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Dermatites alérgicas e piodermites Dermatites alérgicas e piodermites – 22/08 Piodermites São afecções comuns, que atinge diversos pacientes com doenças diversas... É uma infeção bacteriana da pele, produzida em 90 a 95% dos casos pela bactéria Staphylococcus pseudointermedius Tegumento • Maior órgão do corpo, atuando como barreira natural do corpo • Atua na termorregulação, na proteção de perdas hídricas*, além da proteção de imunoglobulinas – barreira física *queimaduras **algumas doenças podem afetar a queratinização – ex: hipotireoidismo ***infiltrado perivascular = infiltração na derme, próximo aos vasos – é a partir da derme que as células inflamatórias irão sair para agir Barreira física = os corneócitos são responsáveis • Entre os corneócitos estão a matriz lipídica – ajuda na coesão celular dos corneócitos • Se tiver falha nessa matriz, a barreira física fica exposta, dando abertura para infecções Barreira química = ácidos graxos presente na pele Barreira celular = células imunológicas Barreira microbiológica = microbiota residente – controle protetivo contra microrganismos patógenos • Staphylococcus pseudointermedius = principal bactéria da microbiota da pele – maior representante no processo de infecção *Microbiota transitória = não reside na pele, pode se instalar, mas não coloniza – microbiota impede Piodermite = entrada de bactérias em camadas mais profundas que gera um processo inflamatório na pele (flogrose) • A piodermite é uma das principais buscas ao veterinário e principal dermatopatia nos atendimentos – com exceção dos felinos • Em felinos é subdiagnosticada = acne felina **uso de antibiótico = ideal sempre usar a maior dose, assim evita resistência *Antibióticos na pele demora para atingir a concentração necessária para ação – é necessário um uso prolongado (15-20 dias no mínimo) Agentes Staphylococcus pseudo Dermatites alérgicas e piodermites • Bactéria coco, gram-positiva, coagulase positivo • MRSP – resistente a meticilina Staphylococcus aureus • Microbiota humana que pode causar infecção nos cães por contato – quando há porta de entrada e imunossupressão • MRSA – resistente a meticilina **a variedade populacional da microbiota – melhor – ocorre menos problemas Resistencia bacteriana • Uso indiscriminado é o principal fator para a crescente resistência bacteriana • Alguns antibióticos devem ser escolhidos a dedo, alguns são contraindicados • Resistências a meticilina – oxacilina Manifestações clínicas • Alopecia • Prurido • Eritrema • Descamação • Fistula • Pápulas • Crostas (mericelia – do pus dessecado) • Pústulas • Úlcera – acometimento da derme • Exulceração - acometimento só da epiderme • Rarefação pilosa • Secreções • Colarinho epidérmicos – ruptura da pústula Classificação por profundidade Piodermite – superficial – acomete a epiderme • Relacionado a processo infeccioso – dor e prurido • Traumas - lambedura • Dermatite úmida aguda o Cães com pelame longo tem maior predisposição o Pus cola no pelo o Com exulceração – acometendo apenas a epiderme o Material proteináceo o Infecção superficial • Intertrigo o Dermatite de dobra – raças que possuem várias dobras o Shitzuh, yorkshire etc Dermatites alérgicas e piodermites o Dobra cutânea, vulvar, cauda o Relacionado a limpeza na dobra – limpeza constante melhora o Cirurgia corretiva da dobra pode ajudar o • Impetigo o Associado a pústulas, principalmente em áreas glabras o Visto em filhote, imunossuprimido, com cinomose, parasitose gastrointestinal, abdômen o **diferenciar de pápula o • Mucocutânea o Acomete região de área perilabial o Pode estar associado a dermatopatia autoimune, parasitária, lesoes por irritação a plástico • Foliculite bacteriana o Mais comum de todas superficiais o É uma inflamação superficial do folículo com formação de pústula o As lesoes são de caráter arredondado – diferente de fungíca – NÃO CONFUNDIR o Exame citológico para diferenciar de fungica – na fungica a lesão é “suja” o Colarinho epidérmico aparece após pústula estourar o Tamanhos das lesões pode ser variado Piodermite – profunda – acomete a derme e hipoderme – Potencial para gerar processo sistêmico • Furunculose o É a foliculite que pegou a derme o Grande chance de gerar cicatrizes o Comum nos bull e derivados o • Celulite ou paniculite o Acomete a hipoderme o Infecção comum o Requer antibióticos mais fortes • Piodermite nasal o Acomete derme • Mentoniana o Pode estar associada a pástico • Pododermatite o Alergia, piogranulomas o A lambedura pode ser um fator predominante Nos gatos • Acne felina (profunda) e lesões de caráter eosinofílico- placa eosinofílicah (superficial) Classificação por ocorrência Dermatites alérgicas e piodermites Primária – questiona-se se existe a primária • 99% tem causa de base ou seja, secundária • Idiopática, ocorrência natural, fatores imunológicos envolvidos Secundária – causa base • De maior importância • Parasitária, alérgica, fúngica, endocrinologia, medicamentos, quimioterápicos, manejo, psicogênico Diagnóstico • Diagnóstico clínico = só pelas características dos sinais clínicos da lesão podem ser a base do diagnóstico • **pênfigo • Exames complementares = citologia, espátula dermatológica (manteiga no pão), raspado parasitológico cutâneo (panótico rápido), cultura e antibiograma (resistência principalmente) O que determina a infecção de piodermite = • Presença de bactéria ou neutrófilos degenerados – sugestivo – não necessariamente ter a bactéria significa que é piodermite, pois pode ser apenas uma infecção ex: lambedura • ou o padrão ouro = neutrófilos degenerados fagocitando as bactérias Tratamento • Tratar a causa base – em algumas situações tratando a causa já resolve a piodermite • Antibióticos depende da classificação da piodermite • Ex: superfícial – tópico • Profunda – sistêmica • Soluções antissépticas – clorexidine, protex (triclosan), peróxido de benzoila, soluções com água sanitária (**) • Tópico = gel, spray, creme, loção, pomada, shampoo • *shampoo – uso semanal ou maior frequência • *outros – clindamicina (menor resistencia), neomicina 0,5%, peróxido de benzoila 2,5 a 5%, ácido fusídico ou mupirocina 2% (mais fortes) • *soluções adstringentes – permanganato de potássio 0,1mg (mais usado) – para secreções umidas o Nitrato de prata, acetato de alumínio (dificil de achar pra comprar) Cuidar da causa subjacente, limpeza, tricotomia, hidratação da pele, Terapia sistêmica é usada quando não tiver boa resposta da tópica, quando a piodermite for profunda • A escolha da terapia será com antibióticos que tem um espectro grande • A escolha do antibiótico será: • Cefalexina – primeira escolha • Amocilina com clavulanato Dermatites alérgicas e piodermites • Convenia • Quinolonas, gentamicina, amicacina, rifampicina – escolha após da cultura • Doxiciclina – quando for usar por mais tempo • O tratamento deve ser de 3 semanas ou de 4 a 8 semanas (nas profundas) • A dose máxima sempre deve ser a escolha, nunca subdose Dermatites alérgicas • Prurido é o mais comum, e as lesões estão associadas ao prurido o Em gatos pode aparecer como lambida • Esta associado a uma proteína – sempre • Processo desenvolvido • Não existe um exame que fecha o diagnóstico – diagnóstico por exclusão • Os animais podem ter mais de uma alergia • Quando tiver prurido é importante descartar outras causas Dermatite atópica canina (DAC) - atopia • Alérgeno – ambientais (ácaros da poeira doméstica), gramineas, fungos, • Segundo lugar de ocorrencia em cães • Em gatos ela é por exclusao as demais Hipersensibilidade alimentar• Alérgeno – proteínas do alimento (origem animal e vegetal) -18kd • Para excluir a H.A – 60 a 80 dias • Terceiro lugar de ocorrência em cães e segundo em gatos • Alimentação caseira – com proteína original (com proteina que animal nunca comeu) e um carboidrato (proteina de peixe e suíno) arroz integral, batata doce e mandioquinha • ou com dieta com ração hipoalergenica hidrolisada DAPE • Pouco comum em filhotes • Alérgeno – proteína na saliva do ectoparasita • Para excluir a DAPE – no mínimo 45 dias • Mais comum em cães e gatos • Para descartar a DAPE é com a prevenção do ectoparasita com proteção repelente e residual – pelo menos 45 dias • Pipetas (aplicação de 15 a 21 dias) ou coleiras (pelo menos 4 meses), comprimidos podem ser usados (conforts, nexgard, bracto, simparic – 35 dias) • Cuidados ambientais • Uso de corticoide no começo para alivio, alguns dias antes suspende para analisar prurido – se voltar, não é necessariamente dape Dermatites alérgicas e piodermites • Uso de antipulga para sempre • Teste de m – com algodao molhado nas fezes – pigmentação avermelhada • Triangulo da DAPE • Dermatite milhar – crostas no gato • Placas eosinofiĺicas – ulcera
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