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165 Estudo de Caso 2 Polímeros e Compósitos na fabricação de pranchas de surf, barcos e tubos Ref. Callister caps. 14, 15 e 16 166 Requisitos Objetivo: flutuar Propriedade: Baixa densidade Espuma Polímero impermeável 167 Propriedades e Características Propriedade: Baixa densidade Característica: Processabilidade 168 Processabilidade • É possível dar formas variadas com basicamente o mesmo processo de fabricação Vasilhames Perfis Peças Técnicas 169 Processabilidade • É possível fabricar produtos acabados ou semi- acabados em um único passo de fabricação Equipamento de processo Matéria prima Produto final 170 Introdução aos polímeros • Monômeros e polímeros • Cadeias lineares, ramificadas, cruzadas e redes poliméricas • Massa molar média de polimerização • Termoplásticos, termofixos e elastômeros • Terminologia dos principais polímeros 171 Polímeros: Definição • A palavra polímero significa muitos “meros”. O mero ou monômero é a unidade básica de formação de uma cadeia polimérica. monômero polímero mero Monômeros de cloreto de vinila. Cada molécula é insaturada, i.e., os átomos de carbono apresentam ligação covalente dupla entre si. Cloreto de polivinila (PVC) A quebra das ligações duplas fornecem um ponto reativo para ligar um monômero com outro, formando um polímero. 172 A formação dos polímeros crescimento iniciação iniciador etileno terminação terminador polietileno 109.5 173 Massa Molar Média • O processo de polimerização é essencialmente estatístico. Assim, cadeias com diferentes tamanhos são formadas. O controle da distribuição desses tamanhos é importante e vai ditar as propriedades finais do polímero. Grau de Polimerização P ro p o rç ão d a P o p u la çã o 174 109.5 Conformação macromolecular • Os átomos de carbono da cadeia polimérica podem girar e ainda manter o ângulo correto da ligação covalente. Desta forma as cadeias poliméricas são normalmente, enoveladas (contorcidas) 175 A estrutura das macro-moléculas Linear Ligações cruzadas (cross-linked) Ramificada (branched) Em rede (3D - network) Ex: borracha vulcanizada Elastômeros Termoplásticos Termorrígidos 176 Polímeros Termoplásticos • Escoam e se deformam quando aquecidos. Característico de moléculas lineares ou ramificadas, mas não com ligações cruzadas. Como as cadeias são ligadas apenas for forças de Van der Waals, estas ligações podem ser rompidas por ativação térmica, permitindo deslizamento das cadeias. Temperaturas típicas na faixa de 100°C. São recicláveis. 177 Principais polímeros termoplásticos Polietileno (~31% do mercado) PVC (~14% do mercado) Poliestireno (~7% do mercado) Polipropileno (~12% do mercado) Poliolefinas 178 Principais termoplásticos (cont.) Polietileno-tereftalato (PET): ~4% Nailon: ~1% Reciclagem 179 Principais termoplásticos (cont.) Politetrafluoretileno ( PTFE ): (Teflon) Fluoreto de Polivinilideno (PVDF): Polímeros fluorados: ~1% 180 Polímeros Termorrígidos • Ao contrário dos termoplásticos não se tornam maleáveis com aplicação da temperatura. Característico de polímeros formados por redes 3D e com ligações cruzadas. Podem ser reciclados (p. ex. picados), mas sem que seja possível dar-lhes nova forma por aquecimento. • Principais polímeros termorrígidos Fenólicos: ~5% Poliéster: ~2% Epoxi: ~1% 181 Elastômeros • Apresentam ligações cruzadas entre as cadeias, embora em pequeno número. Semelhante aos termorrígidos podem ser reciclados, mas sem que seja possível dar-lhes nova forma por aquecimento. • Principais elastômeros Borracha de Butadieno: ~6% Isopreno (borracha natural) Borracha de silicone 182 Resposta Mecânica • Exemplo Acrílico (termoplástico) Ensaio de Tração Amostra F F Deformação (%) T en sã o ( M p a) 183 Vulcanização da borracha • Borracha natural é macia e pegajosa e tem pouca resistência a abrasão. • As propriedades podem ser substancialmente melhoradas através do processo de vulcanização. = C - C - H H | | | H - C - C H CH3 | | | H = C - C - H | | H H - C - C H CH3 | | H | | + 2S ==> - C - C - H H | | | H - C - C H CH3 | | | H - C - C - H | | H H - C - C H CH3 | | H | | S S T en sã o ( M p a) Deformação (%) vulcanizada não vulcanizada 184 Polímeros vs. metais e cerâmicas Polímeros têm baixa rigidez comparados às outras classes de materiais σ ε E polímeros Metais e cerâmicas Material Módulo de Elasticidade (GPa) Metais Aço 210 Alumínio 69 Titânio 107 Polímeros PP 1,4 PS 2,9 PVC 2,8 Epóxi 4-6 Cerâmicos Alumina (Al2O3) 380 Carbeto de Titânio (TiC) 440-455 185 Polímeros vs. metais e cerâmicas Polímeros têm baixa densidade em relação aos outros materiais. Vantagem: estruturas mais leves V m V = cte m se Material Densidade (g/cm3) Metais Aço 7,89 Alumínio 2,70 Titânio 4,50 Polímeros PP 0,90 PS 1,04 PVC 1,39 Epóxi 1,20-1,40 Cerâmicos Alumina (Al2O3) 3,97 Carbeto de Titânio (TiC) 4,93 186 Polímeros vs. metais e cerâmicas Polímeros têm baixa resistência em relação aos outros materiais. Mas devido à baixa densidade têm propriedades específicas elevadas Vantagem no projeto de estruturas mais leves. Material Limite de Resistência (MPa) Metais Aço 200-1200 Alumínio 34-550 Titânio 170-1100 Polímeros PP 35,5 PS 46 PVC 55 Epóxi 80 Cerâmicos Alumina (Al2O3) 280-550 Carbeto de Titânio (TiC) 120 187 Algumas Propriedades dos Polímeros • Nas próximas páginas, algumas propriedades básicas, além do preço aproximado, são apresentadas para um grupo básico de polímeros, comparadas com metais. • As propriedades aparecem na forma de gráficos gerados pelo programa CES Edupack. 188 Polímeros - Ponto de Fusão 189 Polímeros - Resistividade Elétrica 190 Polímeros - Condutividade Térmica 191 Polímeros - Resistência Mecânica 192 Polímeros - Densidade 193 Polímeros - Resistência Específica Resistência Específica = Limite de Resistência/Densidade 194 Polímeros - Preço 195 Polímeros - “Links” Interessantes • Macro Galleria of Polymer Fun • Cabos de ancoragem de poliéster • Associação das Indústrias de PET • www.howstuffworks.com/search.php?terms=polymers 196 Materiais Compósitos 197 Otimização de Projeto Polímero impermeável Espuma Fibras de Vidro O projeto da estrutura só será otimizado usando as propriedades de diversos materiais, que isoladamente não conseguiriam realizar a função desejada para aquela estrutura. 198 A Estrutura dos Compósitos • Na prancha de surf o “polímero impermeável” é uma resina poliéster (termorrígido), que serve como matriz para manter fixas em suas posições as fibras que atuam como reforço. Microestrutura de um compósito tem pelo menos duas fases: a matriz contínua e o reforço. Matriz Fibras 199 200 Compósitos - Exemplos Poliéster reforçada por fibras de vidro Tipo de compósito mais comum Carroceria Guarda-corpo Estruturas pré-moldadas 201 Classificação dos Compósitos • Classificação em Função da Forma do Reforço Particulados Reforçados por Fibras Estruturais Contínuas Descontínuas Laminados Painéis sandwich Materiais compósitos 202 Particulados Cermets (cerâmico/metal) Ex: Carbeto cimentado composto de partículas ultra-duras de carbetos (WC ou TiC) numa matriz metálica (Co ou Ni). Utilizado como ferramentas de corte para aços. Polímero/metal Ex: Borracha para pneus composta por um elastômero e “carbon-black”, partículas de carbono, que aumentam o limite de resistência,tenacidade e resistência a abrasão. Cerâmico/cerâmico Ex: Concreto, formado por cimento, areia, cascalho e água. As partículas de areia preechem os espaços deixados pelo cascalho. Areia e cascalho são mais baratos do que o cimento. Ex: Concreto armado, composto por concreto e barras de ferro ou aço que melhoram a resposta mecânica do material. Aço é adequado porque tem o mesmo coeficiente de dilatação do concreto, não é corroído neste ambiente e forma boa ligação com o concreto. Ex: Concreto protendido (pre-stressed), composto por concreto e barras de aço que são mantidas sob tensão trativa até o concreto endurecer. Após a solidificação, a tração é liberada, colocando o concreto sob tensão compressiva. Desta forma, a tração mínima para fraturar a peça será muito maior porque é preciso primeiro superar a tensão compressiva residual. matriz: borracha partículas: C (rígida) 0.75 m 203 Reforçados por fibras • Princípio de funcionamento Uma fibra de um dado material é muito mais forte do que o material como um todo, porque a probabilidade de encontrar uma trinca de superfície que leva à fratura diminui com a diminuição do volume da amostra. Liga de Prata–Cobre Fibras de Carbono. 204 Laminados • São folhas (lâminas) de fibras contínuas montadas de modo que cada camada possui fibras orientadas em uma dada direção. 205 Exemplo – Ski Moderno 206 Comportamento Mecânico • O comportamento mecânico dos compósitos será, em geral, anisotrópico direções diferentes possuem propriedades diferentes – Carregamento longitudinal (na direção do eixo das fibras) – considerando que há uma ligação perfeita entre a matriz e as fibras, – a condição de contorno do modelo é de iso-deformação. Fc = Fm + Ff cAc = mAm + fAf c = m(Am/Ac) + f(Af/Ac) Se os comprimentos são todos idênticos, as frações de área são iguais às frações de volume da matriz (Vm) e das fibras (Vf). Assim c = mVm + fVf e lembrando que c= m= f c/ c) = ( m/ m )Vm + ( f/ f) Vf Ec = EmVm + EfVf 207 Comportamento Mecânico (cont.) • Resposta Anisotrópica Carregamento transversal Neste caso a tensão é igual para o compósito e as duas fases. (condição de iso-tensão) Assim: c = m = f = A deformação total do compósito será c = mVm + fVf e lembrando que = /E /Ec) = ( /Em )Vm + ( /Ef) Vf dividindo por /Ec) = ( /Em )Vm + ( /Ef) Vf Ec = EmEf /(VmEf + VfEm) 208 • As condições isodeformação e isotensão são os limites superior e inferior dos valores das propriedades mecânicas dos compósitos. Ex: Fibra de vidro (Fiber Glass) Matriz: epóxi –E = 6.9x103MPa Fibra: vidro –E = 72.4x103MPa Vf = 60% Iso-deformação (isostrain) Ec = 0.4 x 6.9 + 0.6 x 72.4 = 46.2 x 10 3 MPa Iso-tensão (isostress) Ec = 6.9 x 72.4 =15.1 x 10 3MPa 0.4 x 72.4 + 0.6 x 6.9 Resposta mecânica (cont.) 209 Algumas Propriedades dos Compósitos • Nas próximas páginas, algumas propriedades básicas, além do preço aproximado, são apresentadas para um grupo básico de compósitos, comparadas com metais. • As propriedades aparecem na forma de gráficos gerados pelo programa CES Edupack. • OBS: CFRP – Carbon Fiber Reinforced Polymer – Polímero reforçado com fibras de carbono GFRP – Glass Fiber Reinforced Polymer – Polímero reforçado com fibras de vidro 210 Compósitos - Ponto de Fusão 211 Compósitos - Resistividade Elétrica 212 Compósitos - Condutividade Térmica 213 Compósitos - Resistência Mecânica 214 Compósitos - Densidade 215 Compósitos • São materiais que buscam conjugar as propriedades de dois tipos de materiais distintos, para obter um material superior. 0 20 40 60 80 100 120 T i- 5 A l- 2 .5 S n ep o x i A l 2 0 4 8 a ço 1 0 4 0 v id ro /e p o x i A l 2 O 3 /e p o x i C a rb o n o /e p o x i k ev la r /e p o x i m a d ei r a R es is tê n ci a es p ec íf ic a (m m ) Resistência específica: Resistência/densidade Parâmetro crítico em aplicações que exigem materiais fortes e de baixa densidade. Ex: indústria aeroespacial. O custo alto do material é compensado pela economia de combustível obtida graças à redução de peso. 216 Compósitos - Resistência Específica Resistência Específica = Limite de Resistência/Densidade 217 Compósitos - Preço 218 Alguns “Links” Interessantes • Sports Materials: Polymers and Composites in Skis • Fiber Reinforced Polymers for Civil Infrastructure • http://en.wikipedia.org/wiki/Composite_material • http://www.efunda.com/formulae/solid_mechanics/co mposites/comp_intro.cfm
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