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A historia do vinho

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NORTE-RS
PALMEIRA DAS MISSÕES-RS
Nome: Renata Damaceno.
Curso: Nutrição.
Assunto:Vinho.
Disciplina: Filosofia e antropologia da nutrição.
Palmeira das Missões, 02 de Julho de 2013.
História do vinho
A história do vinho tem grande importância histórica, pois o seu surgimento em tempos remotos tornou-o um produto que acompanhou grande parte da evolução ecônomica e sócio-cultural de várias civilizações ocidentais e orientais.
A origem do vinho. O vinho possui uma longínqua importância histórica e religiosa e remonta diversos períodos da humanidade. Cada cultura conta seu surgimento de uma forma diferente. Os cristãos, embasados no Antigo Testamento, acreditam que foi Noéquem plantou um vinhedo e com ele produziu o primeiro vinho do mundo ("E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha."Gênesis, capítulo 9, versículo 20). Já os gregos consideraram a bebida uma dádiva dos deuses. Hititas, babilônicas, sumérias, as histórias foram adaptadas de acordo com a tradição e crença do povo sob perspectiva.
Do ponto de vista histórico, sua origem precisa é impossível, pois o vinho nasceu antes da escrita. Os enólogos dizem que a bebida surgiu por acaso, talvez por um punhado de uvas amassadas esquecidas num recipiente, que sofreram posteriormente os efeitos da fermentação. Mas o cultivo das videiras para a produção do vinho só foi possível quando os nômades se tornaram sedentários. Existem referências que indicam a Geórgia como o local onde provavelmente se produziu vinho pela primeira vez, sendo que foram encontradas neste local graínhas datadas entre 7000 a.c. e 5000 a.c.
Vinho (do grego antigo οἶνος, transl. oínos, através do latim vīnum, que tanto podem significar "vinho" como "videira") é, genericamente, uma bebida alcoólica produzida por fermentação do sumo de uva.1 Na União Europeia, o vinho é legalmente definido como o produto obtido exclusivamente por fermentação parcial ou total de uvas frescas, inteiras ou esmagadas ou de mostos;2 no Brasil, é considerado vinho a bebida obtida pela fermentação alcoólica de mosto de uva sã, fresca e madura, sendo proibida a aplicação do termo a produtos obtidos a partir de outras matérias-primas.3
A constituição química das uvas permite que estas fermentem sem que lhes sejam adicionados açúcares, ácidos, enzimas ou outros nutrientes.4 Apesar de existirem outros frutos como a maçã ou algumas bagas que também podem ser fermentados, os "vinhos" resultantes são geralmente designados em função do fruto a partir do qual são obtidos (por exemplo vinho-de-maçã) e são genericamente conhecidos como vinhos de frutas.5 6 O termo vinho (ou seus equivalentes em outras línguas) é definido por lei em muitos países.7 A fermentação das uvas é feita por vários tipos de leveduras que consomem os açúcares presentes nas uvas transformando-os em álcool. Dependendo do tipo de vinho, podem ser utilizadas grandes variedades de uvas e de leveduras.8
O vinho possui uma longa história que remonta pelo menos a aproximadamente 6000 a.C., pensando-se que tenha tido origem nos atuais territórios da Geórgia9 10 , Turquia11 ou Irã.12 Crê-se que o seu aparecimento na Europa ocorreu há aproximadamente 6 500 anos, nas atuais Bulgária ou Grécia. Era muito comum na Grécia e Roma antigas. O vinho tem desempenhado um papel importante em várias religiões desde tempos antigos. O deus grego Dioniso e o deus romano Baco representavam o vinho, e ainda hoje o vinho tem um papel central em cerimônias religiosas cristãs e judaicas como a Eucaristia e o Kidush.
O processo de produção e fermentação
A vindima (colheita): A qualidade da uva tem enorme influência sobre o sabor e qualidade do vinho, por isso a vindima deve ser realizada no tempo certo. Uma vindima antes do tempo resulta em um vinho aguado, com baixa concentração de açúcar e, consequentemente, de álcool. Se a uma vindima for tardia, a uva produzirá um vinho rico em álcool, mas com pouca acidez. Os fatores fundamentais que influem na vindima :O clima - ensolarado, temperatura, umidade, etc.O terroir - a conjuntura dos fatores climáticos, de solo e humano.
O esmagamento: Era feito com os pés, tradição mantida até hoje em algumas poucas regiões. Hoje em dia, em geral, o processo é totalmente mecanizado, quase sem contato humano. O esmagamento da uva produz uma mistura de suco, cascas e bagas que será chamado de mosto. No caso de vinhos tintos, essa mistura é enviada aos tanques, enquanto na elaboração de vinhos brancos, sólidos e líquidos são separados, usando-se apenas a fração líquida para a produção. É normal que 1kg de uva produza cerca de 650 a 700 ml de líquido.
A fermentação: É a parte mais complexa e importante do processo de fabricação do vinho. Nesta etapa, é necessário um controle rígido da temperatura, bem como a presença correta de microrganismos responsáveis pela fermentação. Dentre eles, o mais comum é uma levedura, a Saccharomyces cerevisae, e o controle da temperatura é fundamental para o crescimento e cultura dos fungos, não devendo exceder os 25 a 30 °C. O contato com o ar deve ser evitado, pois ocorreria a oxidação do vinho, bem como também poderia ocorrer parada de fermentação, uma vez que, quando as leveduras possuem oxigênio disponível, podem respirar ao invés de fermentar. Tipos de fermentação:*Fermentação tumultuosa: Ela dura poucos dias, quando ocorrem um grande desprendimento do gás carbônico e o aumento da temperatura.
*Fermentação lenta: Com o passar dos dias, a fermentação começa a diminuir de intensidade devido à diminuição da presença do açúcar. Nesta etapa, o líquido se separa da parte sólida (bagaço, cascas, etc) e são eliminados os últimos traços de glicose, que se transformam em álcool. São poucos os açúcares que ainda restam e, neste momento, o mosto já é o vinho propriamente dito.
Filtragem:Nesta etapa ocorre a filtração do vinho. Ele é clarificado com a retirada dos produtos e sedimentos que deixam o vinho turvo.
Envelhecimento:É uma das fases mais cultuadas do processo. Ocorre na grande maioria dos vinhos tintos, e na minoria dos demais. Esta fase é realizada em barris de carvalho e/ou na garrafa. Em ambos, o oxigênio, que passa pelos poros da madeira - ou da rolha - fará com que o vinho entre em uma fase de desenvolvimento que transformará seus aromas, sabores e sua cor, com essas características ganhando em complexidade e qualidade. Pode variar em tempo de acordo com as características do produto, devendo esse tempo ser avaliado pelo enólogo. Para que ocorra da forma correta, o uso de bons barris, bem como o armazenamento da garrafa em locais adequados - com pouca luz e temperaturas amenas - é vital.
Filosofia do vinho: metafísica, epistemologia, estética e ética
 Como bem sabemos, o vinho era um acompanhante usual dos famosos simpósios na Grécia antiga. Contudo, embora sempre reverenciada, a bebida nunca foi objeto direto de especulação filosófica. É verdade que houve filósofos que fizeram referências e até mesmo empenharam-se em liderar estudos sobre o famoso aperitivo preferido de Baco. Por exemplo, sabe-se que Platão já havia elogiado o vinho no início de seu tratado sobre As leis; alguns filósofos chegaram a estudá-lo de forma séria (como Locke, por exemplo, que se interessou pelas técnicas de agricultura empregadas pelos produtores de vinho na França), mas nunca propriamente em termos “filosóficos”. Talvez Hume tenha sido o filósofo que mais perto chegou disso, ao empregar a arte da degustação do vinho como exemplo paradigmático do que chamou de “fineza do gosto”, algo que, segundo o filósofo escocês, nos permitiria confiar na habilidade dos experts em diferenciar aspectos objetivos da realidade percebida, tornando-os, com efeito, mais confiáveis que os leigos em seus juízos estéticos (uma tese, aliás, sabidamente controversa).
 Mas foi apenas muito recentemente que os filósofos resolveram “tomar o vinho a sério”. Apreciadores tradicionais da bebida, os filósofos adotaram o vinhotambém como objeto de investigação analítica. Dois livros sobre o assunto são indícios desse novo investimento intelectual. Barry C. Smith, atual diretor do Instituto de Filosofia da Escola de Estudos Avançados da Universidade de Londres, organizou recentemente o livro Question of taste: the philosophy of wine(Oxford University Press, reeditado em 2009). O livro é uma coleção de ensaios, originalmente apresentados em uma conferência internacional intitulada “Philosophy of wine: from science to subjectivity”, organizada pelo mesmo instituto de filosofia em dezembro de 2004. Talvez essa tenha sido a primeira conferencia internacional sobre o assunto. Dela participaram filósofos de renome, como Roger Scruton, Kent Bach, Tim Crane, Gloria Origgi, além do próprio Barry Smith, entre outros. Além de filósofos, especialistas de outras áreas contribuíram, como é o caso de Adrienne Lehrer, conhecida por seus trabalhos em linguística. O livro é repleto de questões polêmicas; os autores, de fato, não convergem para conclusões consensuais sobre o assunto (algo que em filosofia serve, na verdade, como estimulante).
 Outro livro sobre o assunto foi publicado pela Editora Wiley-Blackwell, em 2007, e organizado pelo filósofo Fritz Allhoff, professor na Western Michigan University (Wine and philosophy: a Symposium on drinking and thinking). Paul Draper, que também escreveu para o livro organizado por Barry Smith, na época um estudante de pós-graduação em Filosofia em Stanford, porém, já um renomado e inovador produtor de vinhos em diferentes regiões da Califórnia (como o prestigiado Montebelo), foi responsável dessa vez pela texto de apresentação. Neste livro, colaboraram, entre outros, filósofos como Keith Lehrer, conhecido epistemólogo e professor nas Universidades do Arizona, Miami e Graz (Áustria), além de vários intelectuais, amantes e especialistas em vinho, como Roger Scruton.
 Múltiplas temáticas filosóficas sobre o vinho têm interessado esses autores. Em metafísica, um dos temas diz respeito ao que é o ‘vinho’. Apreciadores usualmente empregam termos tomados de empréstimo para tentar descrever o que “encontram” em um vinho. Haveria algo de real nessas descrições? Qual sua “substância” ou individualidade? Afirma-se que um bom vinho é expressão de seuterroir; isso significa que o que chamamos de “vinho” não se reduz apenas ao líquido contido no interior de certa garrafa? Quais as conexões sociais e humanas entre o vinho e seu terroir?
 Também questões correlatas e vinculadas a temas de estética são objeto de reflexa. Por exemplo, o problema da subjetividade ou objetividade do gosto, questões em torno da alegada diferença entre os juízos dos apreciadores, dosexperts e dos consumidores em geral, a controvérsia sobre o vinho como “arte”, incluindo a polêmica acerca de seu o vinho pode ser um “objeto artístico” em sentido próprio; também incluem-se aqui questões sobre diferença entre a mera atividade de “beber vinho” e a “arte” de degustá-lo.
 Em ética, há o problema da “intoxicação” (tema que motivou Scruton a escrever para o livro organizado por Barry Smith), bem como o espinhoso problema correlato da dependência química. Questões também sobre comércio, publicidade e propaganda do vinho, o problema do “elitismo” versus “sofisticação” do gosto também são relacionadas à temáticas de filosofia moral. Um tema ligado à filosofia geral da ética (à “metaética”) diz respeito ao valor que atribuímos a nossas experiências, nesse caso, dos prazeres estéticos ligados à degustação. Filósofos hedonistas sustentaram que o prazer é o critério último do bem moral; mas como o prazer é subjetivo, faria sentido dizer que o prazer gerado pelo consumo de um vinho sofisticado é diferente do prazer proporcionado por um vinho simples ou mediano? Além disso, apreciadores de vinho usualmente associam o prazer da bebida também ao prazer do momento e da companhia; o valor da experiência estética (da degustação e do prazer de beber, ou do prazer à mesa) parece estar, portanto, associado também ao valor que atribuímos às interações humanos que se acham vinculadas aos rituais sociais de consumo do vinho. Se o prazer proporcionado pelo vinho fosse apenas deleite pessoal, tais interações humanas não passariam de meras experiências subjetivas fugazes – poderíamos inclusive reproduzi-las sem a bebida, quiçá por meio de algum medicamento ou com o auxílio de algum sistema sofisticado de neuroengenharia virtual.
 Em epistemologia, há questões sobre que tipo de conhecimento estaria vinculado às experiências degustatórias; além disso, há a alegação de que vinho não é apenas uma bebida, mas é também e, quiçá, indissociavelmente, história, cultura e, em algum sentido, geografia e sociedade. Do que se segue a seguinte questão: saber sobre o vinho (sua origem, país, tipo, história, etc.) afeta nossa percepção sobre a bebida? Que tipo de conhecimento é buscado pelo apreciador e haveria alguma conexão entre esse conhecimento e o prazer desfrutado?
 Esses temas aliam-se aos tradicionais questionamentos que tanto têm interessando os sociólogos principalmente sobre a produção e consumo do vinho. O mercado do vinho, a globalização do produto e a uniformização de certos métodos de elaboração e comercialização parecem estar em conflito com tradições centenárias. Essas tradições, por sua vez, estariam vinculadas a conceitos que fazem parte da semiótica do vinho, como o conceito de terroir. E quanto à defesa da preservação dos métodos tradicionais de enocultura? Estaria a globalização pondo em risco a cultura tradicional do vinho? Como entender o confronto entre o “velho” e o “novo mundo” do vinho? E quanto à popularização do consumo? Faz sentido dizer associar ainda preço à qualidade? E o problema da ansiedade do consumo: como fica a tradição do “vinho de guarda” nos tempos atuais? Por outro lado, a ansiedade em consumir não acaba também afetando a qualidade do que é degustado?
 Estudar filosofia e vinho pode parecer apenas um subterfúgio para falar e criar motivos a mais para degustar a bebida preferida dos filósofos. No entanto, o tema “vinho” pode representar igualmente um tema concreto a mais para facilitar a entrada em problemas filosóficos “abstrusos”. Assim, além de uma nova área de “filosofia prática”, vinho e filosofia pode representar um nova forma de abordagem de certos temas clássicos, uma forma, no entanto, igualmente prazerosa e, por que não dizer, divertida. De todo modo, fazer filosofia do vinho é também mostrar que a filosofia pode ser uma atividade intelectual versátil e moderna. E, tanto como o vinho procura ser, esteticamente encantadora.
Referencias:
http://filosofiadovinho.blogspot.com/2011/09/filosofia-do-vinho-metafisica.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_vinho

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