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ESPLENOMEGALIA E ADENOMEGALIA INTRODUÇÃO • Linfonodomegalia: linfonodos aumentados de tamanho. Considerado aumentado quando > 1 cm • Esplenomegalia: peso normal de um adulto 50 a 250 g. Geralmente baço não é palpável. O normal varia de 11 a 14 cm • A etiologia é diversa: infecção viral, bacteriana, processos malignos, doenças inflamatórias • Geralmente é necessário biopsiar o linfonodo MECANISMO DO LINFADENOPATIA • Pode ter reação de linfócito → devido a reação por um grupo específico de antígenos • Proliferação monoclonal de linfócitos malignos • Infiltração de linfonodos por células não linfoides → Reação inflamatória por neutrófilos na adenite • Reação medicamentosa • Processos inflamatórios sistêmicos que resultam na liberação de citocinas que causam edema • Acúmulo de macrófagos em doenças de depósito MECANISMO DE ESPLENOMEGALIA • Pode ser relacionado com as adenomegalias • É um órgão fagocítico e com função hematopoiética • Pode ocorrer devido interrupção de fluxo sanguíneo venoso como trombose de veia porta, trombose de veia esplênica ou hipertensão portal devido à doença hepática intrínseca. ADENOMEGALIA GENERALIZADA • Cadeias de linfonodos: cervical, axilar, supraclavicular, inguinal, mediastinal e retroperitoneal • Neoplasia, doenças infecciosas e inflamatórias • Linfonodo neoplásico é indolor • Causas infecciosas: mononucleose, citomegalovírus, HIV Adenomegalia cervical e occipital • Mais comum é infecção na região de cabeça e pescoço: faringite, otite, abscesso dentários, infecção couro cabeludo • Malignidade é a segunda causa mais comum • Neoplasias: linfomas e câncer cabeça e pescoço • Biopsia é necessária se a adenomegalia persistir dentro de 3 semanas e a causa não é conhecida Adenomegalia supraclavicular • Neoplasias abdominais e torácicas que podem causar metástase • Supraclavicular esquerda → linfonodo de Virchow – relacionado com câncer de TGI Adenomegalia axilar • Mais comum: infecção e neoplasia – linfomas e CA de mama • Menos comumente, pode indicar metástase de carcinoma gástrico INVESTIGAÇÃO DE LINFONODOMEGALIA • Anamnese e exame físico • Hemograma • Sorologia para CMV, Epstein barr, HIV • Indicadores de inflamação: VSG e PCR • Desidrogenase láctica: sugere taxa de turn over celular • Eletroforese de urina e sérica, linfomas, LLC, amiloidose Característica clínica de linfonodos • Linfonodomegalias de início recente, que apresentem menos de 2 ou 3 semanas do início dos sintomas, são geralmente secundárias à resposta inflamatória às doenças virais ou bacteriana. • Linfonodomegalias que apresentem mais de 2 ou 3 semanas de evolução podem ser decorrentes, também, apenas da resposta imunológica às infecções agudas, porém, nesses enfermos com sintomas mais crônicos, aumenta a probabilidade de diagnóstico de doenças neoplásicas ou granulomatosas • Neoplásicos: duros, indolores, aderido a planos fundos • Nas leucemias e linfomas: consistência firme e são indolores • Infecção: gânglio firme e doloroso • Realizar biópsia excisional (todo o linfonodo) → não realiza punção de linfonodo e evitar biópsia incisional AVALIAÇÃO DE ESPLENOMEGALIA • Sintomas: desconforto em hipocôndrio esquerdo e saciedade precoce; sintomas de anemia, plaquetopenia; febre, sudorese noturna, perda de peso, adenomegalias sugere doença hematológica, doença inflamatória ou infecciosa • Deve esclarecer história familiar • Associação com endocardite • Maioria está associado com doenças hematológica, hepática ou infecciosa • Esplenomegalia congestiva: ocorre na hipertensão portal por exemplo. • Anemia hemolítica, doenças infecciosas e doenças inflamatórias (LES, síndrome de Felty na AR): pode cursar com esplenomegalia Exames de imagem • US e TC de abdome (consegue avaliar o retroperitônio) • Não faz biópsia de baço • Pode realizar biopsia de MO e de linfonodos em alguns casos Conduta • Em alguns pacientes que estão bem clinicamente, pode apenas observar • Biopsia de baço não é realizado de rotina • Em alguns casos que não consegue fazer diagnóstico por outros métodos, pode-se realizar esplenectomia diagnóstica
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