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Fasciolíase: Agente Etiológico, Patogenia, Sintomas e Profilaxia

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Fasciolíase
Disciplina: MAD 3
Profa. Dra. Carla Nunes de Araújo
Fasciolíase
Fasciolíase
• Agente Etiológico:
– Fasciola hepatica
• Zoonose
• Encontrada em cerca de 40 países
– Casos humanos: Europa e América Latina
• Brasil
– 1918: bovinos e ovinos do Rio Grande do Sul
– 1958: primeiro caso humano no MS
– Encontrada em animais em Santa Catarina, 
Paraná, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, 
Minas Gerais e Mato Grosso do Sul
– Conhecida como “baratinha do fígado”
Hospedeiros definitivos
Ovinos Bovinos Caprinos
Eventualmente o 
homem:
Fasciolíase
Hospedeiros 
intermediários
Caramujos do gênero 
Lymnaea
Fasciolíase
Morfologia
• 4 cm de comprimento, 
aspecto de “folha”
• Saliência triangular 
anterior aonde 
encontra-se a boca com 
uma ventosa oral 
(trematódeo)
• Ventosa ventral ou 
acetábulo
• Aparelho digestivo 
incompleto e ramificado
• Hermafrodita com 
reprodução cruzada
Fasciolíase
Fasciolíase
Fasciolíase
Fasciolíase
Ciclo de Vida de Fasciola hepatica
Quais diferenças morfológicas e biológicas podem 
ser observadas entre Fasciola hepatica e 
Schistosoma mansoni?
Fasciolíase
Patogenia e Patologia
• Homem
– Hospedeiro pouco suscetível
– Intensa reação eosinofilia
– Período invasivo:
• 2 semanas depois da ingestão de cisto
• Depende do número e da evolução dos 
parasitos 
• Lesões na superfície do fígado
– Migração pelo fígado abrindo túneis 
» Hemorragias, hematomas e inflamação
• Proliferação fibrosa (tendência a cicatrização)
• Hipertrofia dos canais biliares vizinhos e 
envolvimento dos vasos sanguíneos
• Lesões crônicas:
– Depois da 7ª 
semana
– Vesícula e Condutos 
biliares
• Injúria do epitélio e 
dilatação dos 
condutos biliares, 
paredes hipertrofiadas
• Há formação de novos 
canais
• Trajetos fistulosos
• Fibrose e calcificação 
das vias biliares
• Vesícula biliar dilatada 
e com função 
alterada: inflamação, 
fibrose, calcificação
• Hepatomegalia 
moderada
Exemplares de F. hepatica saindo
pelos ductos biliares.
Fasciolíase
• Formas mais graves
– Cirrose biliar
– Insuficiência hepática
• Migrações erráticas (raras)
– Pulmões
– Pâncreas
– Parede do estômago ou do intestino
Fasciolíase
Sintomatologia
Fase Sintomas
Período de 
incubação
Assintomático (6 semanas a 3 meses)
Fase aguda Assintomática (3-4 meses)
Poucos sintomas, de caráter vago
Tríade: Aumento doloroso do fígado 
(provas alteradas) / Febre / Eosinofilia 
acentuada (60-80%)
Fase 
crônica
Dor abdominal que simula cálculo biliar
Febre / Eosinofilia / Anemia (leve ou 
moderada) / Icterícia / Síndrome 
dispéptica:intolerância a alimentos 
gordurosos, flatulência, sensação de 
plenitude abdominal, náuseas e vômitos, 
indisposição, anorexia, Poucas evacuações 
diárias ou constipação intestinal alternada 
com diarréia
Fasciolíase
Diagnóstico
• Clínico _ dificultoso!
– Eosinofilia febril
– Aumento do tamanho do fígado
– Dor no hipocôndrio direito
– Interrogatório
• Parasitológico
– Encontro de ovos nas fezes ou no suco duodenal (sonda)
• Imunológicos
– ELISA
• Reações cruzadas com antígenos de outros trematóides
• Tomografia computadorizada
– Localização e acompanhamento
Fasciolíase
Tratamento
• Bithionol, deidroemetina
– Tratamento com repouso
• Triclabendazol
– Droga administrada aos animais
– Testada e aprovada em humanos
• Eficiência de 100%
Fasciolíase
Epidemiologia
Em que situações poderíamos encontrar 
focos de Fasciolíase?
• Criação extensiva em pastos e áreas úmidas ou 
alagadas
• Maior freqüência em ovinos e caprinos (foco no 
Paraná: 43%)
• Ovos com miracídios resistem até 9 meses no 
ambiente
• Presença do vetor (caramujo do gênero Lymnaea) 
– Plantação de agrião ou outras hortaliças nessas áreas 
pode influenciar aparecimento dos casos humanos
• Comércio de bovinos do sul para o norte
Fasciolíase
Profilaxia
• Evitar disseminação nos rebanhos (tratamento 
e futuramente vacinação dos animais) 
• Combate aos caramujos e isolamento de pastos 
úmidos
• Evitar uso da água em áreas potenciais
– Beber, nadar, irrigar
• Cuidado com plantações
Evitar consumo de agrião crú 
e mal lavado, pois é a 
principal fonte de infecção 
humana (80% dos casos)

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