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Abdome agudo

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1 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
CASO 01 - Apendicite 
Um paciente de sexo masculino, 28 anos, procura 
serviço de emergência por sentir dor abdominal. 
- O quadro havia iniciado há 36 horas de sua chegada 
com aparecimento de dor difusa em cólica e náuseas. 
Nas últimas 12 horas, a dor passa a ser constante e 
localizada no quadrante inferior direito, acompanhada 
de um episódio de vômito e de temperatura axilar 
37,8ºC. A dor piora com contração da parede 
abdominal e a deambulação. 
- Ao realizar exame físico, o paciente encontra-se 
prostrado e imóvel. À palpação do abdome, ele tem 
contração involuntária da musculatura da parede 
abdominal no quadrante inferior direito (defesa) e dor 
forte à retirada súbita de compressão manual nessa 
região (rebote – sinal de Blumberg) 
- A partir de hemograma solicitado, evidencia-se 
leucocitose (14.000/mm3) com desvio a esquerda 
(11% de bastonados e 61% de segmentado) 
 
 
 
 
CASO 02 – Pneumoperitônio -abdome agudo perf. 
Paciente do sexo masculino, 39 anos, atendido no PA 
com quadro de dor abdominal difusa, intensa e de 
início súbito, com cerca de 3 horas de evolução. 
- Trazido à sala de exame em cadeira de rodas, com 
fáceis de dor e gemendo. Acompanhamento relatou 
episódios de náuseas e vômitos após o início do 
quadro 
- Ao exame encontrava-se pálido, sudorético, 
taquipneico, apresentando abdome difusamente 
doloroso com tensão aumentada e dor a 
descompressão difusa. A frequência cardíaca era de 
120 bpm e a pressão arterial de 110x60mmHg. 
 
 
CASO 03 – DIVERTICULITE 
Coronel Otavio, político de uma pequena cidade do 
interior resolve comprar uma fazenda com seu cartão 
corporativo. Como em tempos de fiscalização acirrada 
é impossível realizar a compra dessa maneira, resolve 
utilizar meios mais tradicionais. Contratou um 
capanga e resolveu tomar o imóvel a força. “A vida, às 
vezes, dificulta o cabra a ser honesto” – disse em tom 
de ensinamento para um de seus aliados. Desfrutando 
da sua bela propriedade, em sua rede bordada por 
habilidosas artesãs cearenses, começou a sentir uma 
forte dor abdominal difusa, mais predominantemente 
do lado esquerdo, seguida de diarreia com urgência 
para defecar e disuria. Já experimentava a mesma dor 
em outras ocasiões, mas nunca procurou um médico. 
Essa seria, aliás, a primeira vez em 61 anos de 
existência que seria atendido num hospital. Não havia 
sangue, muco nas fezes, e, ao exame físico, Otavio 
estava febril 38ºC e em regular estado geral. O clínico 
que o atendeu percebeu o que descreveu como uma 
massa em quadrante inferior esquerdo, solicitando 
uma TC do abdome. 
 
 
CASO 04 – 
Estamos no ano 23 A.C. e o imperador Augusto está à 
espera do seu médico Antonius Musa que vem lhe 
tratando com sessões de banho frio. E pensar que, faz 
apenas alguns dias, ardia em febre. Agora, esta 
regredia, restando apenas uma dor abdominal e umas 
manchas vermelhas que lhe coloriam a barriga e o 
peito. “Antonius chegou!” – Gritava-se pelo palácio. 
Diante de toda sua robustez e seriedade, ele toma o 
braço do imperador e conta-lhe as pulsações, “ah, 
essa bradicardia que não passa” – deixa escapar o 
médico, Augusto, no entanto, parece estar em outro 
mundo, ficando a repetir desvaneios e previsões. A 
verdade é que isso não importava ao médico nesse 
momento, que estava confiante na recuperação de 
seu ilustre paciente. Dias semanas se passaram e 
Augusto era outro. Já comandava seu exército, 
discutia com o Senado e caminhava diariamente pelo 
calçadão. Numa tarde, enquanto cavalgava, sentiu 
uma dor súbita em mesogástrio, muito intensa, e 
desmaiou. Seu médico foi chamado as pressas. Já era 
tarde, Augusto colocava sangue pelo ânus e Antonius 
sabia exatamente o que isso queria dizer. A única 
coisa que ainda lhe deu tempo de fazer foi percutir a 
topografia hepática e percebeu o hipertimpanismo. 
 
 
LEUCOGRAMA: 
Absoluto: Acima de 12.000/mm3 sugere 
aumento. 
Formas jovens: Bastonados, mielocitos = 
formação de células -> Sugere infecção 
 
2 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
NÃO TRAUMÁTICO 
• Causa mais comum de internação 
cirúrgica de emergência (10% das 
consultas em emergências); 
• Engloba várias condições que variam 
desde causas banais até situações de 
elevada mortalidade (10% complicações 
graves); 
• Evolução pode várias de minutos a horas 
ou mesmo semanas 
 
✓ 40% da população: Dor abdominal 
recorrente; 
✓ 30% dos pacientes com câncer; 
✓ 24% das mulheres com dor pélvica. 
 
Raciocínio lógico: Anatomia e fisiopatologia. 
15% das questões de prova de residência. 
 
Prevalência das doenças: 
- Apendicite - Perfuração de vísceras ocas 
- Colicistite - Obstrução intestinal 
- Diverticulite - Causas ginecológicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão da anatomia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Parede abdominal: 
Inervação dos dermátomos T6-T12 + L1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAUSAS ABDOMINAIS CAUSAS EXTRA-ABDOMINAIS 
 
3 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
Cavidade peritoneal - peritônio 
Membrana serosa que reveste os órgãos e a 
parede da cavidade abdominal, semipermeável e 
bidirecional. 
Promove o sequestro e remoção de bactérias na 
cavidade peritoneal e facilita e migração de 
células inflamatórias. 
Barreira passiva – Área se superfície 1m2 
Células mesoteliais 
Contém, em condições normais, menos de 50ml 
de líquido. 
Nos homens a cavidade peritoneal é totalmente 
fechada. 
Nas mulheres apresenta uma abertura para o 
exterior, através do óstio das tubas uterinas. 
 
Peritônio parietal – cobre as superfícies da 
parede abdominal anterior, lateral e posterior e a 
superfície inferior do diafragma e pelve. 
 
Peritônio visceral – envolve a maior parte da 
superfície dos órgãos e a face anterior dos órgãos 
retroperitoneais 
 
• Órgãos Intraperitoneal tem meso - camada 
dupla. (estômago, jejuno, íleo, cólon 
transverso, fígado e baço) 
• Órgãos retroperitoneais - Uma parte revestida 
por peritônio, outra não. (duodeno, cólons 
direito e esquerdo, pâncreas, rins e 
glândulas adrenais) 
 
Mesentério e omento 
Omento corresponde a dobras peritoneais 
complexas. Promove a proteção das vísceras 
abdominais. 
Alta concentração de macrófagos que auxiliam na 
remoção de corpos estranhos e bactérias. 
Aderência aos sítios intraperitoneais de 
inflamação, impedindo peritonite difusa (por 
exemplo, diverticulite e apendicite aguda) 
Omento maior/Grande epiplon - Parte da maior 
curvatura gástrica e vai até o colo transverso. Ele 
serve para proteção e possui 4 camadas de 
peritônio - é ativo (movimentos por quimiotaxia) 
Pequeno omento – entre o estômago e o fígado 
Espaço/bolsa omental – retro cavidade dos 
omentos/epiplon 
Cavidade superior ou uma cavidade inferior, vai 
ser dividido mais ou menos pela altura do colo 
transverso (mesocólon transverso). 
 
Dividir em - omento superior, omento inferior e 
bolsa omental. 
 
Dobra do peritonio em volta da via biliar - 
ligamento hepatoduodenal. 
 
Forame omental/epiploico/winslow - 
comunicação natural da bolsa com o restante da 
cavidade, entre via biliar a parede posterior 
(ligamento hepatoduodenal e veia cava). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Peritônio 
visceral 
Peritônio 
parietal 
Omento 
menor 
Bolsa 
omental 
Forame 
omental 
Omento 
maior 
Órgãos retroperitonial – 
pâncreas, duodeno (3ª 
porcao), rins. 
 
4 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACESSOS CIRURGICOS À BOLSA OMENTAL 
Acesso cirúrgico à bolsa omental: seccionara 
parte anterior do grande omento para acessar o 
pâncreas, por 
exemplo. Outra 
forma, é 
seccionar junto 
ao bordo livre do 
cólon transverso, 
levanta-se todo 
o omento (mais 
comum). 
• Ligamento falciforme é uma dobra do 
peritônio parietal. 
• Cápsula de glisson – peritônio do fígado 
Tipos de dores abdominais 
DOR VISCERAL: Sensação dolorosa profunda, 
surda (mal definida) e mal localizada (as fibras se 
cruzam e por isso o cérebro não sabe distinguir 
onde está a dor) 
- Paciente não consegue ficar parado 
- Fibras aferentes do SNA 
- Pode ser causada por distensão, isquemia ou 
contração exagerada da musculatura da víscera. 
- Dor na linha média (exceto: inervação de 
órgãos bilaterais como rins, ureteres). 
- Acompanhada de resposta vagal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOR PARIETAL (SOMÁTICA): Nervos somáticos 
(fibras aferentes de T6-L1); Dor bem localizada e 
nem definida; dor aguda em pontada e 
constante. 
- Paciente se mexe o mínimo possível 
- Pode ser causada por inflamação, edema ou 
congestão vascular 
- Distribuição cutânea unilateral com contratura 
de musculatura (defesa muscular) 
- Agravada com estímulo do peritônio parietal 
(Ex.: Tosse) 
- Frequentemente CAUSA CIRÚRGICA. 
 
DOR REFERIDA: Dor sentida em local 
diferente do estímulo nocivo; ocorre em área 
inervada pelo mesmo neuro segmento (Arco 
reflexo medular) do órgão envolvido. Geralmente 
ocorre por inflamação (Ex.: paciente com cálculo 
na pelve renal e refere dor no testículo do mesmo 
lado). 
- Diafragma: Dor no ombro 
- Trato biliar: Dor no ombro D 
- Intestino delgado: Dor na região dorsal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOR DE CAUSAS NÃO ABDOMINAIS: 
AFECÇÕES TORÁCICAS: 
- Processos inflamatórios pulmonares que irritam 
a pleura parietal 
- Afecções da pleura parietal 
- Pneumotórax e hemopneumotórax; 
- Pericardite aguda 
 - Embolia e infarto pulmonares 
 - Infarto do miocárdio 
 
 
 
 
 
 
 
Dor na região epigástrica. 
Dor na região periumbilical 
Dor na região supra púbica 
 
5 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
Abdome agudo não traumático 
✓ 5 a 10 % das consultas em Emergências; 
✓ 15 a 40% dos casos necessitam tratamento 
cirúrgico; 
✓ Desafios: 
– 1/3 dos casos não tem apresentação típica 
– Se diagnóstico incorreto – mortalidade 
aumenta 2,5 vezes em idosos 
 
Menos de 50 anos: 
1. Dor inespecífica – 39% 
2. Apendicite – 32% 
3. Colicistite – 6% 
 
Mais de 50 anos: 
1. Colicistite – 20% 
2. Dor inespecífica – 15,6% 
3. Apendicite – 15,4% 
 
Cirúrgico: Apendicite, 
colicistite, úlcera perfurada, 
gravidez ectópica e 
diverticulite. 
 
Não cirúrgico: Cálculo renal, 
pielonefrite, apendicite, hepatite aguda, adenite 
mesentérica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA 
Diagnóstico: 
• Etiológico 
• Sindrômico: 
1. Inflamatório. 
2. Perfurativo. 
3. Obstrutivo. 
4. Vascular. 
5. Hemorrágico. 
ANAMNESE – EM RELAÇÃO A DOR: 
Localização e irradiação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modo de início: 
- Abrupto: Isquemia, perfuração 
de víscera oca, ruptura de 
aneurisma, gravidez ectópica 
rota. 
- Rápido (até 1-2h): Colicistite, 
pancreatite. 
- Gradual (várias horas): 
Inicialmente desconforto, após, 
bem localizada – irritação 
peritoneal: apendicite, hérnia 
encarcerada, diverticulite. 
 
Continua x intermitente: 
- Intermitente: Obstrução (digestiva, urinária). 
- Contínua: Inflamação ou isquemia. 
 
Duração: 
-Persistente, por mais de 6h, forte intensidade: 
TRATAMENTO CIRÚRGICO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.: Perfurativo 
Ex.: Obstrução 
Ex.: Inflamatório 
 
6 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
Fatores de alívio e piora: 
Estímulo peritoneal – respiração profunda, tosse, 
caminhar...Imobilidade no leito, posição 
antálgica- Peritonite 
Estímulo visceral – paciente inquieto. 
 
Frequência: 
Episódios prévios: menos provável que seja 
doença CIRÚRGICA. 
 
História médica: 
História médica pregressa: Especialmente 
CIRURGIAS PRÉVIAS. 
 
Uso de drogas: Corticoides, anticoagulantes e 
cocaína. 
 
Sintomas associados: 
Vômitos associados: 
-Pela dor ou pela doença primária. 
-Vômitos precedendo a dor: em geral não-
cirúrgico. 
 
Obstrução intestinal: 
Alta – vômitos biliosos, precoces. 
Baixa – vômitos fecalóides, tardios. 
 
Hábito intestinal: 
Diarreia: Doença inflamatória intestinal (Crohn) 
Constipação: Obstrução (atenção: diarreia 
paradoxal, primeiro sinal é a constipação - o gás é 
mais difícil de passar). 
 
Atentar: Icterícia, hematêmese, hematúria e 
amenorreia 
 
QUESTIONÁRIOS QUE DEVE SER RESPONDIDO: 
1. Quantos anos? (atentar para pacientes acima de 65 
anos) 
2. O que veio primeiro? Dor ou vomito? 
3. Quanto tempo tem a dor? 
4. Já fez alguma cirurgia abdominal? 
5. Dor constante ou intermitente? 
6. Já teve a dor antes? 
7. História de diverticulose, pancreatite, insuficiência 
renal, litíase biliar ou doença intestinal inflamatória 
8. Portador de HIV? 
9. Ingesta alcoólica diária? 
10. Está grávida? 
11. Tomando antibiótico ou corticoide? 
12. Dor começou central e migrou para o quadrante 
inferior direito? 
13. Tem doença vascular ou cardíaca, hipertensão ou 
fibrilação atrial? 
 
Por que saber se paciente tem fibrilação atrial ou 
não? 
Fibrilação atrial – fluxo não laminar formará 
trombos que irão formar êmbolos e que vão 
acabar chegando na aorta, obstruindo assim, a 
artéria mesentérica superior. 
Obstrução da artéria mesentérica superior, por 
exemplo, causa isquemia de quase todo o 
intestino delgado - Causa normalmente provem 
de um embolo arterial originário do coração 
(átrio) 
 
Exame físico: 
Aspecto geral: 
-Atitude: (imóvel, curvado, ou inquieto, 
movimentando-se); 
-Posição antálgica; 
-Capacidade de responder e expressão facial. 
 
Sinais vitais: 
-Febre: 
 Baixa: Colicistite, apendicite, diverticulite; 
 Alta: Pneumonia, ITU, infecções ginecológicas, 
colangite. 
- Hipotermia: Sinal de gravidade. 
- Taquicardia e hipotensão: Maior gravidade. 
 
Exame físico do abdome: 
Inspeção: Cicatrizes, hérnias, distensão, 
equimoses (em flancos – pancreatite), massas. 
Ausculta: Ruídos hidroaéreos (sem, aumentados, 
intermitentes) – som metálico: Gás - obst. 
Intestinal no início. 
Percussão: Timpanismo (obstrução) ou maciçez 
(ascite). 
Tamanho de órgãos, peritonite. 
Palpação: Abdome rígido, defesa voluntária ou 
involuntária. 
Examinar o ponto mais doloroso por último. 
Dor à descompressão (outras manobras – 
geralmente para dores parietais). 
• Pesquisar hernias 
• Toque retal e vaginal 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
Sinal dos Olhos Fechados: 
Pacientes sem doença intra-abdominal específica mantêm 
os olhos caracteristicamente fechados durante a palpação 
abdominal. Ao contrário, pacientes com condições 
inflamatórias significativas mantem os olhos abertos e bem 
atentos as regiões que o examinador está palpando. O valor 
preditivo positivo deste teste foi de 79%. A função deste 
teste seria indicar o forte componente psicológico da dor 
em alguns pacientes. 
 
Exames complementares: 
Hemograma: Pode demonstrar leucocitose, 
anemia (sangramento, oncológico?). 
 - Leucocitose: Sugere processo inflamatório. 
Eletrólitos: Pouco benefício diagnóstico. 
Glicemia: Exclui cetoacidose (diagnóstico 
diferencial) - não é diabético não adianta. 
Creatinina: Casos selecionados. 
Amilase/lipase: Pancreatite (elevada), mas 
também úlcera perfurada e isquemia intestinal - > 
3x pancreatite. - Pancreatite grave c/ necrose, n altera. 
Enzimas hepáticas: Suspeita de doenças hepáticas 
(hepatite, obstrução biliar). 
 - Bilirrubinas: Suspeita de obstrução da via biliar. 
EQU: Para ITU, hematúria, proteinúria. 
 - Hematúria: Cálculo e ureter, bexiga ou rim. Entretanto, 
na apendiciteé comum ter hematúria. 
Beta-HCG: Mulheres em idade fértil. 
Fosfato e Lactato: Isquemia mesentérica. 
 
 
Exame de imagem: 
Radiografia: 
-Tórax AP e perfil; 
- Abdome normalmente em 3 incidências: 
- 2 em AP (Uma paciente em pé, outro deitado); 
- 1 com o paciente de lado. 
Pneumonia, obstrução intestinal, perfuração 
intestinal, Cálculos urinários, fecalito, gás no sistema porta 
hepático, aneurisma calcificado, borramento do psoas, ar 
na parede dos cólons etc – lembrar de ver a cúpula da 
pleura. 
 
 
• Lugares que é normal ter ar: 
reto, bolsa gástrica e cólons. 
EM Torno do psoas tem muita 
gordura, onde forma a linha. 
 
 
 
 
 
 
 
Pneumoperitônio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NUNCA ESQUECER DO RAIO X DE TORAX PARA 
AVALIAR O ABDOME 
 
 
AR NAS VIAS BILIARES 
-Pode vir de visceras 
ocas, pode ter o 
esfíncter de oddie 
aberto após 
procedimento, 
colédoco, vesícula (faz 
uma fistula em comunicação com o duodeno. 
 
CALCIFICAÇÃO 
 
Cálculo na vesícula biliar 
(10% são visíveis no RX) 
Mais comum pedir 
ecografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Borramento do psoas - sinal indireto de 
processo inflamatório retroperitônio. 
 
8 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
Colón distendido 
Obstrução baixa, 
colón sigmoide 
 Distensão de uma 
alça. 
Austrações- 
risquinhos nas bolhas 
 
 
 
Intestino delgado (aderências 
ou bridas – causas de 
obstrução intestinal.) 
- Diâmetro ajuda a diferenciar 
Obstrução antes de colón 
(jejuno ou íleo) 
Sem distensão grosseira 
Como se fossem vários tubos 
 
 
 
 
 
 
Estômago 
 
 
 
 
 
DISTENSÃO DE INTESTINO 
DELGADO – imagem de 
empilhamento de moedas. 
Obstrução funcional (sem 
obstáculo físico) – 
processo inflamatório, 
parada de peristaltismo. 
Níveis hidroaéreos 
Líquido (maior opacidade) 
dentro do intestino 
Vários níveis 
 
 
OBSTRUÇÃO DE INTESTINO 
GROSSO? 
Ceco é a área que mais distende 
(válvula ileocecal competente – 
sistema de alça fechada) – pode 
romper espontaneamente o ceco 
(mais que 9cm) 
 
Válvula incompetente – distensão do ceco e do 
delgado (vômitos com fezes). 
 
Diferenciar intestino delgado x grosso no rx: 
Eletrocardiograma 
Pode ser útil, por um dor epigástrica que pode ser 
de causa extra-abdominal (ex.: infarto agudo do 
miocárdio) ou caso da suspeita de abdome agudo 
vascular, uma das causas é uma embolia em 
artéria mesentérica superior e a origem nesses 
êmbolos geralmente são no coração quando se 
tem uma fibrilação atrial. 
 
Ultrassom 
Rápido, barato, seguro, 
disponível, porém, é examinador 
dependente. 
 -Patologias pélvicas, 
apendicite, colicistite, doenças 
inflamatórias (líquidos 
perivesiculares). 
 
 
Ecogenicidade – geralmente há 
um reforço dos líquidos, agora 
quando há cálculos/estruturas 
solidas não há transmissão do 
som, hiperecogenica, fica uma 
sombra acústica. 
 
Limitações da ecografia: 
- Quadro de abdome agudo obstrutivo (ar não 
transmite bem os sons) 
- Obesidade, tecido adiposo não transmite bem 
os sons. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
Tomografia computadorizada: 
Demorada, cara, necessita de um radiologista, 
uso de contraste iodado EV, indicada 
seletivamente após avaliação clínica criteriosa. 
 Principais indicações: 
- Diverticulites, diagnostico em 93%, terapêutica -
drenagem percutânea. 
- Obstrução intestinal. 
- Pancreatite (controle da evolução). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contraste no fígado – 3 partes. 
- Antes dos primeiros 20 segundos: Artéria hepática 
- Depois dos 20 segundos: Veia porta 
- 1 minuto: Drenagem venosa 
 
Laparoscopia (diagnóstica/terapêutica) 
Raramente necessária, útil na mulher pré-
menopausa no diagnostico diferencial entre 
patologia anexial ou apendicite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONDUTAS FRENTE A UM ABDOME AGUDO: 
Anamnese, exame físico e exames 
complementares. 
Cirurgia, se cirúrgico. 
Observar. 
Laparoscopia. 
Laparoscopia exploradora. 
 
 
TRATAMENTO INICIAL: 
-Reposição volêmica endovenosa, independente 
da causa há perda de líquido para o 3º espaço. 
 
-Descompressão nasogástrica (SNG) – grande 
parte dos casos de abdômen agudo, 
principalmente o cirúrgico, os pacientes acabam 
tendo uma distensão gástrica, por distensão ou 
ílio dinâmica, que acaba gerando um risco de 
vômitos. Caso o paciente estiver com o sensório 
rebaixado, pode fazer uma bronco aspiração em 
casos de vômitos. 
 
-Antibioticoterapia (se suspeita de infecção) – 
suspeita de abdômen agudo com infecção 
associada, iniciar de forma precoce. 
 
-Analgesia 
Geralmente se usa um analgésico potente, mas 
de curta duração – morfina é bom, por ter uma 
meia vida curta (2h) 
–Prós: Permite uma história e exame físico 
melhores. 
–Contra: Pode mascarar a dor e suas 
características. 
 
QUANDO OPERAR? 
Peritonite - exceto primária- Irritação do peritonio 
parietal, se diagnostica pela avaliação do tipo da 
dor. 
Dor e quadro de septicemia associada 
Isquemia intestinal 
Pneumoperitôneo 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Etiológico – em alguns casos já se pode 
determinar por história clínica e exames 
complementares. 
Sindrômico - de acordo com características das 
causas 
1. INFLAMATÓRIO 
2. PERFURATIVO 
3. OBSTRUTIVO 
4. VASCULAR 
5. HEMORRÁGICO 
 
 
10 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
1. INFLAMATÓRIO 
-Mais comum, envolve tanto apendicite e colicistite (causas 
mais comuns) 
-Dor progressiva, moderada a intensa e localizada; 
-Percussão e palpação com muita dor localizada com sinais 
de irritação peritoneal. (Quando difuso pensar em 
complicações) 
-Frequente ter leucocitose com desvio à esquerda 
-RHA diminuídos ou ausentes 
-Distensão abdominal precoce 
-Vômitos reflexos 
-Febre em geral presente 
-Posição antálgica 
-Toque retal ou genital pode ser doloroso; 
- Sinal de Murphy: colicistite aguda (dor hipo d., eco, cólica biliar) 
- Blumberg positivo: apendicite (ecografia, exceto obeso e distensão 
abdominal importante) 
 
2. PERFURATIVO 
-Não é o mais comum - perfuração de víscera oca como estômago e cólon. 
Dor a percussão, a palpação com sinais de irritação peritoneal. Essa irritação é difusa, e logo 
há perda dos movimentos peristálticos e distensão de todo o intestino por perda desses 
movimentos, isso irá levar a diminuição dos RHA ou sua ausência. 
-Extravasamento de ar e líquidos da víscera. 
-Dor (parietal) súbita, intensa e localizada. 
-Náuseas e vômitos reflexos e pouco marcantes; 
-Distensão abdominal 
-Febre de início está ausente 
-Posição antálgica (imóvel) 
-RHA estão diminuídos ou ausentes 
- Raio X de abdômen agudo 
- TC 
 
 
3. OBSTRUTIVO 
-Obstrução em intestino delgado – várias causas. 
-Dor gradual e em cólica 
-Náuseas e vômitos reflexos no início e após fecalóides 
-Parada de eliminação de gases e fezes – sons metálicos 
-Distensão abdominal 
-Afebril 
-Desidratação precoce e marcante 
-RHA de luta e após ausentes 
-Percussão com timpanismo acentuado 
-Palpação pouco dolorosa e sem sinais de irritação 
peritoneal 
-Toque retal pode revelar a causa – neoplasia de reto 
pode ser diagnosticada. 
 
11 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
4. VASCULAR 
-Causado por obstrução no sistema circulatorio do intestino. Pode ser na 
chegada (arterial – embolia que se inicia no atrio e obstrui a arteria 
mesentérica superior, isquemiando todo intestino delgado e o grosso até 
a metade do colo transverso transverso) – retirar o êmbolo. 
Obstrução venosa é geralmente uma trombose do sistema portal, 
geralmente é difusa, iniciando das pequenas veias e indo para as maiores 
– mais complicado. 
-Isquemia não pode passar de 6 a 8h, há necrose do intestino. 
-Dor súbita, intensa, contínua e difusa (podendo ser em cólica e surda)-A percussão e palpação não modificam muito a intensidade da 
dor 
-Náuseas e vômitos reflexos no início e após fecalóides 
-Parada de eliminação de gases e fezes 
-Distensão abdominal pouco marcante no início 
-Desidratação precoce e marcante 
-Afebril, podendo a temperatura retal estar abaixo da axilar 
-RHA progressivamente ausentes 
-O exame clínico não condiz com a dor 
-Angiotomografia 
-Arteriografia (padrão ouro – aula Balzan) 
5. HEMORRÁGICO 
-Hemorragia digestiva 
-Aneurisma abdominal roto 
-Cisto ovariano hemorrágico roto 
-Gravidez ectópica rota 
Achados: Taquicardia, hipotensão, sudorese, palidez (hipovolemia) 
Abdome: Dor leve e aumenta progressivamente 
Ecografia e laparoscopia. 
 
12 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
ABDOMEN AGUDO NA GESTAÇÃO 
1/500 necessitam cirurgia não-obstétrica durante 
a gravidez 
Causas mais comuns: 
- Apendicite aguda 
- Colicistite 
- Obstrução intestinal 
- Pancreatite 
- Trauma 
 
Particularidades: 
- Sinais de peritonite podem não estar presentes, 
dificultando o diagnóstico. 
- Útero pode obstruir e inibir o movimento do 
omento para área de inflamação. 
 
Exames: 
Ecografia: 
- Segura 
- Boa sensibilidade e especificidade 
- Exame de escolha para maioria dos casos 
 
Exames com radiação: 
-Primeiro trimestre: tudo ou nada fenômeno, 
gera abortamento caso tenha alguma mudança 
pela radiação. 
-Período crítico para teratogênese SNC: 10-17 
semanas. 
 
Incidência: 1 a cada 6 indivíduos 
Idade: 
Rara antes dos 2 anos 
Pouco frequente em idosos 
Mais comum em adolescentes e adultos jovens. 
 
 
 
 
Obstrução do lúmen apendicular: 
Hiperplasia dos folículos linfoides - 60%; 
Fecalitos - 35% (maior causa nos idosos) 
Corpos estranhos, estenoses inflamatórias, 
parasitas e outras causas - 5% 
 
Sequência de eventos: 
secreção mucosa estagnada na luz ➨ 
proliferação bacteriana ➨ secreção de toxinas ➨ 
dano epitelial e ulceração da mucosa ➨ invasão 
bacteriana e estabelecimento do processo 
inflamatório. 
Aumento da pressão intraluminal e intersticial ➨ 
isquemia ➨ infarto e gangrena ➨ perfuração do 
apêndice: plastrão e abscesso localizado ou 
peritonite difusa. 
 
Quadro clínico característico: 
Dor ➨ anorexia, náuseas e/ou vômitos. 
Desconforto no abdome ou pelve. 
Febre ➨ leucocitose 
 
Sinais: 
Dor à palpação: em geral ausente no quadro 
inicial. 
Dor à palpação do “ponto de McBurney” é 
precoce, dentro do quadro de dor na FID, porém 
inconstante. 
Dor à percussão da FID: irritação do peritônio 
parietal. 
Dor ao toque retal e/ou vaginal: apêndice de 
localização pélvica. 
Sinal de Blumberg. 
Sinal de Rovsing. 
Sinal do músculo psoas: dor à extensão do MID. 
Sinal do músculo obturador: dor à rotação 
externa do MID fletido. 
 
Rigidez muscular localizada na FID: percebida à 
palpação ou nos movimentos respiratórios. 
Rigidez do psoas e do quadrado lombar: 
localização posterior do apêndice. 
Febre: em geral não excede 38°C antes da 
perfuração, a qual ocorre, em geral, entre 24 a 36 
horas após o início dos sintomas. 
 
Taquicardia frequente (dor ou translocação 
bacteriana ou perfuração) 
 
13 ASPECTOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Daryane Raupp – UNISC 2026.2 
Distensão abdominal (por íleo a dinâmico) - 
(apêndices retroceais e subserosos ou, quando 
difusa e intensa, possibilidade de perfuração e 
peritonite difusa) 
 
Dor e/ou retração testicular – inervação comum 
de ambas as estruturas (T10). 
 
Dados Laboratoriais: 
–Leucocitose: em geral entre 10 a 20.000 ou 
apenas desvio nuclear à esquerda (leve). Pode 
haver contagem normal, especialmente em 
idosos. 
–Hematúria, se houver irritação do ureter ou 
bexiga. 
 
Escore de alvarado: 8 pontos ou mais, apendicite. 
 
 
Bactérias em apendicite perfurada: 
POLIMICROBIANO 
Aeróbicos e facultativos: Escherichia coli, 
Streptococcus viridans, Pseudomonas aeruginosa, 
Streptococcus do grupo D e Enterococcus 
Anaeróbios: Bacterioides fragilis, 
Peptostreptococcus micros, Bilophila, 
Lactobacilos e Fusobacterium 
 
Tratamento: 
-Reposição volêmica 
-Antibióticos com espectro para anaeróbios e 
aeróbios, especialmente gram-negativos 
(cefoxitina; clindamicina ou metronidazol e 
aminoglicosídeo; ceftriaxona e metronidazol) 
– Se não houver perfuração - suspender em 24 
horas 
 
Cirurgia: 
Convencional: Opções de incisão, drenagem de 
abscessos localizados, associação com peritonite 
difusa e apêndice normal. 
Acesso laparoscópico: Especialmente quando o 
diagnóstico é incerto, em pacientes obesos e 
peritonite difusa

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