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O judaísmo é a religião monoteísta mais antiga do mundo

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O judaísmo é a religião monoteísta mais antiga do mundo. Originou-se por volta do século XVIII a.C., quando Deus mandou Abraão procurar a terra prometida. Seu desenvolvimento ocorreu de forma conjunta ao da civilização hebraica, através de Moisés, Davi, Salomão etc., sendo que foram esses dois últimos os reis que construíram o primeiro templo em Jerusalém.
Os judeus acreditam que YHWH (Javé ou Jeová, em português) seja o criador do universo, um ser onipresente, onipotente e onisciente, que influencia todo o universo e tem uma relação especial com seu povo. O livro sagrado dos judeus é o Torá ou Pentateuco, revelado diretamente por Deus. Para o judaísmo, o pecado mais mortal de todos é o da idolatria, ou seja, a prática de adoração a ídolos e imagens.
Os cultos são realizados em templos denominados sinagogas. Os homens usam uma pequena touca, denominada kippa, como forma de respeito para com Deus. Os principais rituais são a circuncisão, realizada em meninos com 8 dias de vida, representando a marca da aliança entre Deus e Abraão e seus descendentes; e o Bar Mitzvah (meninos) e a Bat Mitzvah (meninas), que representam o início da vida adulta.
Os livros sagrados dentro do judaísmo não fazem referência à vida após a morte, no entanto, após o exílio na Babilônia, os judeus assimilaram essa ideia. Na verdade, essas crenças variam conforme as várias seitas judaicas. A base da religião judaica está na obediência aos mandamentos divinos estabelecidos nos livros sagrados, uma vez que, para eles, isso é fazer a vontade de Deus e demonstrar respeito e amor pelo criador.
O judaísmo é a religião monoteísta que possui o menor número de adeptos no mundo, cerca de 12 a 15 milhões.
 
http://www.brasilescola.com/religiao/judaismo.htm
O judaísmo se caracteriza por uma multiplicidade de linhas de pensamento, traduzidas em diferentes correntes religiosas. E isto ocorria também na época talmúdica, quando vai ocorrer o surgimento do Cristianismo (tanto que "Jesus homem" nasce, vive e morre como judeu). 
 Um ponto nevrálgico teológico surgiu a partir da noção e da caracterização de pecado. Era um tema extremamente polêmico na época do surgimento do Cristianismo, pois o judaísmo bíblico fala em transgressão (averá), ou melhor dizendo "desvio"(considerando o caminho da Torá como o caminho reto a seguir). São citadas também uma série de "abominações"(discutidas até hoje). As discussões desta época marcaram o início do judaísmo rabínico (rabi = meu mestre, modo inclusive como os apóstolos se referiam e tratavam Jesus). Era um tipo de pensamento, que foi compilado posteriormente no Talmud e que prevalece ainda hoje, de priorizar a vida moral (versus, por exemplo, partidos políticos judaicos da época, como os zelotes, que priorizavam a independência nacional) .* 
 Mas na mesma época, outras seitas, como os essênios, que muito influenciaram o pensamento de Jesus e o cristianismo, eram ainda mais severas: pregavam a ascese e o celibato, por exemplo. Seu objetivo era uma purificação absoluta (daí seus constantes banhos de mikve e o batismo de Jesus por João Batista), pois consideravam que o Juízo Final estava próximo e as pessoas deveriam estar preparadas física e espiritualmente. 
 Posteriormente, Paulo (Saul de Tarso), vai reforçar, em seu trabalho proselitista, a idéia, entre outras, de celibato e sacerdócio, que vai gerar um pensamento teológico que terá como ponto central a questão do pecado e a definição da natureza humana a partir deste prisma. 
Amor, sexo e casamento no judaísmo 
 De uma maneira ge​ral, os judeus de tempos antigos eram puritanos, mas não pudicos. Eram francos mas não grosseiros. Tinham uma aceitação realística do sexo, mas não no sentido hedonístico dos gregos e dos romanos, que o tinham como um fim prazenteiro em si mesmo. Os judeus eram moralistas, analisando constantemente todas as ações, pensamentos, e sentimentos com o microscópio da consciência hebraica. Isto não contribuía para o conforto de suas existências, mas ajudava a esclarecer certas questões e as tornava um pouco menos ambíguas. 
 Os judeus desenvolveram uma filosofia de vida que tinha um caráter unificado, entalhado num sistema moral completo. Não criaram um dualismo entre os mistérios do céu e as realidades da terra; acreditavam que uma grandiosa unidade cósmica reinava no universo. No tradicional credo judaico (excetuando o dos místicos) não existia uma separação real entre o corpo e a alma. "A alma é Tua, e o corpo também é Tua criação", entoavam os devotos em orações. Portanto, o poder da procriação era o instrumento sagrado com que Deus havia dotado todas as suas criaturas com o propósito de continuar e "colaborar" com ele em seu trabalho de infindável Criação. 
 A mente lógica do judeu devoto inquiria: se o impulso sexual fosse meramente uma tentação do Diabo, teria Deus colocado seus filhos a mercê dele para que fossem desviados e levados à destruição? Ao contrário: acreditava que se a paixão carnal levava à luxúria e à imoralidade, só acontecia porque o mal residia no próprio pecador e era devido ao abuso desregrado e ao uso indevido dos poderes sexuais atribuídos por Deus. 
 Uma aceitação menos repressiva da natureza psicossexual do ser humano levou os Sábios Rabínicos do Talmud a adotarem uma atitude mais humana. Instituíram regulamentos que não só alargaram como modificaram os que haviam na Bíblia, que esclareciam o que era permitido e o que era proibido na intimidade entre os sexos, os direitos e deveres do marido e da esposa, como orientação para uma maior compatibilidade e felicidade domésticas. 
 Uma das determinantes da origem da moralidade sexual entre os judeus dos tempos antigos, indicada na Torá, era a necessidade de isolar a vida judaica da imoralidade dos povos vizinhos representada primeiramente pelos cultos orgíacos de Baal e Astarté entre os canaanitas, e mais tarde pelas obscenidades dos mistérios gregos e da Saturnália romana. Por essa razão, as relações entre os sexos eram sancionadas e reguladas tanto pela religião judaica quanto pelas leis do Estado judeu (o qual, devemos lembrar, era uma totalidade integrada - uma teocracia ou Estado governado por Deus) de forma a que alcançassem um status de relativa santidade e também um alto grau de responsabilidade social. Esse padrão de moralidade sexual ficou fixado para todas as gerações posteriores; houve, naturalmente, as revisões morais que se originavam nas influências do ambiente não judaico a que os dispersos judeus estavam expostos nas várias regiões e em diferentes períodos culturais. 
 Isto pode ter relação com a cunhagem, no início da era rabínica, da palavra hebraica kidushim (santidades) para designar a cerimônia de casamento. Esse termo torna claro que os judeus, que viviam então em meio à civilização greco-romana, encaravam o matrimônio como uma união sagrada. Sua atitude estava em contradição com a dos romanos, que faziam referências depreciadoras ao "jugo matrimonial", pois viam marido e mulher como que "jungidos" um ao outro em conjugium. Em contraste, a noiva judia era "consagrada" ao noivo, tornava-se sagrada para ele com o ato de consagração. Em conseqüência, suas relações com ela enquanto durasse o casamento, tanto como esposa como mãe de seus filhos, deve​riam seguir os mais altos padrões. Ele passava a ser responsável pelo tratamento que desse a ela, perante Deus e a comunidade judaica. 
 Essa con​cepção é bem representada nos ritos judaicos de casamento. Enquanto o noivo e a noiva estão sob a hupá, as sétima e oitava bênçãos são enunciadas, repetindo a antiga afirmação de uma vida que é potencialmente boa: Abençoado sejas tu, ó Senhor nosso Deus, Rei do Universo, que criaste a alegria e o júbilo, noivo e noiva, regozijo e exaltação, prazer e delícia, amor, fraternidade, paz e solidariedade.** 
 A prática do adultério na antiga sociedade judaica era encarada com horror e apreensão. Moisés, os Profetas e os Sábios Talmúdicos nela viam uma ameaça à integridade moral do indivíduo e à preservação deIsrael como uma "nação sagrada". A proibição taxativa do sétimo mandamento do Decálogo: "Não cometerás adultério" era reforçada pela advertência do décimo: "Não cobiçarás a mulher do próximo." 
 No hebraico bíblico não havia palavra correspondente a "solteiro". A não exis​tência da palavra, prova, ipso facto, que não havia necessidade dela. A simples idéia de não se casar era inaceitável para o judeu de antanho. Mais tarde, o Talmud aventou a opinião penalizada de que "um homem solteiro vive sem nada de bom, sem ajuda, sem alegria, sem bênção e sem expiação". No decorrer do período talmúdico, quando as for​mas tradicionais de vida judaica estavam sob o impacto desorientador dos hábitos greco-romanos, devem ter existido alguns elementos inclinados a permanecer solteiros, os quais, na opinião dos rabinos, deviam ser estimu​ados ao matrimônio. 
 A execução de adúlteros cessou e a lei que a ditava tornou-se obsoleta ao final do período do Segundo Templo, depois que os conquistadores romanos da Judéia aboliram o Sinédrio e tiraram das cortes judaicas o instrumento judicial da pena capital. O marido traído podia obter o divórcio de sua infiel esposa. A lei rabínica dizia: "Um casal em que a mulher tenha cometido adultério deve-se divorciar."
 A lei moral judaica exigia completa abstinência sexual dos solteiros de ambos os sexos. Assim que os meninos e meninas se tornavam conscientes de sua sexualidade, eram treinados no exercício do controle de suas paixões. A masturbação e até mesmo os "pensamentos lúbricos" estavam incluídos entre as transgressões sexuais proibidas. Maimônides, o rabino filósofo do século XII, médico de renome, aconselhava, no Guia dos Perplexos, um estratagema para se readquirir a calma: "Devemos voltar nossas mentes para outros pensamentos." Recomendava que se dirigissem ao Beit ha-Midrash (Casa de Estudo) para apaziguar os desejos ardorosos com o estudo da Torá. 
 Para a preservação da castidade entre os jovens era tradicional o costume de fazê-los casarem-se com pouca idade para que não caíssem em tentação. O Talmud define o marido e pai ideal o que "orienta seus filhos e filhas no caminho certo e providencia para que se casem logo depois da puberdade". A idade usual para o casamento era a de 16 ou 18 anos para o rapaz, e em torno de 12 ou 13 para a moça. 
 A dizimação devastadora causada pelos massa​cres da população judaica na Europa Ocidental e Central na Idade Média, tornava a preservação do povo judeu ainda mais premente do que antes para aqueles que sobreviviam. Fazia-se todo o empenho, religioso e comunal, no sentido de casa​mentos precoces, apesar desse casamento pre​maturo causar novos problemas sociais, econômicos, físicos, emocionais e psicológicos. Somente com o colapso parcial do isolamento do gueto em meados do século XIX que o costume de casamentos prematuros foi abandonado. 
 Embora o jovem judeu de tempos antigos fosse mais casto do que o de outros povos, a incidência da sedução e de lapsos morais era suficiente para alertar os olhares ansiosos de pais e de autoridades rabínicas para o perigo que representavam. Mesmo os casais comprometidos eram aconselhados a não terem qualquer intimidade sexual até depois do casamento. Até o século XVIII, ​e em círculos ultra-ortodoxos até os dias de hoje, os abraços e beijos eram proibidos para o casal de noivos. Com a tentação sempre presente, para impedir qualquer conseqüência por proximidade, a autoridade rabínica do século III do judaísmo da Babilônia, Rav (Aba Arikha), exarou uma proibição quanto ao noivo morar na casa de seu futuro sogro. 
 O sábio e autoridade rabínica da Babilônia do século X, Saadia Gaon, era de opinião que "o homem não deve ter desejo sexual a não ser por sua esposa, para que ele a ame e ela a ele". A coabitação era não só um direito do marido como também um dever religioso em relação ao qual, com todas as sanções rabínicas, a esposa tinha privilégios iguais. Mai​mônides aconselhava aos casados: “Não devemos nos exceder no amor sexual, mas também não devemos reprimí-lo”. 
 Ser estéril era considerado uma grande calamidade, porque em torno do dever religioso da pro​criação girava a instituição judaica do casa​mento. Era obrigatório o divórcio de um casal em que a mulher não houvesse concebido nos dez primeiros anos de vida conjugal. Porém também causavam preocupação tão grande quanto a esterilidade os problemas decorrentes da fertilidade descontrolada. Os Sábios Rabínicos do período que se seguiu à Destruição possuíam apreciáveis conhecimentos de Medicina e Higiene. Estavam alertados para os perigos - físicos, morais e sociais - advindos de certos tipos de gravidez. Levando em consideração o problema do controle de natalidade e dos abortos, causadores de tanta controvérsia em nossa cultura atual, causa surpresa que há quase 2000 anos atrás os esclarecidos Sábios Rabínicos houvessem sancionado a interrupção de casos de gravidez por razões claramente especificadas. 
 Afirmava o Talmud: "Há três classes de mulheres que devem usar um absorvente (anticoncepcional, cuja consistência não é explicada): a menor, a mulher grávida e a mulher que está amamentando. A menor para que a gravidez não seja fatal; a mulher grávida para que não ocorra um aborto (involuntário); e a mulher que amamenta, para que não engravide novamente e seja forçada a desmamar (prematuramente) a seu filho." 
 Nos tempos pós-bíblicos, cabia aos pais selecionar o cônjuge para seus filhos e filhas. A decisão final, porém, terminava por ser dos próprios jovens. Em particular, o poder do veto era dado à noiva. O pai deveria perguntar-lhe de maneira direta se ela estava pronta a casar-se, de livre e espontânea vontade, com o homem que ele havia escolhido para ela. Se ela dissesse que "não", o compromisso estava desfeito. Se ela dissesse "sim", sua resposta deveria ser explícita: "Esse é o homem que amo."
 Os mestres talmúdicos tinham presente o relativo desamparo da mulher, num mundo masculino e, por essa razão, estavam decididos a dar-lhe toda proteção na livre escolha de um companheiro. Os rabis concediam, assim, à mulher, seu direito inalienável de modificar seu julgamento. "Escolher um companheiro ade​quado é uma tarefa tão difícil quanto abrir o Mar Vermelho", dizia um Sábio do Talmud. 
 Os Sábios se revoltavam contra os que se casa​vam por frio cálculo. "Aquele que se casar por dinheiro terá crianças malvadas", afirma o Talmud com franqueza brutal. Essa observação revela profunda percepção psicológica. Num lar fundamentado em interesses mercenários, não pode haver amor - somente um conflito contínuo. As crianças crescem ali, geralmente, com distúrbios de personalidade e uma visão deformada da vida. 
 Akiva, o Tana do século II, foi ainda mais lon​ge na defesa do casamento por amor. Ele próprio tinha vivido um idílio de amor profundo. Ao tempo em que servia como pastor do mais rico homem da Judéia, Kalba Sabua, apaixonara-se pela filha do patrão. Embora fosse ignorante na época e não tivesse qualquer importância aos olhos do mundo, ela retribuiu o seu amor e deixou a casa de seu pai para partilhar com ele de uma vida de privações e lutas. No consenso legendário do povo, foi o seu amor desprendido e seu encorajamento que fizeram do pastor Akiva a coroa e a glória do estudo da Torá. Em conseqüência, ao mencionar o amor conjugal, é compreensível que Akiva se expressasse com ênfase especial: "O homem que se casa com uma mulher que ele não ama, viola cinco mandamentos sagrados: Não matarás. Não buscarás a vingança. Não serás rancoroso. Amarás a teu próximo como a ti mesmo e que o teu irmão possa viver contigo." Como teria ele deduzido que isso acontecia com um casamento motivado pelo dinheiro? Rabi Akiva explicava: "Se um homem odeia sua mulher, ele de​seja que ela esteja morta. Ele é, portanto, moralmente um assassino!”
 O ideal do casamento por amor, "consagrado segundo as leis de Moisés e de Israel", tornou-se tema de muitos poetas medievais hebreus. A preocupação com os casamentospor amor diminuiu perceptivelmente com a intensificação do sofrimento dos judeus na Idade Média. A dura realidade exigia casamentos práticos, e não sentimentais. A necessidade mais sentida dos judeus era a da sobrevivência e preservação física como povo. Em conseqüência, o shad’han (casamenteiro) adquiriu maior proeminência, pois arranjava os casamentos sem qualquer "exigência" supérflua, objeções ou demoras. 
Sexo: Judaísmo X Cristianismo 
 No Tractatus adversus Judaeos, Agostinho faz a seguinte acusação contra "os judeus": Considerai o Israel segundo a carne (1 Cor 10,18). Este nós sabemos que é o Israel carnal; mas os judeus não compreendem este significado e, assim, tornam-se indiscutivelmente carnais.(VII, 9)*** 
 Apesar de várias obras atuais homogeneizarem as divergências entre os discursos “judaico" e "cristão" a respeito da sexualidade numa hipotética tra​dição judaico-cristã, Peter Brown, um dos grandes intérpretes modernos dos Padres da Igreja, acredita que a diferença fundamental entre o cristianismo e o judaísmo está na maneira como o corpo e o sexo são encarados pelas duas culturas. Na interpretação adotada pelos rabis, a sexualidade era um adjunto permanente da personalidade. Apesar de ser potencialmente turbulenta, era possível moderá-la. Trata-se de um modelo baseado no controle e na segregação de um aspecto necessário da existência. No caso dos cristãos, ocorreu o contrário. A sexualidade tornou-se um marcador de alta carga simbólica, justamente porque se acreditava que pudesse ser extirpada do indivíduo que assumisse certos compromissos. Pensava-se que este desaparecimento, mais do que qualquer outra transformação humana, era um sinal das qualidades necessárias para liderar a comunidade religiosa. A remoção da sexualidade ou o afastamento do indivíduo do âmbito da sexualidade ​simbolizava a total disponibilidade para Deus e os outros seres humanos, que está associado ao ideal da pessoa inteiramente devotada.
http://www.riototal.com.br/comunidade-judaica/juda5a4.htm
A história judaica é a história do povo, religião e cultura judaicos. Como boa parte da história antiga dos judeus baseia-se na tradição judaica não é possível determinar-se a veracidade das datas ou dos eventos que geralmente são apresentados sob ponto de vista judaico. Quando outras fontes extra-judaicas apresentam suas versões, também a inserimos para efeito de estudo e comparação.
Origens da história judaica
As tentativas de sistematização de uma história judaica tem trazido diversos problemas aos estudiosos, pois há inúmeros problemas a serem resolvidos ao tratar-se deste assunto. Temos entre estes problemas a questão de determinar precisamente quando se inicia uma história do povo judeu : se como grupo étnico, religioso ou cultural, e as fontes que servem como base de estudo para esta história. Geralmente os documentos extra-bíblicos relacionados ao período mais antigo da história judaica são escassos e sujeitos à debates, o que levou à duas ramificações de estudo: a postura maximalista, que diz que tudo que não pode ser comprovado como falso e deve ser aceito como verdadeiro, e a postura minimalista que diz que os eventos que não são corroborados por eventos contemporâneos devem ser descartados.
Versão bíblica
A versão bíblica da história judaica considera que os judeus são uma nação escolhida por Deus como um povo separado e santo, fiel guardião das leis outorgadas por este Deus. Assim a história bíblica de Israel é uma história onde Deus intervém no mundo em cada situação de acordo com a relação de Israel para com Deus.
Os patriarcas e o êxodo
De acordo com a tradição judaico-cristã, a história judaica começa com o chamado de Deus ao hebreu Abraão. Abraão teria sido um fiel seguidor do monoteísmo em uma época de idolatria, o que fez com que Deus prometesse dar descendência a Abraão e fazer desta o povo eleito deste Deus. Esta promessa se cumpriria com o nascimento de Isaac, que daria origem a Jacó e que este seria pai de doze filhos, os quais seriam os pais das doze tribos de Israel. Após a imigração para o Egito devido a uma grande fome, a família de Jacó cresce em número e influência, o que leva à sua escravização por parte dos egípcios, e o surgimento de um libertador, Moisés, que sob a mão de Deus tira o povo do Egito, entrega-lhes às leis divinas e dá aos filhos de Jacó um sentido de "nação". Após uma peregrinação de quarenta anos no deserto, este povo teria, sob o comando de Josué conquistado a terra de Canaã.
Os juízes e a monarquia unida
Os israelitas conquistaram algumas regiões de Canaã, mas ainda assim não mantiveram uma unidade nacional. Cada tribo mantinha suas leis e costumes e uniam-se ou combatiam entre si de acordo com as suas conveniências. Geralmente cada tribo era governada e julgada por juízes, pessoas que seriam determinadas por Deus para tal cargo.
Posteriormente, os israelitas querendo imitar outras nações, pedem um rei, e Saul, escolhido pelo povo torna-se rei de Israel. Mas sua rebeldia ao seguir os mandamentos da Torá faz com que perca o reinado, e após alguns contra-tempos, Davi, um pastor-guerreiro de Judá é escolhido por Deus para ser rei. Aqui apresentam-se a primeira vez a unificação das tribos em uma única nação, e inicia-se o período áureo da história judaica, que será consolidado com o reinado de Salomão, filho de Davi.
A divisão dos reinos
Com o descontentamento constante das tribos sob o domínio de Salomão, o reino se divide em duas partes sob o governo dos filhos de Salomão Roboão e Jeroboão: o reino de Judá ao sul e o reino de Israel ao norte. Diversas crises políticas e religiosas acabam levando à decadência dos dois reinos: o reino de israel é destruído pelos assírios, enquanto o reino de Judá é destruído pelos babilônios. No exílio, o povo israelita começa a tomar consciência do seu papel no "Plano de Deus" e, após alguns anos, retornam para sua terra e reconstroem o Templo, reorganizando suas Escrituras. Com estes fatos encerra-se a história do período das Escrituras Hebraicas.
A era talmúdica
Com o retorno de algumas comunidades judaicas para a Judéia, uma renovação religiosa levou a diversos eventos que seriam fundamentais para o surgimento do Judaísmo como uma religião mundial. Entre estes eventos podemos mencionar a unificação das doutrinas mosaicas, o estabelecimento de um cânon, a reconstrução do Templo de Jerusalém e a adoção da noção do "povo judeu" como povo escolhido e através do qual seria redimida toda a humanidade.
A comunidade judaica da Judéia cresceu com relativa autonomia sob o domínio persa, mas a história judaica tomará importância com a conquista da Palestina por Alexandre Magno em 332 a.C.. Com a morte de Alexandre, o seu império foi dividido entre seus generais, e a Judéia foi dominada pelos Ptolomeus e depois pelos Selêucidas, contra os quais os judeus moveram revoltas que culminaram em sua independência ( ver Macabeus ).
Com a independência e o domínio dos Macabeus como reis e sacerdotes, surgem as diversas ramificações do judaísmo da época do Segundo Templo: os fariseus, os saduceus e os essênios. As diversas intrigas entre as diversas divisões do judaísmo levou à conquista da Judeia pelo Império romano.
Judaísmo na atualidade
Na maior parte das nações ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido, Israel e a África do Sul, muitos judeus secularizados deixaram há muito de participar nos deveres religiosos. Muitos deles lembram-se de ter tido avôs religiosos, mas cresceram em lares onde a educação e observância judaicas já não eram uma prioridade. Desenvolveram sentimentos ambivalentes no que toca aos seus deveres religiosos. Por um lado, tendem a agarrar-se às suas tradições por razões de identidade, mas por outro lado, as influências da mentalidade ocidental, vida cotidiana e pressões sociais tendem a afastá-los do judaísmo. Estudos recentes feitos em judeus americanos indicam que muitas pessoas que se identificam como de herança judaica já não se identificam enquanto membros da religião conhecida como judaísmo. Asvárias seitas judaicas nos EUA e no Canadá encaram este facto como uma situação de crise, e têm sérias preocupações com as 
crescentes taxas de casamentos mistos e assimilação entre a comunidade judaica. Uma vez que os judeus americanos têm vindo a casar mais tarde do que acontecia antigamente, têm vindo a ter menos filhos, e a taxa de nascimentos entre os judeus americanos desceu de mais de 2.0 para 1.7 (a taxa de substituição é de 2.1). Nos últimos 50 anos todas as principais seitas judaicas têm assistido a um aumento de popularidade, com um número crescente de jovens judeus a participar na educação judaica, a aderir às sinagogas e a se tornarem (em graus diversos) mais observantes das tradições. pois antes disso nao avia relações estreitas, com os noemita, ou seja terroristas da epoca .
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_judaica
O Judaísmo é uma religião que tem como protagonista não um indivíduo mas um povo, o povo hebraico, o povo eleito, escolhido por Deus para iluminar todas as gentes. É uma religião formada por alguns milhões de pessoas (cerca de 18 milhões) que continuam na diáspora (ou exílio = espalhados pelo mundo sem pátria) à espera da vinda do Salvador, que estabelecerá no mundo o Reino de Deus. A maior parte está nos Estados Unidos, cerca de 8 milhões e em Israel, Estado constituído em 1948.
    Jesus e os seus familiares pertenciam ao povo judeu. Também os seus Apóstolos. Sendo tão grande o património espiritual comum aos Cristãos e aos Judeus, deve existir um maior conhecimento entre ambos e uma  estima mútua.
História
    A história do Judaísmo começa com o chamado de Abraão, que por volta de 1850 a.C. deixou a Síria para se estabelecer na terra de Canaã, actual Israel. Com a morte de Abraão, Jacob e os seus 12 filhos emigraram para o Egipto à procura de melhores condições de vida e de pastagens para os animais. Com o passar do tempo, foram tratados como escravos e obrigados a construir cidades e silos para armazenagem do cereal.
    A escravidão durou até 1300 ou 1200 a.C. quando, guiado por Moisés, o povo judeu conseguiu libertar-se e, passando através do Mar Vermelho, regressaram novamente a Canaã.
    A história do povo Judeu é também uma história de diásporas, isto é, de exílios.
Entre 500 a.C. e 100 d.C., sucederam-se, em Israel, as dominações estrangeiras: primeiro os babilónicos, depois os persas, depois Alexandre Magno, os remos gregos, e por fim os Romanos. Nos séculos seguintes, a diáspora continuou cada vez mais intensa. Os livros da história recordam a expulsão dos Judeus de Espanha, em 1494 e o extermínio pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial.
 Os símbolos do Judaísmo
O Muro das Lamentações – em Jerusalém, é o que resta do templo de Herodes, destruído pelos romanos no ano 70 d.C. Aqui os hebreus vêm rezar. É o único lugar sagrado de todo o Judaísmo.
    - O Candelabro dos sete braços – A "Menorah" é o símbolo do Judaísmo. O 7 é para os Judeus o número da plenitude, da perfeição.
    - A Sinagoga – É o lugar de oração, de estudo e de reunião.
    - O Rabino – Os hebreus não têm sacerdotes. O Rabino é só um mestre, um guia espiritual para os fiéis na interpretação da Bíblia.
    - O Sábado – É o dia semanal festivo dos judeus. Começa ao pôr-do-sol de Sexta-feira e vai até ao pôr-do-sol de Sábado. É um dia dedicado à oração e ao descanso.
Etapas importantes da vida de um Judeu
    - A Circuncisão – Aos oito dias depois do nascimento, todo o rapaz hebreu é circuncisado e nesta altura é-lhe dado o nome. A circuncisão simboliza a Aliança entre Yavhé e Abraão.
    - Aos treze anos, o rapaz hebreu torna-se membro da comunidade e, por isso, está sujeito aos direitos e aos deveres que a Bíblia lhe indica.
 
Vida Religiosa
- O estudo da Torá é o principal dos deveres de um judeu. No livro da Lei estão contidas as 613 obrigações que todo o hebreu piedoso deve observar.
    - Quando reza, o hebreu tem a cabeça coberta com o «Talith», um xaile com franjas brancas e pretas, e tem presos à testa e no braço direito as «filactérias», pequenas bolsas que contem orações da Torá escritos em pergaminho.
Livro Sagrado
    - O livro sagrado é a Bíblia. Corresponde ao Antigo Testamento dos cristãos, com poucas diferenças. A Torá contém  os cinco primeiros livros atribuídos a Moisés (Livro da Lei).
Credo
    - «Escuta, Israel, o Eterno é Um só»
    Esta oração resume a fé hebraica: acredita na existência de um só Deus. O Judaísmo é uma religião fortemente monoteísta.
    - A visão que o Judaísmo tem da vida é optimista, porque o Deus criou o homem livre e responsável. O cumprimento sem reservas das suas obrigações duras e rigorosas da Torá exprime a submissão humana a Deus e simboliza o respeito pela Aliança.
    - Os hebreus esperam a vinda do Messias. Virá um tempo – «os dias do Messias» – em que reinarão a paz, a justiça e a fraternidade. Terminarão todas as formas de idolatria e o Eterno será Um e o Seu Nome será Um».
 As Festas (as festas principais)
- O dia do perdão – «Yom Kippur» – festa de jejum e de expiação. Cada judeu deve estender ao seu inimigo a mão da reconciliação, esquecendo as ofensas e pedindo desculpas.
    - A festa da Páscoa – «Pessah» – recorda a saída do povo hebraico do Egipto, guiado por Moisés. Prolonga-se por oito dias.
    - A festa do Pentecostes – «Shavuot» – recorda a Dom da Torá (Dez Mandamentos), dada por Deus a Moisés, no monte Sinai.
 
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Judaísmo - História do Judaísmo
O Judaísmo tem origem remontada ao ano de 2000 a. C, aproximadamente. Os nomes vinculados a sua fundação pelos judeus são Abraão e Moisés. Os cultos são realizados nas sinagogas, ainda sendo estas utilizadas como espaços dedicados à educação e aos assuntos coletivos. Em termos de organização clerical, há a divisão em congregações, que escolhem individualmente seus rabinos. Os textos sagrados judaicos são: a Bíblia dos hebreus, que inclui o Torá (o Pentateuco, os cinco primeiros livros bíblicos: Gênesis, Êxodo, Números, Levítico e Deuteronômio), os Profetas e outros livros; o Talmude, formado pelo conjunto de ensinamentos do Judaísmo, além de tratar-se de um guia de leis religiosas e civis.
No judaísmo houve o surgimento de várias vertentes, como a Ortodoxa, a Conservadora e a Reformista. A Conservadora, apesar de tomar como sagradas as tradições judaicas, encerra uma ideologia que permite novas interpretações dos textos sagrados. Os seguidores da vertente Reformista submetem as tradições judaicas à reavaliações, de geração a geração. 
Os judaicos acreditam que um Messias surgirá em busca da redenção da espécie humana. A fé judaica concentra-se em um único Deus, que haveria criado o homem à sua própria imagem e semelhança. Abraão, considerado o pai do povo judeu, estabeleceu um pacto com Deus. Moisés é considerado pelos judeus como um profeta superior a todos os demais, tratando-se ainda de um símbolo de libertação e independência pátria
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Como se encontrava os judeus? 
O judaísmo formado por Esdras e Neemias surgiram no período persa 538-333 aC. Ciro rei dos medos e dos persas, conquista a Babilônia, cidade onde o povo judeu estava cativo. Considerado um rei muito humano, Ciro permite aos exilados voltar para sua terra, a Palestina, sob o comando de Neemias (445-533) e Esdras (398). É dado a Esdras o poder de reorganizar o povo e restaurar a lei judaica, que se torna lei de estado. Esta reforma tem uma importância considerável para o futuro do povo judeu e Esdras é verdadeiramente o pai do judaísmo. (Ne 8). 
Dominação grega no período do Macabeus (helenização) 333-63 aC: Alexandre da Macedônia conquista a Grécia, assim divulga a cultura e língua (Coinê) grega, que daí em diante, aos poucos substitui o aramaico. Quando morreu seus generais dividem entre si seu império. Quanto ao Oriente Médio, o Egito sob Ptolomeu; a Síria ficou com Seleuco (dão o nome Selêucidas). Assim a Palestina fica sob o domínio de Ptolomeu. 
Os judeusda Alexandria, não compreendendo mais o hebraico desejaram possuir, para uso liturgico na Alexandria, a lei em sua língua (grego), veio a tradução para o grego. Essa tradução criou vocabulário e o estilo que serviram para reescrever o Novo Testamento. Foi também a Bíblia dos cristãos. 
A Palestina é invadida pelos Selêucidas e Matatias e depois seu filho Judas Macabeu assumem o comando na cidade organizando a resistência armada. A dinastia dos Macabeus resistem ao domínio dos Selêucidas que querem impor pela força a cultura e religião helenística, instalam no templo um altar a Zeus. Começa por esta época em Israel os martírios. Os irmãos de Judas e a seguir seus descendentes, restabelelcem por um momento o reino de Israel. 
Invasão romana: 
A partir de 63aC-135dC. Em 63 aC. Roma, através do general Pompeu chega ao Oriente Médio. É o começo duma influência que não cessou senão com as invasões partas e árabes no séc. VII. Assim a Palestina passa a fazer parte do Império Romano. Herodes, o Grande (40-4 aC) obtém de Roma o título de rei. É no seu reinado por volta do ano 6 aC. que Jesus nasceu. O nascimento de Jesus sucedeu durante o governo do imperador romano Augusto: “Naquele tempo foi publicado um edito de César Augusto ordenando o recenseamento de todo o império”. (Lc 2,1), é a época do seu julgamento o procurador romano era Pôncio Pilatos. 
Morto Herodes, seu reino é dividido em três e confiado a seus filhos. A Galileia e a Pérsia fica sob o reinado de Herodes Antipas (4 aC - 39dC). Arquelau, que reina sobre a judeia e Samaria, não demora a se fazer odiar; é exilado para a Gálias. é então substituído por funcionário romanos, os procuradores, dos quais o mais conhecido é Pôncio Pilatos ( 26-36dC). 
O povo judeu custa a suportar essa sujeição. Estão divididos os herodianos são os colaboradores da época e os publicanos também. Os saduceus se preocupam sobretudo com manter sua posição. Os fariseus, ao contrário, são geralmente hostis ao ocupante; quanto aos zelotes, fomentam a revolta armada. Em 135 dC Jerusalém é destruída e fica proibido aos judeus morar lá. É o fim do povo judeu. Aparentemente, pois o povo judeu não morre. Disperso entre as nações, ele guardou sua consciência de povo. 
Situação Religiosa - No tempo de Jesus podemos distinguir vários grupos religiosos que se diferenciaram no modo de se relacionar com a política, economia. Esses grupos tinham grande importância na sociedade da época. São eles: os saduceus, os escribas, fariseus, zelotas e essênios. 
As seitas judaicas: 
a). Os fariseus: fariseu quer dizer separado. Religiosamente eram as personagens mais importantes do judaísmo durante a vida de Jesus. Os saduceus sentiram aversão por eles porque acreditavam e praticavam coisas que a interpretação literal da Lei de Moisés condenava. a maioria da gente simples, os tinha em grande consideração. 
A principal queixa dos saduceus contra os fariseus era de que haviam amontoado um enorme acervo de regras e regulamentos para explicar a Lei do Antigo Testamento. Os fariseus, embora considerassem o Antigo Testamento como a sua suprema regra de vida e crença, viam que eles não se podiam aplicar diretamente ao tipo de sociedade em que viviam. Para ter valor e eficácia precisava ser explicado de novas maneiras. Os dez mandamentos recomendavam, entre outras coisas, que se podia fazer o judeu piedoso em dia de sábado? Os fariseus tinham uma lista de regras para responder em termos práticos a essa pergunta. Assim, os fariseus inventaram tantas regras peso moral para as pessoas piedosas. Jesus denuncio-os de hipócritas. 
Aos olhos de Jesus o mal dos fariseus era o fato de julgarem que Deus só se interessava pelas exigências da Lei. A teologia dos fariseus não abria espaço para aquele Deus que Jesus conhecia como seu Pai, um Deus cheio de bondade e amor mais desvelado e solícito para com aqueles que eram apenas convencionalmente religiosos. 
Os fariseus aceitavam a autoridade do Antigo Testamento como um todo, e não apenas a Lei de Moisés. Não tinham dificuldade em crer na ressurreição dos mortos. A maior expressão do farisaísmo foi a criação das sinagogas, opondo-se ao Templo, dominado pelos saduceus. 
b). Os saduceus: Esses grupo era formado por grandes proprietários da terra e pela elite dos comerciantes. Era um grupo pequeno mais de muita influência, dele provinham os Anciãos, isto é, aqueles que controlam a administração da justiça no tribunal supremo, chamado Sinédrio; do mesmo grupo provinha também a elite sacerdotal, que administrava o Templo e era responsável pelo culto. Os saduceus, portanto, concentravam nas suas mãos todo o poder político. Embora não se relacionassem diretamente com o povo, eram intransigentes com a sociedade e viviam preocupados com a ordem pública. Esse grupo foi o principal responsável pelo julgamento e morte de Jesus. Os saduceus foram os maiores colaboradores da dominação romana na Palestina e sempre mantiveram uma política de conciliação, certamente pelo medo de perder seus encargos e privilégios. Por essa razão sempre foi o grupo mais odiado pela ala nacionalista do judaísmo. 
No que se refere à religião, esse grupo era o mais conservador: aceitavam apenas a autoridade da lei escrita dada por Moisés nos cinco primeiros livros do Antigo Testamento - o Pentateuco ou Torah. Não tinham tempo a perder com o resto do Antigo Testamento ou que se aventurasse a reinterpretá-lo. não compartilhavam com os outros judeus de algumas crenças do judaísmo que não constava explicitamente na Torah. Rejeitavam as novas concepções geralmente aceitas pelos escribas e fariseus. Não acreditavam nos anjos, demônios, messianismo e ressurreição (Ler Mc 12, 18-27), também não acreditavam que Deus tivesse um objetivo por trás dos acontecimentos da história. 
Como grupo desapareceram com a destruição do Templo pelos romanos no ano 70 dC. 
c). Os Essênios: Tudo que faziam assumia alguma importância religiosa. Mantinham uma espécie de comunidade em Qumrã (às margens do Mar Morto), esforçando-se por preservar as tradições de pureza religiosa e moral do Antigo Testamento. Contudo nem todos os essênios viviam assim, alguns diferentemente dos grupos monásticos, casavam, porém somente por considerarem ser este o meio de continuar a espécie humana. A exemplo de algumas seitas, viviam os essênios na expectativa de um dia de crise na história. Deus, então reafirmaria sua soberania sobre o mundo, desbaratando os hereges da própria raça judaica, e os inimigos estrangeiros, como os romanos. Depois os membros da seita, e não a totalidade da raça judaica, seriam reconhecidos como o povo eleito de Deus. Assumiriam e restaurariam o culto de Deus no templo de Jerusalém. 
d). Os Zelotas: O nome zelota é atribuído a todo aquele que aderiu a um partido radical nascido na Galiléia, no tempo de Jesus e na época imediatamente posterior. O termo indica alguém que demonstra zelo e entusiasmo. Foram aqueles que mais se envolveram em ações diretas contra os romanos. Tinham a convicção religiosa de que não podiam ter outro senhor senão Deus e que, portanto, os romanos não eram vindos. Tinham uma insaciável paixão pela liberdade, e tão convencidos de que só Deus podia ser seu amo e Senhor. 
2. Os doutores da Lei: 
Também chamados de Escribas. No tempo de Jesus este grupo estava em ascensão e cada vez adquiria mais prestígio. Embora não pertencessem à classe mais abastarda, gozavam de uma posição de estratégia sem igual. Eram guias espirituais do povo, influenciando e determinando até as regras que dirigiam o culto. Por Seu grande poder residia no saber, pois eram especialista na interpretação da Sagrada Escritura. Como as Escrituras era a base da vida do povo judaico, os escribas acabavam se tornando especialistas em direito, administração e educação. Além do mais não ensinavam tudo o que sabiam e escondiam ao máximo a maneira como chegavam a determinadas conclusões. Após a destruição do Templo foram os escribas e fariseus que deram uma nova forma à religião judaica, tornando-a uma religião da Palavra.A influência dos escribas se fez sentir principalmente em três lugares, no Sinédrio (tribunal superior), na sinagoga (casa de oração) e na escola. 
No Sinédrio se apresentavam como juristas para aplicar a Lei de Moisés em assuntos governamentais, administrativos e em questões judiciais. 
Na Sinagoga eles eram os grandes intérpretes da Sagrada Escritura, criando novas tradições através da reeleitura, da explicação da Lei para os novos tempos e circunstâncias. Eram eles que abriam escolas para ensinar a ler e escrever, formando novo discípulos. 
3. As Festas: 
No tempo e Jesus, três festas exerciam um papel importante - Páscoa, Pentecostes, e Tendas. São as festas de peregrinação em que o povo se reunia para manifestar a solidariedade, a união, e para celebrar os grandes feitos do Senhor, libertador do seu povo. Cada uma delas durava uma semana inteira e vinha gente de todos os lugares. 
Os peregrinos de várias aldeias viajavam até Jerusalém em caravanas para evitar assaltos ou surpresas desagradáveis. Desde criança Jesus participava dessas festas (Lc 2, 41-50). 
Na festa da Páscoa se celebrava a libertação da escravidão do Egito, além de outros acontecimentos da história. Foi durante essa festa que Jesus instituiu a Eucaristia, foi preso e morto. Ele é o autêntico cordeiro de Deus. 
Na festa de Pentecostes, celebrada 50 dias após a Páscoa, era o momento de renovar a Aliança que Deus fizera com o seu povo no monte Sinai. Lucas coloca no dia dessa festa a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos (At 2, 1-41). 
Na festa das Tendas, cada família construía nos arredores de Jerusalém uma cabana de folhagens, na qual morava por uma semana, relembrando os antepassados que moraram em cabanas quando saíram do Egito. À noite era, aceso candelabros de ouro no Templo e o povo saia em procissão levando tochas, iluminando assim a cidade inteira. Foi durante essa festa que Jesus declarou “Eu sou a luz do mundo” e fez com que um cego de nascença enxergasse a luz (Jo 7-9). 
4. Templo e Sinagoga: 
O templo representava o centro da vida do povo judaico. Era nele que todos, até mesmo os judeus que viviam espalhados fora da Palestina, se reuniam para prestar culto a Deus. O Templo era a casa onde habitava o Deus único, santo, puro. Assim podemos perceber o poder que os sacerdotes tinham sobre o povo, sendo estes quem administrava o Templo e também por considerarem que estavam mais perto de Deus, e consequentemente eram eles os mais puros. A autoridade dos sacerdotes acabou transformando o Templo não só no centro da vida religiosa, mas também da vida política e econômica. É por isso que no tempo de Jesus o Templo possuía riquezas imensas (era o Tesouro Nacional), e toda a cúpula governamental agia a partir do Templo, (o Sinédrio que reunia sacerdotes, escribas e anciãos). Desse modo a morada de Deus se transformou num lugar de poder. Quando Jesus expulsou os comerciantes do Templo, estava na verdade, atacando o alicerce da sociedade judaica. 
O Templo era o lugar de culto e o povo freqüentava, principalmente por ocasião das grandes festas. Na vida comum, porém, o centro religioso era constituído pelas grandes festas. Na vida comum, porém, o centro religioso era constituído pela sinagoga, presente até mesmo nos menores povoados. Era o lugar onde o povo se reunia para a oração, para ouvir a Palavra de Deus e para a pregação, explicando o texto e relacionando-o com outros textos. Pelos Evangelhos sabemos que pelo menos uma vez Jesus, que era leigo, se apresentou para fazer a leitura do texto e interpretá-lo (Lc 4, 16-30). 
O sacerdote não tinha uma função especial na sinagoga, porque esta não era o lugar de culto litúrgico. Embora qualquer adulto pudesse presidir a reunião, nem todos o faziam, ou por serem analfabetos ou por não se julgarem preparados para um comentário. As reuniões acabavam então sempre animadas pelos escribas e fariseus que, cada vez, propagavam mais suas idéias e aumentavam sua influência sobre o povo, adquirindo prestígio cada vez maior. Em Jerusalém. algumas sinagogas tinham até hospedaria e instalação de banheiros para peregrinos. Até hoje as sinagogas são casas de oração e reunião dos judeus espalhados no mundo.
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