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APS - Execuções Cíveis

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Aluna: Letícia Gomes Raquel RA: 6703925 Turma: 3106A02 
 
APS – Atividade Prática Supervisionada 
 
Atividade 2 – AVALIAÇÃO JURÍDICA PROFISSIONAL - Caso: Numa 
execução de título executivo extrajudicial, o juiz de direito da 2ª Vara Cível 
determinou a penhora de 30% dos vencimentos do executado, sob o argumento 
de que tal penhora preserva o suficiente para a manutenção do executado e da 
sua família. Considerando que o crédito não tem natureza alimentar e que a 
penhora não incidiu sobre o excedente a 50 salários-mínimos mensais, analise 
a decisão judicial à luz do art. 833 do CPC e da ponderação entre os interesses 
envolvidos, especialmente o direito do exequente à satisfação do crédito e a 
proteção da dignidade do executado e de sua família. 
 
De acordo com o artigo 833, inciso IV do Código de Processo Civil, os 
vencimentos são impenhoráveis, salvo para o pagamento da prestação 
alimentícia e as importâncias de 50 salários-mínimos mensais. Sendo assim, a 
execução não poderia atingir o patrimônio do executado. Contudo, a 
jurisprudência possui o entendimento pacificado acerca do tema, onde esta 
prevê a exceção à regra. 
 
São garantidas ao executado, a proteção e a dignidade à sua família, sendo 
assim, os vencimentos são imprescindíveis para seu subsídio, tornando-se, um 
bem impenhorável e não perfaz verba alimentar. 
 
No que tange sobre a impenhorabilidade dos bens relativos a obrigações não 
alimentares, os Tribunais possuem o entendimento de que esta é possível, 
desde que, não ultrapasse o percentual de 30% dos vencimentos do executado, 
e que esta não cause prejuízo a subsistência do devedor e de sua família, à 
medida que, assim como o executado deve possuir recursos para viabilizar um 
meio de vida digno para sua família, o mesmo também vale para o exequente. 
 
Conclui-se que a decisão judicial da penhora de 30% dos vencimentos do 
executado, é incompatível com o Código de Processo Civil, tendo em vista a falta 
de prerrogativa para sua aplicação.

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