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Bases da 
Óptica Oftálmica 
 
 
 
 
 
 
 
II - Bases da Óptica 
Oftálmica 
1 - Conceitos Básicos da Óptica 
2 - Ação Retrativa das Lentes 
3 - O Poder Dióptrico das Lentes Esféricas 
 e Cilíndricas 
4 - Unidades de Medidas em Óptica 
5 - Tipos de Lentes Utilizadas na Óptica 
 Oftálmica 
6 - Lentes Bifocais 
7 - Lentes Multifocais Progressivas 
8 - Tratamentos 
 
3 
Bases da Óptica Oftálmica - Conceitos Básicos da Óptica 
 
 
GWT Editora 
1. Conceitos Básicos da Óptica 
 
A luz, quando deixa sua fonte, se propaga em uma série de pulsações 
periódicas e continua sua trajetória, em todas as direções, a uma velocidade 
constante, a menos que um objeto a pare ou interrompa sua direção. A luz se 
propaga a uma incrível velocidade 300.000km por segundo. 
 
1.1. A Luz se Propaga em Linha Reta 
Este é um dos princípios da óptica geométrica (Fig. 01), do qual não nos 
ocuparemos neste trabalho, mas é oportuno que nossos leitores tenham uma 
leve noção. 
 
 
Figura 1 - Propagação da luz 
 
1.2. Refração 
É o desvio que a luz sofre, ao atravessar dois meios de diferentes 
densidades. A quantidade do desvio é determinada por três fatores: 
• A – A inclinação ou ângulo das superfícies; 
• B – A espessura da lente; 
• C – O índice de refração do material da lente. 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
1.3. Índice de Refração 
 
 
Figura 2 - Índice de refração 
 
O índice de refração pode ser determinado pela relação entre a 
velocidade da luz no ar e a velocidade da luz no outro meio (Fig. 02). 
Assim sendo, para se calcular o “índice de refração” de um meio 
refringente, aplica-se a seguinte fórmula: 
 
Sendo: 
• n: índice de refração 
• C: velocidade da luz no ar 
• Vm: velocidade da luz no meio 
5 
Bases da Óptica Oftálmica - Conceitos Básicos da Óptica 
 
 
GWT Editora 
I - Alguns índices de refração (n) de materiais usados em lentes da 
Oftálmica 
 
Materiais n 
Resina orgânica 1,499 
Vidro óptico "Crown" 1,523 
Resina de médio índice 1,560 
Bário (película dos bifocais) 1,690 
High Lite 1,701 
Tabela 1 - Índices de refração de alguns materiais 
 
1.4. Dioptria e Distância Focal 
Dioptria é o nome dado para designar o poder de refração das lentes, 
assim como o valor das suas curvaturas. Uma lente é designada, por 
exemplo: Esférica+ 1,00 dioptrias ou esf. -2,50 dioptrias. 
Não se diz + 2 graus porque grau é utilizado para medir outra coisa. A 
dioptria também é utilizada para medir as curvas côncavas (internas) ou 
convexas (externas) das lentes. As curvas côncavas são designadas pelo 
sinal (–) e as curvas convexas pelo sinal (+). Quando a curva (–) tem um valor 
superior à curva (+), a lente será negativa. A unidade dióptrica foi baseada 
numa distância focal igual a 1 metro. Sendo assim uma lente com 1,00 diop. 
tem um comprimento focal de 1 metro. Uma outra lente com distância focal de 
500mm, tem um valor de refração de 2,00 diop. Assim entenderemos que 
quanto maior for a distância focal, menor será o seu poder dióptrico e quanto 
menor for a distância focal, maior será o seu valor de refração. 
Se quisermos calcular o poder dióptico de uma lente, baseando-nos na 
distância focal, usaremos a seguinte fórmula: 
𝐷 =
1
Df
 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
Sendo: 
• Dioptria é o valor dióptrico da lente. 
• Df (distância focal) 
• 1 (1 m) é um número constante 
Se quisermos calcular a distância focal, baseando-nos no valor dióptrico, 
usaremos a seguinte fórmula: 
𝐷𝑓 =
1
D
 
As abreviações da dioptria são: D., Di., ou Diop. 
Exemplos: 
I - Qual a distância focal de uma lente com + 2,50 diop.? 
Resposta: 
D.f. = 1.000 / 2,50 = 400 mm 
D.f. = 400 mm ou 40 cm 
II - Qual o valor dióptrico de uma lente com uma distância focal de 
250 mm ou ? 
Resposta: 
Df = 1.000 / 250 = 4,00 Diop. 
Df = 250 mm ou 25 cm 
A dioptria se divide em: 
• 4 partes: 0,25 – 0,50 – 0,75 – 1,00 (usadas no receituário e no laboratório) 
• 8 partes: 0,00 – 0,12 – 0,25 – 0,37 – 0,50 – 0,62 – 0,75 – 0,87 – 1,00 
(usadas no laboratório) 
• 16 partes: 0,06 – 0,12 – 0,18 – 0,25 – 0,31 – 0,37 – 0,43 – 0,50 – 0,56 – 
0,62 – 0,68 – 0,75 – 0,81 – 0,87 – 0,93 – 1,00 (usadas no laboratório) 
 
1.6. Dioptria Prismática 
É a unidade utilizada para medir o deslocamento unilateral das imagens, 
conhecido como “prisma”. Prentice, o criador da dioptria prismática 
7 
Bases da Óptica Oftálmica - Conceitos Básicos da Óptica 
 
 
GWT Editora 
estabeleceu que um prisma de 1,00 dioptria prismática desloca um objeto em 
1cm, numa distância de 1 metro (Figura 03). 
 
 
Figura 3 - Dioptria prismática 
 
∆ =
D x d
10
 
Esta força prismática é dada pela seguinte fórmula: 
Sendo: 
• D = Dioptria esférica 
• d = deslocamento do centro óptico em mm 
• 10 = constante 
Exemplo: Qual o erro prismático produzido por uma lente esf. +3,00 
montada na armação com um erro na D.P. de 5mm? 
Resposta: 
∆ =
3 x 5
10
 = 1,50 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
2. Ação Refrativa das Lentes 
 
2.1. Lentes Esféricas Positivas ou Convergentes (Fig. 04) 
São lentes mais espessas no centro do que nos bordos, isto porque sua 
curva convexa (externa) é mais acentuada do que a côncava (interna). 
Quando se desloca uma lente positiva, o objeto caminha em sentido contrário. 
O centro óptico de uma lente positiva coincide com sua espessura maior. O 
centro óptico das lentes é marcado no aparelho chamado “Lensômetro”,por 
meio de um pequeno ponto preto. 
 
 
Figura 4 - Ação refrativa das lentes convergentes 
 
2.2. Lentes Esféricas Negativas ou Divergentes (Fig. 05) 
São lentes finas mais no centro do que nos bordos porque sua curva 
côncava (interna) é mais acentuada do que a sua curva convexa (externa). 
Quando se desloca uma lente negativa, os objetos observados deslocam-se 
no mesmo sentido. O centro óptico de uma lente negativa localiza-se no seu 
ponto mais fino. 
9 
Bases da Óptica Oftálmica - Ação Retrativa das Lentes 
 
 
GWT Editora 
 
Figura 5 - Ação refrativa das lentes divergentes 
 
2.3. Lentes Plano-Cilíndrica Positivas 
São lentes graduadas em um meridiano principal sendo o meridiano 
oposto desprovido de graduação. O meridiano sem graduação é plano e não 
tem centro óptico. 
 
2.4. Lentes Plano Cilíndricas Negativas 
Tem poder dióptrico em apenas um meridiano (negativo), sendo o oposto 
sem graduação. 
 
2.5. Lentes esférico/cilíndricas + / - , + / + , - / - e - / + 
Lentes que possuem graduação nos dois meridianos principais. 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
3. O Poder Dióptrico das Lentes Esféricas e Cilíndricas 
 
3.1. O Valor dos Meridianos Principais das Lentes Oftálmicas 
I - Valores dos Meridianos das Lentes Esféricas Negativas (Fig. 06) 
 
Figura 6 - Valores dos meridianos das lentes esféricas negativas 
II - Valores dos Meridianos das Lentes Esféricas Positivas (Fig. 07) 
11 
Bases da Óptica Oftálmica - O Poder Dióptrico das Lentes Esféricas e Cilíndricas 
 
 
GWT Editora 
 
Figura 7 - Valores dos meridianos das lentes esféricas positivas 
 
III - Valores dos Meridianos das Lentes Plano-Cilíndrica Positiva (Fig. 08) 
 
 
Figura 8 - Valores dos meridianos das lentes plano-cilíndrica positiva 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
IV - Valores dos Meridianos das Lentes Plano-Cilíndrica Negativa (Fig. 09) 
 
 
Figura 9 - Valores dos meridianos das lentes plano-cilíndrica negativa 
 
V - Valores dos Meridianos das Lentes Esférico/Cilíndricas (Fig. 10) 
 
 
Figura 10 - Valores dos meridianos das lentes esférico/cilíndricas 
3.2. Reconhecimento de Uma Lente Sem o Uso De Aparelhos 
13 
Bases da Óptica Oftálmica - O Poder Dióptrico das Lentes Esféricas e Cilíndricas 
 
 
GWT Editora 
O reconhecimento dos diversos tipos de lente sem uso de aparelhos é 
feito tendo em vista algumas de suas propriedades ópticas, que serão listadas 
a seguir: 
I - Lentes Convergentes 
• Centro mais espesso do que as bordas; 
• Aumentam o tamanho dos objetos; 
• A imagem movimenta-seno sentido inverso do objeto; 
• A curvatura é mais acentuada na superfície anterior; 
• Possuem foco real. 
II - Lentes Divergentes 
• Centro mais fino do que as bordas; 
• Diminuem o tamanho dos objetos; 
• A imagem acompanha o movimento dos objetos; 
• A curvatura é mais acentuada na superfície posterior; 
• Possuem foco virtual. 
III - Lentes Cilíndricas e Tóricas 
• Imagem elíptica de um objeto circular; 
• Imagem deformada ao girar a lente; 
• Se for cilíndrica positiva, a imagem desloca-se no sentido contrário ao do 
movimento da lente; 
• Se for cilíndrica negativa, a imagem desloca-se no mesmo sentido do 
movimento da lente. 
IV - Lentes Prismáticas 
• Olhando um objeto (por exemplo, uma cruz), a imagem desloca-se na 
posição do vértice do prisma, oposto à base. 
 
3.3. Transposição 
É a mudança das curvas ou designações de uma lente sem alterar seu 
verdadeiro valor dióptrico. 
I - Regras para a transposição 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
1 - Soma-se o esférico e o cilíndrico para obter o esférico transposto; 
2 - Troca-se o sinal do cilíndrico, mantendo seu valor; 
3 - Muda-se o eixo para perpendicular (para eixos de 0° a 90°, soma-se 
90º; para eixos de 90° a 180°, subtrai-se 90°). 
Exemplos: 
 
Receita: -1,00 DE -1,00 DC x 90° 
Transposição: -2,00 DE +1,00 DC x 180° 
 
Receita: +4,00 DE -2,00 DC x 170° 
Transposição: +2,00 DE +2,00 DC x 80° 
 
Receita: -3,00 DE +1,00 DC x 10° 
Transposição: -2,00 DE -1,00 DC x 100° 
 
Receita: +1,00 DE +2,00 DC x 90° 
Transposição: +3,00 DE -2,00 DC x 0° 
 
3.4. Lensometria 
Há muitos anos o método para medir a potência de uma lente 
convergente consistia em colocar um papel branco atrás dela e fazê-la ser 
atravessada pelos raios solares até que um círculo luminoso refratado ficasse 
puntiforme, ocupando assim o foco da lente. A distância do papel à lente era 
considerada a distância focal. 
Hoje podemos destacar três métodos para a medição da potência de 
lentes: focometria, esferometria e neutralização. 
 
3.5. Focometria 
Consiste no processo de leitura da lente mediante um lensômetro 
(vertômetro), instrumento que determina o poder dióptrico, o centro óptico, a 
posição dos eixos e as forças prismáticas, sem reconhecer o índice de 
15 
Bases da Óptica Oftálmica - O Poder Dióptrico das Lentes Esféricas e Cilíndricas 
 
 
GWT Editora 
refração, as curvaturas e as espessuras empregadas. Este processo permite 
também a determinação da potência dióptrica de uma combinação de lentes. 
 
3.6. Principais Partes do Lensômetro Ocular Clássico 
As principais partes do lensômetro ocular clássico, que passaremos a 
descrever em seguida, são: ocular, retículo, tambor graduado, escala de 
eixos, direcionador de eixos, fixador, centralizador, mesa, figura-teste e fonte 
de luz. 
I - Ocular 
Lente regulável à acuidade visual do observador, ela é girada com a 
escala dióptrica em 0,00D até que a imagem projetada fique perfeitamente 
nítida. 
II - Retículo 
Diagrama observado através da ocular, o retículo é formado por uma 
série de círculos concêntricos, com valores correspondentes à dioptria 
prismática e por dois traços perpendiculares entre si, cujo ponto de 
cruzamento marca o eixo da lente. 
III - Tambor graduado 
Trata-se de uma peça que faz retroceder ou avançar o colimador, 
ajustando a figura-teste para que sua imagem formada no retículo se torne 
nítida. Sua graduação pode ser encontrada de –24,00 a +24,00 e em divisões 
de 1/4D. Em alguns tipos as divisões podem ser mais precisas, dividindo-se 
em 1/8D até 3,00D. 
IV - Escala de eixos 
A escala de eixos pode ser encontrada em uma polia externa ou no 
próprio retículo. Ela é orientada no sentido anti-horário, dividida de 5 em 5 
graus, que vão de 0 a 180º. 
V - Fixador 
Peça que tem por função fazer a fixação da lente no lensômetro. 
VI - Centralizador 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
É um dispositivo para marcar com tinta sobre a lente a posição do centro 
óptico ou do eixo, quando a lente é cilíndrica. 
VII - Mesa 
A mesa do lensômetro é uma peça em que, posicionando-se a armação 
com as lentes já montadas, se faz a aferição da altura do centro óptico, bem 
como da posição dos meridianos principais das lentes cilíndricas. 
Apresenta mobilidade no sentido vertical e é alinhada na posição 
horizontal (linha de montagem). 
VIII - Figura-teste 
A descrição de função da figura-teste está no tópico seguinte. Os tipos de 
figuras-teste variam de acordo com o fabricante, podendo ser em forma de 
cruz, círculo ou ponto. 
IX - Fonte de luz 
Consiste em uma lâmpada cuja função é iluminar a figura-teste. 
 
3.7. Lensômetro de Projeção 
É um tipo de aparelho no qual a imagem é projetada em uma tela. As 
vantagens deste tipo de lensômetro sobre os clássicos oculares são a leitura 
mais precisa é o fato de que a imagem projetada na tela não depende de 
focagem da ocular. 
 
3.8. Autolensômetro 
Este tipo de lensômetro é bem diferente dos outros: não existe nenhuma 
figura para focalização e o resultado é obtido por meio de computador em que 
os valores aparecem em números digitais. 
3.9. Aferição das Lentes com o Lensômetro Clássico Ocular 
17 
Bases da Óptica Oftálmica - O Poder Dióptrico das Lentes Esféricas e Cilíndricas 
 
 
GWT Editora 
I - Esféricas 
Em medições de lentes esféricas, a leitura será única e a imagem 
projetada será exatamente à mesma figura-teste. Para se fazer a marcação, 
os passos são os seguintes: 
• Posiciona-se a lente no fixador com a superfície convexa voltada para o 
observador; 
• Gira-se o tambor graduado até a focalização; 
• Centraliza-se a imagem projetada no centro geométrico do retículo; 
• Marca-se o centro óptico com o centralizador. 
Obs.: Deve-se cuidar para que a imagem projetada esteja centralizada no 
retículo, caso contrário a lente será marcada com dioptria prismática (Fig. 11). 
 
 
Figura 11 - Exemplo de medição de lente esférica 
 
II - Cilíndricas 
Em medições de lentes cilíndricas são aferidos os dois meridianos 
principais, obtendo-se, assim, duas forças esféricas. No lensômetro com 
figura-teste de círculos ou pontos, a imagem se alonga transformando-se em 
bastonetes perpendicularmente ao eixo, na medição primeiro meridiano, e na 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
direção de seu eixo, na medição do segundo. No lensômetro com figura-teste 
de cruzes, um dos traços estará nítido na direção do seu eixo ou na 
perpendicular ao eixo. 
 
3.10. Leitura 
I - Para o esférico (DE) 
Verificar o valor dióptrico encontrado na primeira leitura, com a primeira 
imagem na posição perpendicular ao eixo da Rx. 
II - Para o cilíndrico (DC) 
Verificar o valor dióptrico encontrado na segunda leitura, com a imagem 
na posição do eixo da Rx. Subtrair algebricamente o valor encontrado na 
segunda leitura da primeira leitura, obtendo o valor da dioptria cilíndrica. 
DC = 2ª leitura - 1ª leitura 
III - Para o eixo 
O posicionamento da segunda imagem determina o eixo da lente. 
 
3.11. Marcação das Lentes Cilíndricas 
• Colocar a escala de eixo na posição do eixo da Rx; 
• Fixar a lente no fixador, girando-a se necessário; 
• Girar o tambor graduado até encontrar a primeira imagem, perpendicular 
ao eixo da Rx, definindo a primeira leitura como valor do esférico (DE); 
• Encontrar a segunda imagem paralela ao eixo da Rx, definindo a segunda 
leitura como o valor do esférico somado ao valor do cilíndrico (DE + DC); 
• Centralizar as imagens; 
• Marcar com o centralizador o centro óptico e o eixo da lente. 
Exemplo 1: 
+2,00DE +1,00DC x 0° 
1ª imagem: + 2,00 D x 90º 
2ª imagem: +3,00 D x 0º 
Exemplo 2 (Fig. 12) : 
19 
Bases da Óptica Oftálmica - O Poder Dióptrico das Lentes Esféricas e Cilíndricas 
 
 
GWT Editora 
-2,50DE -1,00DC x 30° 
1ª imagem: -2,50D x 120º 
2ª imagem: -3,50D x 30º 
 
 
Figura 12 - Marcação de lentes cilíndricas 
 
3.12. Aferição das ForçasPrismáticas 
O retículo do lensômetro possui raias concêntricas numeradas a partir de 
seu centro geométrico. Cada raia corresponde a uma dioptria prismática. Para 
a marcação de determinada dioptria prismática (Δ), é preciso que o centro da 
imagem coincida com a raia desejada e com a posição de seu eixo (base-
vértice) orientado. 
A notação usada para a marcação dos eixos é a mesma das lentes 
cilíndricas, porém sendo necessários não apenas 180°, mas sim 360°. 
3.13. Esferometria 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
É a determinação do poder dióptrico de uma superfície usando o 
esferômetro (Fig. 13), pequeno instrumento que determina as curvas da lente 
e também a posição do eixo (em caso de lentes cilíndricas) e a potência 
dióptrica das lentes. 
I - Esferômetro 
É um aparelho formado por uma caixa redonda da qual sobressaem três 
pinos: dois laterais, fixos, e um central, móvel. Esse pino central tem uma 
altura variável e está ligado a uma agulha que gira ao redor de seu eixo, 
percorrendo uma escala em espaços de quartos de dioptria, de 0,00 a 
17,00D, e em índice de refração determinado (em geral 1,530). 
Para se fazerem as medições, deve-se colocar o esferômetro com os 
pinos em posição perpendicular à superfície. Quando a superfície é plana, os 
três pinos ficam com a mesma altura e a agulha marca 0 (zero); quando a 
superfície é côncava, o pino central fica mais alto que os outros; quando a 
superfície é convexa, o pino central fica mais baixo. 
Para medir as forças dióptricas de uma lente basta efetuar a soma 
algébrica dos valores encontrados nas superfícies: D = D1 + D2. 
Neste caso, o resultado é aproximado, pois a espessura da lente não é 
considerada. Quando a superfície é cilíndrica, gira-se o aparelho 
sucessivamente em sentido horário e anti-horário sobre a superfície da lente. 
São observadas duas medidas de curvas na mesma face. A menor curva 
dióptrica é chamada de base e a maior curva dióptrica é chamada de 
contrabase. A diferença entre base e contrabase é a dioptria cilíndrica. 
 
 
Figura 13 - Esferômetro 
3.14. Neutralização 
21 
Bases da Óptica Oftálmica - O Poder Dióptrico das Lentes Esféricas e Cilíndricas 
 
 
GWT Editora 
Trata-se da combinação de uma lente de potência dióptrica conhecida de 
sinal contrário ao de outra que se quer conhecer. Para que exista 
neutralização, o resultado da combinação tem de ser 0 (zero). 
Lente (1) + Lente (2) = 0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
4. Unidades de Medidas em Óptica 
 
4.1. Nanômetro 
• Representa a medida de comprimento de onda de luz. 
• Sua abreviação “nm”. 
• Muito utilizada para indicar a intensidade da radiação UV (Fig. 14). 
 
 
Figura 14 - Medição da intensidade da radiação UV com nanômetro 
 
4.2. Número ABBE (Fig. 15) 
Valor que quantifica a dispersão cromática de um meio óptico. 
• ABBE Baixo 30 a 39 (Ruim) 
• ABBE Médio 40 a 49 (Razoável) 
• ABBE Alto 50 a 58 (Bom) 
23 
Bases da Óptica Oftálmica - Unidades de Medidas em Óptica 
 
 
GWT Editora 
 
Figura 15 - Número ABBE 
 
4.3. Milímetro 
• Unidade mais usada nas medições em óptica. 
• Para medir DNP, DP, AP, ALT. PEL., diâmetro dos blocos e lentes 
prontas, tamanho das armações, etc... 
 
4.4. Graus 
• Unidade utilizada em óptica para representar a posição dos eixos dos 
astigmatismos e direcionamento das bases de prismas. 
• O diagrama (Fig. 16) tem graduação de 0º a 180º, com intervalos de 5º 
em 5º . 
• Pode-se utilizar intervalos de 1º em 1º para astigmatismos altos. 
 
 
Figura 16 - Diagrama de graus 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
5. Tipos de Lentes Utilizadas na Óptica Oftálmica 
 
5.1. Definição 
É um meio transparente, limitado por duas superfícies (paralelas ou não) 
transparentes polidas, capaz de convergir, divergir ou desviar raios luminosos 
quando nela incidem. Desviando raios de luz para um ponto ou como se de lá 
estivesse saindo. 
 
5.2. Monofocal ou Visão Simples (Fig. 17) 
• Composta de um único eixo focal. 
• Possuem apenas um campo visual em toda a sua área. 
• Podem ser usadas para compensar todas as ametropias. 
 
 
Figura 17 - Lente monofocal 
25 
Bases da Óptica Oftálmica - Tipos de Lentes Utilizadas na Óptica Oftálmica 
 
 
GWT Editora 
5.3. Bifocais (Fig. 18) 
• Compostas de dois eixos focais. 
• Possuem um campo visual para longe e outro para perto. 
• São usadas para compensar presbiopia. 
 
 
Figura 18 - Lente bifocal 
 
5.4. Trifocais (Fig. 19) 
• Compostas de três eixos focais. 
• Possuem um campo visual para longe, outro intermediário e outro para 
perto. 
• São usadas para compensar presbiopia. 
 
 
Figura 19 - Lente trifocal 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
5.5. Multifocais Progressivos (Fig. 20) 
• Composta de vários eixos focais. 
• Possuem vários campos visuais em toda a sua área. 
• São usadas para compensar presbiopia. 
 
 
Figura 20 - Lente multifocal progressiva 
 
5.6. Lenticuladas e Regressivas (Fig. 21) 
• Lenticulares positivas e negativas 
• Regressivas positivas e negativas 
 
 
Figura 21 - Lente lenticulada e regressiva 
5.7. Asféricas (Fig. 22) 
27 
Bases da Óptica Oftálmica - Tipos de Lentes Utilizadas na Óptica Oftálmica 
 
 
GWT Editora 
• Superfície que não é esférica. 
• Aumenta a amplitude visual. 
• Reduz a magnitude de imagem. 
• Reduz a espessura final da lente. 
 
 
Figura 22 - Lente asférica 
 
5.8. KATRAL (Fig. 23) 
• Destinadas à correção da afacia. 
• Alto poder refrativo, geralmente acima de +12,00 D. 
• Disponíveis em monofocal e bifocal 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
 
Figura 23 - Lente KATRAL 
 
5.9. Bicilíndricas 
• São lentes feitas com duas superfícies cilíndricas, uma tórica e outra 
cilíndrica ou as duas tóricas. 
• Confeccionadas normalmente para receitas com astigmatismos elevados 
ou quando não temos moldes disponíveis. 
 
5.10. Lente Equilíbrio (Fig. 24) 
• São indicadas pelos especialistas quando o cliente não possui visão em 
um dos olhos, com o intuito de fazer um equilíbrio físico e estético. 
 
 
Figura 24 - Lente equilíbrio 
29 
Bases da Óptica Oftálmica - Tipos de Lentes Utilizadas na Óptica Oftálmica 
 
 
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5.11. Lente Fosca (Fig. 25) 
• Indicadas quando o especialista deseja ocluir a visão em um dos olhos 
para exercício do olho oposto ou quando para cataratas operadas em um 
dos olhos, para não confundir a visão. 
• É uma lente comum porém com o lado côncavo despolido, que impede a 
visão. 
 
 
Figura 25 - Lente fosca 
 
5.12. Oclusor 
• Usado para ocluir a visão, como finalidade em casos de estrabismos, 
principalmente em crianças. 
• É uma espécie de cartolina preta colocada em lugar da lente que o 
especialista mandou ocluir. 
• Também é usado um adesivo colado à face. 
 
5.13. FRESNELL (Fig. 26) 
• É uma lente feita com uma lâmina de material plástico de baixa qualidade 
óptica. Tem 1mm de espessura, onde são conseguidas as mais altas 
graduações, naquela mesma espessura. 
• São fornecidas em graduações assim: +13,00, etc. 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
• Caso precise pode acrescentar um alto prisma 
• Opticamente conseguem-se os valores dióptricos receitados, entretanto a 
acuidade visual do paciente é prejudicada. 
 
 
Figura 26 - Lente FRESNELL 
 
5.14. Endurecidas (Fig. 27) 
• São usadas principalmente por crianças e por trabalhadores da indústria 
que tem os olhos ameaçados por estilhaços diversos. 
• Endurecimento Térmico Físico (ETF) 
• Endurecimento Térmico Químico (ETQ) 
 
 
Figura 27 - Lente endurecida 
31 
Bases da Óptica Oftálmica - Tipos de Lentes Utilizadas na Óptica Oftálmica 
 
 
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5.15. HIGH LITE (Fig. 28) 
• Este material faz com que lentes para correção de miopias, médias e 
altas, fiquem mais finas ou mais estéticas, sem aquela aparência de 
“fundo de garrafa”. 
• Ficam mais finas do que as de cristal 25% e mais finas aproximadamente 
40% do que as lentes de resina. 
 
 
Figura28 - HIGH LITE 
 
5.16. Lentes de Diferentes Índices de Refração (Fig. 29) 
• Cristal: 1,523 – 1,701 – 1,804 – 1,890 
• Material de baixo índice de refração n = 1,499 a 1,537 
• Material de médio índice de refração n = 1,560 a 1,590 
• Material de alto índice de refração n = 1,600 a 1,740 
• Policarbonato n = 1,589 
• Trivex n = 1,530 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
 
Figura 29 - Índices de refração das lentes 
 
5.17. Neutras 
• Também conhecidas como lentes “planas”, afocais. 
• São usadas em óculos de sol, esportivos, segurança industrial. 
 
5.18. Telelupas (Fig. 30) 
• São utilizadas para melhorar visão subnormal. 
• A telelupa é uma espécie de lupa adaptada a uma armação. 
• Ela faz com que os objetos sejam aumentados de tamanho. 
 
 
Figura 30 - Telelupa 
5.19. Isocromáticas (Fig. 31) 
33 
Bases da Óptica Oftálmica - Tipos de Lentes Utilizadas na Óptica Oftálmica 
 
 
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• São lentes de coloração igual tanto no centro como na periferia. 
• Geralmente são tingidas porque são de resina ou metalizadas quando de 
cristal. 
 
 
Figura 31 - Lente isocromática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
6. Lentes Bifocais 
 
Constituem-se de dois campos focais diferentes. São como duas lentes 
unidas em um só bloco. Um campo de visão para longe e outro para perto, 
chamado de película ou segmento. 
I - As limitações das lentes bifocais 
• Visão limitada (longe e perto) 
• Existência de traço divisório 
• O indesejável salto de imagem (passagem abrupta do grau de longe para 
o de perto). 
Ametropias que compensam: Presbiopia ou Vista Cansada 
 
6.1. Base Prismática Central 
I - Bifocal Kriptok ou Segmento Circular (Fig. 32) 
Dados técnicos: 
• Material : Cristal e Orgânico 
• Adição: 1,00 a 3,50 
• Cores: Cristal (Incolor, Fotocromática) 
• Orgânico (Incolor) 
 
 
Figura 32 - Base Prismática Central 
35 
Bases da Óptica Oftálmica - Lentes Bifocais 
 
 
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6.2. Base Prismática Superior 
I - Panoptick, Flat-Top ou Topo Reto (Fig. 33) 
Dados técnicos: 
• Material : Cristal , Orgânico e Policarbonato 
• Adição: 1,00 a 3,50 
• Cores: Cristal (Incolor, Fotocromática) 
• Orgânico (Incolor e Transitions) 
• Policarbonato (Incolor) 
 
 
Figura 33 - Base Prismática Superior 
 
6.3. Base Prismática Inferior 
I - Ultex ou Balux (Fig. 34) 
Dados técnicos: 
• Material : Cristal e Orgânico 
• Adição: 1,00D a 4,00D 
• Cores: 
• Cristal (Incolor, Rosa, e Fotocromática) 
• Orgânico (Incolor e Transitions) 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
 
Figura 34 - Base Prismática Inferior 
 
6.4. Medidas Necessárias Para Qualquer Lente Bifocal (Fig. 35) 
• D.N.P. (Distância Naso Pupilar) 
• Separadamente OD e OE 
• Altura Película (Distância do aro inferior da armação até a pálpebra 
inferior (separadamente OD e OE) 
 
 
Figura 35 - Medidas para lentes bifocais 
 
Conclusão: A altura Vertical (AV) da armação para um bifocal deve ser no 
mínimo de 30 mm. 
37 
Bases da Óptica Oftálmica - Lentes Multifocais Progressivas 
 
 
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7. Lentes Multifocais Progressivas 
 
É uma lente oftálmica projetada para atender todas as distâncias. Dividida 
em três seções: L, I e P (Fig. 36) e sem traço divisório como as lentes 
bifocais. 
 
 
Figura 36 - Divisões das lentes multifocais progressivas 
 
I - O que é uma lente Progressiva? 
É uma lente que muda continuamente o seu poder dióptrico, fazendo com 
que, discretamente, o seu valor dióptrico vá progredindo, proporcionando 
correção em diversos campos visuais (L, I e P) até alcançar o campo visual 
para perto, onde ela tem seu apogeu dióptrico mais positivo. 
II - Vantagens deste tipo de lente em relação ao Monofocal (V.S.) e ao 
Bifocal 
• Visão nítida para todas as distâncias; 
• A inexistência de traço divisório; 
• Bem como a de não ter salto de imagem. 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
 
Figura 37 - Características da lente multifocal progressiva 
 
 
Figura 38 - Marcações específicas da lente multifocal progressiva 
 
7.1. Cruz Central de Progressão (Fig. 39) 
É marcada à tinta e, é o ponto principal de referência de uma lente 
progressiva, pois ela deve ser montada na armação, coincidente com o centro 
da pupila do usuário. 
39 
Bases da Óptica Oftálmica - Lentes Multifocais Progressivas 
 
 
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Figura 39 - Cruz central de progressão 
 
7.2. Marcações nos Multifocais Progressivos (Fig. 40) 
 
 
Figura 40 - Marcações nos multifocais progressivos 
 
7.3. Medidas Necessárias Para Lentes Multifocais Progressivos (Fig. 41 e 42) 
 
 
Figura 41 - Medidas para lentes multifocais progressivos 1 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
 
Figura 42 - Medidas para lentes multifocais progressivos 2 
 
7.4. Multifocal Progressivo Convencional (Fig. 43) 
• (Armações Maiores - 1ª Geração) 
• Tamanho Mínimo das áreas de Longe, 
• Intermediário e Perto (A.P. ou C.O.). 
 
 
Figura 43 - Multifocal progressivo convencional 
41 
Bases da Óptica Oftálmica - Lentes Multifocais Progressivas 
 
 
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7.5. Multifocal Progressivo Compacto (Armações Menores 2ª Geração) - Fig. 44 
• Tamanho Mínimo das áreas de Longe, 
• Intermediário e Perto (A.P. ou C.O.). 
 
 
Figura 44 - Multifocal progressivo compacto 
 
 
 
 
 
 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
8. Tratamentos 
 
O termo “Tratamentos” refere-se a todos os procedimentos que tem o 
intuito de melhorar o desempenho das lentes oftálmicas, independente de sua 
potência. 
As coberturas têm como principais objetivos proteger e aumentar a 
eficácia óptica das lentes. 
As resinas com índice mais alto são mais “macias” do que o Orgânico, e 
têm maior tendência a riscar, e todas necessitam de proteção. 
 
8.1. Lentes Fotocromáticas e Fotossensíveis 
O fotocromismo de uma lente é obtido através da introdução de 
substâncias sensíveis a luz no material mineral ou orgânico. Os compostos 
são incorporados na lente através de dois procedimentos básicos: ou são 
misturados ao monômero líquido, ou são aplicados por embebição após a 
polimerização do monômero. 
O processo ocorre quando uma molécula altera sua forma em resposta a 
um determinado comprimento de onda de luz. Quando esse comprimento de 
onda é retirado, a molécula reverte automaticamente para sua configuração 
inicial completando o processo. 
 
8.2. Antirreflexo 
 
• Tratamento aplicado nas superfícies da lente para diminuir a quantidade 
de reflexos, aumentando a transparência das lentes. 
• Pode ser aplicado em qualquer produto. 
• Disponibilidade: lentes prontas e a tratar. 
I - Fatores decisivos na durabilidade do tratamento ar: 
• Número de camadas 
• Cuidados na produção 
• Origem da lente 
43 
Bases da Óptica Oftálmica - Tratamentos 
 
 
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• Usuário bem informado 
II - Cuidados com o tratamento: 
• Água e sabão ainda são os melhores produtos para limpeza das lentes 
AR 
• Detergentes de cozinha também podem ser usados 
• Evitar limpar as lentes a seco 
• Não utilizar produtos fortes 
• Evitar expor ao calor excessivo 
• Não abusar da limpeza 
• Molhar as lentes 
• Usar um pedaço de algodão umedecido e passar o sabão ou sabonete 
neutro 
• Esfregar gentilmente as superfícies 
• Enxaguar em água corrente 
• Secar com pano macio 
 
8.3. Sequência de Camadas 
 
 
Figura 45 - Sequência de camadas 
 
• Camada antirrisco 
• Camada adesão 
• Sistema de camadas AR 
• Camada hidrófoba 
 
Gevaldo Alves de Almeida 
• Antiestática 
• O AR é produzido em uma câmara de alto vácuo através da deposição 
por evaporação de materiais 
• A espessura e a ordem das camadas do AR é fator decisivo para o 
sucesso do mesmo. 
I - Antirrisco 
Tratamento que, como o próprio nome diz, tem a propriedade de 
aumentar a capacidade de resistência da superfície contra arranhões. O 
material usado é o quartzo, de duas formas: por deeping (imersão) e espin 
(spray). O antirrisco é fundamental para lentes orgânicas de alto índicede 
refração e policarbonato. 
Não esqueça: antirreflexo e antirrisco são inseparáveis. 
 
8.4. Polaróides (Fig. 46) 
Possuem este nome por possuírem uma fina camada de material 
polarizante, que funciona, por exemplo, quando a luz refletida de uma 
superfície tende a ser polarizada num plano horizontal A polarização da luz é 
um processo onde se elimina reflexo em algumas direções. 
I - Os planos da luz 
A luz é uma onda eletromagnética, vibra normalmente na da propagação 
e alterna o seu plano entre o horizontal e o vertical. 
II - Vantagens 
Elimina a luz indesejada, e é eficaz em superfícies refletivas como neve, 
água e estradas, onde há superfícies horizontais produzindo glare. 
 
45 
Bases da Óptica Oftálmica - Tratamentos 
 
 
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Figura 46 - Polaroides 
 
III - Público alvo 
Crianças, usuários de LC, praticantes de esportes, em pescarias, dentre 
outras atividades feitas ao ar livre. A gama de materiais é variada. Podem ser 
em vidro, plástico, policarbonato, orgânico fotocromático. 
IV - Anti-UV 
Radiação invisível maléfica, que pode causar danos irreversíveis aos 
olhos, como por exemplo catarata. 
 
8.5. Camada de Ozônio 
A radiação Ultravioleta é emitida pelo Sol, e por conta da diminuição da 
camada de ozônio é cada vez mais nociva aos seres humanos. A radiação 
UV corresponde uma pequena faixa de comprimento de onda que vai de 
400nm a 100nm. 
 
 
 
 
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termologia, óptica e ondulatória. Editora Saraiva. São Paulo, 1998. 
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GARCIA, C. G. A. quando se deve receitar filtros. UNAM. Disponível em: 
http://www.imagenoptica.com.mx/pdf/revista19/08.pdf 
MARTINS, J. F. Lidando com crianças, conversando com os Pais, Ed.papiros SP. 
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SOUSA, S. J. F.Revisando as anisometropias 
SILVA; J. V.;FERREIRA; B. F. A.; PINTO, H. S. R. 
BAIXAS VISUAIS CRÔNICAS DISTÚRBIOS REFRATIVOS E PRESBIOPIA. Disponível em: 
http://www.ligadeoftalmo.ufc.br/arquivos 
SATO, M. T.; MOREIRA, A. V.; GUERRA D. R.; CARVALHO A. C. A.; OREIRAC. A. M Jr. 
Discromatopsias congênitas e condução de veículos, Curitiba. 2000 
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TORQUATTO, J. Genética: O que esse assunto tem a ver com você. SP 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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