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Aula 10 – Instalações Elétricas 
 
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS 
 
 
 
 
 
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Unidade 3: Instalações Gerais 
 
Aula 10: Instalações Elétricas 
 
A instalação elétrica é um conjunto formado por fios, cabos e outros acessórios com 
características coordenadas entre si e essenciais para o funcionamento de um sistema 
elétrico. Todas as instalações são definidas em um projeto elétrico elaborado por um 
profissional especializado ainda na planta. O projeto elétrico determina o porte da instalação, 
estabelece circuitos e especifica os materiais que serão usados na obra. Também cabe ao 
projeto definir pontos de luz e eletricidade da edificação a partir de uma avaliação das 
necessidades de cada ambiente e dos possíveis aparelhos eletrônicos que serão instalados. 
 
1. Introdução 
No Brasil, todos os procedimentos e metodologias são normatizados, normalizados e 
regulamentados por alguma entidade responsável. A Norma é um documento estabelecido 
por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e 
repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando a 
obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Convém que as normas 
sejam baseadas em resultados consolidados da ciência, tecnologia e da experiência 
acumulada, focando em benefícios para a comunidade. 
Já a Normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou 
potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva, com vistas à obtenção 
do grau ótimo de ordem, em um dado contexto. Em particular, a atividade consiste nos 
processos de elaboração, difusão e implementação de normas. 
 
Aula 10 – Instalações Elétricas 
 
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO 
 
 
 
 
 
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Portanto, é muito útil, antes de tudo e dadas as informações acima, conhecer as 
responsabilidades e as responsabilizações de/para quem infringir ou desconhecer as 
situações normatizadas que serão apresentadas durante esta aula e aprofundadas na 
disciplina de Instalações Elétricas para Edificações. 
2. Conceitos de Sistema Elétrico de Potência 
2.1. Abordagem Inicial 
O advento de se ter energia elétrica em nossas residências é desconhecido, para 
muitos leigos, pelos processos e tratamentos quais ela passa até que possamos “consumi-
la”. Portanto, faz-se necessária uma pequena explicação. 
Sistema elétrico de potência é um conjunto de todas as instalações e equipamentos 
destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e tem por objetivo 
gerar, transmitir e distribuir energia elétrica atendendo a determinados padrões de: 
• Confiabilidade: representa a probabilidade de componentes, partes e 
sistemas realizarem suas funções requeridas por um dado período de tempo 
sem falhar. Representa também o tempo que o componente, parte ou 
sistema levará para falhar (%); 
• Disponibilidade: é definida como a probabilidade que o sistema esteja 
operando adequadamente quando requisitado para uso. Em outras palavras, 
é a probabilidade que um sistema não está indisponível quando requisitado 
seu uso (%); 
• Qualidade da energia: é a condição de compatibilidade entre sistema supridor 
de carga atendendo critérios de conformidade senoidal (amplitude da tensão, 
frequência, desequilíbrios de tensão e corrente e forma de onda); 
• Segurança: está relacionado com a habilidade do sistema de responder a 
distúrbios que possam ocorrer. Em geral os sistemas elétricos são construídos 
para continuar operando após serem submetidos a uma contingência. 
2.1.1. Geração 
Obtém-se energia elétrica, a partir da conversão de alguma outra forma de energia, 
utilizando-se máquinas elétricas rotativas (geradores), nas quais faz-se uso de turbinas 
hidráulicas ou a vapor para se obter o conjugado mecânico. 
 
Aula 10 – Instalações Elétricas 
 
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS 
 
 
 
 
 
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2.1.2. Sistema de Transmissão 
Transmissão de energia elétrica é o processo de transportar energia entre dois pontos. 
O transporte é realizado por linhas de transmissão de alta potência, geralmente usando 
corrente alternada, que de uma forma mais simples conecta uma usina ao consumidor. 
2.1.3. Sistema de Distribuição 
É dividido em: 
• Rede de Subtransmissão: Tem a função de transportar a energia elétrica das 
subestações de transmissão às subestações de distribuição e aos 
consumidores, operando em tensões de 34,5, 69, 88 e 138 kV; 
• Subestações de Distribuição: São supridas pela rede de subtransmissão e são 
responsáveis pela transformação da tensão de subtransmissão para a de 
distribuição primária (13,8 kV). 
2.2. Sistemas de Distribuição Primária 
As redes de distribuição primária (média tensão) emergem das Subestações de 
Distribuição e operam, no caso da rede aérea, radialmente, com possibilidade de 
transferência de blocos de carga entre circuitos para o atendimento da operação em 
condições de contingência, devido à manutenção corretiva, preventiva e outras situações. 
2.3. Rede de Distribuição 
As redes de distribuição alimentam consumidores residenciais e industriais de médio e 
pequeno porte, consumidores comerciais e de serviços. 
2.3.1. Redes de Média Tensão 
Estas redes atendem os consumidores primários e aos transformadores de distribuição 
(estações transformadoras). Podem ser aéreas ou subterrâneas, sendo que as primeiras são 
mais difundidas devido ao seu custo menor, e, as segundas têm grande aplicação em áreas 
de maior densidade de carga (zona central de uma metrópole). 
2.3.2. Redes em Baixa Tensão 
O objetivo das redes em baixa tensão é transportar eletricidade das redes de média 
tensão para os consumidores de baixa tensão. 
Aula 10 – Instalações Elétricas 
 
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO 
 
 
 
 
 
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A rede BT (baixa tensão) representa o nível final na estrutura de um sistema de 
potência. Um grande número de consumidores, setor residencial, é atendido pelas redes em 
BT. Tais redes são em geral operadas manualmente, nas tensões de 220/127 V ou 380/220 
V. 
 
 
3. Instalações Elétricas em Baixa Tensão 
Uma instalação elétrica é definida pelo conjunto de materiais e componentes elétricos 
essenciais ao funcionamento de um circuito ou sistema elétrico. As instalações elétricas, 
como já visto, são projetadas de acordo com normas e regulamentações definidas, 
principalmente, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT. A seguir serão 
estudadas Instalações em Baixa Tensão que correspondem à entrada de energia para 
residências (foco da aula). 
3.1. Carga Mínima de Iluminação 
Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo 
no teto, comandado por interruptor. Na determinação das cargas de iluminação, pode ser 
adotado o seguinte critério: 
Aula 10 – Instalações Elétricas 
 
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS 
 
 
 
 
 
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• Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m², deve ser 
prevista uma carga mínima de 100 VA; 
• Em cômodo ou dependências com área superior a 6 m², deve ser prevista 
uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para 
cada aumento de 4 m² inteiros. 
Os valores apurados correspondem à potência destinada à iluminação para efeito de 
dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas. 
O número de pontos de luz deve ser tal que haja uma distribuição uniforme em cada 
cômodo, devendo, para destaques específicos, pontos de luz complementares. 
3.2. Carga mínima para Pontos de Tomadas 
As tomadas são caracterizadas como sendo de uso geral, TUG’s, ou de uso específico, 
TUE’s. Entende-se por tomada de uso específico aquelas utilizadas para alimentar 
equipamentos cuja corrente nominal é superior a 10 A. Segundoa NBR 5410, “todo ponto 
de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado, 
equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir um circuito 
independente”. O projeto deve prever o número, a localização e o tipo das TUE’s em função 
do layout da instalação e das necessidades do usuário. Tais tomadas devem estar no 
máximo a 1,50 m de distância do aparelho. 
A previsão do número e da carga das demais tomadas, TUG’s, deverá ser determinada 
de acordo com o esquema a seguir: 
 
 
Aula 10 – Instalações Elétricas 
 
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO 
 
 
 
 
 
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A potência de cada ponto de TUG depende do cômodo no qual ela se encontra. Dessa 
forma, tal potência é função dos equipamentos que ele poderá vir a alimentar e não deve 
ser inferior aos seguintes valores: 
• Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e 
locais análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 
100 VA por ponto para os excedentes, considerando-se cada um desses 
ambientes separadamente; 
• Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de 
tomada. 
Deve-se, ainda, observar que um ponto de tomada pode conter mais de uma tomada 
de corrente. No entanto, em cada tomada de corrente, não devem ser ligados dois 
aparelhos simultaneamente. É vedada a utilização de derivadores (benjamins), pois estes 
podem gerar aquecimento devido a mau contato e/ou sobrecorrente no dispositivo ou 
tomada. 
Em banheiros, essencialmente, é necessária a observação de distâncias seguras entre 
os pontos de tomada e “áreas molhadas” como boxes de chuveiro e banheiras. 
3.3. Simbologia 
Para a interpretação de um projeto elétrico é fundamental a utilização correta da 
simbologia padrão definida pela NBR 5444. Em cada símbolo podem ser encontrados um ou 
mais caracteres indicando: 
n – número do circuito ao qual pertence; 
A – interruptor(es) ao qual está ligado; 
x – potência total do ponto (VA). 
É essencial a utilização de uma legenda no projeto, uma vez que há a possibilidade de 
a simbologia normalizada ser modificada. A tabela a seguir descreverá os principais 
símbolos utilizados em projetos de instalações elétricas. 
 
Algumas das simbologias mais usuais estão apresentadas abaixo e serão revistas na 
Disciplina de Instalações Elétricas para Edificações, onde serão estudados os 
dimensionamentos destas instalações. 
Aula 10 – Instalações Elétricas 
 
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS 
 
 
 
 
 
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4. Circuitos Elétricos 
Circuito é o conjunto de equipamentos e condutores elétricos ligados ao mesmo 
dispositivo de proteção (disjuntor convencional ou DR). Os principais componentes dos 
circuitos elétricos e demais observações superficiais serão demonstradas a seguir. 
 
 
Aula 10 – Instalações Elétricas 
 
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO 
 
 
 
 
 
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4.1. Quadro de Distribuição de Circuitos (QDC) ou (QD) 
Componente da instalação que recebe os condutores oriundos do quadro de medição 
(alimentação, “relógio”). Nele também se encontram os dispositivos de proteção. 
 
Em residências, o quadro de distribuição deve ser instalado próximo ao centro das 
cargas da instalação. Isto é, preferencialmente, próximo aos pontos em que há um maior 
consumo de energia. Desta forma, permite-se uma economia devido ao dimensionamento 
de condutores de menores bitolas, graças a menores quedas de tensão. 
4.2. Disjuntores 
 Dispositivos eletromecânicos de proteção e seccionamento de circuitos. Esta 
proteção pode estar relacionada com sobrecorrentes ou correntes de faltas. Uma 
sobrecorrente é uma corrente elétrica cujo valor excede, em pequena escala, o valor da 
corrente nominal ou valor normal de funcionamento do equipamento. Uma falta está 
relacionada falta de alimentação de determinado equipamento, provocada por uma 
corrente muito superior à corrente nominal, denominada corrente de falta. Esta corrente 
está associada a curtos-circuitos. Portanto, são dispositivos de proteção e interrupção 
eventual de circuitos. Podem ser monopolares, bipolares ou tripolares, de acordo com o 
número de fases do circuito. 
 
Aula 10 – Instalações Elétricas 
 
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS 
 
 
 
 
 
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4.3. Condutores 
São os elementos de ligação entre o QDC e os pontos de luz ou de tomada, bem como 
entre interruptores e pontos de luz. Em circuitos residenciais, os condutores fase e neutro 
devem possuir a mesma bitola. Em instalações residenciais e/ou prediais, os condutores 
mais utilizados são de cobre com isolamento em PVC (policloreto de vinila), EPR (borracha 
etileno-propileno) e XLPE (polietileno reticulado). O isolamento deve ser do tipo não 
propagador de chamas. Basicamente, existem dois tipos de condutores: 
• Fios: Um fio condutor é formado por um só fio, com uma secção constante 
metálica em que não existe diferença em relação a capacidade de condução 
de corrente em instalações residenciais. Devido à sua rigidez é mais fácil de 
partir se for dobrado algumas vezes. Por isso só são utilizados em situações 
em que não vão ser submetidos a dobragens; 
• Cabos: Um cabo condutor é formado por vários fios condutores, entrelaçados, 
o que o torna flexível e suportando muitas dobragens sem nunca se quebrar. 
Por isso são utilizados na ligação entre duas partes de um circuito que podem 
mudar de posição e que estão, por isso, submetidos a esforços de dobragem. 
Podemos encontrar cabos elétricos em todos os aparelhos eletrodomésticos, 
por exemplo, caso as indústrias façam uso de fios, estes, iriam se romper por 
não suportar serem dobrados frequentemente. 
4.4. Dispositivo Diferencial-Residual (DR) 
Dispositivos Diferenciais-Residuais (DR) são equipamentos de seccionamento 
mecânico destinado a provocar a abertura dos próprios contatos quando ocorrer uma 
corrente de fuga à terra. Tais dispositivos podem ser interruptores ou disjuntores. 
O interruptor DR secciona o circuito apenas quando existe corrente de fuga, não 
protegendo o circuito contra sobrecorrentes e faltas. 
Define-se disjuntor DR o dispositivo de seccionamento mecânico destinado a provocar 
a abertura dos próprios contatos quando ocorrer uma sobrecarga, curto circuito ou 
corrente de fuga à terra. Recomendado nos casos onde existe a limitação de espaço. Pode 
ser construído por meio da associação de um módulo DR a um disjuntor convencional. 
O uso de dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual com corrente 
diferencial-residual nominal In igual ou inferior a 30 mA é reconhecido como proteção 
adicional contra choques elétricos. 
Aula 10 – Instalações Elétricas 
 
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO 
 
 
 
 
 
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NOTA: A proteção adicional provida pelo uso de dispositivo diferencial-residual de alta 
sensibilidade visa casos como os de falha de outros meios de proteção e de descuido ou 
imprudência do usuário. 
A utilização de tais dispositivos não é reconhecida como constituindo em si uma 
medida de proteção completa e não dispensa, em absoluto, o emprego de uma das medidas 
de proteção estabelecidas na norma. 
4.4.1. Casos em que o uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade 
como proteção adicional é obrigatório 
Devem também ser objeto de proteção adicional por dispositivos a corrente 
diferencial-residual com corrente diferencial-residual nominal In igual ou inferior a 30 mA: 
• Os circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo 
banheira ou chuveiro; 
• Os circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à 
edificação; 
• Os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam 
vir a alimentar equipamentos no exterior; 
• Os circuitos que, em locais de habitação, sirvama pontos de utilização 
situados em cozinhas, copas, cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens 
e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a 
lavagens; 
• Os circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada 
situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens 
e, no geral, em áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens. 
4.5. Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) 
Os DPS são dispositivos destinados a prover proteção contra sobretensões transitórias 
nas instalações de edificações, cobrindo tanto as linhas de energia quanto as linhas de sinal. 
A disposição dos DPS deve respeitar os seguintes critérios: 
• Quando o objetivo for a proteção contra sobretensões de origem atmosférica 
transmitidas pela linha externa de alimentação, bem como a proteção contra 
sobretensões de manobra, os DPS devem ser instalados junto ao ponto de 
entrada da linha na edificação ou no quadro de distribuição principal, 
localizado o mais próximo possível do ponto de entrada; ou 
Aula 10 – Instalações Elétricas 
 
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS 
 
 
 
 
 
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• Quando o objetivo for a proteção contra sobretensões provocadas por 
descargas atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas proximidades, 
os DPS devem ser instalados no ponto de entrada da linha na edificação. 
Além destes casos, existem outros específicos que devem ser pesquisados na norma, pois 
variam sua utilização conforme características da edificação. 
4.6. Pontos de Luz e Tomadas 
Toda instalação elétrica deve ser dividida em tantos circuitos quantos forem 
necessários. Isto proporciona facilidade de manutenção, inspeção e alimentação a outras 
partes da instalação quando do defeito de um circuito. 
Segundo o item 9.5.3 da NBR 5410:2004, os circuitos de iluminação e tomadas devem 
ser distintos, salvos os casos em que a corrente do circuito comum à iluminação e tomadas 
seja inferior a 16 A e que este não seja o único circuito de tomadas e/ou iluminação de toda 
a instalação. Desta forma, adota-se o critério de separação integral de circuitos de luz e 
força. Além disso, a separação destes circuitos promove uma melhoria no que diz respeito à 
“alimentação a outras partes da instalação quando do defeito de um circuito”. 
Em instalações polifásicas, os circuitos devem ser distribuídos entre as fases, 
proporcionando o seu equilíbrio. É recomendada (considera-se, no contexto da disciplina, 
obrigatória) a previsão de circuitos independentes para cargas com mais de 10A (TUE’s). 
É obrigatório que os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de 
serviço, lavanderias e locais análogos devem ser atendidos por circuitos exclusivamente 
destinados à alimentação de tomadas desses locais. 
A mínima potência dos circuitos deve ser de, aproximadamente, 1270 VA (10 A) e a 
potência máxima dos circuitos deve ser de cerca de 2540 VA (20 A). 
As proteções de circuitos de aquecimento ou condicionamento de ar podem ser 
agrupadas no QDC ou num quadro separado (inclusive, próximos aos equipamentos). 
4.7. Recomendações 
As grandes recomendações em divisões de circuitos terminais se dão pelos seguintes 
motivos. 
• Facilita a operação e a manutenção da instalação; 
• Permite o seccionamento apenas do circuito defeituoso; 
• Reduz a interferência entre os pontos de utilização; 
Aula 10 – Instalações Elétricas 
 
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO 
 
 
 
 
 
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• Reduz a queda de tensão e a corrente nominal; 
• Permite o dimensionamento de: 
o Condutores com menor seção; 
o Dispositivos de proteção com menor capacidade nominal. 
Deve-se evitar projetar circuitos terminais muito carregados (elevada potência 
nominal), pois: 
• Resultaria em condutores de seção nominal grande; 
• Dificultaria passagem dos fios nos eletrodutos; 
• Dificultaria as ligação dos fios aos terminais (interruptores, tomadas e 
luminárias); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Baseado e adaptado Manual 
Pi rel l i de Instlações , Rodrigo 
Arruda Fel ício Ferreira . Edições 
sem prejuízo de conteúdo.

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