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Prova clínica de equinos

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CASO CLÍNICO I
Anamnese
O potro foi encontrado “amoado” e com dificuldade para mamar pois parecia
“cansado”, e ao toque estava quente, segundo o funcionário responsável pelo
piquete das éguas paridas. A égua (mãe) é de primeira cria (primípara), e não foi
relatado intercorrências ao nascimento. O animal permanece em piquete de
tifton com amãe, e demais éguas paridas com seus respectivos potros em
diferentes idades. Entretanto, o piquete está superlotado e o grupo de potros
muito heterogêneo (como citado de diferentes idades), pois o haras ficou sem
piquete adequado para suportar o alto número de nascimentos na estação deste
ano. Por isso, o piquete está com grande quantidade de fezes também. As éguas
pastam, mas uma vez ao dia vão a “lanchonete” para comer ração. O potro
acompanha a mãe, mas se alimenta primordialmente de leite, apesar de
demonstrar interesse ao capim. Não foi vacinado e nem vermifugado ainda. A
mãe é vacinada anualmente para raiva, garrotilho e herpesvírus equino. E foi
vermifugada no período pré-parto. O funcionário desconfia que há outros potros
com sinais clínicos semelhantes no lote do mesmo piquete.
EXAME FÍSICO GERAL
COMPORTAMENTO / POSTURA: apático / estação
MUCOSAS: congestas
TPC (Tempo de Preenchimento Capilar): > 3 seg.
DESIDRATAÇÃO: ( ) NÃO / ( x ) SIM -
7% - pregueamento pele: 5 seg.
LINFONODOS PALPÁVEIS REATIVOS: Submandibular e pré-escapular.
TR (Temperatura Retal): 39,0oC
FC (Freq. Cardíaca): 62 bpm
FR (Freq. Respiratória): 40 mpm
MI (Movimentos Intestinais):
+ +
+ +
ANORMALIDADES:
- leve presença de secreção nasal mucopurulenta bilateral;
- dispneia;
- tosse (improdutiva);
- auscultação pulmonar: áreas cranioventrais com crepitação bilateral, sendo
que no lado esquerdo há também presença de sibilos, e suspeita de possível
região de silêncio (consolidação).
*Foi realizado a avaliação ultrassonográfica pulmonar e hemograma. Segue anexo.
ERITROGRAMA
Hemácias. (x106/mm3) 8,8
Hemoglobina (g/dL) 11,2
VG (%) 42%
LEUCOGRAMA
Leucócitos. (/mm3) 15.100
Bastonetes. Absoluto (/mm3) 262
Segmentados. Absoluto (/mm3) 11.500
Linfócitos. Absoluto (/mm3) 3.600
Monócitos. Absoluto (/mm3) 0
Basófilos. Absoluto (/mm3) 0
Eosinófilos. Absoluto (/mm3) 0
Plaquetas (/μL) 123.000
I.PROPONHA/SUGIRA UM DIAGNÓSTICO. JUSTIFIQUE sua proposta/sugestão
de diagnóstico mediante um raciocínio clínico objetivo e direto que utilize as
informações contidas na ficha clínica associados às suas interpretações,
respectivas.
Broncopneumonia supurativa crônica por RODOCOCOSE, que é uma patologia
comum em potros. Diagnóstico diferencial: Garrotilho, mas como a mãe é
vacinada existe menor probabilidade de ser garrotilho.
O ultrassommostra os pulmões, que são afetados na sua região cranioventral que
é a projeção da imagem.
As células de defesa (leucócitos, bastonetes e segmentados) estão aumentados
indicando que há um processo infeccioso acontecendo. Os sinais clínicos da
doença vai de encontro com todos os sinais apresentados pelo animal, além do
acometimento das vias aéreas representada pela secreção nasal mucopurulenta,
indicando doença do trato respiratório
O leucograma indica infecção/inflamação, a região acometida do pulmão no
ultrassom + os sinais clínicos que em sua maioria são respiratórios são sugestivos
de Rodococose (Broncopneumonia supurativa crônica), que é uma doença
comum de acometer potros, ainda mais num ambiente totalmente desfavorável,
superlotado onde o manejo não é correto, com presença de fezes acumuladas.
II.DESCREVA A FISIOPATOGENIA DA ENFERMIDADE SUGERIDA NA QUESTÃO
ANTERIOR (I.). JUSTIFIQUE de acordo com a fisiopatogenia a presença das
alterações clínicas relatadas no caso.
Os 3 pilares principais da fisiopatogenia incluem O declínio dos anticorpos
maternos associado a um desafio respiratório intenso (que explica o cansaço e
dificuldade p/ mamar) e alterações do mecanismo da imunidade celular, que
acabar gerando a manifestação da imunossupressão.
Como o manejo dos animais não está adequado, o ambiente superlotado, sem
ventilação e cheio de fezes contribui para aparição do patógeno, e a
imunossupressão contribuiu para infecção pelo rhodococcus equi, que é
intracelular facultativo e consegue se infiltrar nos macrófagos e se multiplicar, o
corpo ao tentar conter o foco infeccioso acaba induzindo a formação de abcessos
pulmonares, causando a manifestação clínica que inclui a presença de secreção
nasal mucopurulenta bilateral, dispneia, tosse (improdutiva), crepitação na
ausculta pulmonar. Após a infecção respiratória, o microrganismo pode atingir o
trato entérico, causando atrofia das vilosidades, necrose da mucosa, dentre outros.
O tripé da fisiopatologia desta doença é baseado em:
1 declínio dos anticorpos adquiridos da mãe,
2 desafio respiratório intenso
3 alteração do mecanismo da imunidade celular do sistema imune como um todo
Esses 3 fatores levam à imunossupressão, facilitando a infecção por agentes
infecciosos. A principal forma de infecção é através das fezes, então o ambiente
estava propício para o rhodococcus equi, que é uma bactéria intracelular e
consegue se multiplicar dentro dos macrófagos causando a morte de um grande
grupo dessas células, que são células de defesa. O corpo ao tentar se defender
acaba induzindo a formação de abcessos pulmonares comprometendo a função
respiratória desse animal, assim como o animal citado no caso que clinicamente
apresentava secreção nasal mucopurulenta , dispneia, tosse, cansaço, auscultação
pulmonar alterada. Mas além das lesões pulmonares o rhodococcus também
causa lesões extrapulmonares, como por exemplo as lesões gastrintestinais
causando atrofia das vilosidades, necrose da mucosa intestinal, colite ulcerativa e
formação de abcessos especialmente no intestino.
III.PROPONHA UM PROTOCOLO DE TRATAMENTO.
Descreva com DETALHES TODA TERAPIA, seja medicamentosa ou de suporte
e manejo, que PRECISA e PODE ser instituída no caso e JUSTIFIQUE o porquê
das suas escolhas. Por exemplo: doterapia – “como, quanto e qual
solução fazer?”. Antibioticoterapia – “como, qual classe e protocolo a seguir?”.
Manejo: Isolamento dos animais acometidos abrigados em baias arejadas,
protegidos do frio e vento
Tratamento e suporte:
- Fluidoterapia para corrigir a desidratação, via IV com ringer lactato (cateter 18G,
equipo macrogotas + extensor) (pode ser acrescentado complexo vitamínico
nesse soro para estimular a imunidade):
Reposição: 84*0,07= 5,88L
Manutenção: 84*150= 12,6L
- Antibioticoterapia para eliminar bacteria auxiliando nos sinais respiratórios:
Associação de Azitromicina 10mg/kg SID, associado a Rifampicina 5mg/kg BID,
ambos VO, durante 4 semanas, podendo ser prolongada até 12 semanas
dependendo dos resultados.
(escolha desses fármacos devido a possibilidade de usar dosagens menores por
períodos mais longos)
- Antiinflamatório para auxiliar na inflamação, dor e auxiliar neste início de febre
que o animal apresentou: Flunixina Meglumina 1,1 mg/kg, SID, IV, durante 4 dias. (
- Suplementação mineral e vitamínica para estimular o sistema imune
- Se necessário pode ser feita nebulização com soro fisiológico 1x ao dia para
ajudar na limpeza mucociliar e na expectoração
A primeira coisa é isolar os animais doentes dos outros, em um ambiente com
melhores condições de ventilação onde não chova, vente para evitar a piora dos
animais. O tratamento para matar a bactéria deve ser feito com antibióticos como
a Rifampicina 10mg/kg a cada 24 horas por via oral + claritromicina a 7,5 mg/kg a
cada 12 horas por via oral, manter até a remissão completa dos sinais clínicos. Para
febre, dor e inflamação pode ser usado antiinflamatório não esteroidal como
flunixina Meglumina 1,1 mg/kg, uma vez ao dia, por via intramuscular ou
endovenosa, até 5 dias. Para desidratação deve ser feita fluidoterapia de
manutenção e reposição, com ringer lactato (0,07*84)+(84*150/1000) =18,48Litros.
Administração de plasma hiperimune para fortalecer a imunidade do animal.
Também pode ser feita Nebulização com broncodilatador e uso de mucolítico
IV.PROPONHA MEDIDASDE PREVENÇÃO E CONTROLE. MEDIDAS VIÁVEIS de
prevenção e controle ADEQUADAS à realidade da propriedade e paciente.
O ideal é que não haja superlotação nos piquetes e o grupo seja mais homogêneo.
Eu sei que não há a quantidade de piquetes adequados, mas no MÍNIMO os
animais que apresentam os sinais clínicos devem ser isolados e tratados para
evitar infecção dos demais animais. Além disso, o ambiente deve ser higienizado,
a principal forma de transmissão da doença é através das fezes, por isso elas
devem ser removidas todos os dias para evitar contaminação. Evitar que os
animais tomem chuva ou fiquem expostos ao frio. Além disso, manter em dia a
vacinação e vermifugação de todos os animais.
Manejo ambiental porque a densidade elevada de animais e o acúmulo de fezes contribui para o
aumento de contaminação dos animais. Por isso, deve-se evitar a superlotação, limpar bem os
piquetes, não deixar acumular dejetos, fazer o isolamento dos doentes, utilização de plasma
hiperimune em potros após o seu nascimento para auxiliar na imunidade. Alguns autores citam
a administração oral de azitromicina nas primeiras 2 semanas pós-parto em reduzir em 85% a
incidência da rodococose , mas isso também contribui para resistência bacteriana.
CASO CLÍNICO II
1. IDENTIFICAÇÃO
Espécie: (x) Equino
Raça: Mangalarga Marchador Sexo: ( ) MI ( ) MC ( x ) F ( ) F Prenhe
Pelagem: alazã
Idade: 6 anos Peso: 410 kg.
2. ANAMNESE
Início dos sinais: 21/11/2016.
Coincidência dos sinais com algum fato: há uma semana o animal apresentou,
segundo o tratador, uma “gripe”. Ficou um pouco “amoada” e com secreção nos
olhos. Mas, não foi tratada.
Histórico: Há dois dias, ao retirar o animal da baia pela manhã cedo para ser solta
em piquete como de costume, o tratador notou que ela estava “bamba” nas “pernas”
e parecia “pisar em ovos”. Chamou atenção a altura que ela “levantou os pés” para
“pular” o meio fio (vulgo degrau) da saída da baia e quanto ficou mais “quieta” sem
andar muito no piquete, enquanto estava solta. Ontem, no final da tarde, quando foi
“passar” o trato da tarde, observou que ela estava com as “pernas” molhadas e ao
tocá-la para o outro lado da baia ela desequilibrou e quase caiu, notou que parecia
estar “fraca” das “pernas”. Nesse momento, quando a tocou sentiu que estava
quente. Nos últimos dois dias também diminuiu o consumo de feno e de ração. Não
sabe informar sobre a ingestão de água.
Vacinação (Data/Vacina): Vacinada anualmente, no mês de julho, para raiva,
garrotilho e leptospirose.
Vermifugação (Data/Vermífugo/Dose): Vermifugada a cada seis meses (última
dose foi em julho) com vermífugo oral a base de Ivermectina. Além disso, uma vez
ao ano é vermífugada com vermífugo oral a base de Praziquantel (última dose foi
em dezembro 2015).
Alimentação: o manejo alimentar é realizado duas vezes ao dia. Dieta compõe-se
de feno de tifton e 4kg de ração por dia (divididos em duas porções de 2 kg). Sal
mineral em barra para consumo ad libitum. No momento não recebe nenhum tipo de
suplemento ou vitamina.
Manejo e descrição do ambiente: o animal é estabulado – passa a manhã solta
(7:00 às 11:00) e o restante do dia em baia. Quando solta fica com duas outras
éguas, as quais mantêm contato direto, mas estas não estão doentes, segundo o
tratador.
Doenças Anteriores: o animal era atleta de prova de marcha. Mas, aos 4 anos foi
diagnosticada com osteoartrite társica no membro pélvico esquerdo e foi afastada
das pistas e competições. Aposentada, a égua é utilizada como matriz/doadora para
transferência de embrião no haras. Na última estação de monta foi emprenhada,
mas abortou por volta do 8o a 9o mês gestacional. Além do relatado, segundo o
tratador é um animal saudável.
3. EXAME FÍSICO
Estado Mental Alerta
FC 40bpm
FR 24 mpm
Mucosas Congestas
TPC >3s.
Desidratação 7 a 8%
TR 38,7oC
MI
++ +
+ +
Anormalidades exame físico geral: foi observado secreção nasal seropurulenta
bilateral leve e na auscultação pulmonar crepitação fina em região cranioventral do
campo pulmonar.
AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE ENCEFÁLICA
Posição Cabeça e Pescoço: comportamento / postura / coordenação
Não foi observada nenhuma anormalidade em comportamento e postura. Não foi
observada nenhuma anormalidade em coordenação de movimento de cabeça e
pescoço.
Reflexo Músculo Cutâneo: ( ) Normal ( x ) Alterado a partir região de T4-T5 → começa ficar
diminuído ou ausente
Observações:
• Incontinência urinária
• Incoordenação motora (graduada na tabela de avaliação de marcha)
Animal em decúbito? ( ) SIM ( x ) NÃO → Mas, quando se deita não consegue
se levantar sozinho. Com auxílio inicial se mantém em estação quadrupedal sozinho.
I. QUAL(IS) SÍNDROME(S) NEUROLÓGICA(S) O ANIMAL APRESENTA? JUSTIFIQUE
A sintomatologia de incoordenação motora causada por paresia de MP bilateral (gerando atrofia
muscular) associada a incontinência urinária, reflexo músculo cutâneo diminuído, está ligada a
características de lesão em NMS. A partir da região de T4-T5 o reflexo músculo cutâneo começa
a ficar diminuído/ausente, tendo dor superficial ausente, indicando que a lesão está entre região
torácica e lombar, podendo assim ser caracterizada como síndrome medular: toracolombar
(T4-L3). Além disso, ela apresenta ausência de dor superficial, diminuição de dor profunda e
ausência de tônus muscular e reflexo perineal ausentes em região de cauda e ânus e também
flacidez do tônus muscular, o que pode indicar também uma síndrome lombo sacra. Ou seja, é
uma síndrome multifatorial.
Síndrome medular toracolombar e lombosacra, pq neste caso não há acometimento dos
membros torácicos, somente dos membros pélvicos. Além disso, o reflexo Músculo Cutâneo
ausente/diminuído a partir de T4-T5 indica uma lesão na região toracolombar, o que explica
alguns sinais clínicos como a paresia, ataxia e dismetria de ambos os membros pélvicos
causando atrofia muscular, propriocepção diminuída, etc .E também tem lesões mais caudais
com alteração de reflexo de dor, tônus, em região de cauda, indicando acometimento da região
próximo de L4-S2, justificando o tônus muscular flácido, podendo também ser considerada
síndrome lombossacra
II. PROPONHA/SUGIRA UM DIAGNÓSTICO, OU SEJA, UMA ENFERMIDADE.
JUSTIFIQUE sua proposta/sugestão de diagnóstico (ENFERMIDADE) mediante um
raciocínio clínico objetivo e direto que utilize as informações contidas na ficha clínica
associados às suas interpretações, e às suas respostas anteriores.
Minha sugestão de diagnóstico é: Mieloencefalite protozoária equina.
Essa “bambeira” nas pernas relatada na anamnese é característico da Mieloencefalite
protozoária equina. Outros sinais clínicos também condizem com a doença,como:
incoordenação motora, paresia, incontinência urinária, dentre outras. Um outro ponto é que a
égua tinha contato direto com duas outras éguas que não ficaram doentes ,ou seja,
provavelmente não é uma doença contagiosa.
Diagnóstico diferencial: Herpesvírus Equino tipo I
Todos os sinais clínicos condizem com a Mieloencefalite Protozoária Equina (EPM) uma doença
muito comum, mais conhecida como bambeira equina. É muito comum que devido a essa
doença o animal perca a coordenação motora e pareça estar com as pernas “bambas” e
apresente os sinais neurológicos como o caso descrito. Como não é uma doença contagiosa, as
éguas que conviviam com ela não se infectaram, por isso não demonstram nenhum sinal. O
animal pode ter se infectado através da alimentação ou ingestão de água.
III. PARA UM DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: QUAL EXAME LABORATORIAL
COMPLEMENTAR PODERIA SER REQUISITADO? JUSTIFIQUE sua resposta mediante um
raciocínio laboratorial objetivo e direto que utilize as informações contidas na ficha clínica
associados às suas interpretações, e à sua resposta anterior (QUESTÃO II.).
Para Mieloencefalite protozoária equina Teste de Western Blot para pesquisa de anticorpos
contra o protozoário Sarcocystis neurona causador da doença (Feito com o líquido
cefalorraquidiano).
Utilizar líquido cefalorraquidiano para teste Western Blot realizada no espaço atlanto occipital e
lombossacropara detecção de anticorpos contra S. neurona. Esse teste tem especificidade de
aproximadamente 89%
IV. PROPONHA UM PROTOCOLO DE TRATAMENTO VIÁVEL E ADEQUADO PARA O
QUADRO CLÍNICO. Descreva com DETALHES TODA TERAPIA, seja medicamentosa ou de
suporte e manejo, que PRECISA e PODE ser instituída no caso e JUSTIFIQUE o porquê
das suas escolhas. Por exemplo: fluidoterapia – “como, quanto e qual solução fazer?”.
Antibioticoterapia – “como, qual classe e protocolo a seguir?”.
➔ Não perca o foco: o tratamento deve ser baseado e justificado a partir de um
raciocínio clínico que utilize as informações contidas na ficha clínica e
nos seus conhecimentos associados às suas interpretações,
respectivas.
Fluidoterapia para corrigir a desidratação, via IV com ringer lactato (cateter 14G,
equipo macrogotas + extensor)
Reposição: 410*0,07= 28,7L
Manutenção: 410*150= 61,5L
Antibioticoterapia: Pirimetamina 1,0mg/kg, SID, VO associado a sulfadiazina 20mg/Kg, BID, VO
durante 120 dias a 6 meses (O S.neurona é resistente à pirimetamina, por isso a associação
com sulfa)
AINE: Flumixinmeglumine 1,1 mg/kg, SID, IV, durante 4 dias (para controle de processo
inflamatório do sistema nervoso central)
Deve ser feito o uso de Diclazuril para matar o agente primário da S.neurona (5,6 mg/kg, por via
oral, uma vez ao dia) por um período de no mínimo 28 dias. O Flunixinameglumina (1,1mg/Kg,
por via intravenosa, duas vezes ao dia) também pode ser usado por três a sete dias para
controle da inflamação e para desidratação deve ser feita fluidoterapia de manutenção
e reposição, com ringer lactato (0,08*410)+(410*150/1000) =94,3 Litros.
V. PROPONHA MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE.
De acordo com as informações da propriedade e do paciente, que constam na ficha
clínica, proponha MEDIDAS VIÁVEIS de prevenção e controle ADEQUADAS à realidade da
propriedade e paciente, SEGUNDO a sua proposta/sugestão de enfermidade/diagnóstico.
Realizar higienização dos depósitos de rações, cochos e bebedouro.Não deixar os animais se
alimentarem no solo, impedir o acesso de animais selvagens a pastos (principalmente gambás).
Também pode ser considerado o uso intermitente de drogas coccidiostáticas e coccidicidas como
medida profilática
Controle de vetores de hospedeiros intermediários, A EPM pode estar relacionada à presença de
gambás, por isso deve-se evitar o contato dos equinos com estes animais. Fornecimento
regulado de ração e limpeza constante das instalações

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