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LABORATÓRIO DE ELETROTERMOFOTOTERAPIA ELETROTERAPIA: CORRENTES DE BAIXA FREQUÊNCIA ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 1 ELETROTERAPIA: CORRENTES DE BAIXA FREQUÊNCIA Ao realizar a utilização de correntes elétricas terapêuticas, é importante saber que elas possuem diferentes características físicas, incluindo frequências distintas. Essas correntes utilizadas em eletroterapia podem ser classificadas através da frequência que utilizam para promover os efeitos biológicos nos tecidos, sendo elas correntes de baixa, média ou alta frequência. As correntes de baixa frequência utilizam frequências de até 1000Hz e são amplamente utilizadas na área da fisioterapia. Corrente galvânica, farádica, diadinâmicas, TENS e FES são exemplos de correntes de baixa frequência. A corrente de baixa frequência é constituída por corrente do tipo pulsada; a corrente pulsada é assim denominada por fornecer pulsos intermitentes separados por um intervalo considerável. Abordaremos agora os diferentes tipos de corrente de baixa frequência e suas características principais. 1. CORRENTE GALVÂNICA É um tipo de corrente polarizada, unidirecional, ou seja, os elétrons caminham em um só sentido do polo negativo para o positivo. Sendo assim, essa corrente produz um efeito eletroquímico. Antes de aplicar esse tipo de corrente, é necessário se atentar ao local de aplicação de cada polo e ao tipo de molécula que cada um desses polos atrai, não devendo esquecer que o polo negativo atrai os íons positivos, e vice- versa. O polo negativo atua produzindo reação alcalina e hiperemia, repelindo íons negativos, atraindo íons positivos, fazendo vasodilatação, fluidificando e hidratando os mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE ELETROTERMOFOTOTERAPIA ELETROTERAPIA: CORRENTES DE BAIXA FREQUÊNCIA ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 2 tecidos e estimulando a circulação. Já o polo positivo atua produzindo reação ácida, repelindo os íons positivos e atraindo os negativos, promovendo a vasoconstrição, reduzindo a hiperemia de forma difusa, desidratando e endurecendo os tecidos e tendo efeito bactericida, anti-inflamatório e analgésico. Essa corrente utiliza eletrodos metálicos com esponja umedecida, fixados com ataduras e fitas adesivas. Os efeitos gerais da corrente galvânica são: efeito sobre o nervo sensitivo (formigamento), efeito físico-térmico (ligeiro aquecimento) e físico-iônico (dissociação eletrolítica), efeitos fisiológicos (hiperemia ativa) e efeito analgésico (aumenta o limiar de excitabilidade). Dentre as técnicas de aplicação da corrente galvânica, temos a ionização; essa técnica facilita a penetração das substâncias ativas dos cosméticos através da pele. O uso da corrente favorece a permeação das moléculas do princípio ativo do produto aplicado através da pele, de modo que esses ativos consigam alcançar tecidos mais profundos e garantir maior efetividade terapêutica. Esses produtos, também chamados de substâncias ionizáveis, possuem em sua composição íons, de modo que o produto tenha uma carga elétrica definida, devendo ser aplicados nos polos específicos dos eletrodos, de acordo com a carga previamente conhecida do produto. Esse tratamento age estimulando ou relaxando os tecidos, promovendo aumento ou redução do metabolismo, de acordo com os objetivos de tratamento. Portanto, essa terapia é indicada para tratamentos de envelhecimento (preventivo ou para amenizar sinais cutâneos de envelhecimento), analgesia local, ação inflamatória, relaxante, cicatrizante ou antisséptica, dependendo do princípio ativo empregado. Para garantia de segurança, deve-se destacar que o eletrodo metálico não deve ser posicionado no local onde haja endoprótese e osteossíntese, marcapasso, útero gravídico, tumor ou área com ferida ou sensibilidade alterada. 2. ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA (TENS) É uma técnica de eletroterapia analgésica simples e não invasiva que consiste na aplicação de eletrodos sobre a pele, com o objetivo de estimular as fibras nervosas grossas, de condução rápida. Durante a aplicação da TENS, são geradas correntes pulsadas e estas são enviadas através da superfície da pele por meio de eletrodos. Há mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE ELETROTERMOFOTOTERAPIA ELETROTERAPIA: CORRENTES DE BAIXA FREQUÊNCIA ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 3 algumas formas de se produzir analgesia através do TENS, como o uso do TENS convencional, acupuntura, breve-intenso e Brust. Para dores agudas, pode-se usar o TENS convencional, com frequência elevada (80 a 150 Hz) e intensidade moderada, e, para dores crônicas, o TENS acupuntura ou Burst, com frequência baixa e intensidade elevada. Para a aplicação do TENS, um dos parâmetros a que devemos nos atentar é a frequência: como dito anteriormente, ela deve ser programada de acordo com as fibras que devem ser estimuladas, já que essa corrente pode estimular fibras nervosas aferentes de maior ou menor calibre, sendo que o aparelho permite que o fisioterapeuta use uma frequência próxima ou igual ao natural, para estimulá-las. A diferença para o modo Burst do TENS é que se torna possível determinar rajadas fixas, que são repetições de impulsos em um determinado tempo. Na prática clínica, a TENS, basicamente, tem suas indicações voltadas ao tratamento de quadros álgicos. Sendo assim, seus eletrodos podem ser colocados sobre o trajeto nervoso e proximal da zona da dor, o dermátomo doloroso, o tronco nervoso, o ponto gatilho e acima, abaixo ou em ambos os lados da zona dolorosa. Contudo, pode também ser utilizada como uma terapia que visa restaurar o fluxo sanguíneo para tecidos isquêmicos e feridas. Para garantir a segurança, a TENS nunca deve ser aplicada sobre áreas com alterações de sensibilidade ou tecidos em cicatrização, sobre área de tronco (quando há marcapasso), quando há gestação (sobre útero gravídico e, nos três primeiros meses, em nenhuma área do corpo) e sobre seios carotídeos. 3. ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA FUNCIONAL (FES) É uma corrente usada quando a meta do tratamento é favorecer ou produzir movimento funcional, utilizando a corrente elétrica de baixa frequência para provocar a contração de músculos que estejam paralisados ou enfraquecidos, em especial em situações decorrentes de lesão do neurônio motor superior. O nível de complexidade da FES pode variar desde sua utilização, com estimuladores de dois canais, para favorecer a dorsiflexão durante a marcha em crianças com paralisia cerebral, por mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE ELETROTERMOFOTOTERAPIA ELETROTERAPIA: CORRENTES DE BAIXA FREQUÊNCIA ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 4 exemplo, até múltiplos canais, para ativar vários músculos, de modo a restaurar o equilíbrio e a marcha em pacientes com paraplegia. A técnica FES tem como base a produção da contração através da estimulação elétrica, que despolariza o nervo motor, produzindo uma resposta sincrônica em todas as unidades motoras do músculo. Esse sincronismo promove uma contração eficiente, mas é necessário um treinamento específico, a fim de evitar a fadiga precoce que impediria a utilização funcional do método com o objetivo de reabilitação. Em relação às frequências, as mais utilizadas nesse tipo de corrente são entre 10 e 50 Hz, uma vez que abaixo de 10 Hz não é possível gerar contração muscular eficiente e acima de 50 Hz se pode produzir fadiga muscular.Quanto à obtenção de um movimento funcional de um membro paralisado, não é possível que ele seja estimulado por um simples pulso elétrico, sendo necessária uma série de estímulos com certa duração, frequência e repetição. Essa sequência de estímulos necessários recebe o nome de trem de pulsos. É preciso determinar um período de repouso entre esses estímulos, a fim de evitar a fadiga na fase de recondicionamento muscular ou para permitir o controle das contrações musculares e se obter movimentos úteis à locomoção. O tipo e o tamanho dos eletrodos dependerão, principalmente, do efeito desejado, da técnica empregada, do tamanho dos músculos a serem tratados e do local onde serão aplicados. Isso depende de cada caso a ser tratado, podendo a corrente ser utilizada para a facilitação neuromuscular ou também para aumento da amplitude de movimento, fortalecimento muscular e controle da espasticidade. As contraindicações dessa corrente são: osteoporose severa, calcificações articulares ativas, lesões tróficas, intolerância ao estimulador elétrico, espasticidade severa e epilepsia. As precauções são as mesmas das outras correntes: evitar área do marcapasso e alteração sensitiva grave. 4. MICROCORRENTE Também chamada de MENS (microcurrent electrical neuromuscular stimulation), é uma terapia que faz uso de corrente galvânica, entretanto, nesse caso, faz a utilização da corrente galvânica em baixas intensidades, na faixa dos mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE ELETROTERMOFOTOTERAPIA ELETROTERAPIA: CORRENTES DE BAIXA FREQUÊNCIA ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 5 microampères. Sua aplicação se dá em níveis que não ativam as fibras nervosas sensoriais subcutâneas, sendo assim, não geram percepção da sensação de formigamento, que geralmente é associada a procedimentos eletroterapêuticos. Essa corrente é utilizada para promover a revitalização cutânea, melhorando a flacidez muscular, a elasticidade, a viscosidade e o brilho da pele. Para seleção do tipo de onda, deve-se atentar ao grau de flacidez e ao estado geral da pele, sendo algumas utilizadas para flacidez mais leve e outras para as mais acentuadas. Também são utilizadas para auxiliar na cicatrização de úlceras crônicas, queimaduras e controle da dor. Essa corrente deve ser aplicada em três etapas: na primeira fase, o objetivo é promover a movimentação de líquidos; na segunda, promover a estimulação muscular; na terceira, ionizar um produto com características nutritivas e hidratantes, próprias para revitalização cutânea. mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE ELETROTERMOFOTOTERAPIA ELETROTERAPIA: CORRENTES DE BAIXA FREQUÊNCIA ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADNES, J. E. Eletrotermoterapia: teoria e prática. Orium, 2005. KITCHEN, S. B. S. Eletroterapia: prática baseada em evidências. 11 ed. Barueri: Manole, 2003. STARKEY, C. Recursos terapêuticos em fisioterapia. 2 ed. Barueri: Manoel, 2001. WARD, A. R. Electrical stimulation using kilohertz-frequency alternating current. Physical therapy. 2009; 89(2):181-90. mailto:contato@algetec.com.br
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