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MARC 8 - TOC e TAG

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1 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
TOC e TAG 
Transtorno Obsessivo Compulsivo; Transtorno de Ansiedade Generalizada 
Transtorno obsessivo-compulsivo e 
transtornos relacionados incluem: 
 Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC); 
 Transtorno dismórfico corporal; 
 Transtorno de acumulação; 
 Tricotilomania (transtorno de arrancar o 
cabelo); 
 Transtorno de escoriação (skin-picking). 
O TOC é caracterizado pela presença de 
obsessões e/ou compulsões. 
Obsessões  são pensamentos, impulsos ou 
imagens recorrentes e persistentes que são 
vivenciados como intrusivos e indesejados; 
Compulsões  são comportamentos repetitivos 
ou atos mentais que um indivíduo se sente 
compelido a executar em resposta a uma 
obsessão ou de acordo com regras que devem 
ser aplicadas rigidamente. 
 OU SEJA, a obsessão é aquilo que o paciente 
fica “obsessivo” para realizar e a compulsão é a 
execução desta obsessão! 
Embora o conteúdo específico das 
obsessões e compulsões varie entre os indivíduos, 
certas dimensões dos sintomas são comuns no 
TOC, incluindo as de limpeza (obsessões por 
contaminação e compulsões por limpeza); 
simetria (obsessões por simetria e compulsões 
de repetição, organização e contagem); 
pensamentos proibidos ou tabus (p. ex., obsessões 
agressivas, sexuais e religiosas e compulsões 
relacionadas); e ferimentos (p. ex., medo de ferir 
a si mesmo ou aos outros e compulsões de 
verificação relacionadas). 
O transtorno dismórfico corporal é 
caracterizado pela preocupação com a percepção 
de um ou mais defeitos ou falhas na aparência 
física que não são observáveis ou parecem 
apenas leves para os outros e por 
comportamentos repetitivos (p. ex., verificar-se no 
espelho, arrumar-se excessivamente, beliscar a 
pele, buscar tranquilização) ou atos mentais (p. 
ex., comparar a própria aparência com a de outra 
pessoa) em resposta às preocupações com a 
aparência. 
O transtorno de acumulação é 
caracterizado pela dificuldade persistente de 
descartar ou se desfazer de pertences, 
independentemente de seu valor real, em 
consequência de uma forte percepção da 
necessidade de conservá-los e do sofrimento 
associado ao seu descarte. 
A tricotilomania (transtorno de arrancar o 
cabelo) é caracterizada pelo comportamento 
recorrente de arrancar os próprios cabelos 
resultando em perda de cabelo e tentativas 
repetidas de reduzir ou parar de arrancá-los. O 
transtorno de escoriação (skin-picking) é 
caracterizado por beliscar a própria pele de 
forma recorrente, resultando em lesões cutâneas, 
e tentativas repetidas de reduzir ou parar o 
comportamento de beliscá-la. 
Transtorno Obsessivo-Compulsivo 
Critérios diagnósticos: 
1. Presença de obsessões, compulsões ou 
ambas: 
 OBSESSÕES: Pensamentos, 
impulsos ou imagens recorrentes e 
persistentes que, em algum 
momento durante a perturbação, 
são experimentados como 
intrusivos e indesejados e que, na 
maioria dos indivíduos, causam 
acentuada ansiedade ou 
sofrimento; O indivíduo tenta 
ignorar ou suprimir tais 
pensamentos, impulsos ou imagens 
ou neutralizá-los com algum outro 
pensamento ou ação; 
 COMPULSÕES: Comportamentos 
repetitivos (p. ex., lavar as mãos, 
2 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
organizar, verificar) ou atos 
mentais (p. ex., orar, contar ou 
repetir palavras em silêncio) que o 
indivíduo se sente compelido a 
executar em resposta a uma 
obsessão ou de acordo com regras 
que devem ser rigidamente 
aplicadas; Os comportamentos ou 
os atos mentais visam prevenir ou 
reduzir a ansiedade ou o 
sofrimento ou evitar algum evento 
ou situação temida; entretanto, 
esses comportamentos ou atos 
mentais não têm uma conexão 
realista com o que visam 
neutralizar ou evitar ou são 
claramente excessivos. 
2. As obsessões ou compulsões tomam 
tempo (p. ex., tomam mais de uma hora 
por dia) ou causam sofrimento 
clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em 
outras áreas importantes da vida do 
indivíduo; 
3. Os sintomas obsessivo-compulsivos não se 
devem aos efeitos fisiológicos de uma 
substância (p. ex., droga de abuso, 
medicamento) ou a outra condição 
médica; 
4. A perturbação não é mais bem explicada 
pelos sintomas de outro transtorno mental. 
Resumindo . . . 
 O sintoma característico do TOC é a presença de 
obsessões e compulsões (Critério A). Obsessões são 
pensamentos repetitivos e persistentes, imagens ou 
impulsos. É importante observar que as obsessões não 
são prazerosas ou experimentadas como voluntárias: são 
intrusivas e indesejadas e causam acentuado sofrimento 
ou ansiedade na maioria das pessoas. O indivíduo tenta 
ignorá-las ou suprimi-las ou neutralizá-las com outro 
pensamento ou ação. Compulsões (ou rituais) são 
comportamentos repetitivos ou atos mentais (p. ex., 
contar, repetir palavras em silêncio) que o indivíduo se 
sente compelido a executar em resposta a uma 
obsessão ou de acordo com regras que devem ser 
aplicadas rigidamente. 
Quando o TOC não é tratado, seu curso é, 
em geral, crônico, frequentemente com os 
sintomas tendo aumentos e diminuições de 
intensidade. 
Apesar de conceitualmente poder existir um 
transtorno obsessivo-compulsivo com apenas 
obsessões ou apenas compulsões, esse tipo de 
apresentação é muito incomum, porque, 
normalmente, as compulsões são atos 
ritualísticos realizados pelo paciente para reduzir 
o sofrimento causado pelas obsessões ou para 
evitar que algo de ruim aconteça consigo ou com 
alguma pessoa próxima. 
Possíveis diagnósticos diferenciais?!? 
Transtornos de ansiedade, depressivo maior, 
alimentares, tiques, psicóticos, do tipo compulsivo 
ou outros transtornos obsessivo-compulsivos. 
Ainda segundo o DSM-5, é necessário 
caracterizar o grau de compreensão que o 
paciente tem sobre seus sintomas, ou seja, se o 
paciente reconhece que os sintomas que 
apresenta são de origem patológica ou se 
acredita que seus atos são realmente necessários 
para que sejam evitadas tragédias, como a morte 
de alguém ou a queda de um avião. 
 Quando um paciente apresenta um insight 
bom, compreende que as obsessões e 
compulsões, apesar de causarem intensa 
angústia, não provocarão consequências 
reais caso os rituais não sejam adotados. 
 Por outro lado, pacientes com insight 
pobre acreditam que “sua crença é 
provavelmente verdadeira”. Ou seja, na 
dúvida, é melhor realizar o ritual. 
 Por fim, o paciente com insight ausente 
acredita piamente na necessidade de 
completar seu ritual para evitar que algo 
de ruim aconteça. 
 Ok, mas como diferenciar o delírio com 
pacientes que tem insight ausente? Os 
delírios são falsas ideias ou crenças 
inabaláveis, isto é, são alterações 
patológicas do conteúdo do pensamento. 
Os delírios, por definição, não são passíveis 
3 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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de mudança, mesmo após uma 
argumentação lógica em sentido contrário, 
e geralmente apresentam um conteúdo 
impossível ou altamente improvável de ser 
factível ou realizável. 
Fisiopatologia do TOC 
Estudos neurocognitivos a respeito do TOC 
levantaram a hipótese do envolvimento de 
circuitos paralelos, parcialmente segregados, 
cortico-estriato-tálamo-corticais (CSTC) que 
estão envolvidos em processos sensório-motores, 
cognitivos, afetivos e motivacionais no TOC. 
Circuitos Envolvidos no TOC 
 
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é mediado por circuitos paralelos, parcialmente segregados, cortico-estriato-
tálamo-corticais (CSTC) que estão envolvidos em processos sensório-motores, cognitivos, afetivos e motivacionais. 
dCaud, parte dorsal donúcleo caudado; dlPFC, córtex pré-frontal dorsolateral; dmPFC, córtex pré-frontal dorsomedial; 
IFG, giro frontal inferior; NAcc, núcleo accumbens; OFC, córtex orbitofrontal; pPut, parte posterior do putâmen; pré-
SMA, área motora pré-suplementar; SMA, área motora suplementar; Tham, Tálamo; vCaud, parte ventral do núcleo 
caudado; vlPFC, córtex pré-frontal ventrolateral; vmPFC, córtex pré-frontal ventromedial. 
Mudanças na expectativa de vida relacionadas ao estágio da doença — mudanças cerebrais 
como causa e consequência do TOC 
 
4 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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Supõe-se que o envolvimento dos circuitos dependa do perfil dos sintomas e do estágio da doença. Nas fases iniciais 
do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), as alterações dentro dos circuitos cognitivo dorsal, cognitivo ventral e 
recompensa ventral córtico-estriato-tálamo-cortical (CSTC) e o circuito frontolímbico estão relacionados a sintomas 
envolvendo ansiedade, incerteza, e comportamentos direcionados a objetivos. Nas fases posteriores do TOC, as 
alterações nos circuitos CSTC sensório-motor, cognitivo dorsal e cognitivo ventral estão relacionadas a sintomas 
envolvendo comportamentos habituais. dCaud, parte dorsal do núcleo caudado; dlPFC, córtex pré-frontal dorsolateral; 
dmPFC, córtex pré-frontal dorsomedial; IFG, giro frontal inferior; NAcc, núcleo accumbens; OFC, córtex orbitofrontal; 
pPut, parte posterior do putâmen; pré-SMA, área motora pré-suplementar; SMA, área motora suplementar; Tham, 
Tálamo; vCaud, parte ventral do núcleo caudado; vlPFC, córtex pré-frontal ventrolateral; vmPFC, córtex pré-frontal 
ventromedial.
Tratamento do TOC 
O tratamento do TOC é dividido em duas 
categorias: medicamentosa e não 
medicamentosa. 
A terapia não medicamentosa é realizada 
principalmente através de abordagem 
psicoterápica, com a terapia cognitivo-
comportamental (TCC) sendo a indicação de 
primeira escolha para o transtorno. A TCC 
abrange o desenvolvimento de técnicas de 
exposição e dessensibilização, bem como outros 
treinamentos cognitivos e comportamentais. 
Quando associada ao tratamento 
psicofarmacológico, aumenta as taxas de sucesso 
terapêutico. 
A terapia medicamentosa é realizada com 
uso de antidepressivos, sendo considerados como 
primeira linha de tratamento os inibidores da 
recaptação de serotonina (ISRS), com doses 
semelhantes às usadas para tratar os transtornos 
depressivos. Contudo, o lapso para que a resposta 
ao tratamento seja percebida costuma ser maior, 
podendo levar até 4 meses para que haja 
resposta terapêutica. 
Ok, mas e se houver refratariedade ao 
tratamento?!? 
 Nestes casos, o próximo passo é combinar 
medicamentos! Ex.: ISRS + Clomipramina; um 
antidepressivo com antipsicótico ou com um 
estabilizador do humor ou com uma medicação 
com ação antiglutamatérgica, como a N-
acetilcisteína e a Memantina. 
DROGAS QUE PODEM SER ASSOCIADAS AO 
ANTIDEPRESSIVO NO TOC: 
 Risperidona 
 Haloperidol 
 Olanzapina 
 Ácido valpróico 
 Carbamazepina 
 Memantina 
 N-acetilcisteína (NAC) 
 Lítio 
De modo geral, podemos estratificar as 
tentativas do tratamento do TOC em alguns 
passos: 
1 - Monoterapia com ISRS ou Clomipramina. 
2 - Troca do ISRS para Clomipramina ou vice-
versa. 
3 - Associação de medicamentos. 
4 - Clomipramina ou ISRS por via endovenosa. 
5 - Terapias empíricas ou eletroconvulsoterapia. 
6 – Neuropsicocirurgia (cingulotomia anterior, 
orientada por RM) 
Resumindo. . . 
Os antidepressivos agem na: obsessão e ansiedade 
5 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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A TCC age na: compulsão 
O tratamento + específico para TOC é: Clomipramina 
(tricíclico; Anafranil® 25mg – 50mg mínimas por dose 
– 250mg/dia máximo) 
PRIMEIRO – benzodiazepínico por no máximo 1 mês e 
faz desmame (clonazepam gotas – 2,5mg/ml – é 1 opção, 
ñ uma regra) + ISRS ou DUAIS (aumentando a dose 
gradualmente e depois mantenho) (uso por 6m a 1 ano).
Algoritmo de tratamento do TOC 
 
 
 
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) ou os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) são os 
tratamentos de primeira linha para o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Os pacientes que não respondem podem 
receber reforço com outras modalidades de tratamento. A neurocirurgia só é considerada em casos altamente 
refratários e graves. AAP, antipsicóticos atípicos; DBS, estimulação cerebral profunda; rTMS, estimulação magnética 
transcraniana repetitiva; IRSN, inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina; SRI, inibidor da recaptação da 
6 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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serotonina.aA presença de comorbidades específicas pode alterar o algoritmo (por exemplo, foco em estabilizadores 
de humor mais TCC na presença de transtorno bipolar e adição de antipsicóticos naqueles com sintomas psicóticos 
ou tiques). bOs tamanhos de efeito são semelhantes para diferentes SSRIs.cSessões de reforço mensais por 3 a 6 
meses.d12–24 meses.
Transtorno Dismórfico Corporal 
Critérios diagnósticos: 
1. Preocupação com um ou mais defeitos ou 
falhas percebidas na aparência física que 
não são observáveis ou que parecem leves 
para os outros; 
2. Em algum momento durante o curso do 
transtorno, o indivíduo executou 
comportamentos repetitivos (p. ex., 
verificar-se no espelho, arrumar-se 
excessivamente, beliscar a pele, buscar 
tranquilização) ou atos mentais (p. ex., 
comparando sua aparência com a de 
outros) em resposta às preocupações com 
a aparência; 
3. A preocupação causa sofrimento 
clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em 
outras áreas importantes da vida do 
indivíduo; 
4. A preocupação com a aparência não é 
mais bem explicada por preocupações 
com a gordura ou o peso corporal em um 
indivíduo cujos sintomas satisfazem os 
critérios diagnósticos para um transtorno 
alimentar. 
Transtorno de Acumulação 
Critérios diagnósticos: 
1. Dificuldade persistente de descartar ou 
de se desfazer de pertences, 
independentemente do seu valor real; 
2. Esta dificuldade se deve a uma 
necessidade percebida de guardar os itens 
e ao sofrimento associado a descartá-los; 
3. A dificuldade de descartar os pertences 
resulta na acumulação de itens que 
congestionam e obstruem as áreas em uso 
e compromete substancialmente o uso 
pretendido. Se as áreas de estar não estão 
obstruídas, é somente devido a 
intervenções de outras pessoas (p. ex., 
membros da família, funcionários de 
limpeza, autoridades); 
4. A acumulação causa sofrimento 
significativo ou prejuízo no funcionamento 
social, profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo 
(incluindo a manutenção de um ambiente 
seguro para si e para os outros); 
5. A acumulação não é devida a outra 
condição médica (p. ex., lesão cerebral, 
doença cerebrovascular, síndrome de 
Prader-Willi); 
6. A acumulação não é mais bem explicada 
pelos sintomas de outro transtorno mental. 
Tricotilomania 
Critérios diagnósticos: 
1. Arrancar o próprio cabelo de forma 
recorrente, resultando em perda de 
cabelo; 
2. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o 
comportamento de arrancar o cabelo; 
3. O ato de arrancar cabelo causa sofrimento 
clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em 
outras áreas importantes da vida do 
indivíduo; 
4. O ato de arrancar cabelo ou a perda de 
cabelo não se deve a outra condição 
médica (p. ex., uma condição 
dermatológica); 
5. O ato de arrancar cabelo não é mais bem 
explicado pelos sintomas de outro 
transtorno mental. 
 
7 
Khilver Doanne SousaSoares 
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Transtorno de Escoriação (Skin-picking) 
Critérios diagnósticos: 
1. Beliscar a pele de forma recorrente, 
resultando em lesões; 
2. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o 
comportamento de beliscar a pele; 
3. O ato de beliscar a pele causa sofrimento 
clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em 
outras áreas importantes da vida do 
indivíduo; 
4. O ato de beliscar a pele não se deve aos 
efeitos fisiológicos de uma substância (p. 
ex., cocaína) ou a outra condição médica 
(p. ex., escabiose); 
5. O ato de beliscar a pele não é mais bem 
explicado pelos sintomas de outro 
transtorno mental. 
 Seguem abaixo, por ser o principal 
diagnóstico diferencial, as principais 
apresentações dos transtornos ansiosos 
Transtorno de Ansiedade de Separação 
Critérios diagnósticos: 
1. Medo ou ansiedade impróprios e 
excessivos em relação ao estágio de 
desenvolvimento, envolvendo a separação 
daqueles com quem o indivíduo tem 
apego, evidenciados por três (ou mais) dos 
seguintes aspectos: 
 Sofrimento excessivo e recorrente 
ante a ocorrência ou previsão de 
afastamento de casa ou de figuras 
importantes de apego; 
 Preocupação persistente e 
excessiva acerca da possível perda 
ou de perigos envolvendo figuras 
importantes de apego, tais como 
doença, ferimentos, desastres ou 
morte; 
 Preocupação persistente e 
excessiva de que um evento 
indesejado leve à separação de 
uma figura importante de apego (p. 
ex., perder-se, ser sequestrado, 
sofrer um acidente, ficar doente); 
 Relutância persistente ou recusa a 
sair, afastar-se de casa, ir para a 
escola, o trabalho ou a qualquer 
outro lugar, em virtude do medo da 
separação; 
 Temor persistente e excessivo ou 
relutância em ficar sozinho ou sem 
as figuras importantes de apego 
em casa ou em outros contextos; 
 Relutância ou recusa persistente 
em dormir longe de casa ou dormir 
sem estar próximo a uma figura 
importante de apego; 
 Pesadelos repetidos envolvendo o 
tema da separação; 
 Repetidas queixas de sintomas 
somáticos. 
2. O medo, a ansiedade ou a esquiva é 
persistente, durando pelo menos quatro 
semanas em crianças e adolescentes e 
geralmente seis meses ou mais em 
adultos; 
3. A perturbação causa sofrimento 
clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, acadêmico, 
profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo; 
4. A perturbação não é mais bem explicada 
por outro transtorno mental, como a 
recusa em sair de casa devido à 
resistência excessiva à mudança no 
transtorno do espectro autista; delírios ou 
alucinações envolvendo a separação em 
transtornos psicóticos; recusa em sair sem 
um acompanhante confiável na agorafobia. 
 A característica essencial do transtorno de 
ansiedade de separação é o medo ou a ansiedade 
8 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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excessiva envolvendo a separação de casa ou de 
figuras de apego. A ansiedade excede o esperado 
com relação ao estágio de desenvolvimento do 
indivíduo (Critério A). Eles vivenciam sofrimento 
excessivo e recorrente ante a ocorrência ou 
previsão de afastamento de casa ou de figuras 
importantes de apego, se preocupam com o bem-
estar ou a morte de figuras de apego, com 
eventos indesejados consigo mesmos. Os 
indivíduos com o transtorno são relutantes ou se 
recusam a sair sozinhos devido ao medo de 
separação. 
Transtorno de Ansiedade Social (fobia 
social) 
Critérios diagnósticos: 
1. Medo ou ansiedade acentuados acerca de 
uma ou mais situações sociais em que o 
indivíduo é exposto a possível avaliação por 
outras pessoas. Exemplos incluem 
interações sociais (p. ex., manter uma 
conversa, encontrar pessoas que não são 
familiares), ser observado (p. ex., comendo 
ou bebendo) e situações de desempenho 
diante de outros (p. ex., proferir palestras); 
2. O indivíduo teme agir de forma a 
demonstrar sintomas de ansiedade que 
serão avaliados negativamente (i.e., será 
humilhante ou constrangedor; provocará a 
rejeição ou ofenderá a outros); 
3. As situações sociais quase sempre 
provocam medo ou ansiedade; 
4. As situações sociais são evitadas ou 
suportadas com intenso medo ou 
ansiedade; 
5. O medo ou ansiedade é desproporcional à 
ameaça real apresentada pela situação 
social e o contexto sociocultural; 
6. O medo, ansiedade ou esquiva é 
persistente, geralmente durando mais de 
seis meses; 
7. O medo, ansiedade ou esquiva causa 
sofrimento clinicamente significativo ou 
prejuízo no funcionamento social, 
profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo; 
8. O medo, ansiedade ou esquiva não é 
consequência dos efeitos fisiológicos de 
uma substância (p. ex., droga de abuso, 
medicamento) ou de outra condição 
médica; 
9. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais 
bem explicado pelos sintomas de outro 
transtorno mental. 
A característica essencial do transtorno de 
ansiedade social é um medo ou ansiedade 
acentuados ou intensos de situações sociais nas 
quais o indivíduo pode ser avaliado pelos outros. 
Em crianças, o medo ou ansiedade deve ocorrer 
em contextos com os pares, e não apenas 
durante interações com adultos (Critério A). 
Quando exposto a essas situações sociais, o 
indivíduo tem medo de ser avaliado 
negativamente. Ele tem a preocupação de que 
será julgado como ansioso, débil, maluco, 
estúpido, enfadonho, amedrontado, sujo ou 
desagradável. O indivíduo teme agir ou aparecer 
de certa forma ou demonstrar sintomas de 
ansiedade, tais como ruborizar, tremer, transpirar, 
tropeçar nas palavras, que serão avaliados 
negativamente pelos demais (Critério B). 
Agorafobia 
Critérios diagnósticos: 
1. Medo ou ansiedade marcantes acerca de 
duas (ou mais) das cinco situações 
seguintes: 
 Uso de transporte público (p. ex., 
automóveis, ônibus, trens, navios, 
aviões); 
 Permanecer em espaços abertos (p. 
ex., áreas de estacionamentos, 
mercados, pontes); 
 Permanecer em locais fechados (p. 
ex., lojas, teatros, cinemas); 
 Permanecer em uma fila ou ficar 
em meio a uma multidão; 
 Sair de casa sozinho. 
9 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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2. O indivíduo tem medo ou evita essas 
situações devido a pensamentos de que 
pode ser difícil escapar ou de que o auxílio 
pode não estar disponível no caso de 
desenvolver sintomas do tipo pânico ou 
outros sintomas incapacitantes ou 
constrangedores (p. ex., medo de cair nos 
idosos; medo de incontinência); 
3. As situações agorafóbicas quase sempre 
provocam medo ou ansiedade; 
4. As situações agorafóbicas são ativamente 
evitadas, requerem a presença de uma 
companhia ou são suportadas com intenso 
medo ou ansiedade; 
5. O medo ou ansiedade é desproporcional 
ao perigo real apresentado pelas situações 
agorafóbicas e ao contexto sociocultural; 
6. O medo, ansiedade ou esquiva é 
persistente, geralmente durando mais de 
seis meses; 
7. O medo, ansiedade ou esquiva causa 
sofrimento clinicamente significativo ou 
prejuízo no funcionamento social, 
profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo; 
8. Se outra condição médica (p. ex. doença 
inflamatória intestinal, doença de 
Parkinson) está presente, o medo, 
ansiedade ou esquiva é claramente 
excessivo; 
9. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais 
bem explicado pelos sintomas de outro 
transtorno mental. 
A característica essencial da agorafobia é o 
medo ou ansiedade acentuado ou intenso 
desencadeado pela exposição real ou prevista a 
diversas situações (Critério A). O diagnóstico 
requer que os sintomas ocorram em pelo menos 
duas dascinco situações seguintes: 1) uso de 
transporte público, como automóveis, ônibus, 
trens, navios ou aviões; 2) permanecer em 
espaços abertos, como áreas de estacionamento, 
mercados ou pontes; 3) permanecer em locais 
fechados, como lojas, teatros ou cinemas; 4) 
permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma 
multidão; ou 5) sair de casa sozinho. Os exemplos 
de cada situação não são exaustivos; outras 
situações podem ser temidas. Quando 
experimentam medo e ansiedade acionada por 
essas situações, os indivíduos geralmente 
experimentam pensamentos de que algo terrível 
possa acontecer (Critério B). 
O medo ou ansiedade é evocado quase 
todas as vezes em que o indivíduo entra em 
contato com a situação temida (Critério C). O 
indivíduo evita ativamente a situação, ou, se não 
consegue ou decide não evitá-la, a situação evoca 
medo ou ansiedade intenso (Critério D). 
O medo, ansiedade ou esquiva deve ser 
desproporcional ao perigo real apresentado pelas 
situações agorafóbicas e ao contexto 
sociocultural (Critério E). 
Fobia Específica 
Critérios diagnósticos: 
1. Medo ou ansiedade acentuados acerca de 
um objeto ou situação; 
2. O objeto ou situação fóbica quase 
invariavelmente provoca uma resposta 
imediata de medo ou ansiedade; 
3. O objeto ou situação fóbica é ativamente 
evitado ou suportado com intensa 
ansiedade ou sofrimento; 
4. O medo ou ansiedade é desproporcional 
em relação ao perigo real imposto pelo 
objeto ou situação específica e ao 
contexto sociocultural; 
5. O medo, ansiedade ou esquiva é 
persistente, geralmente com duração 
mínima de seis meses; 
6. O medo, ansiedade ou esquiva causa 
sofrimento clinicamente significativo ou 
prejuízo no funcionamento social, 
profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo; 
7. A perturbação não é mais bem explicada 
pelos sintomas de outro transtorno mental. 
 
 
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Khilver Doanne Sousa Soares 
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Transtorno de Pânico 
Critérios diagnósticos: 
1. Ataques de pânico recorrentes e 
inesperados. Um ataque de pânico é um 
surto abrupto de medo intenso ou 
desconforto intenso que alcança um pico 
em minutos e durante o qual ocorrem 
quatro (ou mais) dos seguintes sintomas: 
 Palpitações, coração acelerado, 
taquicardia; 
 Sudorese; 
 Tremores ou abalos; 
 Sensações de falta de ar ou 
sufocamento; 
 Sensações de asfixia; 
 Dor ou desconforto torácico; 
 Náusea ou desconforto abdominal; 
 Sensação de tontura, instabilidade, 
vertigem ou desmaio; 
 Calafrios ou ondas de calor; 
 Parestesias (anestesia ou 
sensações de formigamento); 
 Desrealização (sensações de 
irrealidade) ou despersonalização 
(sensação de estar distanciado de 
si mesmo); 
 Medo de perder o controle ou 
“enlouquecer”; 
 Medo de morrer. 
2. Pelo menos um dos ataques foi seguido 
de um mês (ou mais) de uma ou de ambas 
as seguintes características: 
 Apreensão ou preocupação 
persistente acerca de ataques de 
pânico adicionais ou sobre suas 
consequências (p. ex., perder o 
controle, ter um ataque cardíaco, 
“enlouquecer”); 
 Uma mudança desadaptativa 
significativa no comportamento 
relacionada aos ataques (p. ex., 
comportamentos que têm por 
finalidade evitar ter ataques de 
pânico, como a esquiva de 
exercícios ou situações 
desconhecidas). 
3. A perturbação não é consequência dos 
efeitos psicológicos de uma substância (p. 
ex., droga de abuso, medicamento) ou de 
outra condição médica (p. ex., 
hipertireoidismo, doenças 
cardiopulmonares); 
4. A perturbação não é mais bem explicada 
por outro transtorno mental. 
Transtorno de pânico se refere a ataques 
de pânico inesperados recorrentes (Critério A). 
Um ataque de pânico é um surto abrupto de 
medo ou desconforto intenso que alcança um 
pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro 
ou mais de uma lista de 13 sintomas físicos e 
cognitivos. 
Transtorno de Ansiedade Generalizada 
Critérios diagnósticos: 
1. Ansiedade e preocupação excessivas 
(expectativa apreensiva), ocorrendo na 
maioria dos dias por pelo menos seis 
meses, com diversos eventos ou atividades 
(tais como desempenho escolar ou 
profissional); 
2. O indivíduo considera difícil controlar a 
preocupação; 
3. A ansiedade e a preocupação estão 
associadas com três (ou mais) dos 
seguintes seis sintomas (com pelo menos 
alguns deles presentes na maioria dos dias 
nos últimos seis meses): 
 Inquietação ou sensação de estar 
com os nervos à flor da pele; 
 Fatigabilidade; 
 Dificuldade em concentrar-se ou 
sensações de “branco” na mente; 
 Irritabilidade; 
 Tensão muscular; 
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Khilver Doanne Sousa Soares 
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 Perturbação do sono (dificuldade 
em conciliar ou manter o sono, ou 
sono insatisfatório e inquieto). 
4. A ansiedade, a preocupação ou os 
sintomas físicos causam sofrimento 
clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em 
outras áreas importantes da vida do 
indivíduo; 
5. A perturbação não se deve aos efeitos 
fisiológicos de uma substância (p. ex., 
droga de abuso, medicamento) ou a outra 
condição médica (p. ex., hipertireoidismo); 
6. A perturbação não é mais bem explicada 
por outro transtorno mental. 
As características essenciais do transtorno 
de ansiedade generalizada são ansiedade e 
preocupação excessivas (expectativa apreensiva) 
acerca de diversos eventos ou atividades. A 
intensidade, duração ou frequência da ansiedade 
e preocupação é desproporcional à probabilidade 
real ou ao impacto do evento antecipado. O 
indivíduo tem dificuldade de controlar a 
preocupação e de evitar que pensamentos 
preocupantes interfiram na atenção às tarefas 
em questão. 
A ansiedade e a preocupação são 
acompanhadas por pelo menos três dos seguintes 
sintomas adicionais: inquietação ou sensação de 
estar com os nervos à flor da pele, fatigabilidade, 
dificuldade de concentrar-se ou sensações de 
“branco” na mente, irritabilidade, tensão 
muscular, perturbação do sono, embora apenas 
um sintoma adicional seja exigido para crianças. 
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Referências 
DSM-V. 
Estratégia MED. Psiquiatria. Transtorno 
Obsessivo Compulsivo. Curso Extensivo. 
2023.

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