Buscar

TEORIAS E TECNICAS DE PROCESSOS GRUPAIS AULA 01 - 02 E 03

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Conceituação de grupo e breve contextualização histórica 
Professora: Dra. Tatita brito 
Base dos livros: 
• Fundamentos básicos das Grupo terapias 
• Oficinas em dinâmica de grupo 
Parte 01 – conceituação 
• Como definir o que é grupo? 
Na concepção de Pichon Riviere, o grupo apresenta se como instrumento de 
transformação da realidade, e seus integrantes passam a estabelecer relações grupais que 
vão se constituindo, na medida que começam a partilhar objetivos comuns, a ter uma 
participação criativa e critica e a poder perceber como interagem e se vinculam. 
• Definição de agrupamento? 
Agrupamento é um grupo de grupos, ou seja, é a união de dois ou mais grupos. Dessa 
forma para que haja um agrupamento é necessário que existam mais grupos. 
Um exemplo é a sala de aula, existem alunos com o objetivo de aprendizagem (mesmo 
objetivo), portanto, divididos em vários grupos (um grupo grande desmembrado em vários 
grupos pequenos). 
• Definição de grupo? 
Conjunto de pessoas ou coisas dispostas proximamente e formando um todo, ou 
determinado número de pessoas. 
Ou seja, grupo é um conjunto de pessoas que reunidos formam um todo. São diversas as 
expressões que caracterizam os grupos, por exemplo: multidão, platéia, publico, bando, 
marcha, panelinha, associação, equipe etc. 
Em sociologia a palavra grupo as aplica indiscriminadamente a conjuntos diferentes de 
pessoas, cuja relações se fundem numa série de papeis interligados, e que integram de 
modo mais ou menos padronizado e formam os mais diversos grupos sociais, como por 
exemplo: membros de uma igreja, grupos de professores, sócios de um clube, alunos de 
uma escola. 
Assim, a unidade de ação de um grupo social é fundamental e se produz em virtude da 
conduta de seus membros, afim de que a ação do grupo, como um todo, tenha um 
propósito. Como por exemplo: uma equipe de futebol onde os membros ajustam e 
coordenam de tal modo ás atividades de cada um deles, e a equipe inteira atua como se 
fosse uma maquina em busca de resultados. A sociologia, na analise dos grupos, classifica 
os grupos como primário e secundário. 
• Grupo primário: é aquele cujos componentes, em número relativamente pequeno, 
estão associados de maneira intima. Os contatos são predominantemente pessoais, 
visando uma convivência estreita e integral de seus membros. O principal grupo 
primário é a família, e inclui também os amigos em alguns casos vizinhança e em em 
certas circunstâncias, uma sociedade inteira, necessariamente pequena. 
• Grupo secundário: é o grupo social cujos membros, geralmente em números elevados, 
estão associados em virtudes de interesse comum, ou para atingir metas pré-
estabelecidas. Neles os contatos são predominantes impessoais. O grupo secundário é 
um macro grupo onde predominam as forças de controle social indireto, chefiado, 
geralmente, por pessoas ou instituições especializadas. Entre os grupos secundários 
estão as grandes empresas, os sindicatos, as associações, os partidos políticos etc. 
• Um agrupamento pode se tornar um grupo? 
Zimmerman (1997) destaca que o agrupamento caracteriza se por um conjunto de pessoas 
que partilha de um mesmo espaço e tem interesses comuns, podendo vir a tornar se um 
grupo. A passagem de agrupamento a um grupo propriamente dito resultaria, segundo o 
autor, da transformação de interesses comuns em interesse em comum; isto é, os 
integrantes de um grupo reúnem se em torno de uma tarefa e de um objetivo comum ao 
interesse de todos. Além dessa peculiaridade, o autor enumera outras características de 
grupo: forma uma entidade, com leis e mecanismos próprios; garante além de uma 
identidade própria, as identidades especificas, preserva a comunicação, garante espaço, 
tempo e regras que normatizam a atividade proposta organiza se em função de seus 
membros e esses organizam se em função do grupo, apresentam duas forças 
contraditórias, uma tendente a coesão e outra a desintegração, apresenta integração 
afetiva e distribui posições de modo hierárquico. 
A questão da realidades dos grupos, é pertinentes á medida que nem todos os autores têm 
se mostrado unanime quanto a sua existência. Rodrigues e Hera (1998) fazem um resgate 
histórico de três movimentos que discutem essa temática. Seguindo o caráter temporal, o 
primeiro movimento defende a noção de grupo enquanto “mente”, isto é, existe uma 
mente grupal independente, possuidora de características e leis próprias e que atua sobre 
os membros que compõe o grupo. Essa leitura do grupo supõe que o mero fato de 
estarem reunidos configura uma espécie de “alma coletiva” que induz o sujeito a sentir, 
pensar e agir como não faria em separado. Floyd Allport, em 1924, apresenta uma relação 
a esta abordagem pois, segundo este autor, falar em mente, consciência ou alma de grupo 
era algo sem sentido, uma vez que grupo era um ficção que pretendia ultrapassar os 
comportamentos individuais. Nessa perspectiva, nada havia em um grupo que estivesse 
além ou acima das ações dos sujeitos. Rodrigues e Hera afirmam que esta abordagem 
permitiu repensar as mistificações que eram construídas em torno do grupo porem 
propunha uma explicação tão reducionista quanto a anterior, só que no sentido contrário. 
A saída desse impasse encontra se na psicologia dos grupos desenvolvida na década de 
trinta e quarenta, por autores como: Muzafer Sherif, Kurt Lewin e Solomon Asch, os quais 
afirmam a existência dos grupos e assim viabilizam a investigação dos mesmos. Nesse 
terceiro movimento encontra se implícito o conceito de interdependência entre os 
membros. O grupo passa a ser visto como totalidade possuidora de realidade própria, 
produto de interação de suas partes componentes e que não se equivale a soma das 
mesmas. Ainda que, na referência citada, a teoria lewiniana seja apresentada como uma 
solução entre a ideia de uma mente grupal e a redução do grupo aos comportamentos 
individuais, Carlos (1998) analisa essa teoria como um ser que transcende as pessoas que o 
compõem. 
Esta ultima analise permite equiparar a teoria de lewin ao primeiro movimento em defesa 
da realidade do grupo apresentado por Rodrigues e Hera. Nesse sentido, os estudos sobre 
pequenos grupos vinculado á teoria de Lewin, isto é, que trabalham com a definição de 
grupo em termos de espaço e sistema de força, pensando a dinâmica do grupo a partir da 
interdependência em relação aos membros ou a uma tarefa proposta, acabam, segundo 
Lane (1985), por reduzir os valores do individualismo e da harmonia. O grupo coeso, 
estruturado, é um grupo ideal, acabado, como se os indivíduos envolvidos estacionassem e 
os processos de interação pudessem se tornar circulares Lane, 1985, p. 79). Tschiedel 
(1998), em consonância, afirma que estas propostas conceituais e praticas produzem 
demandas que omitem o aparecimento do novo, a existência de fluxo. 
Conforme Lane (1985), em um não grupo as tarefas são sempre individuais e não há ações 
encadeadas para produção conjunta. O grupo, por sua vez, só existe enquanto tal quando, 
ao se produzir algo, transformam se as relações entre os sujeitos. Desse modo, a autora 
não identifica a produção grupal, necessariamente, com a tarefa nem com os objetivos do 
grupo. 
• Características 
Não é um mero somatório de indivíduos; se constitui como uma nova entidade, com leis e 
mecanismos próprios e especifico. 
Todos os integrantes estão reunidos em torno de uma tarefa e/ou um objetivo comum. 
O tamanho do grupo não pode exceder o limite que ponha em risco a indispensável 
preservação da comunicação, tanto a visual como a auditiva, a verbal e a conceitual. 
Deve haver a instituição de um enquadre e o cumprimento das combinações nele feitas. 
Objetivos claramente definidos; deve levar em conta uma estabilidade de espaço (local das 
reuniões), de tempo (horários, férias, etc.) algumas regras e outras variáveis equivalentes 
que delimitam e normatizam a atividade grupalproposta. 
É uma unidade que se manifesta como uma totalidade, tão importante como o fato de se 
organizar a serviço de seus membros, é também a recíproca disso. 
Indispensável que fiquem claramente perseveradas as identidades especificas de cada um 
dos indivíduos componentes. 
Existência de uma interação afetiva entre os seus membros, a qual costuma ser de 
natureza múltipla e variada. 
Coexistem duas forças contraditórias permanentemente em jogo: uma tendente a sua 
coesão, e a outra a sua desintegração. 
• Qual a diferença entre grupo e processo grupal? 
O grupo como produto histórico, construído em um determinado espaço e tempo, 
resultados de relações cotidiana, e simultaneamente, traz em sua experiência presente 
aspecto gerais da sociedade contemporânea, evidenciadas nas contradições e 
determinações que surgem nos grupos (Lane, 1984). 
Parte 02 – contextualização histórica 
Psicologia grupal: 
• Psicanálise = ciências sociais = sociologia = antropologia social = psicologia social 
Sobre as principais abordagens: 
• Empírica: 
Pesquisa empírica, também chamada de pesquisa de campo, pode ser entendida como 
aquela que é necessária comprovação prática de algo, seja através de experimentos ou 
observação de determinado contexto para coleta de dados em campo. Na relação com a 
teoria a pesquisa empírica serve para ancorar e comprovar no plano da experiencia aquilo 
apresentado conceitualmente, ou, em outros casos, a observação e experimentação 
empírica oferecem dados para sistematizar a teoria. Embora possa ser caracterizada como 
uma categoria menor de pesquisa (preconceito advindo de tempos mais remotos|), por 
supostamente envolver menos esforço intelectual e mais esforço braçal, a pesquisa 
empírica é fundamental á comprovação da teoria e á sua validação particularmente em 
determinadas áreas como as ciências biológicas, ciências sociais aplicadas ou arquitetura 
em que a teoria trabalha muitas vezes a serviço da prática, e sem esta ultima perde até seu 
objetivo. Ao contrario da pesquisa teórica, no entanto, a pesquisa empírica não é 
autossuficiente, ou seja, não se sustenta dissociada absolutamente da teoria, fundamental 
a sistematização do conhecimento. Esta serve para dar fundamento aos experimentos 
realizados e dados observados ou colhidos em campo. 
Ou seja, mais fruto de uma intuição e experimentação do que, propriamente, de bases 
cientificas. 
O método empírico, que mostrou excelentes resultados na aceleração da recuperação dos 
doentes, esta baseados na identificação dos pacientes com o médico, compondo uma 
estrutura familiar – fraternal e exercendo o que hoje chamaríamos de função continente 
do grupo. 
Pode se dizer que tal sistema empírico foi o modelo de outras organizações similares, 
como, por exemplo, a dos alcoólicos anônimos, iniciada em 1935, e que ainda se mantém 
com uma popularidade crescente. 
• Psicodramática: 
A abordagem psicodramática é considerada uma abordagem existencial. Essa abordagem 
parte do princípio de que o homem é o construtor de si próprio e de seu mundo. Seus 
objetivos convergem para a compreensão da experiencia de existir. 
O grande nome dessa corrente é Jacobo Levy Moreno, médico judeu, nascido na Romenia 
em 1892, tendo migrado para os estados unidos em 1925, onde criou, desenvolveu e 
sistematizou suas descobertas, e onde veio a falecer, em 1974, aos 82 anos. 
1910: montava encenações e enredos com crianças em parques abertos de Viena. 
1913: trabalhou com grupos de discussão e dramatização com prostitutas e também com 
presidiários. 
1930: criou a expressão terapia de grupo e, anos depois, fundou, em Viena, o teatro de 
improvisação que se constituiu como o protótipo original do que veio a ser conhecido 
como psicodrama 
 
 
 
• Sociológica: 
Para melhor entender precisamos entrar em psicologia social, que é uma área que se 
encontra entre a psicologia e a sociologia, de acordo com alguns teóricos. Na realidade, o 
ponto que diferencia ambas é o fato do objeto de estudo da psicologia se focar no 
individuo, enquanto que a sociologia se concentra no grupo social. No entanto, como 
objeto de estudo, a psicologia social pode ter duas vertentes: psicológica ou sociológica. A 
psicologia social psicológica se limita a explicar as ações do individuo a partir dos estímulos 
que recebe do exterior (os seus sentimentos, comportamentos e pensamentos, por 
exemplo). Já a psicologia social sociológica estuda os fenômenos que surgem nos 
diferentes grupos a partir da interação das pessoas com estes. 
O proposito da psicologia social é identificar os traços que ligam os indivíduos aos grupos. 
De acordo com este ramo de estudo, todas as pessoas teriam um comportamento distinto 
quando estão inseridas numa esfera social, diferente daquele apresentado quando estão 
sozinhas. 
Fortemente inspirada em Kurt Lewin, criador do termo, dinâmica de grupo. 
A partir de 1936, concentra todos os seus esforços no sentido de integrar as experiências 
do campo das ciências sociais a dos grupos. 
Criou laboratórios sociais com a finalidade de descobrir as leis grupais gerais que regem a 
vida dos grupos humanos e diagnosticar uma situação grupal especifica. 
Estudos sobre a estrutura psicológica das maiorias e das minorias, especificamente as 
judaicas. 
Concepção sobre o campo grupal e a formação de papéis. 
Qualquer indivíduo, por mais ignorado que seja, faz parte do contexto do seu grupo social, 
o influencia e é por ele fortemente influenciado. 
• Operativa: 
A técnica do grupo operativo consiste em um trabalho com grupos, cujo objetivo é 
promover um processo de aprendizagem para os sujeitos envolvidos. Aprender em grupo 
significa uma leitura crítica da realidade, uma atitude investigadora, uma abertura para as 
dúvidas e para as novas inquietação. 
O grande nome nessa área é o do psicanalista argentino Pichon Riviere. 
Aprofundou o estudo dos fenômenos que surgem no campo dos grupos que se instituem 
para a finalidade não de terapia, mas, sim, de operar numa determinada tarefa objetiva, 
como por exemplo, a de ensino aprendizagem. 
• Institucional: 
Análise institucional ou socio analise, é uma das modalidades do institucionalismo mais 
difundidas no Brasil. Protagonizada por René Loural e Georges Lapassada a partir da 
década de 60, surgiu como prolongamento da terapia institucional, da pedagogia 
institucional, da filosofia, da sociologia politica e da dinâmica de grupo americana de Kurt 
lewin. Direcionou se em seguida para a análise de grupos sociais (e não de indivíduos). 
Trata se de uma análise sustentada pelo coletivo, que assume a tarefa de pesquisar, 
questionar e analisar a história, os objetivos, a estrutura e o funcionamento da 
organização, além dos dispositivos, práticas e agentes grupais. 
Um importante expoente dessa perspectiva foi Elliot Jacques 1965, psicanalista inglês 
Importância dos atravessamentos institucionais na dinâmica interna dos grupos. 
O atravessamento das ideologias e práticas sociais no grupo é chamado de 
transversalidade (Enriquez, 1997). 
• Círculos de cultura: 
Círculo de cultura é um método criado por Paulo Freire que parte do pressuposto da 
construção do conhecimento por meio do diálogo, fator básico e necessário a prática 
pedagógica democrática. Estas são características do círculo de cultura – dialogo, a 
participação, o respeito ao outro, ao trabalho em grupo, dinâmica de um constructo 
continuo. Portanto, os círculos de cultura são espaços no qual se ensina e se aprende. 
Espaço em que a preocupação não é simplesmente transmitir conteúdos específicos, mas 
despertar uma nova forma de construção de conhecimento de forma coletiva, através das 
experiências vividas. 
Propostos por Paulo Freire (1976, 198,) 
Fundamentam perspectivas como as oficinas psicossociais. 
Década de 60, grupos compostos por trabalhadores populares, que se reuniam sob a 
coordenação de um educador, com o objetivode debater assuntos temáticos, do interesse 
dos próprios trabalhadores. 
Construção do conhecimento a partir do dialogo horizontalidade na relação educador – 
educando e a valorização das culturas locais. 
Surgem no âmbito das experiências de alfabetização de adultos no Rio Grande do Norte e 
Pernambuco e do movimento de cultura popular. 
O saber não é algo que alguém de a alguém, mas é produzido em interação dentro de um 
contexto. 
Compreensão da aprendizagem como um processo dialógico. 
Método de leitura que levasse não apenas ao aprendizado de uma habilidade formal 
(leitura) mas a uma compreensão crítica do sujeito sobre seu contexto (leitura do mundo) 
e de si próprio nesse contexto. 
• Gestáltica: 
É uma abordagem psicoterapêutica centrada no cliente. Essa abordagem ajuda os clientes 
a se concentrarem no presente. Eles passam a entender o que realmente está 
acontecendo em suas vidas agora. Em vez de simplesmente falar de situações passadas, os 
clientes são encorajados a experimentar demandas atuais por meio de reencenação. 
Através dos processos gestáltico, os clientes aprendem a tornar se mais consciente de 
como seus próprios padrões de pensamentos. Passam, então, a conhecer 
comportamentos negativos que possam bloquear a verdadeira autoconsciência e tornando 
os felizes. 
O fundador da gestalterapia é Frederik perls. 
Baseia se no fato de que um grupo se comporta como um catalizador: a emoção de um 
desencadeia emoções nos outros, e a emoção de cada um é amplificada pela presença dos 
outros. 
A gestalterapia empresta grande importância a tomada de consciência do comportamento 
não verbal dos elementos do grupo, e daí eles utilizam um elevado número de exercícios 
que possibilitam a melhora da percepção e da comunicação internacional. 
• Sistêmica: 
Abordagem sistêmica é uma metodologia que busca conjugar conceitos de diversas 
ciências a respeito de determinado objeto de pesquisa. É baseada na ideia de que um 
determinado objeto de estudo possui diversas dimensões e facetas que podem ser 
estudadas e entendidas por diversas ciências e que conceitos e princípios emanados de 
diferentes ciências podem ser empregados no estudo e compreensão de determinado 
fenômeno por determinada ciência. 
Base da terapia de família, como o nome sugere, concebe a família como um sistema em 
que seus diversos componentes se dispõem numa combinação e hierarquização de papeis 
que visa, sobretudo, a manter o equilíbrio do grupo. 
• Comportamentalista: 
A abordagem comportamental pressupõe que cada pessoa nasça uma tabula rasa, ou folha 
em branco. Em vez de serem influenciados por genes e processos biológicos, os 
behavioristas acreditam que que nosso comportamento é determinado por nosso 
ambiente externo. Uma pessoa aprende com suas experiências de vida e é moldada para 
se comportar de maneira específica como resultado. Os behavioristas observam o 
comportamento que uma pessoa exibe, em vez dos processos internos da mente. 
Para a corrente comportamentalista o foco esta sempre nos processos conscientes, 
levando em conta a tríade pensamento, emoção e comportamento. Essa perspectiva é 
aplicada para entender os grupos sociais. 
São utilizadas técnicas de reeducação. 
• Psicanalítica: 
É aquela na qual o terapeuta busca ver o paciente em seu conjunto completo e não 
somente os sintomas que ele apresenta ou as circunstancia atuais de sua vida. Essa é uma 
modalidade de psicoterapia de percurso, pois o acompanhamento terapêutico do paciente 
costuma estender se por muitos anos. Assim, o terapeuta vai acompanhando a vida 
daquela pessoa, a cada semana, observando todas as dinâmicas relacionadas ao 
funcionamento das situações da vida e as relações interpessoais do paciente. 
Freud construiu o sólido edifício teórico técnico (descoberta do inconsciente dinâmico, 
ansiedades, regressão, complexo de édipo, formação do superego, etc.) que, 
indiretamente, se constitui como o alicerce básico da dinâmica grupal. 
Teoria de Floukes, em Londres, 1948, Floukes inaugurou a pratica da psicoterapia 
psicanalítica de grupo. Ele costumava chamar de psicoterapia grupo analítico com um 
enfoque gestáltico, ou seja, para ele o grupo de organiza como uma nova totalidade, 
diferente da soma dos indivíduos. 
Fortemente influenciado por kurt lewin, especialmente na concepção de que o ser 
humano é iminentemente grupal, social, ligado, com um nó, a realidade exterior. 
Estabeleceu uma metáfora de que: 
O grupo se comporta como uma rede, tal qual como o cérebro, onde cada paciente, como 
cada neurônio, e visto como um ponto nodal. 
Comparação entre a situação do grupo e a de uma sala de espelho, onde cada individuo 
pode entrar em contato com os seus aspectos psicológicos e sociais que estão refletidos 
nos demais do grupo. 
Teoria de Bion: na década de 40, o psicanalista da sociedade britânica de psicanálise 
(mecanismo defensivo do ego e o fenômeno da identificação projetiva). 
Experiência com grupos em um hospital militar durante a segunda Guerra Mundial. 
Executou no hospital militar um plano de reuniões coletivos, nas quais se discutiam os 
problemas comuns a todos, e se estabeleciam programas de exercícios e atividades 
Seguindo com conceitos e fenômenos dos processos grupais, temos: 
• Mentalidade grupal – um grupo adquire uma unanimidade de pensamento e de 
objetivo, transcendendo aos indivíduos e se instituindo como uma entidade a parte. 
• Cultura do grupo – resulta na oposição conflitiva entre as necessidades da 
mentalidade grupal e as de cada indivíduo em particular. 
• Valência: termo extraído da química (o numero de combinações que um átomo 
estabelece com outros) e que designa a aptidão de cada individuo combinar com os 
demais, em função dos fatores inconscientes de cada um. 
Bion alertava para o fato de que sempre teria que haver algumas valências disponíveis 
para ligar a algo que ainda não aconteceu. 
• Cooperação: designa a combinação entre duas ou mais pessoas que interagem sob a 
égide da razão, logo, ela é própria do funcionamento do que Bion denomina como 
grupo de trabalho 
Grupo de trabalho: está voltado para os aspectos conscientes de uma determinada tarefa 
combinada por todos os membros do grupo. 
• Grupo de (PRE) supostos básicos (SB): é certamente, na área grupal, a concepção mais 
original de BION, e a mais largamente conhecida e difundida. 
• Os supostos básicos (SB) funcionam nos modelos do processo primário do pensamento 
e, portanto, obedecem mais as leis do inconsciente dinâmico . 
Três modalidades de supostos básicos: dependência, luta e fuga e acasalamento ou 
pareamento 
• A contratransferência do grupo terapeuta: é indispensável que um grupo terapeuta 
funcione como um continente adequado ao incessante e cruzado bombardeio de 
identificação projetiva de uns nos outros. A contra transferência pode servir como 
uma excelente bussola empática.

Continue navegando