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1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Farmácia DISCIPLINA: FARMACOGNOSIA NOME DO ALUNO: Luciano Nascimento de Araújo RA: 2036046 POLO:9542- Ercília DATA: 15/04/2022 INTRODUÇÃO Farmacognosia envolve o estudo da identificação de drogas vegetais por caracteres morfológicos e anatômicos, o estudo de sua origem e formas de produção, controle da sua qualidade, composição química, elucidação estrutural e conhecimento das propriedades físico-químicas das substâncias ativas, bem como o estudo de suas propriedades farmacológicas e toxicológicas (BRUNETON, 1993). A percolação consiste em passar o líquido extrator pelo MV, com o uso de aparelho conhecido como percolador, recipiente cônico ou cilíndrico. Este processo leva ao esgotamento da droga, e obtém-se extratos mais concentrados e ricos em metabólitos. (GRATÃO, 2014) O barbatimão (Stryphnodendron adstringens) é uma planta medicinal do Cerrado, rica em taninos. A exploração comercial do barbatimão é puramente extrativista e se destina à extração de taninos da casca para serem utilizados na medicina popular e no curtimento do couro de animais. Os taninos precipitam proteínas e podem combinar-se com elas tornando-as resistentes. São usados nos tratamentos de queimaduras e escoriações cutâneas. Estudos citam que o extrato aquoso da casca do barbatimão tem significativo efeito cicatrizante sobre os ferimentos e também possui atividade anti-inflamatória, analgésica e uma atividade protetora da mucosa gástrica. A toxicidade da casca, folhas e frutos do barbatimão foi comprovada em estudos com animais. Esse vegetal apresenta-se como promissor para o desenvolvimento de um medicamento fitoterápico, contudo tornamse necessários maiores estudos e pesquisas que validem esse potencial farmacológico.(TEIXEIRA,2009) Os taninos são uma classe de compostos fenólicos de grande complexidade e importância, são classificados, de acordo com a estrutura química, em dois grupos: hidrolisáveis e condensados. Os taninos hidrolisáveis consistem de ésteres de ácidos gálicos e ácidos elágicos glicosilados, (geralmente ligados a β-D-glicose) formados a partir do chiquimato, onde os grupos hidroxila do açúcar são esterificados com os ácidos fenólicos. .(GRATÃO, 2014) RESULTADOS E DISCUSSÃO AULA 1. ROTEIRO 1. OBSERVAÇÃO E ANÁLISE MACROSCÓPICA DOS ÓRGÃOS VEGETAIS Observou-se diferentes órgãos vegetais através do método direto tato, visão e olfato. Foi realizado uma visita a um pé de boldo e um pé de mamão no pátio da faculdade, observou-se as folhas texturas, cheiro e características de cada. Boldo: São folhas ovais, consistência de couro, nervuras salientes na parte inferior, coloração verde com aroma canforado. Mamão: Tendo três tipos, o masculino que é descartado pois possui mais néctar e pólen, o feminino que tem menos poupa e mais sementes e os hermafroditas que comercialmente têm mais valor pois tem mais poupa e menos sementes. AULA 1. ROTEIRO 2. ANÁLISE MICROSCÓPICA DE PLANTAS MEDICINAIS E/OU DROGAS VEGETAIS No laboratório foi realizado análise em microscópio, pegou-se três amostras de cebola, cortou-se em laminas bem finas colocou-se em um vidro de relógio com agua destilada, após foram retiradas e colocadas em uma lamina e pingou-se três gotas de glicerina em cima da amostra de cebola, após tirou-se o excesso de glicerina e colocou-se em uma lamínula em um ângulo de 45° aos limarmos a lamina para o microscópio e visualizou-se no equipamento em 40x. Figura 1 CORTE DE CEBOLA AULA 1. ROTEIRO 3. ANÁLISE MICROSCÓPICA DE PLANTAS MEDICINAIS E/OU DROGAS VEGETAIS Para realizar esse procedimento pegou-se duas lâminas novas e adicionou-se um corte de cebola em cada, após adicionou-se hipoclorito de sódio para descolorir e fixar, após os dois cortes foram com água destilada no béquer para tirar o excesso. Após adicionou-se azul de metileno em uma placa e lugol na outra deixando cinco minutos em descanso, em seguida lavou-se com água destilada e montou-se a lâmina, pegou-se o corte corado e inseriu-se glicerina 50% e colocou-se a lamínula. Após tirou-se o excesso de glicerina da lâmina e colocou-se no microscópio para observas em 40X. Figura 2 LAMINA DE LUGOL E AZUL DE METILENO AULA 2 – Roteiro 1 Roteiro 2 Roteiro 3 Análise Microscópica de Plantas Medicinais e/ou Drogas Vegetais -Análise de Lâminas prontas Histologia - Parênquima – Observou-se o parênquima com cloroplasto (pontos verdes, sendo que a coloração deixou avermelhado) e verificou-se que este parênquima pode ser chamado de clorênquima. Histologia - Vasos condutores – Visualizou-se o xilema cortado transversalmente Histologia – Colênquima – Observou-se a colênquima do tipo anelar e verificamos o reforço nas paredes das células. Histologia – Vasos condutores – Floema cortado transversalmente, mostrando a região da placa crivada. Histologia – Grãos de Aleurona – observou-se que dentro de células do parênquima tem inclusão de proteína (grão de aleurona) presentes em células do parênquima. Protoplasma – Grãos de Amido – Observou-se os grãos de amido (em vermelho) dentro de células de parênquimas (azul). Histologia - Parênquima – Observou-se parênquima do tipo aerênquima e foi possível ver reserva de ar nas grandes câmaras. Histologia – Estruturas secretoras – Observou-se a glândulas de óleo essencial, localizada abaixo da epiderme da folha de eucalipto. AULA 3. ROTEIRO 1. ANALISE DE DROGA VEGETAL PROCEDIMENTO: Usou-se a camomila como droga vegetal para este procedimento Em uma balança de precisão com o papel de pesagem, pesou-se 4,61g da camomila seca. Fez-se a limpeza, retirando todo material estrando visível a olho nu, e utilizando somente as partes com maior qualidade de uso terapêutico. Coletou-se a quantia de 3,17g de camomila e fez-se o cálculo para verificação, se a droga vegetal está apta a uso terapêutico, sabendo-se que a porcentagem aceitável é de 10%. CALCULO: 4,61 - 100 3,17 - X 4,61 .X – 3,17 . 100 4,61 X – 3,17 X – 3,17 -------- 4,61 X – 68,76% Matéria prima reprovada AULA 3. ROTEIRO 2. ANALISE MICROSCOPICA DE PLANTAS MEDICINAIS E/OU DROGAS VEGETAIS PROCEDIMENTO: Fez-se a marcação da placa cromatoplaca para obter o resultado do procedimento. Em uma balança de precisão com um papel de pesagem, pesou-se 1,0g de hortelã pimenta. Colou-se em um almofariz e com ajuda do pistilo, macerou-se e foi acrescentado aos poucos 9 ml de etanol, continuou-se com a maceração para melhor extração. Com um capilar coletou-se uma amostra da solução extrativa feita no procedimento acima, e foi feita a primeira marcação na placa, chamando-a assim de ponto 1. Em seguida fez-se o segundo ponto com amostra de hortelã 1% E a terceira marcação com amostra de hortelã puro Colocou-se em uma cuba cromatográfica com acetato de etila tolueno 7:93, e deixado para secagem e após leitura da placa cromatoplaca. RESULTADO: Fator de retenção – Afinidade Ponto inicial: Foi revelado por reagente químico A marcação da distância para percorrer foi de 10 cm Foi percorrido do ponto de partida até o ponto onde houve reação: 1º ponto: 5,0 cm 2º ponto: 7,0 cm 3º sem reação CALCULO: 1º PONTO 5,0 : 10 = 0,5 cm 2º PONTO 7,0 : 10 = 0,7 cm AULA 3. ROTEIRO 3. PREPARO DE TINTURAS PROCEDIMENTO: Em um béquer de 250 ml pesou-se 10g de camomila, transferimos para o almofariz e com ajuda do pistilo triturou-se. Colocou-se o liquido extrator propilenoglicol 50%, na amostra de camomila e agitou-se bem por 10 minutos. Após acrescentou-se 10 ml de agua destilada e continuamos a agitação. Após acrescentou-se 30 ml de álcool 70%, e reservou-se. Montou-se o suporte universal com funil de vidro com algodão para ser feita a filtração, transferiu-se a amostra para o funil e com um béquer foi aguardado a extração. Após colocou-se em banho maria para redução do volume e obtenção da tinturaRESULTADO: Após banho maria, foi extraído a quantia de 28 ml de tintura de camomila. AULA 4. ROTEIRO 1. PREPARO DE EXTRATO FLUIDO DA DV PELO MÉTODO PERCOLAÇÃO (FARMACOPEIA BRASILEIRA, 2º EDIÇÃO. Extrato: possui 50% de droga vegetal. É mais potente do que a tintura. Percolação: arrastamento do PA pela passagem continua do liquido extrator, levando ao esgotamento da planta pelo gotejamento lento do material. Para realização do procedimento pesou-se 2,98g de barbatimão em um béquer de 250ml, transferiu-se para o almofariz e com o auxílio de pistilo foi triturado o barbatimão. Após mediu-se 20ml de álcool 70% com auxílio de uma proveta e adicionou-se no almofariz e continuou a trituração. Foi deixado em repouso por 15 minutos. Após o tempo de repouso, pegou-se um funil de separação e como auxílio de um bastão de vidro colocou-se o algodão no funil de separação e adicionou-se a droga umedecida, em seguida preparou-se o papel filtro e com o auxílio do bastão de vidro o mesmo foi colocado no funil e ajeitou-se para melhor colocação e acrescentou-se bolinhas de gude. A torneira do funil foi aberta para escoar o liquido dentro da proveta, em seguida adicionou-se 20ml de liquido extrator e deixou escoar 2 gotas, a torneira foi fechada e adicionou-se mais 30ml de extrator. Em seguida a torneira foi aberta e deixou-se escoar o volume de 15ml na proveta extraindo-se o primeiro percolado, que foi reservado. Após colocou-se um béquer embaixo do funil para escoar todo o restante. Fechou-se a torneira e adicionou-se mais 20ml de álcool etílico com o auxílio de uma proveta, observou-se que o 2º percolado apresentou maior concentração de bioativos com relação ao 1º. O 2º percolado foi colocado no banho maria até evaporar o álcool restando apenas 1ml do bioativo extrator da droga vegetal. AULA 4. ROTEIRO 2. Amido – polissacarídeo reino vegetal Procedimento: para realização desse procedimento pesou-se 2,05g de amido no papel de pesagem e transferiu-se para o erlenmeyer e acrescentou-se 200ml de água destilada, formando uma suspensão aquosa a 1% de amido. 1º hidrólise com lugol. Pegou-se um tubo de ensaio e uma pipeta de 2ml, e aspirou-se 2ml da suspensão no tubo de ensaio e acrescentou-se 2 gotas de solução de Lugol com auxílio de uma pipeta pasteur, formando uma solução de cor azul/preto bem escuro, confirmando assim a presença de amido. 2º hidrólise ácida pegou-se 10ml de Hcl 20% na solução de amido, em seguida pegou-se 3 tubos de ensaio a cada 5 minutos T5, T10 e T15, em seguida foi colocado a solução em banho maria. Pegou-se 2ml da solução de amido que estava no banho maria e adicionou-se no tubo de ensaio T5 após 5 minutos e após adicionou-se 5 ml da mesma solução no tubo de ensaio T10 , e para finalizar essa etapa, após 5 minutos coletou-se mais 2ml e adicionou-se no tubo de ensaio T15. No tubo T5 e T10, adicionou-se 2 gotas de lugol, e obteve-se os seguintes resultados, nos três tubos uma solução azul/preto.. Os tubos 1,2 e 3 os valores obtidos apresentaram a mesma coloração, a mesma intensidade de coloração, esperava. . T 15 mais intenso . T 5 mais clara . T 10 intermédia AULA 4. ROTEIRO 3. Identificação de tanino em droga vegetal Procedimento 1: para realizar esse procedimento pesou-se 1g de hamamelis na balança de precisão, em um béquer e com o auxílio de uma proveta adicionou-se 30ml de água destilada no béquer que contém a droga vegetal e levou-se para aquecimento na chapa por 1 minuto. Após em um funil de separação foi adicionado uma leve camada de algodão e foi coado no béquer. Em seguida pegou-se 6 tubos de ensaio e adicionou-se 2ml do filtrado e o resultado está descrito abaixo: REAGENTE COR PRECIPITADO 1.sulfato de quinina 4 gotas Precipitado 2.acetato de chumbo 2 gotas Precipitado esbranquiçado 3.acetato de cobre 2 gotas Precipitado 4.cloreto férrico 2 gotas Azul / verde 5. branco Os resultados foram positivos, pois as 3 amostras apresentam resultados de acordo com a farmacopeia brasileira. Procedimento 2. Para realizar esse procedimento pegou-se 3ml do filtrado e com o auxílio de uma pipeta adicionou-se no béquer de 100ml, juntamente com um pedaço de palito, e levou-se para ferver até secagem de tanino. Após adicionou-se 1 gota de Hcl concentrado sobre o palito e foi possível verificar a presença de taninos hidrolisável. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRUNETON, JEAN. Pharmacognosie, Phitochini e Plantas Medicinales. 2 ed. Tec. Doc. Paris. Última edição. GRATÃO, Lúcia Helena Almeida; DO NASCIMENTO, Guilherme Nobre Lima. PREPARO E EXTRAÇÃO DE DROGAS VEGETAIS. COMPOSTOS BIOATIVOS VEGETAIS, p. 39, 2014. TEIXEIRA, Francieli; MARTINS, MVDM. Barbatimão (Stryphnodendron Adstringens (Mart.) Coville): uma revisão bibliográfica de sua importância farmacológica e medicinal. Cenarium Pharmacêutico, v. 3, n. 3, p. 1-6, 2009. 1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Farmácia DISCIPLINA: FARMACOGNOSIA NOME DO ALUNO: Luciano Nascimento de Araújo RA: 2036046 POLO: 9542 - Ercília DATA: 15/04/2022 1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Farmácia DISCIPLINA: FARMACOGNOSIA NOME DO ALUNO: Luciano Nascimento de Araújo RA: 2036046 POLO:9542- Ercília DATA: 15/04/2022
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