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Hipersensibilidade Uma reação de hipersensibilidade é caracterizada por um distúrbio causado por uma resposta imune excessiva ou inapropriada. Os antígenos podem ser exógenos, tendo uma resposta imune descontrolada contra determinado antígeno. Hipersensibilidade se refere às reações excessivas, indesejáveis (danosas, desconfortáveis e às vezes fatais) produzidas pelo sistema imune normal Definição Tipos de hipersensibilidade Hipersensibilidade tipo I Também é conhecida como imediata ou hipersensibilidade anafilática. A reação pode envolver pele (urticária e eczema), olhos (conjuntivite), nasofaringe (rinorreia, rinite), tecidos broncopulmonares (asma) e trato gastrointestinal (gastroenterite). A reação pode causar uma variedade de sintomas desde inconveniências mínimas até a morte. A reação normalmente leva 15 - 30 minutos para o período de exposição ao antígeno, embora às vezes possa ter início mais demorado (10 - 12 horas). Os principais componentes celulares envolvidos são: células TH2, anticorpos IgE, mastócitos e eosinófilos. As reações alérgicas são mediadas pelos anticorpos IgE que se ligam a receptores específicos de alta afinidade para a região Fc da IgE (FcRI) na superfície dos mastócitos e basófilos. Quando estes receptores se ligam de maneira cruzada, após a ligação da IgE ao antígeno, a célula responde liberando seus grânulos e seus mediadores inflamatórios. As respostas de IgE são dependentes da célula T. Os alérgenos estimulam a indução de células TH2, que libera inúmeras citocinas (IL-4, IL-13) que estimulam as células B a sofrer troca de classe para gerar respostas de IgE. Após a ligação cruzada dos antígenos à IgE sobre os mastócitos ou basófilos, os mediadores inflamatórios liberados por estas células apresentam efeitos tanto iniciais quanto tardios sobre o hospedeiro; os efeitos tardios podem permanecer por vários dias. Localizada ou sistêmica (se espalha pela corrente sanguínea) O estágio inicial das reações alérgicas é caracterizado pela liberação de mediadores de vida curta pré-formados ou rapidamente sintetizados tais como histamina e prostaglandinas, que causam um rápido aumento da permeabilidade vascular e contração do músculo liso. As reações alérgicas de estágio tardio são causadas pela síntese induzida e liberação de mediadores incluindo leucotrienos, citocinas e quimosinas liberadas pelos mastócitos ativados. Estes mediadores recrutam outros leucócitos, incluindo eosinófilos e células TH2, para o local da inflamação, causando edema prolongado e uma forma mais branda de contração do músculo liso em comparação com as respostas imediatas. Em uma reação asmática ocorre hiper- reatividade das vias respiratórias a estímulos bronco constritores inespecíficos como os produzidos pela histamina e metacolina. Fases: 1- sensibilização: primeira exposição (mastócito sensibilizado); 2- Ativação: segunda exposição (degranulação dos mastócitos); 3- Efetora: (mastócito desgranulado libera histamina; A terapia para doenças de hipersensibilidade imediata é destinada a inibir a desgranulação de mastócitos, antagonizar os efeitos dos mediadores de mastócitos e reduzir a inflamação. Hipersensibilidade Hipersensibilidade tipo II Reações de hipersensibilidade tipo II são consideradas mediadas por anticorpos. Elas ocorrem quando um anticorpo ou imunoglobulina é produzida em resposta a um antígeno não danoso, resultando em uma reação imunológica indesejada. A hipersensibilidade tipo II é primariamente mediada por anticorpos das classes IgM ou IgG e complemento. Fagócitos e células K também participam. A lesão contém anticorpos, complemento e neutrófilos. Testes diagnósticos incluem detecção de anticorpos circulantes contra tecidos envolvidos e a presença de anticorpos e complemento na lesão (biópsia) por imunofluorescência. Tratamento envolve agentes anti-inflamatórios e imunossupressores. As imunoglobulinas são vitais para proteção contra patógenos externos; elas opsonizam células para posterior destruição pelos leucócitos, além de recrutar mais células da resposta imune, resultando em uma reação inflamatória. Elas podem ocorrer quando as células B que produzem imunoglobulinas contra células nativas não são destruídas durante seu desenvolvimento. Quando isto ocorre, os indivíduos correm o risco de desenvolver alguma doença autoimune, podendo ser em um órgão específico ou anemia hemolítica autoimune. Hipersensibilidade tipo III Também são conhecidas como reação de hipersensibilidade mediada por complexos imunes. A reação deve levar 3 - 10 horas após exposição ao antígeno. É mediada por complexos imunes solúveis. Em um indivíduo saudável, os complexos antígeno-anticorpo são mantidos como complexes solúveis no sangue pelas proteínas C2 e C4 do sistema complemento. Estes complexos imunes ligam-se a receptores do complemento ou de células vermelhas, permitindo seu transporte até o baço, onde os complexos serão removidos e destruídos. Quando há produção excessiva de complexos imunes, pode ocorrer precipitação. Isto leva a ativação do complemento, recrutamento de células imunológicas e dano tecidual pela liberação de mediadores inflamatórios e radicais livres. As áreas afetadas pela precipitação dos complexos costumam ser locais de filtração, como os glomérulos, sinóvias e a membrana basal epidermal. Os anticorpos podem se ligar a antígeno circulantes para formar imunocomplexos, os quais se depositam nos vasos, levando à inflamação na parede do vaso (vasculite), que secundariamente causa lesão tecidual devido ao fluxo sanguíneo prejudicado. A lesão contém primariamente neutrófilos e depósitos de complexos imunes e complemento. Macrófagos infiltrantes em estágios avançados podem estar envolvidos no processo de recuperação. A afinidade do anticorpo e tamanho dos complexos imunes são importantes na produção de doença e na determinação do tecido envolvido. Hipersensibilidade tipo IV Também conhecida como mediada por células ou hipersensibilidade tardia. O exemplo clássico dessa hipersensibilidade é a reação (Mantoux) tuberculínica que atinge um pico em 48 horas após a injeção do antígeno (PPD ou antiga tuberculina). A lesão é caracterizada por calosidade e eritema. Está envolvida na patogênese de muitas doenças autoimunes e infecciosas. Os mecanismos de dano na hipersensibilidade tardia incluem linfócitos T e monócitos e/ou macrófagos. Células T citotóxicas causam danos diretos enquanto que células auxiliares T (TH1) secretam citocinas que ativam células T citotóxicas e recrutam e ativam monócitos e macrófagos, que causam a maioria das lesões. As lesões da hipersensibilidade tardia contém principalmente monócitos e algumas células T. As reações de hipersensibilidade tipo IV surgem através de reações estimuladas por antígenos específicos de Células T. Hipersensibilidade Hipersensibilidade tipo IV Também conhecida como mediada por células ou hipersensibilidade tardia. O exemplo clássico dessa hipersensibilidade é a reação (Mantoux) tuberculínica que atinge um pico em 48 horas após a injeção do antígeno (PPD ou antiga tuberculina). A lesão é caracterizada por calosidade e eritema. Está envolvida na patogênese de muitas doenças autoimunes e infecciosas. Os mecanismos de dano na hipersensibilidade tardia incluem linfócitos T e monócitos e/ou macrófagos. Células T citotóxicas causam danos diretos enquanto que células auxiliares T (TH1) secretam citocinas que ativam células T citotóxicas e recrutam e ativam monócitos e macrófagos, que causam a maioria das lesões. As lesões da hipersensibilidade tardia contém principalmente monócitos e algumas células T. As reações de hipersensibilidade tipo IV surgem através de reações estimuladas por antígenos específicos de Células T. As doenças mediadas por células T (hipersensibilidade tipo IV) resultam da inflamação causada por citocinas produzidas por células CD4+ Th1 e Th17, ou pelo killing de células do hospedeiro por CTLs.
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