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Dibe FISIOLOGIA DA MICÇÃO Conceito : Processo de esvaziamento da bexiga Duas etapas: o - Enchimento - Relaxamento da musculatura lisa vesical (detrusor) e aumento coordenado do tônus esfincteriano uretral. o - Esvaziamento – Aumento do tônus da musculatura lisa vesical (detrusor) e relaxamento esfincteriano uretral. Desejo Consciente de urinar Incontinência de esforço é mais frequente na mulher Homem com HPP não consegue esvaziar completamente a bexiga ANATOMIA Na mulher muda o esfíncter interno pra baixo, em comparação com o homem. Sustentação da bexiga é feita pelo diafragma urogenital. No homem, tem menos incontinência de esforço, pois além do esfíncter interno, tem a ajuda da próstata envolta. Constituida por 4 camas Bexiga 1-Urotélio – mais interno – epitélio transicional 2-Lâmina própria – ricamente vascularizada, tecido conectivo e fibras elásticas 3-Camada Muscular Lisa – Detrusor 4-Adventícia- camada que contorna a bexiga Epitélio de transição (urotélio): O urotélio forma uma série de rugas, pregas mucosas espessas que se achatam quando a bexiga fica cheia. Lâmina própria: Tecido conjuntivo frouxo que suporta a separação do urotélio da muscular própria • Muscular • Adventícea • BEXIGA Detrusor : distribuição diferenciada, que permite que quando a bexiga contraia, ela forme um funil e facilite o esvaziamento vesical. Músculo liso – 3 camadas -Fibras em diferentes direções : – Longitudinal interna, circular média, longitudinal externa Feixe em varias orientações que ramificam-se e reúnem-se mudando de orientação e profundidade – estimulo feito para esvaziamento corre por todas as fibras de maneira igual, para que ela se contraia como um todo. -Fibras elásticas e colágenas – Viscoelasticidade Feixes de células musculares lisas em fascículos separados uns dos outros, de forma incompleta, por septos de interstício compostos por fibras elásticas e colágenas e raros fibroblastos. Feixes detrusores são revestidos por fibras elásticas e colágenas, vasos sanguíneos e terminações nervosas. (responsável pela manutenção da arquitetura da parede vesical e por suas propriedades viscoelásticas, permitindo seu enchimento sem elevação da pressão vesical). Detrusor : A camada média no homem continua na direção da uretra prostática até o nível do colículo seminal (verumontano) para formar o esfíncter pré-prostático, muito rico em fibras adrenérgicas, em nível do colo vesical. Céls musculares acopladas eletricamente por vias de baixa resistência elétrica - Potencial de ação pode se difundir por todo o músculo detrusor, de uma célula para adjacente, causando contração simultânea de toda a bexiga. Partes da bexiga Corpo – Acima dos orifícios ureterais. o As três camadas musculares misturam-se e suas fibras podem mudar de direção e de plano. boa complacência e bom esvaziamento vesical. Base - Colo – As três camadas são bem definidas e formadas por fibras mais finas que o restante da bexiga. Trígono a região de forma triangular formada dois óstios ureterais e orifício interno da uretra Detrusor + Tecido Elástico Mucosa lisa Vértice – Colo vesical(uretra posterior) Uretra Formada pela musculatura lisa (parte medial do detrusor) Esfíncter Interno ( uretra posterior – colo vesical – músculo liso ). Esfíncter Externo ( diafragma urogenital - camada muscular - músculo esquelético voluntário) -Controle voluntário do sistema nervoso e pode ser usado para Dibe evitar conscientemente a micção, até mesmo quando controles involuntários tentam esvaziar a bexiga. INERVAÇÃO O trato urinário inferior recebe inervação parassimpática, simpática e somática. SNC – coordenação em diferentes níveis : o Medula o Ponte o Centros superiores Trato Urinário Inferior o Parassimpático o Simpático o Somático Nervos pélvicos - conectam à medula espinal pelo plexo sacro - S2 e S3 Fibras sensoriais (Aferentes) : detectam o grau de distensão da parede vesical (na uretra posterior são especialmente fortes e as principais responsáveis pelo início dos reflexos que produzem o esvaziamento da bexiga). Fibras motoras (Eferentes) : fibras Parassimpáticas. Terminam em células ganglionares localizadas na parede da bexiga. S2-S4 Nervos Hipogástricos (T10 – L2) o (Eferentes) inervação das cadeias Simpáticas ▪ Bexiga e Uretra Nervo Pudendo Origem – Núcleo de Onuf ( corno anterior medula espinhal sacral (S2-S4) o fibras motoras esqueléticas - esfíncter externo da bexiga - fibras somáticas o inervam e controlam o músculo esquelético voluntário do esfíncter externo NEUROFISIOLOGIA DA MICÇÃO • Integração entre : o Inervação: ▪ Simpática ▪ Parassimpática ▪ Somática ▪ Sensorial o Centros Reguladores ▪ Medula Espinhal, ▪ Tronco Cerebral, ▪ Mesencéfalo ▪ Estruturas Corticais Superiores. Sistema nervoso parassimpático: Liberação de acetilcolina, que estimula os receptores muscarínicos da parede vesical, promovendo sua contração. • M3 parecem ser responsáveis pela contração vesical. • M2 parecem atuar bloqueando o sistema nervoso simpático, liberando o parassimpático para promover contração vesical. Contração ocorre apenas durante a micção; durante a fase de enchimento, a estimulação parassimpática permanece inibida. Sistema Nervoso Simpático: Estimulação adrenérgica, atuando principalmente na liberação de noradrenalina em receptores do corpo vesical, da base vesical, da próstata e da uretra. Dibe Receptores β 2 e β3 - ação inibitória - corpo vesical (facilitando o relaxamento vesical durante seu enchimento). Receptores α – contração do colo vesical e uretra vesical ( e prostática) Tronco Encefálico: A região do encéfalo mais importante para o controle central da micção. bulbo, ponte e mesencéfalo. As microrregiões dentro do tronco o centro miccional pontino (PMC -Núcleo de Barrington), • centro pontino da continência (PCC) • substância cinzenta periaquedutal (PAG). Finaliza o processo de micção!! O PCC manda estímulo para o centro de honuf p estimular micção! Anticolinérgico- inibe a Acetilcolina portanto inibe a alta excitabilidade da bexiga interativa- pode ter bexigoma comoefeito colateral Centro Miccional Pontino (PMC -Núcleo de Barrington) Ponto de convergência de estímulos pró e antimicção. Principal função: ser o centro de comando para o início e harmonia do esvaziamento vesical. Duas vias distintas partem do PMC: uma via direta contendo o neurônio pré-ganglionar parassimpático, que é responsável por estimular diretamente o músculo detrusor; e outra via indireta, que passa pela formação reticular medial e permite o relaxamento esfincteriano. O estímulo gera relaxamento do esfíncter uretral e contração detrusora, enquanto lesões neste evoluem para abolição da micção e retenção urinária completa. Centro Pontino da Continência (PCC) Microrregiões próximas ao PM que sinalizam quando se deve finalizar o processo contrátil vesical e quando deve ser iniciado o processo de relaxamento detrusor. As projeções desta área parecem ser restritas ao núcleo de Onuf, que contém neurônios motores do esfíncter uretral - função limitada em finalizar a micção com disparos precedendo o fim da micção. Substância Cinzenta Periaquedutal (PAG). Recebe informações de aferentes vesicais, Grande centro integrador de informações em - extensa gama de conexões com diferentes estruturas, ( amígdala, o córtex orbital e pré-frontal, a área pré-óptica hipotalâmica, o núcleo do trato solitário (NTS) e o PMC. As aferências sacrais terminam nas regiões centrais da PAG e suas eferências ao PMC saem lateralmente. Regiões dorsorrostrais e ventrocaudais, quando estimuladas, impedem a micção por inibirem o PMC. Recebe modulação da região posterior hipotalâmica - mecanismode defesa (luta ou fuga – flight or fight) que levará a um novo estímulo inibitório ao PMC causando retenção urinária • Fase Enchimento Vesical • Bexiga vazia – pressão 0 • 30 – 50 ml – pressão 5 à 10 cm/H2O • 200 – 300 ml – pequena elevação da pressão • 300 – 400 ml – maior elevação de pressão Picos de pressão podem elevar em mais de 100 cm/H2O – ondas de micção Dibe • Contrações de Micção Resultantes do reflexo de estiramento – receptores de estiramento Receptores mais presentes na uretra posterior – nervos pélvicos Inicialmente : desaparecem – relaxamento do detrusor → diminuição da pressão Aumento do enchimento – reflexos da micção mais frequentes • Reflexo da Micção – Inicialmente – autorregenerativo – mais estímulos sensoriais – aumento do reflexo de contração Fadiga (segundos à pouco mais de 1’) – relaxamento da bexiga Estudo Urodinâmico • Avaliação do processo da Micção e suas alterações • Exame invasivo • Longa duração • Alto grau de exposição física e desgaste emocional do paciente • Não isento de complicações • Os exames de urina tipo I e urocultura são mandatórios previamente ao estudo urodinâmico. As principais indicações à realização do estudo urodinâmico são: o falha do tratamento clínico; o falha de tratamento empírico; o recidiva pós-operatória; o pré-operatório de cirurgias anti-incontinência; o suspeita de incontinência urinária oculta nos casos de distopias genitais; o sintomas sugestivos de dificuldade miccional; o causas neurogênicas de disfunções miccionais e/ou de incontinência urinária. Habitualmente, o estudo urodinâmico compõe-se das seguintes fases: • fluxometria, • cistometria, • Estudo miccional de fluxo-pressão • perfil pressórico uretral. • Eletromiografia do esfíncter uretral externo • videourodinâmica Fluxometria A fluxometria é a etapa inicial do exame, devendo ser realizada da forma mais fisiológica possível. A paciente urina em uma cadeira de fluxo sob a qual encontra-se um fluxômetro. Este envia sinais eletrônicos ao computador durante a micção, desenhando um gráfico (curva de fluxo). O volume mínimo para análise da curva de fluxo é de 150 ml. Volume miccional: total de fluido eliminado pela uretra Tempo de fluxo: tempo no qual ocorre o fluxo urinário Tempo total de micção: duração total da micção, incluindo-se as interrupções. (Quando não há interrupções, o tempo total de micção e o tempo de fluxo coincidem.) Fluxo urinário: volume eliminado pela uretra por unidade de tempo. É expresso em ml/s Fluxo máximo: máximo valor do fluxo urinário medido após correção de artefatos. É considerado normal quando superior à: homens <40 anos 21ml/s, 40-60 18ml/s, >60 13ml/s. Mulheres <50 25ml/s ; >50 18ml/s Fluxo médio: relação entre volume urinado e o tempo de fluxo Tempo para o fluxo máximo: tempo entre o início da micção e o fluxo máximo Padrão da curva: pode ser contínua ou intermitente. O padrão contínuo tem a forma de sino ou apresenta múltiplos picos. O fluxo atinge o seu pico em aproximadamente 1/3 do tempo total de micção. O padrão de curva intermitente pode ser visto em pacientes com dissinergia detrusor-esfincteriana ou pode ser devido à inibição da paciente durante o exame. Cistometria Etapa mais importante do exame, na qual são diagnosticadas alterações motoras, sensoriais, de capacidade e de complacência vesical. Dibe Fornece informações sobre: o Acomodação vesical durante o enchimento vesical o Controle nervoso central do detrusor o Controle sensorial Para a realização da cistometria, utiliza-se uma sonda vesical de dupla via, que se presta tanto à infusão de líquido quanto à monitorização da pressão vesical. A sonda retal ou vaginal é utilizada para a medida da pressão intra-abdominal. Pd = Pv - Pabd 1- Medida do Resíduo pós miccional 1-PV (vesical) = PA (abdominal) + PD (detrusor) 2- Infusão de 200 à 250ml ( teoricamente não há contração do detrusor)- PA abaixo de 60 cmH2O falam a favor de incontinênci urinária do tipo III ou por defeito esfincteriano uretral, pode ser um traumatismo raquimedular Valores acima de 90 cmH2O sugerem incontinência urinária relacionada à hipermobilidade uretral. Acontece quando a força não é distribuída para os músculos laterais, fazendo com que a uretra fique solta. Na condição fisiológica normal a força do peritória vai ser distribuída para os músculos laterais, levando ao fechamento da uretra para o lado. O“detrusor leak point pressure” é a menor pressão do detrusor no qual há a perda urinária, na ausência de contração do detrusor e de aumento da pressão abdominal São realizadas manobras provocativas, como tosse, Valsalva, mudança de posição, aumento da velocidade de infusão, abrir uma torneira etc. Tais manobras têm o objetivo de reproduzir os sintomas da paciente. São realizadas a cada 100 ml de líquido infundido e durante as mesmas o examinador observa se há ou não perda de urina, urgência ou urge-incontinência. A pressão do detrusor no fluxo máximo situa-se normalmente entre 40 e 65 cmH2O, e o fluxo máximo deve ser acima de 15 ml/s. Pressões elevadas com fluxo baixo falam a favor de obstrução à saída de urina, enquanto pressões baixas com fluxos baixos podem ser um indício de hipocontratilidade vesical. O detrusor estável mantém-se com pressão baixa durante o enchimento vesical, mesmo após manobras provocativas. A hiperatividade do detrusor, por sua vez, é uma observação urodinâmica que se caracteriza por contrações involuntárias do detruso
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