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Fisiologia de Animais Aquáticos 1
🐟
Fisiologia de Animais 
Aquáticos 
Prova 1: Respiração, Circulação e Sangue 
Tópico 1: Introdução à Fisiologia 
Funcionamento dos sistemas dos organismos de forma integrada + 
Regulação de todas as funções 
Conceito de HOMEOSTASE: constância no m,eio interno dos animais e 
a existência de sistemas regulatórios que mantém essa constância 
Animais interagem de forma dinâmica com o meio (temperatura, pH, 
sais)
Respostas fisiológicas: variações nos organismos em função das mudanças 
no meio 
1) Conformação: permite que condições internas e externas se igualem 
Ex.: peixes são conformadores para Temperatura 
2) Regulação: meio interno constante frente à variabilidade externa 
Ex.: peixes são reguladores para sais como Cl (através da 
osmorregulação)
Fisiologia de Animais Aquáticos 2
Exemplos de respostas fisiológicas em resposta ao meio externo
Aclimatação/Aclimatização: descrevem ajustes às mudanças num 
ambiente, sejam metabólicos, bioquímicos ou anatômicos 
Adaptação: ocorre a nível de espécie-população e de forma lenta; 
envolve modificações genéticas herdáveis que são irreversíveis
Tópico 2: Respiração
De forma resumida: captação de O2 e liberação de CO2 através da 
HEMATOSE; O2 direcionado para a cadeia respiratória na mitocôndria 
Diferença em ambientes: meio terrestre é rico em O2, enquanto meio 
aquático é pobre em O2
Transporte de Gases via DIFUSÃO: meio + concentrado para o - 
concentrado
Disponibilidade de gases afetada por: 
Altitutude: < pressão atmosférica
Alta Pressão Parcial do gás - > difusão 
Alta Temperatura e Salinidade - < difusão 
Em função dessa diferença entre ambientes, animais aquáticos 
desenvolveram mecanismos + eficientes para remoção de O2 da água 
Órgãos respiratórios
Pulmões (são invaginações) - podem se associar a outros órgãos 
em alguns grupos de animais: Ex.: A pele em anfíbios 
Brânquias (são evaginações) 
Externas (em salamandras) 
Internas (em peixes; protegidas por opérculos)
Respiração Aquática 
Fisiologia de Animais Aquáticos 3
Peixes e outros animais aquáticos fazem trocas gasosas através da 
ventilação das brânquias 
1. Movimentação das brânquias pela água: só é viável para animais 
pequenos 
2. Movimentação da água pelas brânquias: 
a. Bombeamento opercular: movimento combinado de abertura da 
boca e do opérculo 
Acúmulo de água na cavidade bucal (expansão com o 
abaixamento da mandíbula e do assoalho da boca)
Água direcionada para o opérculo e posteriormente liberada
A pressão na cavidade bucal permanece mais alta qie na 
cavidade opercular, de forma a gerar um fluxo contínuo de água 
sobre as brânquias. 
b. Ventilação forçada (ou RAM)
Boca e opérculo são mantidos abertos permanentemente, de 
forma que a água flui continuamente pelo animal. Movimentos 
respiratórios (de boca e opérculo) não são detectados. 
Ex.: 
Tubarões: não têm opérculos, apenas fendas branquiais; 
mantêm a boca um pouco aberta e a água flui via cavidade 
bucal até sair pelas fendas branquiais 
Atuns: são peixes pelágicos grandes que nadam a 
velocidade de cruzeiro; não fazem movimentos respiratórios 
Fisiologia de Animais Aquáticos 4
e dependem de movimentação constante para fazer a 
respiração 
Respiração por Ventilação Forçada não é exclusiva de peixes 
pelágicos grandes
Vários peixes conseguem fazer a mudança no tipo de 
respiração: Fazem bombeamento a velocidades baixas, e 
caso precisem atingir velocidades mais altas, começam a 
fazer ventilação forçada
A transição ocorre em velocidades em torno de 0,5 a 1 m/s - 
Acima desta velocidade, os movimentos respiratórios ativos 
cessam 
A ventilação branquial não é sem custo após a transição da 
modalidade respiratória, o trabalho é apenas deslocado
O trabalho dos músculos das bombas operculares é 
transferido para os músculos natatórios do corpo e da 
cauda 
O fluxo contínuo durante a Ventilação Forçada é mais 
econômico do ponto de vista energético que o 
Bombeamento Opecular ao considerarmos o ritmo 
necessário para a natação rápida
Outras funções das brânquias 
Osmorregulação: peixes de modo geral fazem balanço de sais e ghases 
pelas brânquias 
Alimentação: animais filtradores como mexilhões pegam seus alimentos 
através das brânquias 
Trocas gasosas e o fluxo de água 
Brânquias dependem de uma área de superfície que seja adequada 
para as trocas gasosas - Relacionado ao tipo de vida do animal
Ex.: Cavalas, que são muito ativas, terão áreas branquiais 
maiores que um Linguado ou um Peixe-sapo, que são animais 
menos ativos 
Fisiologia de Animais Aquáticos 5
Fluxo Contracorrente: arranjo que faz com que a corrente de água 
que flui sobre a brânquia (lamelas branquiais) e o sangue no interior 
fluam em direções opostas 
Reduz o custo energético envolvido no bombeamento: apesar 
de haver gasto energético no bombeamento opercular, o fluxo 
garante uma extração massiva de oxigênio da água. 
Quando o sangue sai da lamela branquial, ele entra em contato 
com a água cujo Oxigênio ainda não foi removido, de forma que 
o sangue obtenha Oxigênio da água que ainda tem o conteúdo 
de Oxigênio da água inspirada anteriormente, fazendo assim, 
com que o conteúdo de oxigênio do sangue atinja o nível mais 
alto possível 
À medida que a água corre entre as lamelas ela encontra um o 
sangue com um conteúdo cada vez mais baixo de oxigênio, de 
modo que cada vez mais oxigênio é liberado. 
Tipos de Respiração nos Peixes 
A respiração pode ser influenciada por condições ambientais 
Presença de oxigênio na água: através de difusão pela lâmina 
superficial ou derivado da fotossíntese de fitoplâncton 
Águas podem ser classificadas em função da [oxigênio]
Fisiologia de Animais Aquáticos 6
a. Hiperóxida - 18 mgO2/L
b. Normóxida - 7 a 4 mgO2/L
c. Hipóxica - 3 a 0,5 mgO2/L
d. Anóxica - < 0,5 mgO2/L
Ambientes dulcícolas podem passar por todas as fases citadas 
anteriormente ao longo do dia 
12am- Pico da atividade fotossintética > Pico da [oxigênio] 
12pm- Consumo de Oxigênio tanto pelos consumidores quanto 
pelos produtores (ambiente de hipo-anóxicos)
1. Respiração Estritamente Aquática: oxigênio retirado diretamente da 
água 
Ex.: Tucunaré, piranha, elasmobrânquios 
Podem fazer RSA (Respiração de Superfície Aquática): tambaqui, 
matrinxã e pacu
Ocorre em condição de hipoxia (seja no ambiente ou no animal)
Fazem expansão do lábio inferior (aiú) para sugar a superfície 
da água que tem maior [Oxigênio]
2. Respiração Aérea Obrigatória: independente da [Oxigênio] da água, 
obtém do ar diretamente 
Ex.: Pirarucu, Piramboia e Poraquê 
a. Pirarucu (Arapaima gigas): se utiliza da BEXIGA NATATÓRIA 
para auxiliar na respiração 
a. Órgão extremamente vascularizado para fazer trocas 
gasosas 
b. Liberação de CO2 é feita pelas brânquias - são 
dependentes da [CO2] no meio 
b. Piramboia (Lepidosiren paradoxa): Peixe pulmonado - pulmão 
se assemelha ao dos anfíbios (+ rudimentar) com sistema 
circulatório semelhante ao dos Répteis 
Fisiologia de Animais Aquáticos 7
c. Poraquê (Electrophorus electricus): Se utiliza da MUCOSA 
BUCOFARINGEANA (altamente vascularizada) para fazer 
trocas gasosas
3. Respiração Aérea Facultativa: em hipoxia, podem vir à superfície para 
tomar oxigênio 
Ex.: Siluriformes no geral 
Fazem trocas gasosas através do ESTÔMAGO ou INTESTINO 
Respiração em outros animais 
ANFÍBIOS 
Adultos: cutânea, bucofaríngea ou pulmonar (simultânea)
Girinos (forma larval): respiração branquial 
Respiração Pulmonada nos Anfíbios 
Não têm diafragma
1. O ar entra numa bolsa na cavidade bucal 
2. Abertura da glote 
a. Retração elástica pulmonar e compressão da parede 
torácica reduzem o volume pulmonar 
b. O ar é forçado para fora dos pulmões pelas narinas 
3. Fechamento das narinas 
a. Elevação da parte ventral da cavidade bucal 
b. Ar sugado para dentro dos pulmões 
RÉPTEIS 
Lagartos: Movimentação das costelas para expansão do tórax + 
associação com músculos intercostais 
Quelônios: Membros + músculos abdominaisFisiologia de Animais Aquáticos 8
Crocodilianos: Contração e relaxamento do músculo diafragmático 
para alteração do volume torácico 
ANIMAIS MERGULHADORES
Golfinhos, baleias, botos, focas, peixe-boi
Mergulham por longos períodos e sobem para respirar
Apneia de mergulho: Hipoxia durante submersão 
Estratégia de mergulhadores 
Reserva de O2 - pulmões, sangue e tecidos 
Grande quantidade de Hb e Mioglobina 
O2 liberado preferencialmente para cérebro e pulmão 
Redução no fluxo sanguíneo para demais tecidos 
Alguns conseguem fazer metabolismo anaeróbio 
Redução no débito cardíaco (volume de sangue ejetado)
Baixa taxa metabólica em mergulhos prolongados
Ex.: Foca Weddel expira antes de mergulhar porque a subida resultaria 
na formação de bolhas no sangue (Doença de Descompressão)
Tópico 3: Circulação
Garante o transporte rápido de grande volume para distâncias onde a 
difusão é inadequada ou lenta 
Em peixes, o circuito sanguíneo varia conforme a modalidade 
respiratória do animal em questão 
Componentes do Sistema 
Órgão propulsor (coração): faz o bombeamento do sangue 
Sistema arterial: distribuição do sangue 
Vasos mais calibrosos que suportam maior pressão após saída do 
coração 
Capilares: fazem transferência de material 
Sistema venoso: garante o retorno para o coração 
Fisiologia de Animais Aquáticos 9
Vasos Sanguíneos 
Artérias:
Levam sangue do coração para o corpo 
Possuem maior resistência à pressão e são mais calibrosas 
Associadas a um tecido muscular mais desenvolvido 
Veias:
Levam sangue do corpo para o coração 
Menos calibrosas, suportando menor pressão 
Têm pouca capacidade de distensão 
Possuem válvulas para auxiliar no retorno venoso 
Capilares:
São mais finos, compostos apenas por tecido epitelial 
Mediadores de trocas 
Sistema Linfático:
Fazem drenagem de líquidos 
Retornam para o sistema circulatório 
Tipos de Circulação - Quanto à presença de vasos e 
capilares 
1. ABERTA
O sangue não circula exclusivamente por vasos, podendo 
“desaguar” em cavidades ou lacunas 
É presente na maioria dos invertebrados 
São sistemas de baixa pressão 
Distribuição de sangue regulada com mais dificuldade 
Animais com circulação aberta têm baixa capacidade de alterar a 
velocidade ou a distribuição do fluxo sanguíneo 
2. FECHADA 
Fisiologia de Animais Aquáticos 10
O sangue somente circula por vasos sanguíneos 
Presente em Equinodermos, Cefalópodes e Vertebrados 
Sangue equivalendo a 5-10% do volume corporal 
Sistemas de alta pressão 
Sangue é transportado diretamente para os órgãos
Tipos de Circulação - Quanto à mistura do sangue 
Sangue arterial (rico em oxigênio) e sangue venoso (rico em CO2) 
podem misturar-se ou não no interior do coração 
O coração é modificado nos grupos ao longo da evolução: a morfologia 
cardíaca tem relação direta quanto à mistura ou não do sangue 
Circulação INCOMPLETA: Ocore a mistura de sangue 
Circulação COMPLETA: Não ocorre mistura de sangue 
Tipos de corações em diferentes grupos animais 
a. Peixes: Circulação completa; coração apenas com sangue 
VENOSO; coração com 2 câmaras 
b. Anfíbios: Circulação incompleta; coração com 3 câmaras 
Fisiologia de Animais Aquáticos 11
c. Répteis não crocodilianos: Circulação Incompleta; coração com 3 
câmaras 
d. Répteis crocodilianos e Mamíferos: Circulação completa; coração 
com 4 câmaras
Fisiologia de Animais Aquáticos 12
Tipo de Circulação - Quanto ao número de vezes que o 
sangue passa no coração 
1. SIMPLES: o sangue passa 1 vez pelo coração 
Ocorre em animais que têm respiração branquial como peixes e 
girinos 
2. DUPLA: sangue passa 2 vezes pelo coração 
Ocorre em animais que respiram por pulmões como anfíbios, 
répteis, aves e mamíferos 
Fisiologia de Animais Aquáticos 13
Coração dos Peixes 
Tem uma cavidade venosa que fornece sangue para encher o átrio 
Átrio + Ventrículo (2 cãmaras em série) 
Estruturas de proteção que evitam dano por pressão nas brânquias 
Bulbo arterial: “+ mole” e elástico, com capacidade de dilatar; 
derivado da parte muscular espessada da aorta ventral - Acontece 
em teleósteos 
Cone arterial: fibroso e rígido, equipado com válvulas para evitar 
fluxo sanguíneo reverso para o interior do ventrículo; derivado do 
músculo cardíaco - Acontece em elasmobrânquios 
Fisiologia de Animais Aquáticos 14
Circuito Sanguíneo em Peixes
ESTRITAMENTE AQUÁTICOS (Tambaqui)
PULMONADOS (Piramboia)
Fisiologia de Animais Aquáticos 15
Possuem brânquias sem lamelas que funcionam apenas como 
condutoras de sangue para o corpo - garantem fluxo para a 
circulação sistêmica 
Possuem um septo que divide as câmaras do coração 
AÉREOS OBRIGATÓRIOS (Poraquê)
Brânquias não têm participação importante 
Trocas gasosas são mediadas apenas pela mucosa bucal 
Fisiologia de Animais Aquáticos 16
AÉREOS FACULTATIVOS (Symbranchus marmoratus)
Altera a forma pela qual oxigena o sangue (Brânquias ou boca) em 
função da disponibilidade de O2
Circuito Sanguíneo em Anfíbios 
Contribuição da pele nas trocas gasosas 
2 átrios completamente divididos + 1 ventrículo
Esquerdo recebe sague rico em O2 vindo dos pulmões 
Direito recebe sangue parcialmente oxigenado vindo da pele e 
tecidos
VENTRÍCULO: mantém circulações separadas - Sangue oxigenado 
para a circulação sistêmica e parcialmente oxigenado para a 
circulação pulmocutânea 
Circuito Sanguíneo em Répteis
NÃO CROCODILIANOS
Circulação dupla bem desenvolvida 
Átrios completamente divididos e Ventrículos com divisão parcial 
CROCODILIANOS 
Fisiologia de Animais Aquáticos 17
Coração em 4 câmaras 
2 aortas para um lado e 1 para o outro 
Alternação entre válvulas durante submersão e emersão - Mediante 
aumento da pressão pulmonar ocorre a abertura de válvulas 
Forâmen de Panizza: permite a comunicação entre as aortas 
que direcionam sangue para o corpo 
Circuito Sanguíneo em Mamíferos
Circulação Fechada, Completa e Dupla
4 câmaras 
VD direciona para pulmões 
VE direciona para o corpo 
Possui válvulas para regular o fluxo retrógrado 
Ciclo Cardíaco 
São os eventos que ocorrem do início de um batimento cardíaco até o 
batimento seguinte 
Inicia-se com um período de relaxamento (DIÁSTOLE), durante o qual o 
sangue se enche de sangue, seguido por um período de contração 
(SÍSTOLE) 
Frequência e Débito Cardíacos e Retorno Venoso
1. FC: quantidade de ciclos ou batimentos por minuto 
2. DC (Q): é o volume de sangue bombeado pelo coração por minuto 
O débito é determinado a partir do produto entre o volume expelido e a 
frequência cardíaca 
O débito cardíaco pode aumentar durante atividade física 
Pode ser afetado por: 
Adrenalina ( aumento da FC e consecutivamente do DC)
Temperatura: aumento de T implica em aumento na taxa metabólica 
e consecutivamente na demanda de O2 > aumento da FC e 
Fisiologia de Animais Aquáticos 18
consecutivamente no DC 
Disponibilidade de O2: redução na [O2] aumenta a FC e 
consecutivamente aumenta o DC 
Efeitos nervosos 
Estímulos simpáticos: aumentam FC e DC
Estímulos parassimpáticos; reduzem FC e DC
3. Retorno Venoso: é a volta do sangue pelo interior das veias (que fazem 
menos pressão) 
Alguns grupos possuem válvulas nas veias para reduzir o retorno 
venoso 
Tópico 4: Sangue 
Principais funções do sangue:
Transporte de nutrientes absorvidos pelo trato GTI para o corpo
Transporte de excretas celulares ou de órgãos onde são formados 
para os órgãos excretores 
Regulação da temperatura corpórea (para endotérmicos) 
Defesa contra patógenos, permitindo a ação de processos celulares 
e imunológicos por todo o organismo, além da coagulação 
sanguínea 
Transporte de hormônios e produtos metabólicos para o corpo 
Transporte de gases: O2 dos órgãos respiratórios para tecidos e 
CO2 no sentido contrário 
Sangue tem duas fases (que podem ser separadas por centrfiugação)
Líquida: plasma - 90% é água + proteínas, hormônios e sais 
Sólida: hemácias, leucócitos e plaquetas 
Leucócitos 
Neutrófilos: são fagócitos e participam em resposta imunológicaFisiologia de Animais Aquáticos 19
Eosinófilos: raros; presentes em reações alérgicas; possui compostos 
citotóxicos que matam parasitas 
Basófilos: se acumulam em locais de infecção e inflamação; também 
liberam substâncias citotóxicas 
Monócitos > Macrófagos: fagócitos principais de patógenos ou debris 
celulares 
Linfócitos (possuem memória)
B - atuam produzindo anticorpos 
Th - ativação e recrutamento celular 
Tc - tem ação citotóxica 
Pigmentos Respiratórios 
Têm afinidade variável dependendo do local: alta afinidade nos órgãos 
de troca (para captar O2 com mais eficiência) e baixa afinidade nos 
demais tecidos (para liberar O2 mais eficientemente) 
São proteínas que podem conter metais como Fe ou Cu
Transporte de O2: 
Invertebrados: dissolvido no sangue ou hemolinfa em solução 
simples (contém uma pequena quantidade) 
Vertebrados: 
0,2 mL/100mL de sangue dissolvidos na solução 
20 mL/100mL de sangue combinado a pigmentos 
Principais pigmentos: Hb ,Clorocruorina, Hemeritrin, Hemocianina
VERTEBRADOS 
Hb: 
a. Proteína tetramérica que contém um grupamento Heme 
b. Sangue com Hb-O2 tem coloração vermelho viva, enquanto 
sangue com deoxi-Hb tem coloração vermelho azulada 
c. O2 se associa ao Fe do grupamento Heme 
Fisiologia de Animais Aquáticos 20
Doença do Sangue Marrom: contaminação de águas 
com NO3 faz com que a Hemoglobina seja mantida no 
estado oxidado; o sangue “enferruja”
Mioglobina: 
a. Variação presente nos músculos
b. Tem apenas 1 cadeia: tem função de armazenar O2
Hemácias (Eritrócitos) 
Nucleadas: em vertebrados (peixes, anfíbios, répteis e aves)
Alguns peixes de regiões antárticas não possuem hemácias
Anucleadas: em mamíferos 
Transporte de Gases
O2 se liga no Fe do grupo Heme; CO2 se liga no grupo NH3 livre: não 
há competição pelo sítio 
CO se liga no Fe da Hb - competição pelo sítio com O2 
CO2 no sangue é transportado:
Dissolvido (7%)
Carbaminoemoglobina (Hb-CO2) (23%)
Ácido Carbônico (H2CO3)
Íons bicarbonato (HCO3-) (70%)
Curva de Equilíbrio Hb-O2 normal 
A curva não é uma reta porque a Hb tem um limite de saturação 
O ponto de saturação nunca é 100% (97-99%): órgãos de troca 
consomem uma pequena parcela
P50 = PO2 em que a Hb está saturada em 50% com O2 
Quandop precisamos de +O2 para atingir P50: baixa afinidade 
Fisiologia de Animais Aquáticos 21
Fatores que influenciam a ligação Hb-O2
Fisiologia de Animais Aquáticos 22
1. Temperatura
Temperaturas mais elevadas enfraquecem a a ligação Hb-O2, 
consequentemente:
Liberação de O2 pela Hb ocorre mais rapidamente 
Ex.: maiores temperaturas são acompanhadas de altas taxas 
metabólicas, o que implica em maior consumo de O2 (o que 
responde a alta taxa de liberação) 
2. pH e Co2 
O aumento de CO2 e outros ácidos reduz o pH e desloca a curva 
de dissociação para a direita (implica em maior liberação de O2)
Efeito Bohr: altas [CO2] causam maior liberação de O2
Facilita a liberação de O2 para os tecidos 
Nos capilares sanguíneos: a Hb libera uma quantidade maior de 
O2 à medida que o CO2 (derivado de metabolismo) entra no 
sangue 
O efeito do CO2 sobre a Hb-O2 não decorre exclusivamente do 
efeito que gera sobre o pH: se o pH for tamponado, CO2 ainda 
vai gerar efeito sobre a curva e direcioná-la para a direita 
O efeito se dá pelo fato de o CO2 se ligar a um grupamento 
NH3 na Hb, agindo como um modulador e diminuindo a 
afinidade da Hb para com o O2 
O efeito do ácido sobre Hb-O2 é muito mais pronunciado em alguns 
peixes 
Efeito Root: a Hb não se satura de O2 mesmo a uma alta 
PO2 em função do baixo pH 
Peixes se utilizam do Efeito Root para encher suas bexigas 
natatórias de O2 
Classificação dos Peixes quanto à Bexiga 
Natatória 
1. Fisóstomos: são capazes de encher suas bexigas 
natatórias “engolindo” ar 
Fisiologia de Animais Aquáticos 23
Bexiga é ligada ao estômago pelo ducto pneumático 
2. Fisóclistos: a bexiga não tem ligação com o estômago 
Enchimento da Bexiga Natatória ocorre por Efeito Root 
Glândula de Gás produz ácidos que baixam o pH 
de forma que a Hb descarrega todo O2 na bexiga 
Esvaziamento: a anela oval detecta a alteração no pH:
Músculos constritores relaxam
Aumento no pH aumenta a captação de O2 no 
sangue 
Peixes fisóclitos têm 2 tipos de Hb
1 Hb extremamente sensível a pH - permite que o 
Efeito Root aconteça 
Na presença de uma alta [CO2], esta não se 
combina ao O2 
1 que não tem sensibilidade a pH 
Fisiologia de Animais Aquáticos 24
Isso permite que mesmo com a alta [CO2], a 
curva de dissociação seja normal 
3. Fosfatos Orgânicos 
Aumento da [P] - redução na afinidade Hb-O2 
A função do eritrócito no transporte de gases está intimamente 
relacionada às atividades metabólicas da própria célula 
Metabolismo ativo de CH: é essencial à viabilidade celular e 
regula a concentração intracelular de íons 
Altas [ATP] e [2,3-BPG]
Principais P nos peixes 
1. ATP e GTP - são moduladores + fracos 
2. 2,3-BPG - Pterygoplichtys sp. e Hoplosternum littorale
3. IPP (Inositol PentaP) - Arapaima gigas > Dependem de 
moduladores + fortes por fazerem respiração aérea 
4. IP2 (Inositol DiP) - Liposarcus pardalis
Efeitos Ambientais que influenciam o Transporte de O2
HIPOXIA: baixa [O2] no ambiente 
Mudanças comportamentais (para evitar hipoxia)
Mudança na posição da coluna d’água (subir)
Migração lateral (ex.: lago para rio)
Adaptações Morfológicas
RSA
Respiração aérea facultativa 
Ajustes Cardiorrespiratórios 
Baixa no metabolismo para consumir menos O2 
Aumento na taxa de ventilação branquial 
Bradicardia 
Ajustes Hematológicos 
Fisiologia de Animais Aquáticos 25
Aumento no Hematócrito: maior volume de células vermelhas 
Aumento na afinidade da Hb pela redução de NTP 
HIPERCAPNIA: aumento na [CO2] no ambiente 
Redução na afinidade de Hb-O2 
Respostas similares à Hipoxia 
Baixa liberação de CO2 em função da alta [CO2]
Acidose 
Presença de Efeitos Bohr e Root nas brânquias

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