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Aula II sobre recursos trabalhistas - Prof. Rubens Silveira Taveira Junior

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DOS RECURSOS EM ESPÉCIE
1. DO RECURSO ORDINÁRIO
1.1 Hipóteses de cabimento:
Art. 895 - Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior:
 I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e (Incluído pela Lei nº 11.925, de 2009).
 II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. (Incluído pela Lei nº 11.925, de 2009).
Duas são as hipóteses de cabimento do recurso ordinário:
a) das decisões definitivas das Varas do Trabalho e dos Juízes de Direito no exercício da jurisdição trabalhista(Art. 895, “a” da CLT). 
- Note-se que apesar de falar em cabimento das decisões definitivas¸ tem-se como incontroverso o cabimento contra decisões terminativas (ex. arquivamento e extinção do processo sem o exame do mérito).
- A hipótese de admissibilidade do recurso ordinário contra decisão proferida pelos juízes de direito deflui da incidência das normas consubstanciadas nos artigos 112 da Constituição Federal e do artigo 668 da CLT.
b) Das decisões definitivas(terminativas) proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho nos processo de sua competência originárias(CLT, art. 895, “b”).
Exemplos: Ação rescisória, Dissídio Coletivo, Mandado de Segurança, Habeas Corpus, etc. Será cabível o recurso ordinário das decisões proferidas em processo de competência originária do TRT, que será julgado pela SDI II (Subseção Especializada em Dissídios Individuais 2), caso o dissídio seja individual ou pela SDC (Seção de Dissídio Coletivo), caso o conflito seja de natureza objetiva.
1.2 Efeitos do recurso ordinário
O recurso ordinário é dotado do efeito meramente devolutivo, não lhe sendo emprestado o efeito suspensivo, consoante disposição do artigo 899 da CLT. 
Quanto ao efeito translativo, admite-se que a instância superior conheça de questões de ordem pública, não obstante a ausência de impugnação quanto ao tema.
A devolutividade do recurso ordinário é ampla, ou seja, o recurso ordinário não exige pré-questionamento. Isto porque, sendo o apelo ordinário, devolve-se à instância superior o conhecimento de toda a matéria impugnada, ainda que a sentença não a tenha julgado por inteiro, sendo aplicáveis as disposições dos artigos art. 515 e 516 do CPC.
Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
§ 3o Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediatojulgamento. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001)
Art. 516. Ficam também submetidas ao tribunal as questões anteriores à sentença, ainda não decididas.
1.3 Observações importantes:
1- Nos processos sujeitos ao procedimento sumaríssimo deverão ser observadas algumas peculiaridades:
a) fixação de prazo para relatoria em 10(dez) dias;
b) A manifestação do Ministério Público é feita de forma oral na própria sessão de
julgamento;
c) Não há designação de revisor
d) O acórdão consistirá em simples certidão com as fundamentações. Na hipótese da sentença ser confirmada por seus próprios fundamentos há simples certidão de manutenção da sentença.
2 – A prescrição poderá ser arguida em sede de recurso ordinário, ainda que não tenha sido suscitada em momento anterior. Esta conclusão decorre da interpretação da Súmula 153 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho. A prescrição pode ser argüida em qualquer momento pelas instâncias ordinárias, enquanto for possível a instauração do contraditório e ampla defesa.
Nº 153 Prescrição
Não se conhece de prescrição não argüida na instância ordinária. Ex-prejulgado nº 27.
2. RECURSO DE REVISTA
2.1 Hipóteses de cabimento
Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
 a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte; (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
 b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
 c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
1ª Hipótese – art. 896, “a” da CLT – Divergência jurisprudencial em torno de lei federal
A hipótese preceituada no artigo 896, “a” da CLT é verificada quando a decisão recorrida, na interpretação de dispositivo de lei federal, está em divergência com:
a) Decisão proferida por outro Tribunal.
b) Decisão proferida pelo TST, por meio da SbDI1
c) Enunciado de Súmula do TST
d) Orientação jurisprudencial do TST – OJ n.º 219/TST.
OJ 219/TST
Recurso de revista ou de embargos fundamentado em Orientação Jurisprudencial do TST. É válida, para efeito de conhecimento do recurso de revista ou de embargos, a invocação de Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho, desde que, das razões recursais, conste o seu número ou conteúdo.
2ª Hipótese – artigo 896, “b” da CLT – Divergência Jurisprudencial em torno de lei estadual, acordo e convenção coletiva, sentença normativa ou regulamento de empresa, de observância obrigatória na área superior à de um Regional.
3ª Hipótese – artigo 896, “c” da CLT – Literal Violação de Lei Federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.
Observa-se que, na hipótese, a violação há de ser direta. Nesse sentido, a Súmula 221 preleciona no sentido de que a interpretação razoável, ainda que não seja a melhor, não ensejará o conhecimento do recurso de revista.
TST Enunciado nº 221 - Res. 14/1985, DJ 19.09.1985 - Nova redação - Res. 121/2003, DJ 21.11.2003 - Incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 94 da SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Interpretação da Lei - Admissibilidade ou Conhecimento dos Recursos de Revista ou de Embargos
I - A admissibilidade do recurso de revista e de embargos por violação tem como pressuposto a indicação expressa do dispositivo de lei ou da Constituição tido como violado. (ex-OJ nº 94 da SBDI-1 - inserida em 30.05.1997)
II - Interpretação razoável de preceito de lei, ainda que não seja a melhor, não dá ensejo à admissibilidade ou ao conhecimento de recurso de revista ou de embargos com base, respectivamente, na alínea "c" do art. 896 e na alínea "b" do art. 894 da CLT. A violação há de estar ligada à literalidade do preceito. (ex-Súmula nº 221 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003.)
2.2 Requisitos da Jurisprudência para conhecimento do Recurso de Revista
a) divergência atual - É aquela que não seja superada pela atual orientação jurisprudencial do TST.
CLT, ART. 896
§ 4º A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
b) especificidade - É aquela que, partindo dos mesmos pressupostos fáticos e jurídicos, adota conclusão distinta.
Súmula Nº 296
RECURSO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL.ESPECIFICIDADE.
(incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 37 da SBDI-1) - Res.
129/2005 - DJ 20.04.2005
I - A divergência jurisprudencial ensejadora da admissibilidade, do prosseguimento e do conhecimento do recurso há de ser específica, revelando a existência de teses diversas na interpretação de um mesmo dispositivo legal, embora idênticos os fatos que as ensejaram.
(ex-Súmula nº 296 - Res. 6/1989, DJ 14.04.1989)
II - Não ofende o art. 896 da CLT decisão de Turma que, examinando premissas concretas de especificidade da divergência colacionada no apelo revisional, conclui pelo conhecimento ou desconhecimento do recurso. (ex-OJ nº 37 - Inserida em 01.02.1995)
c) comprovação da divergência - Demonstração da existência da decisão divergente; Indicar os pontos divergentes.
Súmula 337
COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. RECURSOS DE REVISTA E DE EMBARGOS. (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 317 da SBDI-1) - Res. 129/2005 - DJ 20.04.2005
I - Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário que o recorrente:
a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e 
b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. (ex-Súmula nº 337 - Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores. (ex-OJ nº 317 - DJ 11.08.2003). 
Observações: Não se admite recurso de revista nos processos de execução, salvo se versarem sobre matéria constitucional, inclusive os embargos de terceiro (art. 896, §2º da CLT).
Os processos sujeitos ao procedimento sumaríssimo não se admite o recurso de revista, salvo quando divergência com enunciado do TST, ou ainda, quando houver violação do texto constitucional.
d) Prequestionamento – Análise do Súmula 297/TST
Diz-se prequestionada a matéria, quando na decisão recorrida houver sido adotada tese explícita acerca da matéria impugnada. Note-se que a nova orientação do TST dispõe no sentido de ser suficiente apenas o questionamento do tema.
Quando a matéria não vier prequestionada caberá à parte prequestionar por meio dos embargos de declaração. O prequestionamento é pressuposto indispensável ao conhecimento do recurso de revista, na medida em que esse apelo possui cognição estrita, devendo a matéria ser julgada na instância superior.
Nº 297 PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO - NOVA REDAÇÃO - RES. 121/2003, DJ 21.11.2003
1. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito.
2. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão.
3. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração.
e) Possibilidade de denegação pelo relator
Art. 896, §5º da CLT – prevê que o próprio relator, por ato monocrático, poderá denegar segmento ao recurso de revista quando a decisão estiver em harmonia com o enunciado do TST, ou ainda, nas hipóteses de intempestividade, ausência de alçada, ilegitimidade ou deserção.
§ 5º - Estando a decisão recorrida em consonância com enunciado da Súmula da Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, poderá o Ministro Relator, indicando-o, negar seguimento ao Recurso de Revista, aos Embargos, ou ao Agravo de Instrumento. Será denegado seguimento ao Recurso nas hipóteses de intempestividade, deserção, falta de alçada e ilegitimidade de representação, cabendo a interposição de Agravo.
OBSERVAÇÃO - Princípio da Transcendência - Buscou-se uma limitação aos recursos de revista, art. 896-A da CLT, somente seria conhecido o recurso de revista quando a matéria transcendesse ao interesse individual e assumisse contornos políticos, jurídicos, sociais e econômicos.
3. RECURSO DE EMBARGOS
a) hipóteses de cabimento:
Será cabível o recurso de embargos da decisão da Turma do TST que, em julgamento de recurso de revista der interpretação divergente a que deu outra turma, a SbDI1, de Enunciado ou OJ do TST, assim como quando houver violação à literal disposição de lei federal.
b) Prazo do recurso de embargos – 8 dias;
c) Efeito meramente devolutivo;
d) Requisitos da divergência – aplicam-se os mesmos requisitos do recurso de revista.
4. AGRAVO DE INSTRUMENTO
- Conforme já assentado, no âmbito da Justiça do Trabalho, não cabe recurso imediato de decisões interlocutórias. Na realidade, para o Processo do Trabalho o recurso de agravo de instrumento possui hipótese única de admissibilidade, qual seja como meio de impugnação das decisões denegatórias de recurso (CLT, art. 897, b).
- Diferentemente do Processo Civil, no Processo do Trabalho o agravo de instrumento deverá ser interposto perante a instância na qual houve a denegação de seguimento ao recurso.
- A competência para julgamento do agravo de instrumento é do órgão que teria a competência para o julgamento do recurso denegado (art. 897, § 4º da CLT).
- Responsabilidade das partes na formação do instrumento, sob pena de não conhecimento.
- Impossibilidade de conversão em diligência para juntada de novas peças.
- peças obrigatórias:
§ 5o Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, da comprovação do depósito recursal e do recolhimento das custas; (Inciso incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida. (Inciso incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
Observações:
- Possibilidade de conversão do agravo no julgamento do recurso denegado. Havendo nos autos do agravo elementos suficientes poderá o Tribunal, dando provimento ao agravo, proceder ao julgamento do recurso que havia sido denegado.
- Possibilidade de retratação – O agravo de instrumento comporta a retração do conteúdo da decisão agravada.
- Desnecessidade do preparo.
5. AGRAVO DE PETIÇÃO
- Cabimento: das decisões proferidas nos processos de execução, inclusive nos embargos de terceiros.
- Necessidade de delimitação justificada da matéria e valores impugnados. (Requisito Específico).
- Possibilidade de execução dos valores incontroversos. A delimitação imposta pelo art. 897, §1º da CLT busca viabilizar a execução definitiva da parte incontroversa.
- Prazo – 8 dias.
- Preparo – possibilidade de exigência, caso não esteja todo o valor depositado.
6. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Os embargos possuem natureza jurídica recursal.
- Prazo – 5 dias. Prazo em dobro para a Fazenda Pública opor embargos de declaração.
- Desnecessidade de preparo – os embargos de declaração, assim como o agravo de instrumento, não reclamam preparo como pressuposto de cognição.
- Efeito modificativo nas hipóteses de omissão e contradição. Efeito modificativo é o efeito que autoriza ao prolator da decisão a alteração substancial decorrente de contradição ou omissão no julgado (art. 897-A da CLT). Toda vez que for solicitado efeito modificativo será indispensável a formação do contraditório, sob pena de nulidade.
Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação,registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.
- contraditório – sendo postulado o efeito modificativo, caberá ao juiz, sob pena de nulidade do processo, abrir vista à parte contrária pelo prazo de 5 dias.
- interrupção do prazo recursal (CPC, art. 538).
Art. 538. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes.
- Embargos protelatórios.
Quando possuírem natureza protelatória, o juiz poderá multar a parte em até 1% do valor da causa. Sendo estes renovados, poderá ser a multa acrescida para 10%, ficando condicionada a interposição de novos recursos ao depósito prévio ao valor da multa.
Art. 538. Parágrafo único. Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento), ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo.
- Prequestionamento.
Devem ser utilizados como meio de prequestionamento nos termos do Súmula 287 do TST.

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