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Gestação e Parto Normal

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Gestação e Parto Normal 
O útero deve funcionar como uma incubadora, na qual 
sua preparação para receber o concepto se inicia antes 
da gestação. Funções: 
• Calor; aquecido 
• Umidade; 
• Proteção da luz; escuro 
• Estéril; 
• Nutritivo; 
A vida pré-natal pode ser didaticamente dividida em 
três períodos: 
■Período de ovo (mais curto): corresponde à 
formação do novo ser, por meio da fecundação, início 
das divisões de clivagem e formação do blastocisto. 
Esta é uma etapa em que o zigoto permanece livre, 
subsistindo por intermédio do vitelo armazenado no 
ovo, ou do leite uterino; preso dentro da zona pelúcida; 
ativação do genoma 
■Período de embrião (período que há + perdas): 
corresponde ao período de eclosão do blastocisto, 
formação dos órgãos e sistemas do embrião, e da 
placenta; considerado o período mais crítico pois é o 
período do reconhecimento materno e também ocorre 
a organogênese e morfogênese e pode ocorrer 
anomalias fetais resultando na morte do embrião. 
■Período de feto: é o período em que ocorre a maior 
parte do crescimento da placenta e do feto, e dura até 
o parto. Nos mamíferos, neste período, são 
estabelecidas as trocas sanguíneas entre a mãe e o 
feto. 
*Sabemos que ele completou a morfogênese quando 
vemos a mineralização e marcamos a fase de feto. 
Gestação – 
A duração da gestação é calculada como sendo o 
intervalo entre o serviço fértil e o parto, e varia 
conforme a espécie animal: 
 
Os fatores descritos a seguir podem interferir no tempo 
de gestação: 
→ Fatores maternos: 
-Idade: fêmeas jovens tem um período de 
gestação mais curto 
-Metabolismo: hipotireoidismo por exemplo tem 
um metabolismo mais lento 
→ Fatores fetais: número de filhotes 
. Multíparas: ninhadas grandes gestação 
menor (competição por nutrientes e oxigênio 
causando estresse e uma gestação mais curta) 
. Uníparas: gestação múltipla também 
influencia; 
. Equinos e bovinos: machos 2 dias mais longa 
. Equinos gemelar: subdesenvolvido 30-40 dias 
mais longo; nas éguas a placenta anatômica é 
difusa e precisa de troca em toda a superfície, 
dando apenas metade para cada irmão, não 
gerando maturidade hipotalâmica para liberar 
cortisol, nascendo muito pequenos, sem 
conseguir respirar e acabam morrendo. 
. Genética: Holandes 278d – pardo suíço 292d 
→ Fatores ambientais: estresse (cortisol), 
hormônios; plantas = fitoestrógeno (essa 
substância se liga aos receptores de 
estrógenos, fazendo com que tenhamos 
aumento de estrógeno (prolapso uterino).) 
*Na síndrome de feto único, o feto não entra em 
estresse fetal, e ele sozinho não consegue liberar 
cortisol o suficiente para desencadear o parto, então 
devemos marcar cesárea. 
 
 
 
 
Hormônios da gestação – 
Progesterona – 
 
O apetite aumenta durante a gestação devido à 
influência da progesterona, e há diminuição da 
atividade física, o que contribui para o aumento de 
peso da fêmea. Com mais fome e mais cansaço, 
comemos mais e essa energia que está entrando é 
transformada em gordura (armazenamento), isso é 
feito no começo da gestação pois ela vai precisar disso 
no final da gestação (feto) pois não terá condições de 
se alimentar o suficiente então ela entra em 
metabolismo energético negativo (queima mais do que 
consome) tirando da reserva de gordura. 
Estrógeno – 
 
O estrógeno atua sobre o endométrio provocando 
proliferação do epitélio e crescimento dos ductos retos 
das glândulas endometriais. O miométrio responde a 
níveis crescentes de estrógeno. A progesterona atua 
de modo sinérgico com o estrógeno, provocando 
ramificação das glândulas endometriais que adquirem 
forma convoluta e passam a secretar um material 
mucoso espesso que, juntamente com fluido tubário, 
secreções cervicais e células de descamação, formam 
o assim chamado leite uterino, que nutre o embrião 
antes da implantação. 
*quem faz os ductos é o estrógeno e a progesterona 
faz os alvéolos mamários 
O estrógeno está em pequenas concentrações durante 
e a gestação e ele trabalha em sinergismo com a 
progesterona e mantém a sensibilidade dos receptores 
de progesterona. Quando a progesterona cai ele sobe 
por conta da conversão e temos o desencadeamento 
do parto. 
Prolactina – 
 
A prolactina, produzida pela hipófise e também pelo 
CL, é um hormônio importante durante a gestação 
devido a seu efeito luteotrófico. Ela também estimula o 
metabolismo do colesterol nas células luteínicas por 
meio da ativação da enzima colesterol sintetase. Esta 
enzima é responsável pela esterificação das reservas 
celulares de colesterol, aumentando o colesterol livre 
na célula, o qual é utilizado para produção de 
hormônios esteroides como o estrógeno e a 
progesterona. A prolactina induz, ainda, o 
aparecimento e a manutenção de receptores para LH 
nas células luteínicas e inibe a degradação da 
progesterona para di-hidroxiprogesterona. 
Síntese do leite; 
Na metade do diestro começa a aumentar a prolactina, 
tanto na fêmea gestante como na não-gestante, e a 
fêmea não-gestante começa a ter comportamentos 
maternos levando a uma pseudociese (tratamento = 
anti-prolactino). 
Além disso, os efeitos psíquicos da progesterona 
associados aos da prolactina favorecem a conduta 
materna, como preparação de ninho e cuidados com o 
neonato. 
Relaxina – 
 
Outro hormônio, também secretado pelo CL e 
importante na preparação para o parto dos animais 
domésticos, é a relaxina. Este hormônio é produzido no 
final da gestação em várias espécies, provavelmente 
pelo CL e/ou pela placenta, e sua função é 
particularmente importante próximo ao momento do 
parto, levando ao relaxamento de cérvix, sínfise púbica, 
tecidos e ligamentos pélvicos. 
*só é produzida pelo CL gravídico = diagnóstico de 
gestação em cadelas, porém diagnóstico tardio 
 
→ concentrações séricas hormonais em vacas 
durante a gestação e o parto 
 
 
Endocrinologia da gestação na égua – As mudanças 
endocrinológicas que acontecem na égua durante a 
gestação são diferentes das observadas para os 
demais animais domésticos devido à formação de 
estruturas temporárias produtoras de hormônios, 
denominadas cálices endometriais. 
A égua tem um hormônio especial que só ela tem: 
gonadotrofina coriônica equina (eCG). O eCG é 
produzido pelo cório. Ele estimula as gônadas (FSH e 
LH), o eCG tem a função do LH: luteotrófico. A 
produção de progesterona vai aumentando e formando 
corpos lúteos acessórios. É considerado que ao redor 
dos 70 a 90 dias de gestação, os altos níveis de 
progesterona associados aos de eCG mantêm o corpo 
lúteo primário e aumentam sua atividade. Além disso, 
induzem a formação de corpos lúteos acessórios a 
partir da luteinização de folículos que podem ou não ter 
ovulado. Desta forma, aos 40 dias de gestação os 
níveis de progesterona sérica dobraram seus valores. 
Os CLs secundários, bem como os primários, 
persistem nos ovários e continuam a secretar 
progesterona até 140 a 160 dias, quando começam a 
regredir. A produção de progesterona pela placenta 
começa aproximadamente ao redor dos 70 a 90 dias 
de gestação e suplementa a produção dos corpos 
lúteos até próximo ao 100° dia, quando estes regridem. 
 
A progesterona baixa não vai fazer um bom bloqueio 
do miométrio, e estrógeno alto sensibiliza os receptores 
de ocitocina; então se você der ocitocina para uma 
égua ela vai abortar ou entrar em trabalho de parto 
muito cedo; a égua pode ter muito aborto facilmente, 
por isso há suplementação de progesterona 
Endocrinologia da gestação na cadela e na gata – A 
cadela tem uma fase luteínica prolongada, com 
duração de 70 a 80 dias no animal não gestante. A 
concentração circulante de progesterona no sangue 
periférico é semelhante na cadela prenhe e não prenhe 
e, devido a isso, diferente dos demais animais 
domésticos, este parâmetro não pode ser utilizado 
como indicativo de gestação. 
 
O estrógenoda cadela no final da gestação não 
aumenta; a progesterona cai e a prolactina aumente 
Melhor momento para castrar uma fêmea cadela: 
anestro 
Classificação quanto ao número de fetos: 
→ Unípara, mono-ovulatória, monotócica; 
-Gemelar: bovino (2-4%); equino (0,5-1,5%) 
-Dupla ovulação equinos = 20% PSI 
-Cérvix bem desenvolvida (por conta do filhote 
grande) 
-Placenta ocupa todo útero 
-Feto 10% do peso vivo da mãe 
-Distocia 
→ Bíparos 
-Caprinos e ovinos = espécies que eram 
uníparos, mas podem ser chamados de 
bíparos – Uníparos, mas gemelar muito 
frequente 
→ Multíparos, politócicas; 
-Caninos, felinos, porcinos 
-Cérvix pouco desenvolvida; 
-Cada placenta ocupa uma pequena parte do 
corno; 
-Fetos se distribuem por todos os cornos; 
-Tamanho do feto: 1-3% do peso vivo materno 
-Cadelas maiores = ninhada maior 
 
 
 
 
Precisa mudar algo no metabolismo materno para a 
gestação? – A gestação requer que a mãe sustente o 
feto com substâncias essenciais para o seu 
crescimento. Para satisfazer as necessidades fetais, é 
essencial o estabelecimento de mecanismos de 
transferência de substâncias, incluindo nutrientes e 
oxigênio, da mãe para o feto, bem como a remoção do 
lixo metabólico do feto. Além disso, em resposta aos 
hormônios envolvidos na gestação, a homeostase 
materna se modifica. 
↪Balanço hídrico e eletrolítico 
• Para que uma quantidade adequada de 
sangue seja destinada à circulação placentária, 
sem comprometer a irrigação dos tecidos 
maternos, a vascularização materna é 
expandida. Por isso a mulher incha, pois há 
retenção de sódio, retenção de água feita pela 
ação da progesterona sob o rim. Mas se você 
retém mais água também ocorre uma 
hemodiluição (anemia gestacional), chega 
aumentar até 40% do volume plasmático. Essa 
hemodiluição sinaliza o rim a produzir mais 
eritropoetina e produzir mais glóbulos 
vermelhos. 
o Perda de sangue no parto, maiores 
alterações em espécies com qual tipo 
de placenta? = hemocorial 
• Débito cardíaco, o que esperam? 
-Aumento: volume e taquicardia; 
-Fluxo uterino fim da gestação = 17% do débito 
cardíaco vai para o feto/útero. 
-Fluxo uterino 10ml/min no ciclo 
-Estro? = 100ml/min; 
-Distribuição entre camadas no ciclo? = 
homogeneamente 
-Distribuição no final da gestação = 83% 
p/cotilédones; 
↪Modificações metabólicas 
• Necessário para: 
-Suprir adequadamente o feto em 
desenvolvimento de oxigênio e nutrientes 
-Fornecer ao feto condições de manter um 
estoque de energia adequado a suas 
necessidades no início da vida neonatal 
-Armazenar energia suficiente para garantir a 
sobrevivência do produto no caso de eventual 
restrição alimentar durante o período de 
lactação. 
• Aporte/consumo energético 
. Qual o requerimento da fêmea gestante? 
. Qual momento tem maior necessidade? 
. O que faz quando o feto não exige muito? 
. Como direcionar para o feto? 
Devido ao aumento da demanda energética durante a 
gestação, alimentos de alta digestibilidade e 
energeticamente densos ajudam a reunir ingestão 
calórica e minimizar abastecimento estomacal para 
conceder maior espaço para o útero gravídico. 
Gorduras liberam acima de duas vezes a quantia de 
calorias quando comparadas com os carboidratos, 
representando uma importante fonte de energia. 
Durante a gestação, os requerimentos nutricionais de 
proteína também aumentam de 40 a 70% acima da 
manutenção. 
Cálcio e fósforo são requeridos em quantidade maiores 
do que na manutenção para suportar o 
desenvolvimento do esqueleto fetal e a lactação. 
Independentemente do estado nutricional, a fêmea 
gestante sofre adaptações metabólicas, as quais levam 
inicialmente a um aumento das reservas energéticas 
maternas e, posteriormente, a um redirecionamento de 
substratos e energia, da mãe para o feto. Assim, os 2/3 
iniciais da gestação são caracterizados por aumento de 
peso, expansão do volume sanguíneo e depósito de 
gordura e talvez proteína no corpo da mãe. 
. Progesterona, aumenta insulina 
. 2/3 iniciais – reserva (pra que?) 25% pré-
parto e 10-15% pós 
. 1/3 final – estrógeno, lactongenio, cortisol = 
resistência à insulina, pq? 
. Quais tipos de alimento? 
. Energia > 35% manutenção 
. Proteína 40-70% a mais que manutenção 
Os ajustes metabólicos se tornam mais importantes da 
metade para o final da gestação, com o aumento da 
produção de progesterona pela placenta e o 
crescimento do concepto. Nesta fase, ocorre um 
decréscimo das concentrações de glicose no sangue 
materno e o metabolismo materno passa a utilizar 
outras fontes de energia, como o lactato e a gordura, 
poupando assim glicose para o feto. Em humanos e 
roedores, no final da gestação, os níveis de insulina 
estão significativamente elevados. O aumento de 
vários hormônios, como lactogênios placentários, 
estrógeno e cortisol, atua para reduzir a resposta aos 
 
efeitos da insulina, levando a um estado de “resistência 
à insulina”. O estado de resistência diminui o consumo 
de lipídios e glicose da circulação, facilitando o 
transporte para o feto. 
Progesterona = aumenta a insulina; e começa a ter 
resistência à insulina 
*Diabetes gestacional 
Os lactogênios placentários parecem exercer um efeito 
anabólico e diabetogênico durante a gestação, 
aumentando a secreção de insulina, promovendo a 
conservação de proteínas, a liberação de ácidos 
graxos dos estoques de lipídios e diminuindo a 
utilização de glicose. EsSa modificação do 
metabolismo materno durante a gestação é 
responsável pela formação de um reservatório materno 
nos 2/3 iniciais da gestação, que persiste por toda a 
gestação, permitindo o crescimento fetal. A mudança 
no metabolismo é controlada pelos hormônios da 
gestação e não está relacionada com a dieta do 
animal, mas sim com o crescimento placentário. A 
progesterona, predominante na primeira metade da 
gestação, atua na conservação de energia (via 
insulina), e os níveis crescentes de estrógeno, na 
segunda metade, são responsáveis pelo 
redirecionamento da energia para o feto. 
↪Modificações nos órgãos reprodutivos 
→ Vulva e vagina: Durante o início da gestação, a 
mucosa vaginal torna-se progressivamente 
pálida e seca, permanecendo assim durante a 
maior parte desta. No final do período 
gestacional, edema e aumento da 
vascularização constituem as principais 
alterações da vulva. 
→ Cérvix: Durante a gestação o orifício cervical 
permanece compactamente fechado. As 
criptas endocervicais aumentam em número e 
produzem um muco altamente viscoso que 
oclui o canal. Este é o chamado tampão 
mucoso, que se liquefaz momentos antes do 
parto. 
→ Útero: À medida que progride a gestação, o 
útero aumenta gradativamente para permitir a 
expansão do feto, porém o miométrio 
permanece quiescente para prevenir a 
expulsão prematura. Três fases podem ser 
identificadas na adaptação do útero para 
acomodar os produtos da concepção: 
proliferação, crescimento e dilatação. A 
duração de cada uma varia conforme a espécie 
animal. 
→ Ovário: A principal modificação é a 
transformação do corpo lúteo cíclico em corpo 
lúteo gravídico. Em consequência disto, os 
ciclos estrais são interrompidos. 
→ Ligamento pélvico e sínfise púbica: O 
relaxamento dos ligamentos pélvicos que 
ocorre gradativamente durante o curso da 
gestação é acelerado com a aproximação do 
parto. 
Parto normal – 
Parto = processo fisiológico por meio do qual o feto e 
seus envoltórios fetais (anexos fetais) são expulsos do 
útero. É necessário ter contração e dilatação da via 
fetal. 
Que tipo de alterações ocorre? 
✓ Neuro-endócrina 
✓ Bioquímica 
✓ Biofísica 
✓ Fisiologia muscular 
➤Feto = desencadeia o parto 
➤Molécula sinalizadora = cortisol 
O feto fica estressado (cortisol) por conta das 
mudanças do final da gestação: espaço limitado, 
diminuição do O2 e hipoglicemia. Com o 
desenvolvimento e maturação do hipotálamo do feto 
elepercebe esses sinais/estresse e libera o cortisol. O 
cortisol ativa uma cascata de enzimas que transforma a 
progesterona em estrógeno. 
↪Nas espécies que a progesterona é de origem 
placentária (ovelha, égua e gata?), o cortisol vai 
transformar a progesterona em estrógeno, quando tira 
a progesterona começa a tirar o bloqueio do miométrio 
e o estrógeno aumenta a tensão e o útero começa a 
contrair (contração de treinamento / contração 
miometrial) e há aumento da produção de muco; 
aumenta a pressão da cérvix eliminando o tampão 
mucoso e estimulando os neurônios que liberam a 
citocina e tem a contração final com máxima pressão. 
↪Nas espécies que a progesterona é de origem de 
corpo lúteo (cadela, porca, cabra), o cortisol fetal 
também estimula diretamente a produção de 
prostaglandina que faz a lise do CL e o CL libera 
relaxina. 
 
*vaca dá para estar nos dois 
 
 
Porca: estrógeno causa luteólise? Não. 
→ Nas porcas a molécula sinalizadora da 
gestação é o sulfato de estrona (estrógeno), 
então o estrógeno na porca não leva a 
liberação de ocitocina e produção de 
prostaglandina para luteólise. Nas porcas 
sabemos que o cortisol sozinho e diretamente 
consegue levar a produção de prostaglandina 
para entrar em luteólise. 
-Tem PGF2a mas não é induzida pelo 
estrógeno, é induzida pelo cortisol 
Cadela: onde é produzida a P4? 
→ Totalmente dependendo do CL 
-Tem PGF2a mas não tem aumento do E2, só 
elimina o CL 
Via de expulsão fetal – 
É constituído por duas partes: a via fetal óssea e a via 
fetal mole. 
Via fetal mole: 
Cérvix ➜ vagina cranial ➜ vestíbulo ➜ vulva ➜ 
ligamentos sacroisquiáticos 
A via fetal mole apresenta 3 pontos críticos, que no 
momento do parto constituem obstáculos à passagem 
do feto, podendo dificultar a parição. Estes pontos são: 
a vulva, o anel himenal e a cérvix (vaca). 
Via fetal óssea: o formato dependendo da espécie 
pode dificultar ou ajudar no parto 
É formada pelos ossos ílio, ísquio, púbis, sacro e 
primeiras vértebras coccigianas, constituindo a pelve. 
↪Nos equinos, a pelve é curta e sua abertura, 
praticamente circular, com parede ventral plana; não 
dificulta o parto, que é rápido nestes animais. 
↪Nos bovinos, a abertura pélvica é mais comprida 
lateralmente, com forma ovalada e assoalho côncavo 
mais elevado caudalmente. Esta disposição anatômica 
dificulta o parto, que é mais demorado nesta espécie. 
↪Nos pequenos ruminantes, nos suínos e nos 
carnívoros, a pelve tem forma tendendo a circular e, 
em geral, sua disposição anatômica não dificulta o 
parto. 
 
Fases do parto – 
O parto é um acontecimento que se desenvolve 
gradativamente, acompanhado de modificações 
morfológicas e funcionais da fêmea gestante, bem 
como do próprio feto, atingindo seu ponto culminante 
na fase de expulsão do produto gerado. Com base 
neste conceito, divide-se a parturição em 3 fases: 
Fase prodrômica: Fase em que o animal começa a 
manifestar alterações de comportamento; pródomos; 
hormônio marcador dessa fase = prolactina 
 
 
. Alterações de comportamento: 
✓ Isolamento; 
✓ Inapetência/anorexia 
✓ Inquietação/agitação 
✓ Ansiedade (gata mia bastante) 
✓ Cadelas e porca: construção de ninho 
✓ Égua: andar, andar em círculos, patear, deitar-
se e levantar, rolar; 
*na égua com esse comportamento de girar é 
recorrente a torção uterina 
*na égua é muito comum e um bom sinal e maturidade 
fetal as “casquinhas” na glândula mamária 
Cadela – 
↪Queda de 1C – 24h (queda acentuada) 
↪US: cavidade gástrica fetal dilatada (55 dias) 
↪Secreção láctea: até duas semanas antes (manifesta 
produção de leite muito antes, então, não é indicativo 
de gestação ou de proximidade de parto) 
Gata – 
↪Queda de TC -12h, menos evidente 
↪Vocalização, andar em círculos, olhar para posterior, 
corrimento 
Porca – 
↪Elevação de TC -12h; 
↪Mantém durante lactação; 
↪Não confundir com condições palotógicas 
*porca é muito sensível, manter baia sempre limpa 
Fase de dilatação da via fetal: também denominada 
fase de insinuação, tem início concomitantemente com 
as contrações uterinas e prolonga-se até o rompimento 
das membranas fetais. 
Útero começa a ganhar tônus e impulsiona contra a 
cérvix; 
Hormônio marcador dessa fase de dilatação: estrógeno 
→ Vaca até 16h 
→ Égua 2h 
Fase de expulsão do feto: esta fase inicia-se com o 
rompimento das bolsas fetais e completa-se com o 
nascimento do feto ou fetos. 
A primeira membrana que rompe é a corioalantóide 
(líquido alantoideano) 
→ Vaca 1-3 h (6h – 1o); placenta 30’- 8h (a partir 
de 12h já é considerado patológico = retenção 
de placenta) 
→ Égua 30 min; placenta 15' – 2h (passar de 3h 
horas já é patológico = endometrite; laminite) – 
ela tem o parto mais rápido, mas se atrasar só 
um pouco o feto pode morrer rapidamente 
Útero + musculatura abdominal (compressão nervo 
pudendo – reflexo medula espinhal) 
O feto no interior da via fetal mole estimula receptores 
nervosos localizados na porção dorsal da vagina, cujos 
neurônios levam o estímulo aos centros motores da 
medula espinal, formando-se o reflexo de contração da 
musculatura abdominal. Associam-se, deste modo, na 
fase de expulsão, duas forças: as contrações uterinas e 
as abdominais. 
 
*reflexo de Ferguson = libera ocitocina e aumenta a 
contração uterina 
*reflexo de esvaziamento = contração abdominal 
Retenção = ocitocina, prostaglandina = estimular a 
contração para estimular a soltura 
Cães – 
✓ Fetos nascem com ou sem ruptura das 
membranas; 
✓ Mãe come a placenta, comum vômito; 
✓ Intervalo entre os filhotes de 15’- 3h 
✓ 40% apresentação posterior; 
 
 
Gatas – 
✓ Âmnio pode não romper 
✓ Gata pode se preocupar mais com a própria 
higienização, assessorar. 
 
Maturação do feto – 
Em circunstâncias normais a respiração se inicia 
segundos após o nascimento e está totalmente 
estabelecida após alguns minutos. A glicose é 
rapidamente liberada das reservas de carboidratos, 
particularmente dos estoques de glicogênio no fígado e 
no músculo cardíaco. Esta fonte de glicose termina em 
poucas horas e a gordura, então, se torna a principal 
fonte de metabólicos. Mesmo as reservas de gordura 
podem sustentar o feto somente por um período 
limitado que, no entanto, normalmente é suficiente até 
que se inicie a amamentação. 
 
O sucesso da transição da vida intrauterina para a 
extrauterina é totalmente dependente dos eventos que 
antecedem o parto, ou seja, maturação pulmonar, 
formação das reservas de carboidratos e gordura e 
início da lactação. 
Respiração: 
✓ Segundos após o nascimento 
✓ Surfactante: tensão de superfície, evita o 
colabamento dos alvéolos 
-Produzido pelos pneumócitos tipo II 
✓ Cortisol: estimula essa produção 
✓ Epinefrina: liberação 
 
 
Um filme de superfície contendo surfactante tem a 
propriedade de exercer alta tensão de superfície 
quando distendido e baixa tensão de superfície quando 
compactado. Como resultado, a tensão superficial em 
um alvéolo pequeno é menor que aquela em um 
alvéolo grande e seu volume tende a se igualar, 
prevenindo o colapso pulmonar e promovendo a 
estabilidade alveolar.A quantidade de surfactante é 
determinada pelo seu índice de produção pelos 
pneumócitos na parede do alvéolo e pelo índice de 
liberação dos estoques celulares. O cortisol estimula a 
síntese de surfactante e a epinefrina, sua liberação. 
Desta forma, uma onda de atividade da epinefrina, 
antes do nascimento estimula a criação de pulmões 
maduros e estáveis. 
Temperatura: 
✓ Termo-regulação (gordura marrom) 
-A maioria dos fetos tem um depósito 
substancial de uma forma peculiar de tecido 
adiposo denominado gordura marrom 
(multilobular = muita mitocôndria). Enquanto a 
gordura branca libera ácidos graxos e glicerol 
para a circulação para serem metabolizados 
nos tecidos, a gordura marrom é oxidada e sua 
energia liberada em forma de calor. Estemecanismo desempenha um papel importante 
na manutenção da temperatura corporal do 
neonato quando este não conta mais com o 
ambiente materno para fazer a 
termorregulação. 
Nutrientes: 
✓ Glicose (glicogênico - hepático, músculo 
cardíaco) – vem do armazenamento da mãe 
✓ Armazenamento dependente de cortisol e 
insulina 
✓ Suprimento materno 
Puerpério – 
São modificações fisiológicas que ocorrem no útero, na 
fase imediatamente após o parto, quando este órgão 
se recupera das transformações que sofreu durante a 
gestação, preparando-se para uma nova prenhez. No 
desenvolvimento do puerpério fisiológico, evidenciam-
se duas fases: na primeira acontece a eliminação das 
secundinas ou delivramento; e a segunda fase 
caracteriza-se, principalmente, pela involução uterina e 
preparação do útero para uma nova gestação, sendo 
normalmente denominada fase de involução uterina ou 
puerpério propriamente dito. 
2 fases: 
1. Delivramento – liberação das secundinas 
Perda da pressão, alterações hemodinâmicas 
(luvas) 
2. Involução uterina 
Enzimas proteolíticas guardadas em 
lisossomos (P4) 
*e precisa voltar a ciclar 
Vaca – 
✓ Um dos puerpérios mais longos, até 120 dias 
em zebu 
✓ 5 dias cessa contração uterina 
✓ Involução até 40 dias 
✓ Vacas que amamentam mais curto; 
✓ Loquios, sanguinolento 
✓ Até 30 dias 
✓ Retorno atividade ovariana 30-72 dias leite, 46-
104 corte (por conta do bezerro) 
Égua – 
✓ Um dos puerpérios mais curtos 
✓ Involução 10-14 
✓ Loquios claros e escassos primeira semana 
✓ Até 30 dias 
✓ Retorno atividade ovariana 6-14 dias 
✓ Não tem anestro lactacional (gestação muito 
longa) 
*muitas vezes 6 dias depois a égua já está no cio 
do potro; você pode fecundar no cio do potro 
porém não houve a involução uterina e o ambiente 
não está favorável 
Suíno – 
✓ Placenta junto com o filhote, logo após cada 
filhote ou até 4 horas após o parto; 
✓ Cios anovulatórios 3-5 dias 
✓ Sem amamentação 2 semanas 
✓ Amamentando inibido 
✓ Cio 3-5 dias pós desmame 
Cães – 
✓ 12 semanas para involução 
✓ Loquios esverdeados no começo 
(uteroverdina) 
✓ Até 5 semanas

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