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Prévia do material em texto

OPA, BOM TE 
VER POR AQUI!
Certamente você já se deparou com o tema sepse na sua formação. É uma condição 
muito frequente e de alta mortalidade, com mudanças constantes em suas definições na 
última década, podendo tornar seu estudo um tanto quanto confuso para alguns. Por esse 
motivo, resolvemos redigir esse Ebook resumindo o contexto atual da sepse, as definições 
mais atualizadas e o tratamento preconizado.
Como é uma condição de alta mortalidade e apresentação clínica variável, torna-se muito 
importante para o profissional de saúde saber quando suspeita de sepse, para instituir seu 
tratamento o mais breve possível.
Trouxemos esse Ebook com um conteúdo resumido, direto ao ponto e que pode (e deve!) 
ser usado como consulta durante sua vida médica e/ou formação acadêmica.
Aproveite o conteúdo e tenha uma ótima leitura!
ÍNDICE
Introdução ......................................................................................................................................................................6
Definição .........................................................................................................................................................................6
Quais ferramentas posso usar? ..........................................................................................................................8
Exames Complementares ................................................................................................................................... 12
Manejo específico .................................................................................................................................................... 13
Referências Bibliográficas .................................................................................................................................. 17
Conclusão .....................................................................................................................................................................18
Anexos ............................................................................................................................................................................ 19
Sobre a Medway .............................................................................................................................................................19
Nossos cursos ....................................................................................................................................................................21
Acesse gratuitamente ................................................................................................................................................23
Ficou alguma dúvida? ................................................................................................................................................25
QUEM SOMOS
Boa leitura!
Somos um time de médicos formados nas principais instituições de residência do 
Brasil. 
Conhecemos bem os obstáculos e as dificuldades que surgem durante a preparação para 
as provas de residência médica. Justamente por isso, e porque sentimos falta de ter alguém 
nos orientando lá atrás, tomamos a decisão de criar a Medway. 
Depois de muito estudo, trabalho duro e dedicação total, desenvolvemos cursos exclusivos 
e que nos enchem de orgulho. Isso porque, na prática, temos visto esses cursos serem a 
chave do sucesso na aprovação de milhares de alunos de Medicina em todo o país.
Em quatro anos de existência, impactamos 16 mil alunos com uma metodologia diferente 
da convencional. Leve, objetiva e verdadeira. Sem dúvidas, essa última característica é o 
nosso maior diferencial.
Não te enrolamos e nem falamos o que você quer ouvir. Não generalizamos. Te tratamos 
com respeito, da forma como gostaríamos de ser tratados. 
Muitos nos veem como professores ou mentores. Nós gostamos de nos enxergar como 
aqueles veteranos que você admira pelo conhecimento técnico, mas também pela 
didática e pelo lado humano.
Se você chegou até aqui, saiba que já nos orgulhamos muito de você ter se conectado com 
a Medway. Estamos e estaremos ao seu lado para sermos parceiros em toda a sua jornada 
como profissional de Medicina. Até a prova de residência e depois dela. Vamos juntos até 
o final!
https://www.medway.com.br/aprovados/
O QUE NOSSOS ALUNOS 
ESTÃO FALANDO?
6
Introdução
Salve, salve meus querid@s! 
Nesse e-book, vamos abordar a principal causa de choque nas unidades de terapia intensiva 
e uma das maiores causas de morbimortalidade por todo o mundo: a sepse! 
Mas…o quão comum esta patologia é no mundo? É estimado que mais de 30 milhões de 
pessoas são afetadas por sepse todo ano no mundo, resultando em potenciais 6 milhões 
de mortes por ano. 
O porquê da mortalidade no Brasil ser tão alta não é claro. Mas parece estar relacionado 
ao baixo conhecimento da população sobre o problema e limitação de acesso ao sistema 
de saúde, bem como a falta de reconhecimento e o início adequado de tratamento pelos 
profissionais da saúde. Assim sendo, o reconhecimento precoce dessa condição permite 
melhor tratamento e melhor sobrevida ao paciente. 
Definição 
As nomenclaturas e definições de sepse já foram alteradas nos últimos anos pelas 
principais recomendações internacionais de literatura, sendo sua última atualização em 
2016, baseada em revisão de fisiopatologia e com a validação de novos critérios (Sepsis-3, 
descrito na tabela abaixo).
Tabela 1. Definições de sepse. Fonte: Adaptado e traduzido do Surviving Sepsis Campaign 2021.
Diferente do antigo conceito de infecção generalizada, sabe-se que a infecção está em 
um único lugar e é a resposta imune que causa destruição sistêmica.
7
Se acredita que haja um continuum de gravidade que varia desde a infecção não 
complicada até a sepse e o choque séptico, que culmina em síndrome de disfunção de 
múltiplos órgãos (SDMOS) e morte.
 
Na mesma medida, o termo sepse grave também caiu por terra, visto que agora para ser 
sepse já precisa apresentar alguma disfunção orgânica.
Morte
Choque séptico
Sepse Sepse grave
Infecção
generalizadaInfecção
SDMOS
Figura 1. Continuum de gravidade que varia desde a infecção não complicada até a sepse e o choque séptico, que 
culmina em síndrome de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas (SDMOS) e morte. Fonte: Acervo Medway. 
8
Quais ferramentas posso usar? 
As novas recomendações ditam, ainda, que os critérios de SIRS não sejam mais utilizados 
para definir sepse como infecção com disfunção pelos novos conceitos. Mas podem ser 
utilizados para identificar infecção não complicada. SIRS seria diagnosticada com dois ou 
mais dos quatro critérios clínicos: temperatura corporal > 38ºC ou < 36ºC, frequência 
respiratória > 20 irpm ou pCO2 < 32, frequência cardíaca > 90 bpm e leucócitos > 12.000 
células/mm³ ou < 4.000 células/mm³, que talvez sugiram uma resposta metabólica 
inflamatória a um insulto.
 
Para diagnosticar sepse, o critério atual sugere que seja feita avaliação do escore SOFA - 
Sequential Organ Failure Assessment Score. O baseline do SOFA deve ser zero, ou seja, o 
normal é que o SOFA de pacientes hígidos seja zero, exceto em situações em que o paciente 
já apresenta alguma disfunção orgânica prévia (ex.: doença renal crônica, insuficiência 
hepática crônica etc). Dessa forma, um incremento de escore maior ou igual a dois seria 
diagnóstico de sepse. Não é importante para o candidato de acesso direto memorizar 
todo o escore, mas é imprescindível reconhecer os seis parâmetros avaliados. 
Como uma forma de triagem dos pacientes, em locais com menos recursos, foi criado 
e validado o quickSOFA (qSOFA), uma ferramenta para identificar pacientes com alto 
risco de óbito (aumento de mortalidade em 10% e risco de 2,0-2,5 x maior de óbito) ou de 
permanecer em UTI por mais de três dias. qSOFA > 2 definiria paciente de alto risco. Não 
se recomenda mais a utilização do qSOFA como uma ferramenta de rastreio parasepse.
Figura 2. qSOFA, método de triagem para sepse, não fecha critério diagnóstico. Fonte: adaptado de Desautels T 
et al, 2016.
Outro escore amplamente utilizado é o NEWS (National Early Warning Score), que utiliza 7 
parâmetros para realizar a pontuação: 
• Frequência respiratória
• Saturação de Oxigênio
• Necessidade de Oxigênio suplementar
• Pressão arterial sistólica
• Frequência cardíaca
• Nível de consciência
• Temperatura periférica 
9
Um escore total > 4 pontos OU > 3 pontos em um único parâmetro no NEWS já indica 
maior risco de mortalidade por sepse, requerendo intervenções mais urgentes. 
PARÂMETROS 
FISIOLÓGICOS
3 2 1 0 1 2 3
FREQUÊNCIA 
RESPIRATÓRIA
≤ 8 9 - 11 12 - 20 21-24 ≥ 25
SATURAÇÃO 
DE OXIGÊNIO
≤ 91 92 - 93 94 - 95 ≥ 96
USO DE 02
SUPLEMENTAR
Sim Não
TEMPERATURA ≤ 35.0
35.1 - 
36.0
36.1 - 
38.0
38.1 - 
39.0
≥ 39.1
PRESSÃO 
ARTERIAL
SISTÓLICA
≤ 90 91 - 100 101 - 110 111 - 219 ≥ 220
FREQUÊNCIA 
CARDÍACA
≤ 40 41 - 50 51 - 90 91 - 110 111 - 130 ≥ 131
NÍVEL DE 
CONSCIÊNCIA
A
V, P, or 
U
Tabela 2. Escore de NEWS. Fonte: Adaptado e traduzido de Smith GB, Prytherch DR, Meredith P, Schmidt PE, 
Featherstone PI. The ability of the National Early Warning Score (NEWS) to discriminate patients at risk of early 
cardiac arrest, unanticipated intensive care unit admission, and death. Resuscitation. 2013 Apr;84(4):465-70. 
Legenda: A - Alerta; V - Resposta aos estímulos verbais; P - Resposta aos estímulos dolorosos; U - Insconsciente. 
E para fazer o diagnóstico de disfunção orgânica? Utiliza-se o SOFA! 
A respeito do SOFA, é sempre importante pensar que a avaliação se resume a pesquisa 
de disfunções orgânicas: respiratória, neurológica, hematológica, hepática, renal ou 
cardiovascular.
10
 
Tabela 3. Escore de SOFA. Fonte: Adaptado e traduzido do Surviving Sepsis Campaing 2021.
DISFUNÇÃO AVALIADA ALTERAÇÃO ESPERADA
Respiratório Relação PaO2/Fi02
Hematológico Plaquetas
Hepático Bilirrubinas
Cardiovascular PAM e uso de drogas vasoativas
Neurológico Escala de Coma de Glasgow
Renal Creatinina e débito urinário
11
No paciente com infecção e escore de SOFA > 2, podemos firmar o diagnóstico de sepse 
e partir para as condutas de tratamento específico. 
Caso o paciente apresente sinais de hipoperfusão tecidual e hipotensão e necessite 
de droga vasoativa para manter sua PAM > 65 , além de hiperlactatemia, podemos 
considerá-lo como portador de um choque séptico.
Paciente com
infecção suspeita
NEWS > 4
Choque
séptico
Buscar evidência de
disfunção orgânica SOFA ≥ 2
SEPSE
Necessita de DVA para
manter PAM ≥ 65 e lactato
≥ 2 após volume
A repercussão clínica das alterações hemodinâmicas secundárias à hipovolemia (com 
aumento da permeabilidade capilar e perdas para o terceiro espaço) são taquicardia, 
alargamento da pressão de pulso e extremidades quentes, caracterizando um estado 
hiperdinâmico e generalizado, o qual ocorre em mais de 90% dos doentes. Com o passar 
do tempo, a gravidade do quadro clínico e, por vezes, a ausência de tratamento adequado, 
a hipotensão arterial e o choque podem se desenvolver, por conta da hipovolemia e da 
vasodilatação periférica. Nos exames, observa-se hiperlactatemia, aumento da diferença 
arteriovenosa de CO2, acidose metabólica (redução do excesso de bases) e redução da 
saturação venosa central ou mista. Além da miocardiopatia da sepse (já discutida).
12
A disfunção renal parece ser marcador de mortalidade independente para sepse e 
caracteriza-se, em estudos em animais, inicialmente (estado hiperdinâmico) por hiperemia 
renal, com vasodilatação da arteríola eferente, aumento do fluxo sanguíneo, mas queda do 
tempo em que o sangue fica em contato no capilar glomerular e queda da taxa de filtração 
glomerular; com perfusão cortical preservada e medular reduzida; além de provável shunt 
de microcirculação renal com baixa oxigenação medular; e por dano tubular direto - necrose 
tubular aguda (alguns casos, mas não justifica todos) e por baixa pressão de perfusão 
resultante; clinicamente expressa por oligúria ou detectada em elevação progressiva 
de creatinina. A lesão renal aguda associa-se à elevada morbimortalidade em contexto 
de sepse, mas não há evidências atuais que favoreçam terapia renal substitutiva precoce 
(<48h) em detrimento da indicada por critérios de urgência dialítica. 
Já a disfunção respiratória é secundária à lesão endotelial pulmonar, com progressivo 
edema intersticial, com redução da complacência pulmonar e necessidade de ventilação 
mecânica. A lesão pulmonar aguda (síndrome do desconforto respiratório agudo) 
é definida pela presença de infiltrados pulmonares bilaterais, com redução da 
complacência, que não é explicado por causas cardíacas e com relação PaO2/FiO2 < 
300.
Quanto à encefalopatia associada à sepse, trata-se de um diagnóstico de exclusão, 
necessitando-se excluir causas estruturais, medicamentosas e metabólicas. O delirium é 
preditor de prognóstico ruim.
Exames Complementares
A solicitação de exames complementares objetiva avaliar foco infeccioso e disfunções 
orgânicas, bem como graduação e estimativa de prognóstico.
• Hemograma, TAP, TTPa: identifica plaquetopenia como disfunção e leucocitose como 
causa infecciosa;
• Lactato: diagnóstico de choque séptico e a disfunção metabólica;
• Ureia/creatinina: disfunção orgânica;
• Bilirrubinas: disfunção hepática;
• PCR e procalcitonina: biomarcadores inflamatórios (não específicos de infecção);
• Culturas: identificação de agente infeccioso e terapia direcionada;
Ressalta-se a importância da coleta das hemoculturas ANTES da administração dos 
antibióticos!
• Troponina e ECG: diagnóstico diferencial/avaliação miocardite;
• Imagem: direcionada para avaliar foco infeccioso. Exemplo: Coleção intra abdominal → TC 
de Abdômen com contraste
13
Manejo específico 
As bases do tratamento de sepse, nos guidelines do Surviving Sepsis Campaign, inclusive 
atualizado em 2021, são pautadas em três pilares:
• Antibioticoterapia precoce;
• Suporte hemodinâmico inicial (reposição volêmica);
• Suporte às disfunções orgânicas (avaliar necessidade de drogas vasoativas).
Tratamento antimicrobiano
Idealmente, antes do início de antibióticos, devem ser coletadas culturas, desde que 
isso não atrase o início do tratamento em mais de 45 minutos. E o antibiótico deve ser 
administrado em até 1 hora da identificação da sepse, mas atenção! Essa recomendação 
mudou no Surviving Sepsis Campaign 2021. Segue abaixo como ficou a recomendação:
Tabela 4. Tempo de início de antibiótico na sepse. Fonte: Adaptado e traduzido de: Surviving Sepsis Campaign, 
2021.
Guardem bem essa informação: na sepse, há um aumento de 4 a 9% nas chances 
de morte a cada hora no atraso de antibióticos. Vale destacar que focos fechados 
necessitarão de cirurgia e nos focos associados a dispositivos invasivos (como cateteres), 
estes devem ser removidos. Não é recomendado tomar decisão de dar antibióticos em 
sepse guiado por procalcitonina (marcador inflamatório).
14
Hemodinâmica
Os cristalóides são considerados a base inicial no tratamento de disfunção hemodinâmica 
na sepse. Por isso, deve prosseguir com ressuscitação volêmica com dose de 30 mL/kg de 
cristaloides (recomendação do Surviving Sepsis). Não se recomenda o uso de colóides 
sintéticos. Pode-se considerar albumina humana, mas sem evidência de superioridade ou 
maior benefício em relação aos cristalóides. Preconiza-se que a infusão desse volume 
deve ser feita em 3 horas.
Vale ressaltar, ainda, que a ressuscitação em pacientes com diagnóstico de insuficiência 
cardíaca, dialíticos, anúricos ou idosos deve ser feita com cautela e alíquotas de volume 
250mL, com reavaliações frequentes para sinais de congestão pulmonar/desconforto 
respiratório.
Ainda sobre as estratégias de ressuscitação, na atualização de 2021 do Surviving Sepsis, o 
tempo de enchimento capilar foi incluído como recomendação para guiar a terapia. 
Além de admissão em UTI em até 6 horas. 
Estudos mais recentes mostramque a fluido-responsividade na maioria dos pacientes 
não persiste por mais de 6 horas. E a administração excessiva e não estimada de fluídos, 
poderia favorecer lesão renal aguda, além de outras disfunções orgânicas a longo prazo. 
Desta forma, há tendências nos principais centros de tratamento, de início precoce de 
drogas vasoativas. 
Drogas vasoativas
Há tendência de preferir noradrenalina inicialmente e, em caso de miocardiopatia 
séptica importante, associar dobutamina. Não houve diferença de mortalidade quando 
comparado a dopamina e noradrenalina, mas houve desfecho secundário de aumento de 
lesões isquêmicas de extremidades, por isso, esta última é a nossa primeira escolha.
 
Como dito, nosso objetivo é alcançar uma PAM > 65 mmHg.
 
Para casos refratários (noradrenalina > 0,3-0,5 mcg/kg/min), podemos associar outra 
droga vasoativa como vasopressina ou outros tratamentos como, corticóide.
15
MANEJO DE DROGAS VASOATIVAS
SURVIVING SEPSIS CAMPAIGN 2021
Use noradrenalina como primeiro vaso-
pressor
Para pacientes em choque séptico em 
uso de vasopressores
Alvo de PAM 65 mmHg
Considere monitorizar com pressão ar-
terial invasiva
Se o acesso venoso central não estiver 
disponível
Considere iniciar vasopressores em aces- 
so periférico
Se PAM está inadequada apesar de dose 
baixa a moderada de noradrenalina
Considere associar vasopressina
Se disfunção cardíaca com hipotensão 
persistente apesar de volemia adequada 
e PAM < 65 mmHg
Considere associar dobutamina ou tro-
car por adrenalina
Legenda: Manejo de drogas vasoativas no choque séptico. Recomendações fortes em verde e fracas em laranja. 
Tabela 5. Manejo de drogas vasoativas. Fonte: Adaptado e traduzido do Surviving Sepsis Campaign 2021.
Corticóide
Primeiramente, é importante salientar que não é uma medicação de rotina, não faz parte 
dos pilares terapêuticos e deve ser restrito aos casos refratários.
 
O corticoide está inicialmente indicado em proposta de reduzir atividade inflamatória 
e, depois, como tratamento de insuficiência adrenal relativa (aumento da demanda 
sistêmica). Há evidências discordantes quanto ao uso de doses baixas de hidrocortisona 
e fludrocortisona, que mostraram benefício em pacientes graves, com alto uso de 
vasopressores em mortalidade.
No entanto, seu uso ainda é controverso. Outros estudos não mostraram benefício em 
mortalidade, mas o resultado positivo foi mantido quando comparamos o tempo livre de 
ventilação mecânica e a necessidade de hemoderivados.
 
Há tendência atual de utilizar hidrocortisona 50 mg EV 6/6h por 7 dias. A maioria dos 
serviços não associa fludrocortisona.
Hemotransfusão
Visto que o paciente apresenta uma reação inflamatória sistêmica, podemos adotar 
estratégias mais liberais de transfusão? 
A resposta para essa pergunta é NÃO! 
16
Alguns pesquisadores testaram a hipótese de que haveria benefício da transfusão de 
hemoconcentrados quando a hemoglobina (Hb) do paciente que apresentasse sepse 
ou choque séptico estivesse abaixo de 9.0 g/dL. Contudo essa hipótese já foi refutada em 
alguns estudos randomizados! 
Assim sendo, ainda mantemos uma estratégia de hemotransfusão mais restritiva para 
esses pacientes, ou seja, quando o Hb estiver ABAIXO de 7.0 g/dL. 
Vitamina C
Alguns pesquisadores já pensaram que os pacientes com sepse ou choque séptico 
poderiam ter benefício em receber vitamina C intravenosa pelos efeitos anti-inflamatórios. 
O principal efeito pesquisado foi a redução no uso de drogas vasopressoras. 
Entretanto, após a análise de ensaios clínicos randomizados e meta-análises, foi observado 
que não houve redução na mortalidade nem na redução do tempo do uso de drogas 
vasoativas. Portanto, atualmente NÃO É RECOMENDADA a infusão rotineira de vitamina C. 
 
Terapia com bicarbonato de sódio
O uso do bicarbonato de sódio em pacientes com sepse e choque séptico já foi recomendado 
com o intuito de reduzir a necessidade de drogas vasoativas e melhorar a hemodinâmica. 
Porém, a análise de novos estudos mostraram que os pacientes que têm benefício em 
receber bicarbonato de sódio são aqueles que, além do choque séptico, apresentam 
acidose metabólica grave (pH < 7.2) E lesão renal aguda (AKIN 2 ou 3). Ressalta-se que a 
dose de bicarbonato foi de 125 a 250 mL da solução de 4.2% de bicarbonato de sódio em 
30 minutos, com o volume máximo de 1000 mL em 24h, além de avaliar o pH com nova 
gasometria depois de 1 a 4h após o término da infusão para averiguar se o pH atingiu 
valores próximos de 7.3.
Note que a solução usada no estudo foi de 4.2%; no Brasil, temos bicarbonato de sódio em 
solução 8.4%. Ou seja, precisamos diluir a mesma quantidade de bicarbonato 8.4% e água 
destilada para chegar na solução de 4.2% 
Exemplo prático: Se formos infundir 250 mL de bicarbonato 4.2% em pacientes com 
choque séptico, acidose metabólica e disfunção renal, precisamos colocar 125 mL de água 
destilada em 125 mL de bicarbonato de sódio 8.4%. 
17
E como podemos avaliar a melhora clínica do paciente?
Antigamente, tínhamos objetivos claros nas primeiras 6 horas (PVC: 8-12 mmHg; Diurese 
> 0,5 ml/kg/h; PAM > 65 mmHg; SVcO2 > 70%). Tais objetivos foram definidos pelo estudo 
EARLY-GOAL. No entanto, não houve comprovação de que atingir as metas do Early-
Goal reduzem a mortalidade (além do fato de serem medidas invasivas). Por isso, 
atualmente não é preconizado que seus valores sejam atingidos. 
 
Existem outros métodos de avaliar a hemodinâmica do paciente que não são superiores 
e nem inferiores a essas medidas objetivas do Early-Goal, mas são tão validados quanto, 
inclusive, a avaliação clínica. Por isso, a recomendação é realizar uma avaliação clínica seriada 
de PAM, diurese, frequência cardíaca e respiratória. Além do uso de outros dispositivos 
quando disponíveis, bem como dosagem de lactato, avaliação por ecocardiograma e 
outros.
Referências Bibliográficas
1. Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines 
for management of sepsis and septic shock 2021 [published online ahead of print, 2021 
Oct 2]. Intensive Care Med. 2021; doi: 10.1007/s00134-021-06506-y
2. Singer M, Deutschman CS, Seymour CW, et al. The Third International Consensus 
Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3). JAMA. doi:10.1001/jama.2016.0287. The 
Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3) | Critical 
Care Medicine | JAMA | JAMA Network]
3. Smith GB, Prytherch DR, Meredith P, Schmidt PE, Featherstone PI. The ability of the 
National Early Warning Score (NEWS) to discriminate patients at risk of early cardiac 
arrest, unanticipated intensive care unit admission, and death. Resuscitation. 2013 
Apr;84(4):465-70. doi: 10.1016/j.resuscitation.2012.12.016. Epub 2013 Jan 4. PMID: 23295778.
https://link.springer.com/article/10.1007/s00134-021-06506-y
http://dx.doi.org/10.1001/jama.2016.0287
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2492881
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2492881
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2492881
18
CONCLUSÃO
E aí, gostou deste material?
Sabemos que tem muita coisa pra estudar na medicina, mas definitivamente a sepse 
é um dos temas mais importantes para TODOS os médicos e estudantes de medicina, 
independente do grau de especialização. É algo extremamente comum na emergência, 
com apresentação clinica muito variável e com aumento de mortalidade progressivo caso 
não se institua a terapia adequada. Portanto, a mensagem que fica é: mantenha sempre 
alta suspeição em relação à sepse!
A verdade é que é quase impossível esgotar todos os assuntos da medicina e, mais ainda, 
guardar todos os diagnósticos e condutas na sua cabeça.
Por isso criamos diversos materiais como este para que você possa ter um acesso fácil 
e rápido á informações confiáveis, direto ao ponto e com o essencial sobre cada tema 
abordado!
Para conferir nossa “biblioteca digital”, é só acessar a Academia Medway e conferir nossa 
seção de Ebooks.
Esperamosque tenha gostado!
Estamos juntos até o final!
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está no 5º ano da faculdade e vai iniciar a sua preparação
• Extensivo São Paulo (1 ano): ideal para quem quer passar 
na residência em São Paulo. Oferece acesso ao Intensivo São 
Paulo, liberado a partir do segundo semestre 
• Extensivo Programado (2 anos): a opção mais completa e ro-
busta para quem busca se preparar de forma contínua desde 
o quinto ano. É composto por 3 cursos: Extensivo Base no pri-
meiro ano e Extensivo São Paulo e Intensivo São Paulo no 
segundo 
Todos os Extensivos oferecem videoaulas completas, apostilas 
online, banco com mais de 40 mil questões comentadas, si-
mulados originais, mapa de estudos, revisões programadas 
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Disponíveis em todas as plataformas de áudio e também no 
YouTube. Conheça os programas:
• Finalmente Residente: dicas sobre carreira e entrevistas 
com especialistas de diversas áreas que mandam o papo 
reto sobre como é cada residência.
• Projeto R1: dicas de estudos, preparação e entrevistas 
inspiradoras com quem já passou na residência. 
Blog da Medway 
Informe-se com artigos sobre editais, concorrências, notas de 
corte, atualizações nos processos seletivos, especialidades e 
medicina de emergência. 
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em relação aos cursos ou ao conteúdo. Estamos com você até o final, 
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