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Tarefa de TIC Nome: Arthur Benfeita Tema da Semana: Diferenciação gonadal masculina Data: 05/11/2022 RESPOSTA: O sexo do indivíduo é determinado no momento da fecundação. Os humanos de sexo masculino são heterogaméticos (XY) e as so sexo feminino são homogaméticas (XX). Assim, a determinação do sexo, no ser humano, se estabelece pelo arranjo formado entre o cromossomo X originário da fêmea e o cromossomo X ou Y originário do gameta masculino. Uma sequência coordenada de genes induz o desenvolvimento dos testículos. O gene SRY (região determinante do sexo do Y) que codifica o fator determinante do testículo (FDT) localiza-se no braço curto do cromossomo Y e age como um interruptor que dirige o desenvolvimento da gônada indiferenciada em um testículo. FDT induz a condensação dos cordões gonadais e a extensão dentro da medula da gônada indiferenciada, onde eles se ramificam e se anastomosam para formar a rede testicular. A conexão dos cordões gonadais – os cordões seminíferos – perdem o epitélio de revestimento, quando a túnica albugínea se desenvolve. Esta túnica densa, uma cápsula fibrosa espessa, é uma característica do desenvolvimento testicular. Gradualmente, o testículo se separa do mesonefro em degeneração e passa a ser suspenso pelo seu próprio mesentério, o mesórquio. Os cordões seminíferos formam os túbulos seminíferos, tubuli recti (túbulos retos) e rete testis. Imagem 1. Diferenciação das gônadas indiferenciadas de um embrião de 5 semanas. Fonte: Embriologia Básica. Os túbulos seminíferos estão separados pelo mesênquima, que dá origem às células intersticiais (células de Leydig). Pela oitava semana, essas células secretam o hormônio androgênico testosterona, que induz a diferenciação masculina dos ductos mesonéfricos e da genitália externa. A produção de testosterona é estimulada pela gonadotrofina coriônica humana, que alcança valores máximos entre a 8ª e a 12ª semana. Os testículos fetais também produzem uma glicoproteína – o hormônio antimülleriano (HAM) ou substância inibidora mülleriana (MIS). HAM é produzido pelas células de sustentação (células de Sertoli) até a puberdade, após a qual os níveis do hormônio decrescem. A expressão do fator de transcrição SOX9 é essencial na diferenciação das células de Sertoli no testículo. O HAM suprime o desenvolvimento dos ductos paramesonéfricos, que formam o útero e as tubas uterinas. Os túbulos seminíferos permanecem até a puberdade (sem lúmen), quando o lúmen começa a se desenvolver. Além das células de sustentação, as paredes dos túbulos seminíferos são compostas por: • Espermatogônias, as células espermáticas primordiais derivadas das células germinativas primordiais. • Células de Sertoli, que constituem a maioria do epitélio seminífero do testículo fetal. A rede testicular torna-se contínua com 15 a 20 túbulos mesonéfricos, que se diferenciam em dúctulos eferentes. Tais dúctulos estão conectados com o ducto mesonéfrico, que se torna o ducto do epidídimo. Imagem 2. Fluxograma da gônada primordial, determinação do sexo, até o desenvolvimento das gônadas. Fonte: Revista Arq Bras Endocrinol Metab, vol 49. REFERÊNCIAS: 1º Moore, Keith L.; Persaud, T.V.N.; Torchia, Mark G. Embriologia Básica, 9ª ed. Guanabara Koogan, 2016. 2º DOMENICE, Sorahia et al. Aspectos moleculares da determinação e diferenciação sexual. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 46, p. 433-443, 2002. 3º MELLO, Maricilda Palandi de; ASSUMPÇÃO, Juliana de G.; HACKEL, Christine. Genes envolvidos na determinação e diferenciação do sexo. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 49, p. 14-25, 2005.
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