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Investigação e tratamento da sífilis em RN Epidemiologia OMS: 1 milhão de gestações por ano no mundo Mais de 300 mil mortes fetais e neonatais Risco de morte prematura em mais de 200 mil crianças Brasil: aumento constante de casos nos últimos 5 anos Aumento do número de testagem, maior disseminação dos testes rápidos, diminuição do uso de preservativos, redução na administração da penicilina na Atenção Básica. Avaliação da criança exposta ou com sífilis congênita Realizada especialmente na maternidade: Histórico materno de sífilis – verificar tratamento e seguimento na gestação Sinais e sintomas clínicos do RN Teste não treponêmico periférico da criança comparado com o da mãe Criança exposta a sífilis Realizar exame físico normalmente Se atentar a algum achado de sinal ou sintoma – normalmente são inespecíficos e podem ser encontrados em outras síndromes congênitas. Presença de sinais e sintomas – classifica como SC sintomática e precisa de notificação compulsória e tratamento imediato. Exame laboratorial não treponêmico para excluir possibilidade de SC Testagem na criança exposta a sífilis Teste não treponêmico no sangue periférico - independentemente do histórico de tratamento materno. Testar a mãe no pós parto, com o mesmo tipo de teste não treponêmico. Titulação do RN > que o materno em pelo 2x: infecção congênita (ex: materno 1:8, RN maior ou igual 1:32). Falha no TTO em prevenir a SC: Persistência da titulação reagente do teste não treponêmico aos seis meses de idade; E/ou Aumento nos títulos não treponêmicos em duas diluições ao longo do seguimento (ex.: 1:2 ao nascimento e 1:8 após). Seguimento clínico-laboratorial Sífilis Congênita Mãe não foi tratada ou foi tratada de forma não adequada durante o pré-natal RN classificado como caso de sífilis congênita, independentemente dos resultados da avaliação clínica ou de exames complementares. RN com titulação 2x maior que o da mãe em teste não treponêmico. Realizar investigação completa: coleta de LCR para titulação de VDRL, radiografia de ossos longos. Sinais e sintomas do RN com SC 60 a 90% são assintomáticos ao nascer Mais comum nos casos mais graves Raramente surgem após 3 a 4 meses 2/3 desenvolvem sintomas em 3 a 8 semanas Presença dos sinais e sintomas ao nascer depende do momento da infecção intrauterina e do tratamento na gestação Sinais e sintomas do RN com SC Sinais mais frequentes: Hepatomegalia; Icterícia; Corrimento nasal (rinite sifilpitica); Rash cutâneo; Linfadenopatia generalizada; Anormalidades esqueléticas OBS: Todas essas manifestações são inespecíficas e podem ser encontradas no contexto de outras infecções congênitas. Testagem no RN com SC Teste não treponêmico Hemograma TGO/TGP, BT e BD, albumina Eletrólitos: sódio, potássio, magnésio sérico LCR Rx ossos longos/tórax Neurossífilis no RN com SC Pode ser sintomática ou assintomática Ocorre em cerca de 60% dos RN com SC Seguimento clínico da criança com SC Seguimento mínimo da criança com SC: Consulta de puericultura: 1ª semana de vida; 1°, 2°, 4°, 6°, 9°, 12° e 18° mês Consulta oftalmológica: semestrais por 2 anos Consulta audiológica: semestrais por 2 anos Consulta neurológica: semestrais por 2 anos Tratamento do RN com SC Benzilpenicilina (potássica/cristalina, procaína ou benzatina) SC sem neurossífilis: Benzilpenicilina procaína – pode ser fora do hospital, por via IM Dose: 50.000 UI/Kg, IM, 1x ao dia, por 10 dias. Benzilpenicilina cristalina, no hospital, por via EV Dose: 50.000 UI/Kg, EV, 12/12h até o 7° DV e de 8/8h a partir de 1 semana de vida, por 10 dias. SC com neurossífilis: Benzilpenicilina cristalina é o medicamento de escolha, sendo obrigatório a internação hospitalar Tratamento RN exposto a sífilis Benzilpeniciina benzatina Restrita às crianças cuja mãe não foi tratada ou foi tratada inadequadamente, e que apresente exame físico normal, exames complementares normais e teste treponêmico NR ao nascimento. Dose única: 50.000 UI/Kg IM OBS: única situação que não precisa de tratamento: RN nascido assintomático, com mãe tratada adequadamente, teste treponêmico NR ou reagente com titulação menor, igual ou até 1 titulação maior que o materno.
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