Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Roberto R. de Avillez, 2009 1 Termodinâmica de Soluções ● Que é uma solução? ● Qual a variável de controle de uma solução? ● Definição de atividade química e coeficiente de atividade química ● Soluções diluídas e concentradas ● Relação entre atividade química e potencial químico ● Soluções ideais ● Relação de Gibbs-Duhen e aplicações ● Uma aproximação matemática para coeficiente de atividade química ● Solução regular ● Mudança de referencial para atividade química Roberto R. de Avillez, 2009 2 Soluções ● Solução: uma mistura que possui propriedades físico- químicas homogêneas até a escala nanoatômica. ● É impossível diferenciar os componentes de uma solução numa escala mesoscópica, ou macroscópica ● Exemplos ● Mistura de gases (são sempre soluções homogêneas) ● Água + sal, água + açúcar, água + álcool, café, chá, gasolina + álcool, mistura de solventes orgânicos ● Ligas sólidas e líquidas de Au+Cu, Au+Ag, Cu + Zn ● Soluções sólidas e líquidas de NaCl+KCl, Al 2 O 3 +SiO 2 ● Soluções de polímeros Roberto R. de Avillez, 2009 3 Qual a variável de controle de uma solução? ● Composição molar? Percentagem em massa? Molaridade? Molalidade? ● Por que uma liga (solução sólida) de Fe+0,2%C possui propriedades diferentes de uma liga de Fe+0,2%C+1,0%Si? Existe difusão de Carbono da liga contendo Si para a liga sem Si. ● Por que 0,1 mol de cloro dissolvido na água possui propriedades diferentes se empregarmos HCl e NaCl? ● Se composição não é suficiente para explicar as propriedades, que variável devemos empregar? ● Potencial químico e atividade química! Roberto R. de Avillez, 2009 4 Atividade Química: solução ideal t e A=X A funçãoT , Ecoesão t c A=K⋅pA t c A=te A Material Puro Solução Condensada t e A= funçãoT , Ecoesão t c A=K⋅PA t c A=te A aA= pA PA =X A Roberto R. de Avillez, 2009 5 Atividade Química: solução não ideal Solução Binária não ideal: A e B se atraem, ou A e B se repelem Que efeito causa a atração entre A e B sobre a evaporação de A? Depende da vizinhança!! t e A= f o T ,Ec o t e A= f T ,Ec X A A cercado de B: Solução Diluída de A Depende da concentração de B. Maior quantidade de átomos de B ao redor de A, mais difícil é evaporar o átomo A central. t e A= f T ,Ec A cercado de A, Parece A puro: Solução Concentrada de A Roberto R. de Avillez, 2009 6 Atividade Química: solução não ideal t e A=X A f T , Ec X A t c A=K⋅pA t c A=te A Material Puro Solução Condensada t e A= f T ,Ec t c A=K⋅PA t c A=te A aA= pA PA = A X A aA= pA PA = f T , Ec X A f T , Ec X A Roberto R. de Avillez, 2009 7 Coeficiente de Atividade Química: Limites aA= pA PA = A o . X ASolução diluída de A A o =constante a A= pA PA =X A Solução intermediária de A A X A aA= pA PA = AX A. X A Solução concentrada de A A1A e B se repelem A=1 A e B se atraem A1 Desvio Negativo Desvio Positivo Se os gás não se comportar como ideal, devemos substituir as pressões pelas fugacidades Roberto R. de Avillez, 2009 8 Energia Parcial Molar e Atividade Química 1. A (puro, condensado) => A(gás, puro, P A ) 2. A(gás, puro, P A ) => A(gás, mistura, p A ) 3. A(gás, mistura, p A ) => A(solução condensada) 4. A (puro, condensado) => A(solução condensada) G 2=G A , g , p A−G A ,g , PA=RT ln pA P A G4=G1G 2G3 G1=G A , g ,P A−G A , puro , cond =0 G3=G A , soluçaocond−G A ,g , p A=0 G A , sol , cond −G A , puro , cond =RT ln p A PA Roberto R. de Avillez, 2009 9 Energia Parcial Molar e Potencial Químico G A , sol , cond ≡ GA≡ A= A o T RT ln a A Energia Parcial Molar = Potencial Químico Quando empregamos o referencial do componente puro para determinar a Atividade química deste componente, ela mede a variação da energia de Gibbs para dissolver um mol do componente puro numa solução contendo outros componentes sem que exista uma mudança da composição total da solução. A atividade química depende da composição e da temperatura. Como o potencial químico é uma propriedade intrínseca da solução, a atividade química também depende do potencial do estado de referência. Roberto R. de Avillez, 2009 10 Soluções Ideais A= A o T RT ln xAa A= pA PA =xA Sm=− ∂Gm ∂T =x A⋅SA o T xB⋅ SB o T −RxA⋅ln xAxB⋅ln xB Gm=xA A o T RT ln xAxB B o T RT ln xB Entalpia da solução Gm=x A⋅ A o T xB⋅B o T RT xA⋅ln xAxB⋅ln x B Entropia da solução d G /T dT =− H T 2 →Hm=x A⋅HA o +xB⋅H B o Roberto R. de Avillez, 2009 11 Relação de Gibbs-Duhen G=GT ,P ,n A ,nB dG= ∂G ∂T dT ∂G ∂ P dP ∂G ∂nA d nA ∂G ∂ nB d nB Energia de Gibbs é uma função da temperatura, pressão e dos componentes, para um sistema binário: dG=nAd A A d nAnBd BB d nB Energia de Gibbs também pode ser escrita como: G=nA AnB B −SdTVdP=nAd AnB d B Como as funções precisam ser idênticas: dG=−SdTVdPA d nABd nB Roberto R. de Avillez, 2009 12 Aplicação da Relação de Gibbs-Duhen T e P constantes, sistema binário xA d ln A xB d ln B=0 A= A o T RT ln aAComo potencial químico é dado por: nAd AnBd B=0 xAd A xBd B=0 aA= A. xA xAd ln a AxBd ln aB=0 xAd ln A. x A xBd ln B .xB=0 xA d ln A xAd ln x A xBd ln B xBd ln x B=0 Roberto R. de Avillez, 2009 13 Coeficiente de Atividade Química 1/2 ln B=ln BxA=01 xA 2 2 xA 2 3 3 xA 3 Expandir o coeficiente de atividade química em função da fração molar de B (série de Taylor) dlnB=01dxA2 xA d xA3 x A 2 dxA ln A= ln AxB=01 xB 2 2 xB 2 3 3 xB 3 dlnA=01dxB2 xB d xB3 xB 2 dxB Roberto R. de Avillez, 2009 14 Coeficiente de Atividade Química 2/2 xB dln B=1 xB dxA2 xB x A d xA3 xB xA 2 dxA Relação de Gibbs-Duhen e dx A =-dx B 0=xA dln AxB dln B=1 xA−1 xBdxB 2−2x A xB d xB 3 xB−3 x A xA xB dxB xA dln A=1 xA dxB2 xA xB d xB3 xA xB 2 dxB 1=1=0 2= 2 3=3=0 2 2 = 2 2 = ln B= xA 2 ln A= xB 2 Roberto R. de Avillez, 2009 15 Energia de Gibbs de uma Solução Não Ideal Aproximação Zero: Solução Regular Gm=xA⋅ A o T xB⋅B o T RT xA⋅ln x A xB⋅ln xB RT x A xB Referencial componentes puros Contribuição da entropia ideal Energia de Gibbs de excesso Solução Regular O parâmetro de excesso não depende da temperatura RT =LAB Gm=xA⋅ A o T xB⋅B o T RT xA⋅ln xAxB⋅ln x BLAB xA xB Roberto R. de Avillez, 2009 16 Modelo Atomístico 1/3 U=PAAAAPBBBBPABAB A energia para a formação do cristal (líquido) depende somente das Interações entre os primeiros vizinhos As energias de cada tipo de par são multiplicadas pelo número de pares possíveis. Todas as energias são sempre negativas (os átomos estão condensados, na forma líquida, ou sólida. Pode-se calcular o número total de pares formados. z N B=2 PBBPABz N A=2PAAPAB Z é o número de primeiros vizinhos (número de coordenação) N A (N B ) é o número de átomos no cristal (líquido) de cada espécie Roberto R. de Avillez, 2009 17 Modelo Atomístico 2/3 U= z N A 2 AA z N B 2 BBPABAB−AABB2 U= z N A−PAB 2 AA z N B−PAB 2 BBPABAB A=U−ST S=−k N AN B xA ln xAxB ln xB PAB= z 2 N AN B2 x A xB Roberto R. de Avillez, 2009 18 Modelo Atomístico 3/3 A=U−ST Se N AN B=N o Número de Avogrado N A= xA N o e N B=xB N o então AA= z N o 2 AA e AB= z N o 2 BB R=k N o LAB=z N oAB−AABB2 A= z x A N o 2 AA z x B N o 2 BB k N o xA ln xAxB ln xB T z N o x A x BAB−AABB2 Roberto R. de Avillez, 2009 19 Energia de Helmholtz - Solução Binária A=x A AA o xB AB o R xA ln xAxB ln xBTxA xB LAB GA= A= A o T RT ln xALAB xB 2 Como o efeito da pressão normalmente é pequeno para soluções condensadas: Potencial químico de A é dado por: Gm=xA⋅ A o T xB⋅B o T RT xA⋅ln xAxB⋅ln x BLAB xA xB Roberto R.de Avillez, 2009 20 Mudança de Referencial Ad o = A o T RT lnA o Potencial químico para uma solução diluída Referencial A puro A= Ad o T RT ln x A A= A o T RT ln A o RT ln xA A= A o T RT ln A o⋅xA Criando um referencial solução diluída Potencial químico não muda, mas a atividade agora é igual a fração de A quando a solução é diluída.
Compartilhar