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Tecnicas cirurgicas de pele

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Técnicas cirúrgicas de pele 
 Cirurgia reconstrutiva 
 Intervenções realizadas para reparar ou 
 reconstruir uma área de pele, bem como o tecido 
 subjacente. 
 Indicações: anomalias congênitas; defeitos 
 secundários a traumatismos; após ressecção de 
 neoplasias. 
 Cicatrização por segunda intenção: 
 desvantagens → não fechamento, epitélio frágil, 
 contratura, custo elevado, tratamento longo, 
 cosmética desfavorável. 
 Importante para fechar corretamente depois de 
 realizar uma abertura na pele, por exemplo em 
 neoplasias. 
 Feridas tratadas por segunda intenção demanda 
 cuidado do tutor, pois qualquer coisa pode causar 
 uma infecção, pode ter alto custo, entre outros. 
 Toda cirurgia reconstrutiva é complicada, tem 
 que haver planejamento. 
 Anatomia da pele 
 Princípios de Halsted 
 Mínimo trauma e manuseio; 
 Hemostasia acurada; 
 Técnica asséptica; 
 Fechamento sem tensão; 
 Preservação de adequado suprimento sanguíneo; 
 Aproximação tecidual cuidadosa; 
 Reparar ou evitar o espaço morto; 
 Remover tecido necrótico; 
 Usar materiais de sutura e implantes adequado 
 Tensão e elasticidade da pele 
 A quantidade de pele varia entre as espécies e 
 animais obesos tem dificuldade de cicatrização. 
 Tórax: linhas paralelas. 
 Aposição das bordas da lesão sob muita tensão → 
 desconforto incisional e necrose de pressão → 
 deiscência. 
 Alívio de tensão 
 Divulsão subcutânea, padrões de sutura 
 específicos, incisões de relaxamento. 
 A pele tem uma certa tensão, enquanto incisa 
 ela tende a abrir. 
 Neoplasia tem mais tensão, pois tem mais espaço 
 para fechar. 
 Tensão leva a necrose e a ferida pode abrir. 
 Divulsão subcutânea: libera a pele dos tecidos 
 adjacentes utilizando a tesoura ou os dedos → ↑ 
 potencial elástico → preservar plexo subdérmico e 
 vasos cutâneos diretos que passam paralelos à 
 superfície da pele. 
 Padrões de sutura específicos: subcutânea 
 (intradérmica, aproxima o subcutâneo para diminuir 
 a tensão da pele), suturas móveis (walking suture, 
 passa a sutura mais próxima da base da pele). 
 19 
 Cirurgia e Anestesiologia de Pequenos Animais 
 Suturas externas para alívio de tensão: 
 perto-longe, longe-perto ou 
 longe-longe-perto-perto, etc. 
 Incisões de relaxamento: fazer uma incisão 
 paralela para diminuir a tensão da sutura que 
 precisa ser realizada, podendo ser simples ou 
 múltiplas. Ex: plastia em Z. 
 Incisões de Relaxamento Simples (A) e Multiplas 
 Puntiformes (B) 
 Fechamento de defeitos irregulares 
 É preciso planejar como será feito o fechamento 
 da ferida, incisão circular, quadrada, etc. Para cada 
 tipo de figura geométrica, tem uma forma de 
 fechar. 
 Defeito circular: começa a sutura o subcutâneo 
 pelo centro, indo para as extremidades, pode sobrar 
 pedaços de pele nas extremidades (orelha de 
 cachorro), faz uma incisão nas bordas para fechar 
 uniformemente essa região. 
 Defeito triangular: Sempre começar pelos 
 vértices, confluindo até fechar no meio. 
 Defeito quadrado: começa a fechar pelos 
 vértices até confluir no centro. 
 Defeito retangular: começar pelos vértices e no 
 meio fecha no centro da ferida. 
 Defeitos fusiformes: fechar pelo centro, depois 
 o centro do centro, alternando até fechar. 
 Defeitos crescentes: uma borda é maior que a 
 outra, começa pelo centro e a borda que possui 
 menos pele, a sutura é feita mais próxima e onde 
 tem mais pele, o espaçamento é maior. 
 20 
 Cirurgia e Anestesiologia de Pequenos Animais 
 Retalhos 
 Retalho é um flap/porção de pele e subcutâneo 
 parcialmente destacada de uma região doadora. 
 Enxerto: segmento completamente livre em toda 
 a sua circunferência de derme e epiderme para um 
 local receptor. 
 Classificação dos retalhos 
 Retalhos de padrão subdérmico: utiliza o plexo 
 subdérmico para nutrir esse tecido. Dividido em 
 locais e distantes. 
 1. Locais 
 Retalhos de avanço: unipediculado e 
 bipediculado. 
 Retalhos rotacionais 
 Retalhos de transposição: a extensão não pode 
 ser 2x maiores que a base. 
 Retalhos de interpolação: variação do retalho 
 de transposição, não possui uma borda comum, 
 passa por cima de um tecido viável, pouco mais 
 comprido para ser estendido até o defeito. 
 2. Distantes 
 Diretos: unipediculados em dobradiça. Ex: ferida 
 de membro suturada com pele do tórax. Não fazer 
 em animais com displasia, verificar se é capaz de 
 andar em 3 patas. Geralmente feito em feridas, em 
 neoplasias pode haver recidiva. 
 - Bipediculados: em bolsa. 
 Indiretos: retalhos tubulares. 18 a 21 dias. 
 Após a cicatrização → remoção do tubo. 
 Retalhos de padrão axial 
 21 
 Cirurgia e Anestesiologia de Pequenos Animais 
 Vantagens: mais resistentes por ter 
 vascularização melhor definida, recebe mais 
 anticorpos devido aos vasos maiores; mantém 
 crescimento do pelo; durável (pele de espessura 
 total); fechamento instantâneo; preserva artérias e 
 veias cutâneas diretas; permite realizar retalhos 
 maiores. 
 Desvantagens: não alcança as extremidades 
 distais, especialmente em cães; cosmética variável, 
 devido ao sentido e coloração do pelo. 
 Omocervical 
 Preserva a artéria e veia omocervical; deslocado 
 cranial ou caudoventralmente para corrigir perdas 
 cutâneas na face, cabeça e orelhas. 
 Um dos melhores retalhos, consegue chegar até 
 a metade do tórax. 
 Auricular caudal 
 Base do retalho → depressão entre a asa do atlas 
 e canal auditivo vertical. 
 Região de face tem pouca pele; margem 
 oncológica sempre é maior. 
 Toracodorsal: 
 Melhor para região axilar, cotovelo e alcança 
 toda extensão do tórax. Utiliza drenos. 
 Preservação dos ramos cutâneos da artéria e veia 
 toracodorsal. 
 Corrigir defeitos: membro torácico, cotovelo, 
 região axilar e tórax. 
 Torácica lateral 
 Bastante calibrosa, porém retalho menor que a 
 toracodorsal. 
 Braquial superficial 
 Inclui o pequeno ramo braquial superficial; 
 indicado na correção de defeitos do antebraço e 
 cotovelo. 
 O retalho de padrão axial baseado sobre este 
 vaso tem uso especial para o fechamento de feridas 
 antebraquiais. 
 Epigástrica superficial caudal 
 Mais utilizada na rotina, tem o maior vaso, chega 
 na região do tarso, mais utilizada em cirurgias de 
 mastectomia. 
 Fornece suprimento arterial às últimas três ou 
 quatro glândulas mamárias e é alimentada pelos 
 vasos epigástricos superficiais caudais que surgem 
 no canal inguinal. 
 Indicado OSH associada a técnica. 
 Este retalho pode ser girado até 180 graus e 
 usado para a reconstrução do abdômen ventral, 
 flanco, perineal, e face medial do membro pelvico. 
 Pode chegar à área do metatarso distalmente. 
 Ilíaca circunflexa profunda 
 O vaso se origina em um ponto cranioventral a 
 asa do ílio. 
 Utilizado para recobrir defeitos em região caudal 
 de tórax, região pélvica e perineal. 
 Genicular medial 
 Pequeno ramo genicular da artéria safena; 
 Utilizado para recobrir defeitos em região de 
 tíbia lateral e medial e na articulação tibiotársica. 
 A base do retalho inicia a 1cm dorsal à patela e 
 termina 1,5cm sob a tuberosidade tibial. 
 Indicado para corrigir lesões na face medial ou 
 lateral da tíbia. 
 Enxertos 
 Enxerto cutâneo: transferência de um segmento 
 livre de derme e epiderme para um local receptor. 
 Enxerto livre pode ser de espessura total e 
 parcial (finos, intermediários e espessos). 
 Como ocorre a pega do enxerto? 2 processos:adesão e nutrição. Na nutrição tem a embebição 
 plasmática (peguei o tecido e coloquei no leito, o 
 soro do tecido vai adentrar no enxerto), inosculação 
 (vasos da ferida vão se unir ao vaso do enxerto) e 
 revascularização. Tratar a ferida para formar tecido 
 de granulação, precisa estar viável. 
 Dermátomo: aparelho usado para retirar enxerto 
 parcial. 
 Formas: punch, tiras/faixas, bloco, malha (mais 
 usado, permite drenagem) e laminares. 
 Leitos receptores apropriados: feridas cirúrgicas 
 recentes (músculo fresco sem fáscia), tecido de 
 granulação. 
 Inapropriados: ossos, tendão, fáscia, infectado e 
 irradiado. 
 Técnica — Enxerto livre 
 Uso de bandagens não aderentes 
 Imobilização por 3 a 4 semanas 
 Primeira avaliação em 72 horas 
 Cuidados pós-operatórios 
 Bandagens: 3 camadas (contato, absorção e 
 externa), de forma geral precisam ser compressivas. 
 - Bandagem de Robert Jones: usa muito 
 algodão para não ter compressão exagerada 
 gerando isquemia. 
 - Bandagem de Spica 
 - Tie over: pouco utilizada em pequenos 
 (região de garupa). 
 22 
 Cirurgia e Anestesiologia de Pequenos Animais 
 Complicações 
 Erros técnicos: deiscência, drenagem de 
 secreções, seroma, necrose do retalho ou enxerto e 
 infecção. 
 O cirurgião deve sempre se lembrar de que, 
 embora a reconstrução de feridas seja geralmente 
 um desafio cirúrgico estimulante, a técnica 
 escolhida deve beneficiar o paciente, e não o 
 cirurgião. 
 23 
 Cirurgia e Anestesiologia de Pequenos Animais

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