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1FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO NA CLÍNICA Unidade 1

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FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO NA CLÍNICA Unidade 1 
Unidade 1 - Introdução à psicologia fenomenológica existencial na clínica 
Nesta unidade você verá: 
// temas fundamentais da Fenomenologia e Existencialismo 
// aspectos conceituais sobre a Clínica Psicológica 
// o conceito de saúde e doença e a questão do normal versus patológico 
Apresentação 
Objetivos 
Temas fundamentais da Fenomenologia e Existencialismo 
Aspectos conceituais sobre a Clínica Psicológica 
O conceito de saúde e doença e a questão do normal versus patológico 
1/5 Apresentação 
A Fenomenologia Existencial na clínica é uma das abordagens dentro do grande e amplo campo de atuação da 
psicologia, tratando-se de uma linha que, como o próprio nome “existencial” aponta, se refere a uma atitude em 
relação aos seres humanos que se apresentam como um conjunto de pressupostos que definem sua existência como 
“ser”. 
Essa perspectiva começa a ser entendida dentro do âmbito da filosofia, influenciando diversas correntes sobre a 
existência humana e a origem de seus comportamentos. Portanto, dentro de uma perspectiva teórica que aponta 
como o homem vive e estabelece as relações consigo próprio e com seus pares, é uma obrigação conhecer, analisar e 
ter uma visão ampla da disciplina, sem contar que as principais questões apontadas servem de base para a prática 
clínica dentro do contexto da Psicologia. 
Compreender como a Fenomenologia auxilia na compreensão do conceito de saúde e doença, além da atuação 
profissional dentro de uma visão humanista do sofrimento humano, traz um entendimento prático referente ao 
lugar de psicoterapeuta e cliente. Assim, a ideia de normal e patológico é tratada na perspectiva de quebra dos 
estigmas e estereótipos que cercam o papel do psicólogo na prática clínica. Tal abordagem contribui para a 
formulação de como é possível que um ser se relacione com outro, entendendo a comunicação a partir da 
concepção do aspecto consciente. 
AUTORA 
A professora Francisca Edinete Nogueira de Sousa é mestre em Ciências Humanas pela UNISA – Universidade de 
Santo Amaro (2020), especialista em Neuropsicologia pela UNIPAR – Universidade do Paraná, em Parceria com a 
UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo (2016), e graduada em Psicologia pela UNISA – Universidade de Santo 
Amaro (2004). 
Dedico este trabalho a Deus, em primeiro lugar, por ter me proporcionado esta possibilidade, aos meus professores, 
que sempre motivaram a passar meu conhecimento adiante, aos meus filhos, fonte de toda a minha inspiração para 
a vida pessoal e profissional e que me impulsionam a ser um bom ser humano. 
Francisca Edinete Nogueira de Sousa 
2/5 Objetivos 
UNIDADE 1. 
Introdução à psicologia fenomenológica existencial na clínica 
 
Francisca Edinete Nogueira de Sousa 
 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
• Apresentar os pressupostos da abordagem fenomenológica existencial; 
• Contextualizar o aspecto histórico dos conceitos de saúde e doença; 
• Contribuir para a prática clínica da abordagem fenomenológica existencial. 
TÓPICOS DE ESTUDO 
Temas fundamentais da Fenomenologia e Existencialismo 
// A existência humana dentro da perspectiva fenomenológica 
// O ser humano e o aspecto transcendental 
// O ser humano dentro de uma visão integradora 
Aspectos conceituais sobre a Clínica Psicológica 
// A fenomenologia e a psicoterapia 
O conceito de saúde e doença e a questão do normal versus patológico 
// A relação entre a saúde e a doença na fenomenologia 
// O sofrimento psicológico 
 
3/5 Temas fundamentais da Fenomenologia e Existencialismo 
A relação entre Psicologia e Fenomenologia é um tema relevante dentro dos estudos da Filosofia. O primeiro filósofo 
a se interessar por esta questão, o alemão Edmund Husserl (1859-1938), concebe a fenomenologia como uma nova 
disciplina, composta por um método rigoroso, passando a ser considerada uma nova ciência dentro do campo da 
Psicologia. Husserl também fundamenta, ainda na segunda metade do século XIX, a compreensão do homem por 
meio de uma nova abordagem. A palavra Fenomenologia tem origem grega, representada por duas partes: 
FENÔMENO – Tudo aquilo que se apresenta e é percebido através do sentido. 
LOGIA – Estudo de uma determinada situação por meio de uma teoria. 
Dessa forma, é possível pensar que o grande interesse é explicar que o ser humano possui uma capacidade intrínseca 
para refletir sobre determinado fenômeno, procurando uma explicação para sua existência, se tratando de uma nova 
corrente dentro da Psicologia. Essa é uma das questões que se pretende responder, já que a fenomenologia se 
fundamenta em rigor metodológico, rejeitando todo o cientificismo naturalista presente na filosofia e estudando a 
subjetividade de uma forma racionalista e não experimental. 
O método fenomenológico passa a fazer parte dos estudos da consciência e, nessa perspectiva, todo conhecimento 
se dá a partir de como a consciência interpreta os fenômenos, traduzindo o seu sentido na ótica fenomenológica e 
relacionando-o com o conceito de “objeto”. No tocante ao método fenomenológico, são levantados aspectos ligados 
a uma das linhas de atendimento dentro da psicologia, porém, é importante salientar que este método de 
investigação garante uma construção sólida dentro do campo que estuda as transformações de um campo de 
atuação, o que requer técnica e domínio profissional, em especial a respeito do entendimento do fenômeno na 
experiência humana. 
 
O método fenomenológico é empregado de modo a fazer o profissional compreender o fenômeno da forma como 
ele se apresenta para além do entendimento do senso comum, que entende como fenômeno qualquer coisa que 
aparece. Com vistas a essa compreensão, a fenomenologia existencial impõe a ideia da subjetividade e de contexto, 
ou seja, a subjetividade só é analisada num determinado contexto e necessita ser interpretada de forma muto 
particular. 
Quando se pensa na questão do indivíduo num contexto, ele é responsável por atribuir significado a tudo que 
acontece a sua volta e, em razão disso, se fala da interpretação dos fatos. Toda a relação com o mundo começa pela 
percepção, ou seja, pelos sentidos. O ser humano interpreta os acontecimentos ao seu redor e procura dar sentido a 
cada um deles, numa dinâmica de dar sentido aos eventos do cotidiano que não é “pura”, mas que produz 
interpretações a partir de um contexto específico, fazendo sentido a quem se insere nele. 
Para Husserl, o mundo só pode ser compreendido a partir da forma como se manifesta, isto é, como aparece para a 
consciência humana. Não há um mundo em si e nem uma consciência em si, embora a consciência seja responsável 
por dar sentido às coisas. Quando se pensa numa nova abordagem, denominada Fenomenologia Existencial, surge a 
necessidade de compreender que tal abordagem traz a concepção de que os atos psíquicos têm início dentro das 
indagações filosóficas pois, uma vez que se mostra uma técnica eficiente dentro do campo da Filosofia, cresce a 
demanda desse tipo de fundamento dentro da ciência psicológica, como lembrado por Goto, na página 13 
de Introdução à Psicologia fenomenológica: a nova psicologia de Edmund Husserl, editado em 2008. 
Nessa relação, o trabalho do psicólogo na perspectiva fenomenológica existencial deriva da relação entre a 
psicologia e fenomenologia transcendental, abordando o problema da distinção entre subjetividade psicológica e 
subjetividade transcendental. O método não alude apenas a um conjunto de ferramentas e procedimentos de 
análise de uma situação trazida num campo terapêutico, mas faz com que o profissional tenha um cuidado para 
desvendar o que lhe é trazido, cabendo uma interpretação para além do que é mostrado e o significado que lhe é 
atribuído. 
A psicologia fenomenológica existencial surge no cenário brasileiro como uma perspectiva humanista na década de 
1970, mesma época em que a própria psicologia em si, com outras linhas teóricas, busca espaço.Yolanda Cintrão 
Forghieri, uma das primeiras psicólogas a trazer a prática da perspectiva humanista rogeriana (de Carl Rogers), ao se 
deparar com os Estudos de Edmund Husserl, citando a Filosofia Existencial, passa de uma atuação clinica com a visão 
humanista para uma clínica fenomenológica existencial. 
Na visão de Forghieri, o elo com o mundo pode não ser um lugar ou o tempo, mas uma pessoa. A angústia mediante 
a perda dessa pessoa ou pela falta de compreensão aponta que a relação de “Ser-no-mundo” só pode ser 
ressignificada na relação com outro ser. Nesse ponto, devido ao modo como se enxerga o mundo, a Psicologia 
Humanista e a Fenomenologia se aproximam em suas práticas, pois elas analisam o indivíduo e sua relação com a 
própria existência. 
A EXISTÊNCIA HUMANA DENTRO DA PERSPECTIVA FENOMENOLÓGICA 
Evangelista, em Psicologia fenomenológica existencial: a prática psicológica à luz de Heidegger, de 2016, afirma que 
homem e mundo não se separam. Qualquer tentativa de separação faz com que se perca a possibilidade de conhecer 
de fato o humano, uma vez que não é possível conhecer o outro sem conhecer o seu mundo. 
Com base nesse entendimento, a fenomenologia faz uso da projeção, um termo da psicanálise. O que o indivíduo 
projeta no mundo está ligado ao significado que ele representa, externalizado a partir de uma concepção interna. 
O mesmo autor cita Van Den Berg, importante teórico do método fenomenológico e que traz essa discussão sobre a 
projeção (mecanismo de defesa da psicanálise), declarando que, se o paciente está doente, tudo que corresponde ao 
seu mundo também está doente e, por consequência, seus objetos. Além disso, a abordagem fenomenológica 
existencial prega que o ser humano é um ser com toda a responsabilidade por meio de suas ações. Assim, ao longo 
da vida, ele cria um sentido para sua própria existência. 
A partir desse pressuposto de autonomia moral e existencial, o indivíduo faz escolhas na vida, traçando caminhos e 
planos. Nesse sentido, toda escolha implica numa perda ou em várias, de acordo com as várias possibilidades 
impostas ao indivíduo. Logo, essa é a interpretação realizada por psicoterapeutas numa visão fenomenológica 
existencialista, indicando que o ser humano é responsável por suas escolhas, haja vista o livre arbítrio. 
 
 
A avaliação subjetiva que o indivíduo realiza sobre um determinado evento pode acontecer devido a crenças 
irracionais. A Figura 2 demonstra que as crenças e os valores interferem na forma como uma pessoa se comporta, 
assim, a subjetividade muda o conceito das pessoas conforme um acontecimento. 
Portanto, a perspectiva de acreditar ou não em um fato é gerada pela experiência, dando margem a um sentimento 
de angústia, o que revela uma fragilidade humana. O ser humano é o único responsável sobre seus atos, mas vale 
ressaltar que há uma necessidade de orientar a sua existência para um projeto individual ou social de forma livre, o 
que permite fazer escolhas mais conscientes e de acordo com a essência. 
Nesse sentido, está presente na discussão o livre arbítrio, referente à liberdade do indivíduo fazer escolhas nem 
sempre positivas ou marcantes. Jean-Paul Sartre, um dos grandes percursores dentro da Fenomenologia Existencial, 
se torna alvo de muitas críticas devido à ideia do livre arbítrio, que ignora os princípios de uma sociedade e faz uma 
análise de ocorrências consideradas fora dos padrões de moralidade, que se devem ao fato de haver um 
consentimento embutido no que o autor chama de escolha existencial. 
Uma das obras mais importantes dentro da perspectiva fenomenológica existencial, o livro Ser e tempo, escrito por 
Heidegger, faz uma análise da existência humana, sendo essa a principal tarefa do “ser psicólogo”, termo que 
também define o profissional atuante numa proposta que leva a uma análise mais apurada e realista do fenômeno. 
EXPLICANDO 
A escolha existencial, vista como um dos pressupostos básicos da Fenomenologia Existencial descrita por Jean-Paul 
Sartre, é aquela na qual o homem se vê diante de um dos seus maiores dilemas pois, mesmo com uma normatização 
imposta por crenças e valores, há a consciência intencional que impulsiona escolhas e traz responsabilidade pelas 
consequências. 
O SER HUMANO E O ASPECTO TRANSCENDENTAL 
De acordo com o Dicionário de Filosofia de Abbagnano (1998), a transcendência é um termo que se vincula à 
concepção de divindade, indo para além do ser em sua existência e ultrapassando os limites da consciência. Essa 
compreensão parte do pressuposto de que o corpo é uma substância física e que a transcendência está ligada à 
alma, à natureza inteligível, sendo um aspecto incapaz de ser explicado pela ciência psicológica, que só pode 
observar acontecimentos que não tem explicação e que fazem parte da existência humana. 
Portanto, esse termo traz a ideia de que Deus está além de todas as determinações concebíveis, até mesmo do ser, 
da possibilidade de existência, nunca se resolvendo no possível e com o qual a única relação que o homem pode ter 
consiste na impossibilidade de alcançá-lo. Nesse sentido, o tema transcendência do ego é entendido como a 
superação da identificação com uma defensiva e socialmente imposta imagem de si, em seu sentido mais amplo, 
caracterizando antes uma temática transpessoal e motivando a necessidade de uma compreensão além da 
explicação humana, acrescentando uma característica humana para além de uma mera justificativa do existir. 
Para Nietzsche, a transcendência é a busca da perplexidade, denominada dentro de uma concepção comparada ao 
termo alienação, ou seja, a pessoa tem uma visão dualista do mundo (real e ideal), do erro, de engano e que deve ser 
deixado de lado em relação ao superior e completo mundo ideal, em que o humano está sempre a perseguir e se 
projeta nesse ideal. Nesse sentido, o ser humano é responsável pelas escolhas e consequências, algo explicitado no 
conceito de livre arbítrio. 
 
Os objetos do mundo são seres em si e transcendentes, ao passo que o ego (sujeito), por sua vez, é um ser 
transcendente e em si mesmo. Quando a consciência diz “eu penso”, ela reconhece a existência e, de algum modo, 
deposita no ego a sua própria espontaneidade. Por isso, cabe recordar que o ego transcendental de Husserl coloca 
em risco toda a teoria da intencionalidade. 
Sartre, como exposto no livro A Transcendência do Ego, editado em 2013, propõe que o Ego muda através do 
estímulo de habilidades existentes, ou de um conjunto dessas habilidades, sendo suscetível a captar e agregar para si 
tudo ao redor. Portanto, desde que essa escolha seja compatível com a sua realidade, o ser humano escolhe quem 
ele quer ser. 
Quando o autor se propõe a investigar a relação de consciência intencional, ele se refere ao fato do ser humano ser 
livre para fazer suas escolhas. Dentro dessa visão, há algum tempo, existe uma preocupação sobre a compreensão da 
existência humana e o aspecto transcendental, que se apesenta como uma das explicações, posto que está além de 
uma explicação concreta, uma vez que se associa de maneira direta à subjetividade, o que explica a consciência 
intencional presente nas escolhas. 
O SER HUMANO DENTRO DE UMA VISÃO INTEGRADORA 
A Fenomenologia Existencial tem como pressuposto básico apontar para uma visão integradora do ser humano, 
rejeitando ideias de que o ser humano nasce bom e que as relações estabelecidas o moldam e o desviam dessa 
bondade original. 
Dentro dessa visão fenomenológica existencial, não há como não destacar que o homem procura dar sentido às suas 
vivências, que nem sempre são vividas no presente, uma vez que é possível dirigir o pensamento para algo já 
vivenciado ou que se tem a expectativa de vivenciar. 
Definindo o homem dentro de uma visão integradora, julga-se necessário expor à condição humana, permeada por 
eventos internos e externos, a interpretação mediante os objetos que demonstram certa implicação no mundo. Serlivre, ter reponsabilidade e intencionalidade são características inerentes ao humano que podem e derivam de 
interpretações do comportamento, levando em consideração a subjetividade. 
Nesse mesmo sentido de compreensão, a psicologia fenomenológica salienta a ideia de Carl Rogers, um grande 
teórico que fundamenta a visão integradora do ser humano a partir de um método centrado na pessoa, 
compreendendo o homem como detentor de potenciais que necessitam de desenvolvimento e de qualidades que as 
facilitem, como congruência, aceitação positiva e capacidade de empatia. 
A visão humanista é apontada como uma das perspectivas que mais se aproximam da fenomenologia, passando a 
entender o homem e a relação estabelecida com o mundo, além do entendimento da forma como o homem se 
relaciona com seus semelhantes. Essa nova força surge numa época em que o método fenomenológico é visto como 
essencial e validado na tentativa de trazer uma outra concepção, dando significado e conceituando com 
fenomenologia existencial a compreensão do fenômeno e a existência humana. 
A partir de uma concepção sólida e de outras correntes, a Psicologia Humanista aparece como uma perspectiva que 
alcança seu lugar de respeito a nível mundial no campo da Psicologia referente à teoria, prática e pesquisa. O 
método humanista se aproxima da perspectiva fenomenológica e dá grande ênfase a ela pelo fato de que seu 
precursor, Carl Rogers, ao responder seus pacientes, facilitava a compreensão do discurso, repetindo de forma que o 
indivíduo pudesse se conectar ao terapeuta. 
Tal método, ao facilitar uma fluência livre de sentimentos e pensamentos, pode levar esse indivíduo a uma 
elaboração por meio de lembranças de forma empática, pois o paciente se sente seguro na relação com o 
psicoterapeuta. Dentro desse entendimento do livre fluir dos sentimentos, é possível pensar nos objetivos de olhar o 
homem como um todo dentro do aspecto da evolução, levando ao autodesenvolvimento e à autorrealização. Um 
outro teórico nessa linha de pensamento é Abraham Maslow, que explicita a ideia da influência do existencialismo 
na forma de compreender a personalidade e as escolhas de indivíduo para alcançar seus objetivos e desenvolver seu 
bem-estar. 
 
4/5 Aspectos conceituais sobre a Clínica Psicológica 
May, em A Psicologia e o dilema humano (2009), afirma que a fenomenologia existencialista se desenvolve na 
Europa, dentro da Psicologia e da Psiquiatria. Sob diversas ênfases, o autor ressalta que, nesse movimento de 
desenvolvimento da perspectiva fenomenológica, três pontos de vista se sobressaem. 
O primeiro olha de outra maneira para realidade do paciente por meio do método fenomenológico em si, algo 
abordado por Edmund Husserl. A segunda questão apontada é a de que a psicoterapia baseada na fenomenologia 
existencial se propõe a compreender, dentro de uma visão holística, o homem em sua totalidade. 
A terceira ênfase faz uma junção das duas primeiras e tem como definição como um termo referente à Ontologia, 
mas ainda pouco conhecido dentro da Psicologia. Segundo o aristotelismo, parte da filosofia tem por objeto o estudo 
das propriedades mais gerais do ser, a partir da infinidade de determinações que, ao qualificá-lo particularmente, 
ocultam sua natureza plena e integral. 
 
 
Figura 3. Ilustração representando Martin Heidegger, filósofo alemão. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 06/08/2021. 
A atuação do profissional do psicólogo numa perspectiva fenomenológica existencial traz a proposta de que o 
paciente é compreendido na relação particular e concreta, ou seja, na relação paciente e terapeuta, diante de uma 
relação estabelecida no encontro do terapeuta-paciente. Nesse sentido, o atendimento do paciente acontece a 
partir dele mesmo e da maneira como ele vive, num encontro existencial. 
Heidegger é um dos teóricos que apontam que a Ontologia permite a elucidação da vivência do paciente na situação 
e na sua relação particular e concreta que se estabelece a cada encontro. A atitude do terapeuta permite que o 
paciente compreenda sua situação dentro de uma posição de interrelação. 
A FENOMENOLOGIA E A PSICOTERAPIA 
A fenomenologia é descrita como a forma de olhar o ser humano no mundo a partir de como ele próprio interpreta 
determinados fenômenos de sua existência. Dessa forma, fazer uma relação da fenomenologia dentro da atuação 
psicoterápica é importante para criar um elo entre a prática e o indivíduo, possibilitando que ele se beneficie do 
trabalho psicológico. 
Conforme descrito por Holanda (2007), o campo fenomenológico está sempre em encontro com outro campo, 
estabelecendo uma relação dualista, em que há a partilha de experiências e sentimentos mútuos. Contudo, deve-se 
ficar claro que não há a troca de lugar, mas, sim, uma projeção em campos diferentes. 
Nesse sentido, entende-se que a psicopatologia necessita de uma análise em sua totalidade e, diante dessa 
realidade, a abordagem fenomenológica se mostra como uma revolução de paradigma. Isso porque, a partir da 
adoção dessa metodologia, a doença passa a ser entendida dentro de pressupostos inerentes à concepção humana, 
buscando-se a compreensão da doença mental de maneira geral, o que ressalta a importância do terapeuta e 
do setting terapêutico. 
Assim, quando aplicada à psicoterapia, a fenomenologia subentende a postura do indivíduo, analisando sua atitude 
no encontro com o fenômeno e revelando, assim, a dificuldade pessoal em entender sua subjetividade quando esta 
entra em contato com a subjetividade do outro – uma relação intersubjetiva e de ser-no-mundo. 
Os psicólogos que atuam com a perspectiva fenomenologia devem expressar uma atitude que leve o paciente, de 
acordo com o que ele pensa e sente, a trilhar um percurso para o alcance da autorrealização. Logo, o papel do 
terapeuta envolve aceitar o que é trazido pelo paciente, sem que haja qualquer tipo de julgamento, uma vez que o 
conteúdo expresso equivale ao que o indivíduo vivencia. De acordo com Heidegger: 
O campo por onde passamos lá fora, mostra-se como o campo que pertence a alguém, que é por ele mantido em 
ordem; o livro usado foi comprado em tal livreiro, […] o barco ancorado na praia refere-se a um conhecido que nele 
viaja ou então um barco desconhecido mostra outros (HEIDEGGER, 1998, p. 169, adaptado). 
Com essa afirmação, enfatiza-se que os encontros entre os seres acontecem de forma diferente em um mesmo 
mundo, sendo importante compreender o contexto em que cada um está inserido e como o ambiente influencia 
suas decisões. Logo, busca-se um profissional do encontro que assuma uma postura de compartilhamento da 
existência. Ele deve se considerar como um ser limitado também, mas que busca desvendar os obstáculos que 
impedem aquele que o procura de encontrar seu verdadeiro sentido para a existência. 
O encontro terapêutico possibilita ao indivíduo analisar suas decisões e refletir sobre valores e crenças responsáveis 
por quaisquer escolhas que venha a ter. Assim, partindo da premissa de não julgar, tende-se a compreender as 
influências existentes, com base na subjetividade, a qual pode ser descrita como a percepção do eu. 
Portanto, nessa abordagem, o campo terapêutico tem um papel essencial devido à relação estabelecida, uma vez 
que o aspecto do vínculo é abordado de maneira particular. Com isso, objetiva-se levar o paciente a viver de forma 
livre e plena, havendo resposta positiva frente ao processo terapêutico e permitindo a ele o autoconhecimento em 
consequência do desenvolvimento de suas potencialidades. 
5/5 O conceito de saúde e doença e a questão do normal versus patológico 
O conceito de saúde se modifica conforme o contexto em que o indivíduo está inserido, sendo preciso analisar o 
tempo, a cultura e os valores aos quais ele está relacionado. Scliar (2007) reforça tal ideia, afirmando que a 
conceituação de saúde carrega a ligação direta com alguns aspectos, como fatores econômicos e políticos.Logo, 
diversos fatores devem ser considerados para que haja uma definição adequada. 
No que concerne à época, por exemplo, saúde e doença foram vistas como situações de grande interferência 
de concepções divinas. Diante desse panorama histórico, apareciam como uma espécie de desobediência frente às 
regras impostas pela igreja. O entendimento sobre saúde foi descrito ainda como ausência de doença. Porém, com 
os avanços em estudos, houve uma reformulação conceitual, passando-se a entender a saúde como a capacidade de 
lidar de forma satisfatória com as adversidades do dia a dia das pessoas. Dessa forma, ela pode causar prejuízos de 
acordo com as possíveis reações a situações e até mesmo restabelecer bem-estar físico e mental. 
Na visão fenomenológica, doença e saúde, mais especificamente a primeira, são concebidas como tentativas de 
preservação do ser por parte do indivíduo. A exemplo dos acometidos por uma doença mental, há uma dificuldade 
de falar sobre o assunto, uma vez que os quadros podem resultar em sofrimento e, muitas vezes, são frutos de 
preconceito na sociedade. Entretanto, sendo uma condição como qualquer outra doença que venha a atingir um 
indivíduo, ela possui tratamento e, por isso, necessita de uma constante compreensão, fato este que se expande 
para o estudo do funcionamento cerebral (PAREKH, 2018). 
Permeada por valores e crenças responsáveis por decisões, ressalta-se que a relação entre saúde, doença e 
concepção do dilema humano é influenciada e influencia a percepção do indivíduo. Por isso, dentro da abordagem 
fenomenológica, o termo responsabilidade se apresenta com um fator determinante a ser analisado. 
A RELAÇÃO ENTRE A SAÚDE E A DOENÇA NA FENOMENOLOGIA 
 
Os conceitos de saúde e doença devem ser analisados de acordo com a evolução histórica e a partir de um contexto 
cultural, social, político e econômico. Isso porque houve uma mudança das ideias, diretamente ligadas à experiência 
humana. A exemplo de tal evolução, tem-se a Lei Antimanicomial, que se tornou um marco para o campo da 
Psicologia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1978), a saúde não é ausência da doença, e, sim, um 
conjunto de habilidades específicas que determinam como uma pessoa lida com situações adversas a seu cotidiano. 
CONTEXTUALIZANDO 
A Lei Antimanicomial n. 10.216 (BRASIL, 2001) dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de 
transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, criando as bases legais para um cuidado 
que respeite os direitos humanos e busque tratar em liberdade, com prioridade para a rede ambulatorial de serviços. 
Com relação aos hospitais psiquiátricos antes permitidos, Antonin Artaud, escreveu em 1925 uma carta relatando o 
sofrimento dos pacientes. Para ler o conteúdo dela, acesse o site da Rede Humaniza SUS. 
De acordo com Frayze-Pereira (1984, p. 22), “se o normal se define mediante a execução de um projeto normativo, 
este, ao mesmo tempo que engendra o anormal (o anormal é condicionado pelo normal), é acionado por ele (o 
anormal é condição do normal)”. Nesse sentido, a relação estabelecida entre os conceitos de normalidade e 
anormalidade é concebida diante de um cenário que depende da análise da conjuntura em que foi desenvolvida em 
uma determinada sociedade. Assim, considera-se o que é valorizado e qual é o entendimento do conceito de doença 
que leva um ser a ser normal ou anormal. 
Dentro da fenomenologia, o conceito de doença está diretamente ligado ao fato de o ser humano ser visto pelos 
papéis que exerce na sociedade, a qual é criadora de padrões. Quem foge a esses padrões se apresenta como um ser 
anormal e, com isso, não é possível distinguir o normal do patológico, uma vez que a estrutura de saúde está 
relacionada aos dois conceitos. 
ASSISTA 
O filme Nise: o coração da loucura (2016), dirigido por Roberto Berliner, retrata a história de Nise da Silveira, na 
década de 1950, que revolucionou o tratamento psiquiátrico, contrariando seus colegas. Essa profissional inicia uma 
nova forma de lidar com os pacientes por meio da arte e ressignifica a doença de seus pacientes. 
Nesse sentido, a doença mental deve ser entendida como um produto da interação entre as condições de vida social, 
a trajetória específica do indivíduo e sua estrutura psíquica. Ela pode ser justificada de duas formas: por meio de um 
processo orgânico; ou consequência de processo psicofuncional. 
Ao se questionarem sobre a origem das doenças mentais, os profissionais podem se deparar com uma questão difícil 
de ser respondida. Uma das possíveis respostas é a cser_educacional de identidade vivenciada pelos homens nos 
tempos atuais. Ela pode desencadear o fenômeno da ansiedade, que pode levar à destruição da capacidade de um 
ser interpretar de forma positiva suas experiências, havendo uma despersonalização e, por consequência, o 
adoecimento mental. 
 
Por conseguinte, compreender o significado da doença mental é, em muitos casos, como montar um quebra-cabeça. 
Para tal, faz-se necessário formular pressupostos ontológicos, uma vez que o terapeuta não conhece muito sobre o 
paciente, além da busca por uma centralidade perdida, que pode ter acontecido devido à angústia ou à ansiedade, 
por exemplo. 
Atenta-se ainda à concepção sobre a corporeidade, especificamente humana, que designa o corpo vívido ou 
existencial, sendo uma noção criada por alguns teóricos da Psicologia. Também descrita como conflito existencial, 
quando se compreende a ideia de corporeidade, pode-se perceber a enfermidade como uma ruptura da unidade do 
corpo, que, para a fenomenologia, não pertence ao ser humano. 
Essa ruptura representa a perda de funcionalidade e controle que o indivíduo tem sobre seu corpo, fazendo com que 
a doença ou enfermidade se revele como um desgaste na capacidade racional diante da existência. A perda da 
familiaridade com seu próprio corpo representa também a falta de liberdade, uma vez que, geralmente, há a 
submissão a tratamentos que levam a uma cisão com a realidade. A liberdade, dessa forma, é entendida como se 
fosse direcionada por outros. 
Nesse sentido, a fenomenologia pode ser de grande contribuição para a situação de adoecimento. Dentro da prática 
clínica, ela permite que o ser humano na vivência de um dilema, caracterizado por um sentimento dúbio, enfrente o 
que ele é, o mundo e como ele se apresenta, ou seja, a relação com o objeto e consigo próprio. 
O SOFRIMENTO PSICOLÓGICO 
O sofrimento é uma questão que permeia a humanidade, sendo observado de diversas maneiras, com várias 
terminologias e formas de ser compreendido. Uma dessas formas baseia-se em explicar a existência humana diante 
da verificação de que o humano possui um vazio existencial que causa solidão. 
Esse vazio pode ser caracterizado como uma marca de como as pessoas são e tem sido frequentemente uma das 
principais queixas presentes nos consultórios, aliada às crescentes dificuldades de estabelecer relacionamentos 
duradouros e amorosos verdadeiros. 
O sofrimento nasce de uma relação de causa e efeito e da interpretação que o indivíduo faz diante de uma 
determinada vivência. Nesse sentido, a atuação frente ao sofrimento precisa ser construída por meio de uma 
dialética que possa ser investigada a partir da compreensão da subjetividade. 
 
Figura 5. Demonstração do sofrimento em diversos contextos. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 06/08/2021. 
A problemática do sofrimento psíquico está no fato de que ele pode se tornar patológico. Isso ocorre pois ele pode 
levar a uma adaptação do indivíduo com relação a uma determinada situação, impedindo o desenvolvimento de sua 
potencialidade de maneira positiva e o estabelecimento de relações interpessoais de forma assertiva. 
Perante o sofrimento de uma pessoa que procura ajuda, existe uma perspectiva de que isso ocorre devido a um 
desequilíbrio. Os sintomas apresentados estão, assim, diretamente associados à maneira como o indivíduomantém 
sua existência, aspecto que está em desequilíbrio e pode levar a um desajustamento. Nesse sentido, 
o ajustamento é necessário para que a centralidade seja mantida. 
Pode-se dizer que a noção de ser-no-mundo, levantada pela fenomenologia, não se dá apenas nas relações que se 
estabelece consigo mesmo e com os outros; está na abertura do ente em sua totalidade. A perspectiva de totalidade 
está determinada pelo cuidado e também pelo fato de que o próprio ser é experimentado como um ser no mundo. 
Conforme descrito por May (2009), diante da realidade de pacientes que precisam de auxílio para o ajustamento, a 
psicoterapia necessita da fenomenologia para tecer uma análise diante da relação entre terapeuta e paciente, que 
tem origem na clássica transferência. A transferência, assim como outros conceitos trazidos por Freud (1976), 
designa uma ampliação da influência da personalidade, ou seja, a compreensão de que vivemos nos outros e eles, 
em nós. 
 
Figura 6. Conceito de si mesmo, como a pessoa se vê e na relação com o outro. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 
06/08/2021. 
Dessa forma, a abordagem fenomenológica auxilia a responder algumas questões formuladas, a exemplo de como o 
ser humano pode se relacionar com outro sem que haja interferências. Essa resposta é possível, em muitos casos, 
porque se entende que a transferência acaba por contribuir para uma distorção na relação terapeuta e paciente. 
 
Agora é a hora de sintetizar tudo o que aprendemos nessa unidade. Vamos lá?! 
SINTETIZANDO 
O objetivo dessa unidade foi apresentar um panorama geral da Psicologia fenomenológica como uma abordagem 
que tem como principal fundamento a compreensão do ser humano a partir da relação que este estabelece consigo 
próprio e com o mundo. A fenomenologia tem suas raízes na Filosofia, buscando tornar racionais e científicas 
questões que permeiam a subjetividade humana. 
Para compreender a doença com auxílio dessa perspectiva, é preciso entender o conceito de normalidade, partindo 
do pressuposto de que o normal é uma construção social. Ademais, existe a necessidade de contextualizar cada uma 
das questões que levam o indivíduo a desenvolver um quadro de doença que o leve a sofrimento psíquico. Dessa 
forma, indica-se uma atuação mais humanizada para que sejam criadas estratégias de enfrentamento frente a 
determinados problemas. 
Assim, para auxiliar sua trajetória como psicoterapeuta, cabe ressaltar que a relação que se estabelece com o 
paciente, apesar de necessária, depende da capacidade de separar o que é seu e o que é do outro e de ser empático. 
Assim, ao considerar o uso da fenomenologia, busca-se não somente experimentar o sofrimento do outro, mas 
também compreender o que o fez ter essa percepção diante de um fenômeno, possibilitando a ele a mudança 
necessária. 
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