholtz W rev≡U sist−T S sist≡ Asist W rev=W rev G −P V sist≡U sist−T S sist A=U−TS dA=−SdT−PdV Roberto R. De Avillez Entropia - R. R. de Avillezagosto/2012 43 Condições de Equilíbrio Termodinâmico Estado Inicial Estado Final Variação Uo + U Uo U So + S So S Go + G Go G Ao + A Ao A Vo + V Vo V −T S0⇒ S0 Desigualdade de Clausius −P V−UT Ssist0 Se U e V são constantes U−T SPV0 A é mínimo Se T e P são constantes U−T SPV≡G0 G é mínimo Se T e V são constantes U−T S≡ A0 S é máximo Entropia - R. R. de Avillezagosto/2012 44 Condições de Estabilidade de um Sistema Termodinâmico São condições que o sistema precisa satisfazer para impedir que qualquer pertubação dentro do sistema altere as condições de equilíbrio termodinâmico. CP0 CV0 ∂ S∂T P0⇒ ∂ ∂ X T , P0 ∂ S∂T V0⇒ Se o Volume, ou a Pressão, for constante, a entropia de qualquer sistema homogêneo aumenta com a temperatura. Esta condição requer que a capacidade calorífica de qualquer substância seja sempre positiva. Se a Temperatura for constante, pressão e volume variam em sentidos opostos. Se a Temperatura e a Pressão forem mantidas constantes, o potencial químico de uma substância aumenta com sua concentração. ∂V∂P T0 Roberto R. De Avillez Entropia - R. R. de Avillezagosto/2012 45 Entropia: 3a Lei da Termodinâmica Entropia - R. R. de Avillezagosto/2012 46 Enunciado de Max Planck A entropia de qualquer substância pura numa forma cristalina perfeita é finita a 0K e, por convenção, seu valor é arbitrado como ZERO para todas as substâncias. ●Exemplos de Substâncias: C(grafite), C(diamante, Fe(ccc), Fe(cfc), Al2O3 (safira), SiO2 (quartzo), SiO2 (cristobalita), CaCO3 (calcita), CaCO3 (aragonita), Paracetamol (qualquer dos polimorfos cristalinos). ●Permite estimar algumas propriedades termodinâmicas de substâncias cristalinas e até amorfas, ou avaliar a consistência de dados experimentais. ●A termodinâmica estatística intui a 3a Lei como uma consequência de todas as partículas em um cristal perfeito ocuparem o nível mais baixo de energia a 0K. Neste caso, o número total de configurações é 1 e, pela definição da entropia, S=0. Roberto R. De Avillez Entropia - R. R. de Avillezagosto/2012 47 Comentários sobre o Enunciado de Max Planck Ele somente vale para substâncias cristalinas, uma substância que possua uma estrutura amorfa irá apresentar uma entropia diferente de ZERO a 0K. ●Uma solução sólida aleatória não satisfaz a 3a Lei da Termodinâmica porque apresenta entropia configuracional de mistura. ●Vidros e substâncias amorfas (iônicos, covalentes, ou metálicos). ●Líquidos e gases também não satisfazem porque não são cristalinos. ●Metais muito deformados também não satisfazem porque possuem grande quantidade de defeitos (pontuais, lineares e superficiais).
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