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Plantas tóxicas que afetam o funcionamento do coração ❖ Plantas cardiotóxicas: ▪ Causam intoxicação superaguda (s/ alteração morfológica significativas no coração) ▪ Causam intoxicação subaguda a crônica (graves alterações regressivas e fibrose cardíacas ▪ Contem glicosídeos cardiotóxicas Morte súbita associadas ao exercício ❖ Famílias ▪ Rubiaceae (Palicourea marcgravii, P. aeneofusca, P. juruana) ▪ Malpighiaceae (Amorimia rigida, A.septentrionalis) ▪ Bignoniaceae (Psychotria hoffmannseggiana) tanaecium bilabiatum e Plantas que causam fibrose ❖ Niedenzuella Multiglandulosa ❖ Niedenzuella Acutifolia Plantas que contem Glicosídeos cardíacos ❖ N. Oleander ❖ K. Blosfeldiana Princípio tóxico ❖ Monofluoroacetato (MFA) Considerações sobre intoxicação por MFA ❖ Evolução hiperaguda ❖ Início: poucas horas após a ingestão da dose toxica ❖ Exercício físico pode precipitar/causar os sinais (4-30h) ❖ Índice mortalidade é alto https://ferramentas.sibbr.gov.br/ficha/bin/view/especie/niedenzuella_acutifolia https://ferramentas.sibbr.gov.br/ficha/bin/view/especie/niedenzuella_acutifolia Palicourea marcgravii ❖ Características da Planta ▪ Família Rubiaceae ▪ Mais importante do Brasil; ▪ Boa palatabilidade; ▪ Alta toxidez ▪ Efeito acumulativo ❖ Características Morfológicas ▪ Arbusto Perene de 2-3m altura, caule cilíndrico, lenhoso, estriado e glabro (sem pelos) na planta adulta. ▪ As folhas são opostas, simples, pecioladas, com lâmina foliar lanceolada ou oblongo-lanceolada, com 6 a 10 cm de comprimento e 2 a 5 cm de largura, subcoriácea ou membranácea, com nervuras peninérvias ramificadas; ranhuras bem destacadas na face inferior ▪ Folhas jovens com aspecto arroxeado na face inferior ▪ Quando maceradas, as folhas liberam odor de salicilato de metila (cheiro de pomada Vick). ▪ As flores ficam nas extremidades, são caliciformes, começam amarelas e depois vão ficando com as extremidade roxas quando se abrem. ▪ Os frutos são carnosos, pequenos, meio arredondados levemente achatados, o talo do fruto é vermelho amarronzado ▪ Verdes quando jovens e quando maduros ficam amarronzado a enegrecidos ❖ Distribuição de habitat ▪ Ampla distribuição no Brasil ▪ Algumas regiões do MT e RS não se encontra essa planta ▪ Encontrada em regiões de boa pluviosidade e terra firme, jamais em áreas de várzea; ▪ Não sobrevive muito tempo em pastagens limpas onde há grande exposição ao sol; ▪ Precisa de locais com incidência moderada de luz ▪ Cresce bem em: beira de mata, capoeiras e pastos recém formados que antes eram ocupados por matas ou capoeiras ❖ Nome popular ▪ Cafezinho ▪ Erva de rato ▪ Café bravo ▪ Bengue/ bangue ▪ Timbó ▪ Erva-café ▪ Roxa ▪ Roxinha ▪ Roxona ▪ Vick ❖ Princípio tóxico ▪ Ácido monofluoroacético (MFA) ▪ Sintetizado no início do desenvolvimento da planta e vai se diluindo Folhas e frutos • Bovinos: 0,6 mg/kg • Ovinos e Caprinos: 0,5-0,6 a 1g/kg • Equinos: 0,6 a 1g/kg • Búfalos: 3,0g/kg ▪ Concentrações nas folhas maduras 0,09 +/- 0,05% jovens e em desenvolvimento: 0,88 +/- 0,08% ▪ Folhas jovens possui maior concentração 5x mais do que nas maduras ▪ Folhas e frutos não perdem a toxidez pela dessecagem ▪ Se guardada em sacos de pano à temperatura ambiente e à sombra, a planta vai se tornando gradualmente menos tóxica (5 anos) ▪ Como atua o princípio tóxico? Após a administração oral e absorção pelo trato digestivo, o ácido é convertido em fluorocitrato pela enzima citrato sintase, que se liga fortemente à aconitase, enzima que converte o citrato em succinato. Isto resulta em interrupção da respiração celular, devido ao esgotamento de aconitase, e um aumento na concentração de citrato nos tecidos corporais, inclusive no cérebro e no sangue. Este aumento causa vários distúrbios metabólicos, como acidose, que interfere com o metabolismo da glicose por meio da inibição da fosfofrutoquinase, e faz com que o ácido cítrico se ligue ao cálcio sérico, resultando em hipocalcemia e falência cardíaca ❖ Espécies animais sensíveis ▪ Ruminantes: • Bovinos; • Caprinos (raro) • Bubalinos (mais resistentes) ❖ Condições em que ocorre a intoxicação ▪ Quando os animais adentram áreas de mata, capoeiras para pastar onda há a presença da planta; ▪ Após queimadas ▪ Invasão da planta na pastagem ▪ Animais colocados em pastos recém formados ▪ Devido a boa palatabilidade os bovinos ingerem a planta, mesmo quando há disponibilidade forragem ▪ FOME não é condição ❖ Sinais clínicos ▪ Assumindo-se que as concentrações de MFA são similares em Palicourea spp., é presumível que as doses letais e o quadro clínico-patológico sejam similares. ▪ No entanto, os efeitos tóxicos são muito variáveis em função da espécie intoxicada, da sensibilidade individual e dose ingerida ▪ Evolução superaguda ▪ Os sinais clínicos surgem horas depois da ingestão da dose tóxica (4-30h) ▪ Andar, correr pode precipitar ou mesmo provocar os sinais e a morte dos bovinos; ▪ Os sinais clínicos da intoxicação em bovinos, búfalos, caprinos e ovinos são: • Apatia • Letargia • Micções frequentes • Anorexia • Decúbito lateral ou esternal • Pulso venoso positivo; • Taquicardia • Taquipneia • Dispneia • Instabilidade • Tremores musculares • Quedas • Na fase agônica ✓ Decúbito lateral ✓ Movimentos de pedalagem; ✓ Nistagmo ✓ Opistotono ✓ Mugidos; ✓ Morte • Diminuição dos movimentos ruminais, atonia, timpanismo e fezes ressecadas ❖ Alterações macroscópicas ▪ Os achados de necropsia são ausentes na maioria dos casos de intoxicação por plantas que contêm MFA em ruminantes ▪ Pouco específicos ou mesmo lesões inespecíficas; ▪ lesões inespecíficas tais como hemorragias petequiais no epicárdio, endocárdio e músculos papilares podem ser observadas e são geralmente decorrentes da fase agônica de morte ▪ Hidropericárdio, edema e congestão pulmonar, palidez dos rins, congestão de grandes vasos e da mucosa do intestino delgado. ❖ Alterações microscópicas (histopatológico) ▪ Achados histológicos são escassos ▪ Quando presentes: alterações degenerativas ou circulatórias, tais como degeneração hidrópico- vacuolar das células epiteliais renais, principalmente dos túbulos contorcidos distais com evidente picnose nuclear ❖ Diagnóstico e diferencial ▪ Qual planta que contem MFA, causam morte súbita e ocorre na região do caso ▪ Presença da planta ▪ Histórico (morrem ou adoecem após serem movimentados, animais encontrados mortos) ▪ Lesões microscopias características nos rins (grande valor diagnostico, porém, não é patognomonico) • Comum a todas as que causam morte súbita ▪ Diferencial: outras plantas que causam morte súbita; cianogênicas (Manihot spp), carbúnculo hemático, acidentes ofídicos ❖ Tratamento e Profilaxia ▪ Não existe tratamento – evolução superaguda ▪ Retirar os animais ainda vivos de forma lenta ▪ Recomenda-se movimentar o mínimo possível os animais (7-15 dias) ▪ Devido o efeito cumulativo deve-se manter os animais em mínimo movimento por vários dias até que sai do organismo ▪ Cercar o pasto para evitar que os animais tenham acesso a matas, capoeiras ▪ Erradicação das plantas dos locais onde fica o gado ▪ Evitar superpastejo (competição por alimento) ▪ Praticas racionais de pastejo, conservação de forragem (feno, silagem) principalmente no período seco ▪ Uso de substancias que fornecem acetato durante a metabolização: antes da exposição ao principio toxico ou logo no período de latência • Monoacetado de glicerol (monoacetina) - IM • Acetamida- Oral 2-3g/kg ✓ No entanto, a eficácia da acetamida depende de diversos fatores, como a toxidez da planta em questão, tempo decorrido entre a intoxicação e o fornecimento do antídoto e doses de acetamida administradas ▪ Uso de herbicidas é inviável em grandes pastos ▪ Indução de aversão ▪ Administração de dose atóxicas da planta ▪ Administraçãode bactérias ▪ Uso de Transfaunação de animais resistentes para animais susceptíveis Palicourea aeneofusca ❖ Características da Planta ▪ Família Rubiciae ❖ Características morfológicas ▪ Mesma característica da primeira, mas as flores são amarelas e o talo para os frutos é verde ▪ Fruto semelhante ao da anterior ▪ Muito semelhantes as psycotrias: tem que ter a flor para diferenciar DICA: Diferenciar pela região primeiro ❖ Distribuição e Habitat ▪ Ocorre em áreas de mata atlântica do litoral e zona da mata e no agreste, em matas de brejo de altitude; ▪ Importante nos estados de Pernambuco, Paraíba, leste da Bahia e Alagoas, ❖ Nome popular ▪ Erva de rato ▪ Papaconha ❖ Princípio tóxico ▪ MFA ▪ Efeito acumulativo ▪ Bovinos 0,75g/kg ▪ Caprinos 0,65 g/kg ❖ Espécies susceptíveis ▪ Intoxicação natural é frequente em Bovinos ▪ Ocasionalmente em pequenos ruminantes ▪ Experimentalmente bovinos e caprinos ❖ Condições em que ocorre a intoxicação ▪ Tudo indica que possua boa palatabilidade, pois a ingerem sem fome ▪ Em qualquer época do ano ▪ Quando os animais penetram em matas e capoeiras, o estejam em pastos contíguos a estas ❖ Sinais clínicos ▪ Aparecem 12-24h após a ingestão ▪ Semelhante a anterior ▪ A morte pode ser precipitada ou provocada pelo exercício ❖ Alterações macroscópicas ▪ Semelhante ao da anterior ❖ Alterações microscópicas ▪ lesões inespecíficas no coração: • Áreas difusas de hemorragia • Edema das células de fibras de Purkinje e necrose coagulativa de fibras miocárdicas, com fibras e cariólise ou picnose, • Aumento da eosinofilia citoplasmática e perda das estriações transversais. • Nos miocardiócitos podem ser observados vacúolos intranucleares discretos com marginalização da cromatina e nos espaços intersticiais pode haver edema discreto, depósitos de fibrina e infiltração de células mononucleares • Possivelmente essas lesões também podem ser encontradas em outras intoxicações por plantas que contêm MFA. ❖ Diagnostico ▪ Semelhante a anterior. ❖ Tratamento/profilaxia ▪ Semelhante a anterior. Amorimia sp ❖ Características da Planta ▪ Família Malpighiaceae ❖ Características Morfológicas ▪ Cipó (trepadeiras lenhosas) ou arbustos ▪ As flores formam inflorescência (conjunto de flores ou qualquer sistema de ramificação que termine em flores) (“rácemo” = a cacho) ▪ Os frutos são alados Imagens dos slides da professora ❖ Distribuição de habitat ❖ Nome popular ▪ Timbó ▪ Tingui ▪ Salsa-rosa ▪ Rama amarela ▪ Quebra-bucho ▪ Pena-bucho ▪ Suma-branca ▪ Suma-roxa ❖ Princípio tóxico Cipó (trepadeira lenhosas) ou arbusto Inflorescência (“rácemo”) Inflorescência (“rácemo”) Frutos (alado) Frutos (alado) ▪ Ácido monofluoroacético (MFA) Como atua o princípio tóxico? Após a administração oral e absorção pelo trato digestivo, o ácido é convertido em fluorocitrato pela enzima citrato sintase, que se liga fortemente à aconitase, enzima que converte o citrato em succinato. Isto resulta em interrupção da respiração celular, devido ao esgotamento de aconitase, e um aumento na concentração de citrato nos tecidos corporais, inclusive no cérebro e no sangue. Este aumento causa vários distúrbios metabólicos, como acidose, que interfere com o metabolismo da glicose por meio da inibição da fosfofrutoquinase, e faz com que o ácido cítrico se ligue ao cálcio sérico, resultando em hipocalcemia e falência cardíaca ❖ Espécies animais sensíveis ▪ Ruminantes: • Bovinos • Caprinos • Ovinos ❖ Condições em que ocorre a intoxicação ▪ Quando os animais adentram áreas de mata, capoeiras para pastar onda há a presença da planta; ▪ Após queimadas ▪ Invasão da planta na pastagem ❖ Sinais clínicos ▪ Anorexia; ▪ Apatia; ▪ Decubito external prolongado; ▪ Letargia; ▪ Taquicardia; ▪ Taquipneia; ▪ Dispneia; ▪ Pulso venoso positivo; ▪ Opistótono; ▪ Quedas; ▪ Vocalização; ▪ Micções frequentes; ▪ Tremores musculares; ▪ Movimento de pedalagem; ▪ Morte. ❖ Alterações macroscópicas ▪ Os achados de necropsia são ausentes na maioria dos casos de intoxicação por plantas que contêm MFA em ruminantes ▪ Pouco específicos ou mesmo lesões inespecíficas; ▪ lesões inespecíficas tais como hemorragias petequiais no epicárdio, endocárdio e músculos papilares podem ser observadas e são geralmente decorrentes da fase agônica de morte ▪ Hidropericárdio, edema e congestão pulmonar, palidez dos rins, congestão de grandes vasos e da mucosa do intestino delgado. ❖ Alterações microscópicas (histopatológico) ▪ Achados histológicos são escassos ▪ Quando presentes: alterações degenerativas ou circulatórias, tais como degeneração hidrópico- vacuolar das células epiteliais renais, principalmente dos túbulos contorcidos distais com evidente picnose nuclear ❖ Diagnóstico e diferencial ▪ Presença da planta ▪ Histórico (morrem (a morte foi súbita?) ou adoecem após serem movimentados, animais encontrados mortos) ▪ Presença de alterações histológicas ▪ MFA soro sanguíneo animais intoxicados Diferencial: outras plantas que causam morte súbita; cianogênicas (Manihot spp), carbúnculo hemático, acidentes ofídicos ❖ Tratamento e Profilaxia ▪ Não existe tratamento – evolução superaguda ▪ Retirar os animais ainda vivos de forma lenta ▪ Recomenda-se movimentar o mínimo possível os animais (7-15 dias) ▪ Devido o efeito cumulativo deve-se manter os animais em mínimo movimento por vários dias até que sai do organismo ▪ Cercar o pasto para evitar que os animais tenham acesso a matas, capoeiras ▪ Erradicação das plantas dos locais onde fica o gado ▪ Evitar superpastejo (competição por alimento) ▪ Praticas racionais de pastejo, conservação de forragem (feno, silagem) principalmente no período seco ▪ Uso de substancias que fornecem acetato durante a metabolização: antes da exposição ao principio toxico ou logo no período de latência • Monoacetado de glicerol (monoacetina) - IM • Acetamida- Oral 2-3g/kg ✓ No entanto, a eficácia da acetamida depende de diversos fatores, como a toxidez da planta em questão, tempo decorrido entre a intoxicação e o fornecimento do antídoto e doses de acetamida administradas ▪ Uso de herbicidas é inviável em grandes pastos ▪ Indução de aversão ▪ Administração de dose atóxicas da planta ▪ Administração de bactérias ▪ Uso de Transfaunação de animais resistentes para animais susceptíveis Amorimia rígida ❖ Características da Planta ▪ Família Malpighiaceae ▪ Planta tóxica mais conhecida, difundida e importante do Nordeste e parte da região Sudeste do Br ▪ Intoxicação ocorre principalmente em bovinos, caprinos e ovinos é menos frequente ❖ Características Morfológicas ▪ Cipó (trepadeiras lenhosas) ou arbustos escandentes ▪ As flores formam inflorescência (conjunto de flores ou qualquer sistema de ramificação que termine em flores) (“rácemo” = a cacho) ▪ Os frutos são alados lateralmente Imagens de um resumo do período passado ❖ Distribuição de habitat ▪ Entrada em todo Nordeste ▪ Estende-se ainda para a parte norte da região Sudeste, nordeste de Minas Gerais e norte do Espirito Santo ▪ É encontrada em áreas de caatinga e da mata atlântica ▪ Ocorre nos lugares mais baixos das pastagens, pés-de-serra e beiras de rios ▪ Ocorre principalmente no início do período chuvoso quando está em brotação e as outras plantas ainda não cresceram ▪ A planta também pode brotar após queimadas, período este também considerado como o de maior número de casos de intoxicações ❖ Nome popular ▪ Timbó ▪ Tingui ▪ Quebra bucho ▪ Pela bucho ▪ Salsa rosa ▪ Rama amarela ▪ Suma branca ▪ Suma roxa ❖ Princípio tóxico ▪ Ácido monofluoroacético (MFA) Folhas e frutos • Bovinos: dose letal não determinadaComo atua o princípio tóxico? Após a administração oral e absorção pelo trato digestivo, o ácido é convertido em fluorocitrato pela enzima citrato sintase, que se liga fortemente à aconitase, enzima que converte o citrato em succinato. Isto resulta em interrupção da respiração celular, devido ao esgotamento de aconitase, e um aumento na concentração de citrato nos tecidos corporais, inclusive no cérebro e no sangue. Este aumento causa vários distúrbios metabólicos, como acidose, que interfere com o metabolismo da glicose por meio da inibição da fosfofrutoquinase, e faz com que o ácido cítrico se ligue ao cálcio sérico, resultando em hipocalcemia e falência cardíaca ❖ Espécies animais sensíveis ▪ Bovinos (principalmente); ▪ Caprinos ▪ Ovinos ❖ Condições em que ocorre a intoxicação ▪ Parece não ter necessidade de condições especiais para que ocorra a intoxicação, já que os bovinos ingerem a planta em qualquer época do ano ▪ Em MG e ES, a intoxicação ocorreria mais na época de seca (agosto e setembro), quando a planta brota; ▪ Movimentação dos animais após ingestão da planta ❖ Sinais clínicos ▪ Os sintomas se iniciam entre 4 e 30h ▪ Em bovinos a evolução foi superaguda (questão de minutos) ▪ Andar, correr pode precipitar ou mesmo provocar os sinais e a morte dos bovinos; ▪ Os sinais clínicos da intoxicação em bovinos, búfalos, caprinos e ovinos são: • Apatia • Letargia • Micções frequentes • Anorexia • Decúbito lateral ou esternal • Pulso venoso positivo; • Taquicardia • Taquipneia • Dispneia • Instabilidade • Tremores musculares • Quedas • Na fase agônica ✓ Decúbito lateral ✓ Movimentos de pedalagem; ✓ Nistagmo ✓ Opistotono ✓ Mugidos; ✓ Morte • Diminuição dos movimentos ruminais, atonia, timpanismo e fezes ressecadas • Resistencia ao exercício quando movimentados ❖ Alterações macroscópicas • Os achados de necropsia são ausentes na maioria dos casos de intoxicação por plantas que contêm MFA em ruminantes • Pouco específicos ou mesmo lesões inespecíficas; • lesões inespecíficas tais como hemorragias petequiais no epicárdio, endocárdio e músculos papilares podem ser observadas e são geralmente decorrentes da fase agônica de morte • Hidropericárdio, edema e congestão pulmonar, palidez dos rins, congestão de grandes vasos e da mucosa do intestino delgado • coágulos no interior do ventrículo esquerdo • congestão hepática e do trato gastrintestinal ❖ Alterações microscópicas (histopatológico) ▪ Achados histológicos são escassos ▪ Quando presentes: alterações degenerativas ou circulatórias, tais como degeneração hidrópico- vacuolar das células epiteliais renais, principalmente dos túbulos contorcidos distais com evidente picnose nuclear ▪ Áreas focais de infiltrados linfo-histiocitarios no miocárdio ▪ Edema ▪ Processos degenerativos nas fibras musculares do coração ▪ Degeneração hidrópico-vacuolar associado a picnose nuclear das células epiteliais de túbulos contornados distrais no rim ❖ Diagnóstico e diferencial ▪ O quadro de “morte súbita” é o aspecto mais característicos ▪ Lesões renais quando presentes, tem muito valor no diagnostico ▪ Lesões microscopias características nos rins (grande valor diagnostico, porém, não é patognomonico) • Comum a todas as que causam morte súbita ▪ Diferencial: outras plantas que causam morte súbita; cianogênicas (Manihot spp), carbúnculo hemático, acidentes ofídicos ❖ Tratamento e Profilaxia ▪ Não existe tratamento, recomendações: ▪ Deixar o animal em repouso; ▪ Quando necessário retirar os animais ainda vivos de forma lenta ▪ Recomenda-se movimentar o mínimo possível os animais (8-14 dias) ▪ Devido o efeito cumulativo deve-se manter os animais em mínimo movimento por vários dias até que sai do organismo ▪ Cercar o pasto para evitar que os animais tenham acesso a matas, capoeiras ▪ Erradicação das plantas dos locais onde fica o gado ▪ Evitar superpastejo (competição por alimento) ▪ Praticas racionais de pastejo, conservação de forragem (feno, silagem) principalmente no período seco ▪ Uso de herbicidas é inviável em grandes pastos ▪ Indução de aversão Amorimia septentrionalis ❖ Características da Planta ▪ Família Malpighiacea; ▪ Mais importante no Nordeste para bovinos; ❖ Características Morfológicas ▪ Descrição não encontrada. ▪ Em um dos artigos fala como a descrição das Amorimias no geral, por tanto, segui a mesma descrição da A. rígida. Imagens google ❖ Distribuição de habitat ▪ Ocorre sobre afloramentos rochosos da caatinga ▪ Encontrada nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte ▪ A doença ocorre principalmente no início do período chuvoso, quando a planta brota antes que outras forrageiras ou após o final desse período, quando algumas forrageiras secam e A. septentrionalis permanece verde ❖ Nome popular ▪ Tingui ❖ Princípio tóxico ▪ Ácido monofluoroacético (MFA) Folhas e frutos • Ovinos e Caprinos: 10 e 20 g/kg ▪ Como atua o princípio tóxico? Após a administração oral e absorção pelo trato digestivo, o ácido é convertido em fluorocitrato pela enzima citrato sintase, que se liga fortemente à aconitase, enzima que converte o citrato em succinato. Isto resulta em interrupção da respiração celular, devido ao esgotamento de aconitase, e um aumento na concentração de citrato nos tecidos corporais, inclusive no cérebro e no sangue. Este aumento causa vários distúrbios metabólicos, como acidose, que interfere com o metabolismo da glicose por meio da inibição da fosfofrutoquinase, e faz com que o ácido cítrico se ligue ao cálcio sérico, resultando em hipocalcemia e falência cardíaca ❖ Espécies animais sensíveis ▪ Ruminantes: • Bovinos; • Caprinos; • Ovinos; • Bubalinos. ❖ Condições em que ocorre a intoxicação ▪ Quando os animais adentram áreas de mata, capoeiras para pastar onda há a presença da planta; ▪ Invasão da planta na pastagem ▪ A doença ocorre principalmente no início do período chuvoso, quando a planta brota antes que outras forrageiras ou após o final desse período, quando algumas forrageiras secam e ela permanece verde ❖ Sinais clínicos ▪ Os sintomas se iniciam entre 4 e 30h ▪ Em bovinos a evolução foi superaguda (questão de minutos) ▪ Andar, correr pode precipitar ou mesmo provocar os sinais e a morte dos bovinos; ▪ Os sinais clínicos da intoxicação em bovinos, búfalos, caprinos e ovinos são: • Apatia • Letargia • Micções frequentes • Anorexia • Decúbito lateral ou esternal • Pulso venoso positivo; • Taquicardia • Taquipneia • Dispneia • Instabilidade • Tremores musculares • Quedas • Na fase agônica ✓ Decúbito lateral ✓ Movimentos de pedalagem; ✓ Nistagmo ✓ Opistotono ✓ Mugidos; ✓ Morte • Diminuição dos movimentos ruminais, atonia, timpanismo e fezes ressecadas • Resistencia ao exercício quando movimentados ❖ Alterações macroscópicas ▪ Os achados de necropsia são ausentes na maioria dos casos de intoxicação por plantas que contêm MFA em ruminantes ▪ Pouco específicos ou mesmo lesões inespecíficas; ▪ lesões inespecíficas tais como hemorragias petequiais no epicárdio, endocárdio e músculos papilares podem ser observadas e são geralmente decorrentes da fase agônica de morte ▪ Hidropericárdio, edema e congestão pulmonar, palidez dos rins, congestão de grandes vasos e da mucosa do intestino delgado. ▪ Na evolução subaguda o coração pode exibir aspecto globular com áreas esbranquiçadas no miocárdio, além de áreas focais vermelhas entremeadas por áreas brancacentas na musculatura papilar esquerda ❖ Alterações microscópicas (histopatológico) ▪ Achados histológicos são escassos ▪ Quando presentes: alterações degenerativas ou circulatórias, tais como degeneração hidrópico- vacuolar das células epiteliais renais, principalmente dos túbulos contorcidos distais com evidente picnose nuclear ❖ Diagnóstico e diferencial ▪ Qual planta que contemMFA, causam morte súbita e ocorre na região do caso ▪ Presença da planta ▪ Histórico (morrem ou adoecem após serem movimentados, animais encontrados mortos) ▪ Diferencial: outras plantas que causam morte súbita; cianogênicas (Manihot spp), carbúnculo hemático, acidentes ofídicos ❖ Tratamento e Profilaxia ▪ Não existe tratamento – evolução superaguda ▪ Retirar os animais ainda vivos de forma lenta ▪ Recomenda-se movimentar o mínimo possível os animais (7-15 dias) ▪ Devido o efeito cumulativo deve-se manter os animais em mínimo movimento por vários dias até que sai do organismo ▪ Cercar o pasto para evitar que os animais tenham acesso a matas, capoeiras ▪ Erradicação das plantas dos locais onde fica o gado ▪ Evitar superpastejo (competição por alimento) ▪ Praticas racionais de pastejo, conservação de forragem (feno, silagem) principalmente no período seco ▪ Uso de substancias que fornecem acetato durante a metabolização: antes da exposição ao principio toxico ou logo no período de latência • Monoacetado de glicerol (monoacetina) - IM • Acetamida- Oral 2-3g/kg ✓ No entanto, a eficácia da acetamida depende de diversos fatores, como a toxidez da planta em questão, tempo decorrido entre a intoxicação e o fornecimento do antídoto e doses de acetamida administradas ▪ Uso de herbicidas é inviável em grandes pastos ▪ Indução de aversão ▪ Administração de dose atóxicas da planta ▪ Administração de bactérias ▪ Uso de Transfaunação de animais resistentes para animais susceptíveis Niedenzuella acutifólia e N. multiglandulosa ❖ Características da Planta ▪ Família Malpighiaceae. ▪ São responsáveis por intoxicação espontânea em bovinos. ▪ Provocam fibrose cardíaca. ▪ Produzem intoxicações bastante semelhantes. ▪ São importantes para a região sudeste. ❖ Características Morfológicas ▪ Cipós ou arbustos escandentes ❖ Distribuição de habitat ▪ N. multiglandulosa ocorre nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. ▪ N. acutifolia tem ocorrência descrita no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina ▪ Podem ocorrer no cerrado, mata atlântica e floresta amazônica. ❖ Nome popular ▪ Cipó-vermelho ou cipó-ferro ▪ Cipó ruão ou cipó-preto ❖ Princípio tóxico ▪ Apresentam MFA como princípio ativo ▪ É possível que a quantidade de MFA nessas espécies seja menor do que em Palicourea spp. ou que haja interação com outras substâncias tóxicas, como a toxinas do grupo das poliaminas. ▪ A brotação é mais tóxica que as folhas Folhas e frutos ❖ Espécies animais sensíveis ▪ Ocorrem apenas em bovinos jovens e adultos de forma natural e de forma experimental em ovinos e coelhos. ❖ Condições em que ocorre a intoxicação ▪ As intoxicações ocorrem durante todo o ano. ▪ Ocorrem em período de escassez de alimentos, principalmente quando há seca no outono ou em invernos mais rigorosos. ▪ A maior maturação das folhas que ocorre no outono e a maior produção de sementes são fatores importantes para a ocorrência da doença, pois nesses casos a planta apresenta maior toxicidade. ▪ Morbidade varia de 6 a 28%, com letalidade próxima a 100%. ❖ Sinais clínicos ▪ Apresentam evolução subaguda à crônica ▪ Causam alterações degenerativas, fibrose cardíaca e Insuficiência cardíaca congestiva. ▪ Aborto e mortalidade neonatal com presença de lesões cardíacas e no sistema nervoso de fetos e neonatos. ▪ Edemas subcutâneos nos locais de declive como edema de barbela e edema esternal (“peito inchado”). ▪ Em animais mais jovens os sinais são menos característicos. ▪ Edema Intramielínico (SNC); ▪ Ingurgitamento e pulso venoso positivo da jugular; ▪ Arritmia cardíaca; N. acutifolia ▪ Dispneia; ▪ Letargia; ▪ Anorexia; ▪ Fraqueza; ▪ Dificuldade de locomoção; ▪ Tremores musculares; ▪ Fezes ressequidas. ❖ Alterações macroscópicas ▪ Lesões cardíacas que consistem em áreas claras que podem ser vistas no epicárdio, manchas e feixes esbranquiçados, muito nítidos, ocupando áreas extensas do miocárdio, que às vezes está endurecido. ▪ Há alterações secundárias como edemas e derrames serosos em cavidades. ▪ O fígado apresenta, em quase todos os casos, alterações que consistem em aumento do padrão lobular e às vezes maior firmeza que o normal. ❖ Alterações microscópicas (histopatológico) ▪ Os principais achados histológicos restringem-se ao coração e fígado. ▪ No coração são observados cardiomiócitos com aumento de volume e número de núcleos, picnose, citoplasma tumefeito e eosinofílico, áreas multifocais de fibrose, às vezes, circundada por extensas áreas focais de necrose massiva no coração. ▪ No fígado, observa-se congestão, tumefação, vacuolização e lise de hepatócitos, fibrose periportal e centrolobular. ❖ Diagnóstico e diferencial ▪ Dados epidemiológicos: Presença das plantas e histórico de seu consumo associados à presença do quadro clínico bastante característico de insuficiência cardíaca, com evidente edema de barbela e da região esternal e ingurgitamento de jugulares em bovinos adultos, nos jovens são menos característicos. ▪ Diagnóstico Diferencial: Leva em consideração outras doenças cardíacas de bovinos como a pericardite traumática e as endocardites, as quais não ocorrem em forma de surto e por isso a intoxicação pode ser diferenciada com as lesões de necropsia e histológica. Lesões cardíacas semelhantes também podem ser observadas nas intoxicações por antibióticos ionóforos e deficiência de selênio e também, apesar de serem raras, nas intoxicações pelas sementes de Senna occidentalis e Senna obtusifolia. Plantas que causam morte súbita. ❖ Tratamento e Profilaxia ▪ Não se conhece tratamento eficaz para as intoxicações por plantas que provocam fibrose cardíaca. ▪ Tokarnia: Deixar os animais na sombra e com bom tratamento, porém, quando a doença está avançada os animais morrem invariavelmente. ▪ A profilaxia consiste na erradicação das plantas das áreas de pastagens. Plantas que contem Glicosídeos cardiotóxicos ❖ Nerium Oleander ❖ Kalanchoe Blosfeldiana Nerium Oleander ❖ Características da Planta ▪ E uma planta ornamental. ▪ Provavelmente a planta mais importante das plantas ornamentais ▪ Possui pouca importância para animais de fazenda ▪ Os surtos de intoxicação causadas por essa planta são menos frequentes. ❖ Características morfológicas ▪ Arbusto, que pode chegar a 4 metros de altura ▪ Pertence à família Apocynaceae. ❖ Distribuição e Habitat ▪ Frequente em países de clima tropical e subtropical ▪ Encontrada em todo o Brasil, desde o Sul até o Norte ▪ É muito utilizada em projetos urbanísticos ▪ Surtos naturais da intoxicação foram diagnosticados apenas em bovinos encontrados nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. ❖ Nome popular ▪ Espirradeira ❖ Princípio tóxico ▪ A toxidade se dá a elevada quantidade de Cardenolídeos, principalmente a Oleandrina ▪ Presente em todas as partes da planta (folhas, ramos, flores, raízes e seiva), sendo frescas ou secas ▪ Os cardenolídeos inibem a enzima Na+/K+ ATPase da membrana dos cardiomiócitos, promovendo redução do potássio e aumento do sódio intracelular, resultando no acúmulo de cálcio. ▪ Esses distúrbios eletrolíticos afetam a condutividade e contratibilidade do coração ▪ Dose letal para bovinos oscila entre 0,25, 0,5 a 1,0g/kg de peso corporal de folhas ▪ Em ovinos, a dose letal foi estimada entre 0,5 e 1g/kg de peso corporal de folhas verdes. ❖ Espécies susceptíveis ▪ Bovinos, ovinos, caprinos e equinos. ❖ Condições em que ocorre a intoxicação ▪ Ocorrem por erros de manejo, geralmente quando as plantas são podadas e deixadas nas áreas de pastagem,ou ▪ Quando são, equivocadamente, oferecidas aos animais, ou ▪ Ingestão de feno que continha folhas da planta. ❖ Sinais clínicos ▪ Os sinais clínicos são observados de 1 a 24 horas após a ingestão das folhas ▪ Consistem em andar cambaleante, relutância em caminhar, queda brusca do animal ao chão, decúbito lateral, movimentos de pedalagem, dificuldade de locomoção ▪ Polidipsia, desidratação, sialorreia, micção frequente, aumento da frequência respiratória, intensa taquicardia ▪ Regurgitação de conteúdo ruminal, vômito, diarreia (às vezes sanguinolenta) ▪ Ranger de dentes, tremores musculares generalizados, vocalização, mugidos, ataxia, extremidades frias, dispneia, paralisia, coma e morte ▪ Há também efeitos diuréticos: elevação do fluxo sanguíneo, aumento da filtração glomerular e da diurese ▪ Em alguns casos pode se notar hidrotórax, hidropericárdio e ascite. ❖ Alterações macroscópicas ▪ São inespecíficas ▪ Consistem em congestão de mucosas (ocular, bucal e vulvar) e principalmente hemorragias. ▪ No coração essas hemorragias podem ser do tipo petequial até sufusões que podem ser notadas no epicárdio, endocárdio e por vezes formam coágulos no átrio e ventrículo esquerdo. ▪ No miocárdio e septo interventricular pode haver ainda áreas levemente pálidas que correspondem à necrose. ▪ Os pulmões frequentemente encontram-se congestos e edemaciados. Hemorragias podem ser notadas também na pleura, tecidos subcutâneos, músculos intercostais, omento e serosa do rúmen. ▪ À superfície de corte, o fígado está frequentemente vermelho-escuro e os rins podem estar de coloração amarelo pálida com petéquias na região medular. ❖ Alterações microscópicas ▪ Miocárdio, com hemorragias subendoteliais locais e difusas, infiltrado de células mononucleares no endocárdio, nos músculos papilares dos ventrículos direito e esquerdo. ▪ Nas fibras musculares cardíacas pode haver picnose, aumento da eosinofilia, áreas extensas e multifocais de degeneração e necrose hialina e vacuolização e hemorragia subendocárdica ▪ No fígado pode haver áreas focais de degeneração e necrose de hepatócitos, com hemorragia, congestão difusa acentuada, células inflamatórias no parênquima e necrose individual de hepatócitos e, ▪ No baço, infiltrado linfohistiocitário na polpa branca, com macrófagos contendo hemossiderina ▪ Tecido renal pode apresentar congestão severa e extensa necrose nas células epiteliais dos túbulos distais e proximais, além de hemorragia e frequente pigmento de hemossiderina no citoplasma das células epiteliais dos túbulos renais. ❖ Diagnostico ▪ Deve ser baseado no histórico de consumo das plantas pelos animais, na epidemiologia ▪ Sinais clínicos, lesões macroscópicas e achados histológicos compatíveis com intoxicações por plantas que contém glicosídeos cardiotóxicos. ▪ No diagnostico diferencial devem ser consideradas as plantas que causa morte súbita (MFA) e as causadas por antibióticos ionóforos. ❖ Tratamento/profilaxia ▪ Não se conhece tratamento para a intoxicação ▪ O tratamento de suporte deve ser feito com bases nos sinais clínicos. ▪ A profilaxia consiste em não fornecer a planta na alimentação dos animais ▪ E não deixar a planta após cortada no alcance dos animais. Kalanchoe Blossfeldiana ❖ Características da Planta ▪ E uma planta ornamental ▪ Possui pouca importância para animais de fazenda ▪ Os surtos de intoxicação são menos frequentes. ❖ Características morfológicas ▪ E uma espécie de suculenta, de habito perene, que mede aproximadamente 45 cm de altura ▪ As folhas são de cor verde escura, opostas e têm aspecto elíptico e espatulado ▪ Suas flores têm longa duração e as cores variam de branco a amarelo e tons de vermelho ▪ Florescem no fim do inverno e início da primavera. ❖ Distribuição e Habitat ▪ Floresce em qualquer época do ano. ❖ Nome popular ▪ Flor-da-fortuna ▪ Folha-da-costa ▪ Sião ou ▪ Simplesmente Kalanchoe. ❖ Princípio tóxico ▪ Bufadienólidos ▪ Que também são potentes glicosídeos cardiotóxicos ▪ Presentes em todas as partes da planta, principalmente nas flores ▪ Para bovinos, a dose letal das flores e folhas foi estimada entre 7g/kg e 40g/kg, respectivamente. ❖ Espécies susceptíveis ▪ Tem se mostrado tóxica para várias espécies de animais, incluindo ratos, cães, gatos, aves, bovinos e ovinos ▪ No Brasil só há relatos em bovinos, nos animais de produção. ❖ Condições em que ocorre a intoxicação ▪ Ocorrem por erros de manejo, geralmente quando as plantas são podadas e deixadas nas áreas de pastagem ou ▪ Quando são, equivocadamente, oferecidas aos animais. ❖ Sinais clínicos ▪ Surgem poucas horas após a ingestão da planta e a evolução do quadro clínico, dependendo da quantidade de folhas ingeridas, dura em média de 4 a 5 dias ▪ Os principais sinais clínicos são: • Anorexia, inquietação, mucosas conjuntivais e vasos episclerais congestos • desidratação, muflo nasal ressecado, taquipneia, taquicardia • atonia ruminal, diarreia hemorrágica, prostração e decúbito lateral permanente seguido de morte. ❖ Alterações macroscópicas ▪ Na necropsia notam-se hemorragias petequiais e equimoses nas aurículas, epicárdio e músculos papilares ▪ O fígado pode estar aumentado de volume, congesto e com a vesícula biliar distendida ▪ O intestino delgado pode ter áreas de congestão severa e de hemorragias petequiais nas serosas e na mucosa pode haver hemorragia, por vezes contendo coágulos. ❖ Alterações microscópicas ▪ Consiste em áreas extensas ou multifocais de degeneração e necrose de fibras musculares cardíacas ▪ Na aurícula as principais lesões consistem em edema intersticial, infiltrado inflamatório, hemorragia e necrose de coagulação ▪ Áreas focais de degeneração e necrose de hepatócitos também são constantemente observadas ▪ Na submucosa do intestino delgado pode haver edema, presença de infiltrado inflamatório mononuclear e macrófagos contendo hemossiderina ▪ Na mucosa são frequentes as áreas de hemorragia, diminuição da altura das vilosidades e necrose do epitélio, ocasionalmente associada à presença de infiltrado inflamatório de polimorfonucleares. ❖ Diagnostico ▪ Semelhante a anterior. ❖ Tratamento/profilaxia ▪ Semelhante a anterior.
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