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Correção de Deformidades Dentofaciais: Cirurgia Ortognática ● O que Deformida Dentofacial? Algum tipo de desvio morfológico e/ou funcional do sistema estomatognático, o qual resulta de alterações no processo de desenvolvimento normal, sendo que, nem todos esses desvios são suficientemente severos que necessitem de correção cirúrgica. São alterações do desenvolvimento dos maxilares que frequentemente resultam em desarmonias faciais e alterações da oclusão dentária. Para o tratamento desta condição, está bem estabelecido que os melhores resultados são obtidos quando existe a associação do tratamento ortodôntico à técnicas de cirurgia ortognática. ● Causas de deformidades dentofaciais - Tendências hereditárias - Problemas pré-natais - Condições sistêmicas que ocorram durante o crescimento - Traumatismos - Influências ambientais INFLUÊNCIAS GENÉTICAS E AMBIENTAIS: A influência genética certamente desempenha um papel nas deformidades dentofaciais. Padrões de herança, como uma tendência familiar a mandíbula deficiente ou prognata, são frequentemente vistos em um paciente com deformidade dentofacial. Entretanto, a natureza multifatorial do desenvolvimento facial dificulta a predição de um padrão herdado de uma determinada anomalia facial. O crescimento facial anormal e as más oclusões associadas são algumas vezes associados a anormalidades congênitas e síndromes. Algumas dessas síndromes, como microssomia hemifacial e disostose mandibulofacial (síndrome de Treacher Collins), são relacionadas com anomalias embrionárias de células da crista neural. Outras anomalias congênitas que afetam o crescimento de maxila e mandíbula incluem fissura labial e palatina, e craniossinostose (fusão prematura das suturas craniofaciais). Anomalias do crescimento facial podem ser causadas por influências sistêmicas maternas, como por exemplo, síndrome alcoólica fetal, que podem resultar em hipoplasia das estruturas do terço médio da face. Influências ambientais também interferem no desenvolvimento das deformidades dentofaciais. Quanto mais precoce for o estágio pré-natal, a modelagem intrauterina da cabeça fetal em desenvolvimento pode resultar em uma deficiência mandibular grave. A função anormal após o nascimento também pode resultar em crescimento facial alterado, pois a função muscular e o tecido mole frequentemente influenciam na posição dos dentes e no crescimento de maxila e mandíbula. A posição ou o tamanho anormal da língua podem afetar a posição e o crescimento da maxila e mandíbula ● Avaliação do paciente com deformidade dentofacial Queixa do paciente: estética ou funcional? ‘’belo’’.....harmonia.....relativamente simétrico. Muitas áreas da prática odontológica, além da ortodontia e da cirurgia, devem ser integradas para solucionar os problemas complexos dos pacientes com deformidades dentárias. Essa abordagem integrada aplicada durante a avaliação, fase pré-cirúrgica e pós-cirúrgica do tratamento oferece os melhores resultados possíveis para esses pacientes. A fase mais importante no tratamento do paciente centraliza-se na avaliação dos problemas existentes e na definição dos objetivos do tratamento. Na consulta inicial deve ser conduzida uma entrevista cuidadosa com o paciente para discutir sua percepção dos problemas e objetivos de qualquer tratamento possível. O estado de saúde corrente do paciente e quaisquer problemas clínicos ou psicológicos que possam afetar o tratamento também são discutidos neste momento. O ortodontista envolvido e o cirurgião bucomaxilofacial devem conduzir um exame cuidadoso da estrutura facial considerando a estética frontal e do perfil. ● Avaliação Clínica Facial - Vista frontal e perfil - Equilíbrio facial total - Relações das proporções das dimensões transversais e verticais da face - Determinação das relações anteroposteriores e verticais A avaliação da estética facial na vista frontal deve buscar assimetrias e o equilíbrio facial total. A avaliação deve incluir a observação da posição da testa, dos olhos, das margens infraorbitárias, das proeminências zigomáticas; configuração do nariz, incluindo a largura da base alar; áreas paranasais; morfologia do lábio; relação dos lábios com os incisivos e as relações totais das proporções das dimensões transversais e verticais da face. A avaliação do perfil promove a determinação das relações anteroposteriores e verticais de todos os componentes da face. A configuração do tecido mole da região da garganta também deve ser avaliada. A documentação fotográfica da condição pré-tratamento deve ser uma parte padrão da avaliação. Vídeos e imagens digitais computadorizadas foram introduzidos ao longo da última década como um aditivo na avaliação da morfologia facial. ● Avaliação Intrabucal -Exame odontológico completo (saúde dental e periodontal, tecidos moles) - Oclusão dentaria, postura lingual - Forma dos arcos, simetria, alinhamento dentário, anomalias oclusais O exame odontológico completo deve incluir determinação do formato do arco dentário, simetria, alinhamento dentário e anomalias oclusais nas dimensões transversal, anteroposterior e vertical. Os músculos da mastigação e a função da ATM também devem ser avaliados. O exame periodontal detalhado, incluindo sondagem, deve avaliar a higiene do paciente e o estado de saúde periodontal atual. Nesse momento também devem ser obtidas moldagens e registro da mordida para a confecção e avaliação de modelos de estudo. ● Avaliação ATM - Palpação - Movimentos mandibulares - Abertura bucal/limitação de abertura bucal - Aparelho ortodôntico ● Avaliação Documentação/ Exames complementares - Analise de modelo de estudo - Analise das radiografias: panorâmicas e telerradiografia perfil e frontal - Traçados cefalométricos - Imagens de ATM? TCM? TCFC? - Reconstrução Radiografias panorâmicas e cefalométricas laterais são rotineiramente usadas na avaliação do paciente e são parte importante da análise inicial. Inicialmente, foram criadas com tecnologia radiográfica convencional. Tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Tornou-se o estado da arte para a maioria dos exames radiográficos de ossos da face com o objetivo de planejar a cirurgia ortognática. As vistas cefalométricas e panorâmicas são reconstruídas a partir da TCFC. Além desses pontos de visualização, outras imagens, incluindo vistas posteriores anteriores, imagens da ATM e vistas tridimensionais (3D) detalhadas de qualquer uma ou de todas as estruturas ósseas do esqueleto facial, podem ser facilmente avaliadas. A radiografia cefalométrica pode ser avaliada por diversas técnicas que ajudam a determinar a natureza da anomalia esquelética. Uma estereolitografia construída a partir dos dados da tomografia computadorizada (TC) também pode fornecer informações úteis para o planejamento cirúrgico ● Considerações Ortodôntica Pré-Cirúrgicas Nem todas as más oclusões requerem correção com cirurgia. Quando a discrepância esquelética é mínima e a compensação ortodôntica não traz efeitos adversos à estética facial, dentária, ou à estabilidade pós-tratamento, o tratamento de escolha pode ser apenas o ortodôntico. Entretanto, em alguns casos, uma relação oclusal adequada não ocorre devido à discrepância esquelética; alguns pacientes podem ser tratados com compensação ortodôntica para uma anomalia esquelética resultando em uma oclusão adequada, mas em uma estética facial ou dentária ruim ou em um prognóstico a longo prazo ruim para a contenção pós-tratamento. Estes pacientes devem ser considerados para tratamento cirúrgico em conjunto com tratamento ortodôntico. ÉPOCA DO TRATAMENTO: - Adultos: mais rápido possível - Crianças em crescimento: tentativa de aparelhos ortopédicos/grandes discrepância e crescimento desfavorável-> cirurgia OBJETIVOS DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO: - Corrigir compensações dentárias/ reposicionamento em suas bases esqueléticas - 12 a 18 meses de tratamento prévio A. Má oclusão de classe III esquelética com deficiência maxilar e excesso mandibular. B. A compensação dentária inclui os incisivosinferiores retroinclinados e incisivos superiores inclinados para vestibular. C. Perfil facial. D. Após o tratamento ortodôntico inicial antes da cirurgia. E. Compensações dentárias são removidas com inclinação dos incisivos inferiores para vestibular e retroinclinação dos incisivos superiores, o que obviamente aumenta a gravidade da má oclusão e a discrepância facial. F. Perfil facial nesse estágio. G. Correção cirúrgica com posicionamento posterior da mandíbula e avanço da maxila. H. Oclusão ideal. I. Perfil facial após o tratamento estar completo. ● Classificação das Deformidades DEFORMIDADES MAXILARES: - Deficiência ântero-posterior de maxila - Achatamento da região malar e paranasa - Projeção exagerada do globo ocular - Base nasal afilada - Ângulo nasolabial obtuso - Má definição do sulco nasolabiogeniano - Intraoral: Padrão classe III - Excesso ântero-posterior de maxila - Projeção exagerada da região malar e paranasal - Projeção exagerada do lábio superior - Base nasal alargada - Ângulo nasolabial agudo - Intraoral: Padrão classe II -Deficiência vertical de maxila - Sulco nasolabial acentuado - "Face envelhecida" - Deficiência exposição incisivos superiores - Pode ter perda dimensão vertical - Intraoral: Padrão classe III - Excesso vertical de maxila - Sorriso gengival - "Face longa" - Exposição exagerada de incisivos superiores em repouso - Intraoral: Padrão classe l/ Mordida aberta Anterior -Deformidade Transversa de Maxila - Excesso: Mordida cruzada bucal superior - Deficiência: atresia de palato - Mordida cruzada lingual superior - Intraoral: Padrão classe I, II ou II DEFORMIDADES MANDIBULARES: -Excesso Anteroposterior de mandíbula - Projeção exagerada do 1/3 inferior da face - Lábio inferior muito a frente do superior - Comprimento mento aumentado - Ângulo cervical -=90° - Intraoral: Padrão classe III - Deficiência Anteroposterior de mandíbula - Projeção pobre do 1/3 inferior da face - Lábio inferior retraído em relação ao superior - Região submentoniana curta - Comprimento mento aumentado - Ângulo cervical obtuso (aberto) - Intraoral: Padrão classe lI ● Assimetrias Faciais - Anomalias em maxila e mandíbula - Hiperplasia ou hipoplasia condilar - Síndromes - Traumas faciais
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