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PSICOLOGIA SOCIAL: INFLUÊNCIAS DA PSICOLOGIA COGNITIVA aquisição A PSICOLOGIA COGNITIVA - Está ligada a ciência cognitiva que é uma área bem ampla que foi influenciada pela ciência da computação (metáfora computacional = funcionamento/ processamento cerebral) e cibernética/robótica (máquina que pudesse atuar como a mente humana). - A ciência cognitiva tem ramificações na neurociência, na filosofia da mente, na inteligência artificial/cibernética, na linguística, na lógica, na Antropologia e na Psicologia/Neuropsicologia. A PSICOLOGIA COGNITIVA - Primeira grande obra de ciências cognitivas tentando sistematizar as mesmas é a obra de Gardner “A Nova Ciência da Mente” (diálogo transdisciplinar entre diferentes áreas). - Contrário ao behaviorismo que não fala de mente, de processos psicológicos, representações mentais (só fala de estímulo, frequência e consequências) ou melhor do comportamento e seus efeitos no ambiente. Considerado reducionista para a Psicologia Cognitivista (crítica a black box do behaviorismo) A PSICOLOGIA COGNITIVA • Outro grande representante da Psicologia Cognitiva é Edgard Morin e suas teorias sobre o pensamento da Complexidade (oposto ao reducionismo). • Junto com ele diferentes autores vão tentar entender justamente o que acontece dentro do sistema (processamento mental) • Contexto – Nova forma de pensar o mundo: Avanços científicos computacionais (learn machine), transdiciplinaridade e estudo de sistemas complexos através da autoorganização (autoregulam), feedback e autopoiese (auto produção/ criação de si próprio – cria e recria ). A PSICOLOGIA COGNITIVA VAI SE DESTACAR NA PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLÓGICA: A Psicologia Cognitiva ocupa papel central na construção do conhecimento que temos hoje na Psicologia Social. Todos os outros campos da Psicologia do início do século XX influenciaram de alguma maneira a forma como a Psicologia Social enxerga a relação entre fatores mentais e como estes influenciam as pessoas e vice-versa, mas desde o final do século XX a Psicologia Cognitiva vai ocupar um lugar de destaque. DIFERENÇA DE ÂMBITO: Enquanto a Psicologia Cognitiva se preocupa em verificar estas temáticas em um âmbito individual, a Psicologia Social se interessa por estes processos numa esfera social. Por isso a Psicologia Social vai falar de COGNIÇÃO SOCIAL, PERCEPÇÃO SOCIAL, MEMÓRIA SOCIAL, ETC. A Psicologia Cognitiva se encarrega do estudo sobre a percepção, aprendizado e pensamento sobre diversas situações da vida. Dessa forma, ela avalia os processos mentais, de modo a entender como cada um de nós pode perceber os fenômenos da realidade. Isso é bastante importante para investigar, por exemplo, porque alguns conseguem se lembrar facilmente das coisas e outros não. A Psicologia Cognitivista constrói uma profunda análise sobre como cada um de nós consegue perceber o mundo. Sem contar como nós desenvolvemos funções cognitivas essenciais para o nosso crescimento, como falar, resolver problemas, pensar… Etc. https://www.infoescola.com/psicologia/cognitiva/ https://www.infoescola.com/psicologia/cognitiva/ https://www.infoescola.com/psicologia/cognitiva/ Por causa de sua atuação que essa vertente psicológica acaba apresentando divergências em relação a outras abordagens. Isso porque refuta o pensamento sobre a introspecção, sendo bem mais positivista ao atuar como investigação científica. Assim, essa Psicologia aponta que há estados mentais internos, como motivações e crenças, o que faz com que ela se desencontre da Psicologia Comportamental. O fracasso do behaviorismo ao explicar peças complexas do comportamento usando o paradigma estímulo- resposta contribuiu para movimento cognitivista. Um psicólogo cognitivo visa o estudo dos caminhos utilizados pela pessoa para organizar o seu conhecimento. Feito isso, ele observa também a forma como esse conhecimento formulado é usado para realizar ou planejar novas ações. Áreas de investigação da Psicologia cognitiva: O trabalho de atuação da Psicologia Cognitivista compreende um terreno delimitado por cinco instâncias da mente. Focos: Percepção, Memória, Representação, Linguagem e Pensamento. Percepção A percepção diz respeito a cada função que nos deixa sentir os diversos estímulos do ambiente. Feito isso, um processamento posterior vai ajudar na compreensão das informações obtidas. Memória Por sua vez, a memória diz respeito ao registro e à retenção de informações recebidas que, posteriormente, poderão ser acessadas. Há uma dedicação especialmente ao seu estudo e entendimento em conjunto com a inteligência e a linguagem. Representação de conhecimento Trata-se de uma área de busca interligada à inteligência artificial. A partir daí se mostra possível entender como representar o conhecimento, verificar se todos são semelhantes, saber como interpretar, etc. Linguagem No que falamos sobre linguagem, afirmamos ser a capacidade de receber, interpretar e enviar informações para o ambiente. Pensamento Já o pensamento é a capacidade de formar, compreender e ordenar conceitos mentalmente. Com isso, pode-se manipulá-los, fazendo ligações entre eles para que criar novas representações. O QUE É COGNIÇÃO SOCIAL? A todo momento as pessoas estão em contato com situações que exigem a interação social para resolução de problemas complexos. Esse aspecto caracteriza os seres humanos como eminentemente sociais e que depende de habilidades no campo social para garantir a sobrevivência e adaptação com o meio. Para que as interações sociais possam ser bem-sucedidas e adaptativas o cérebro humano é dotado de mecanismos neurais específicos para o processamento de informações do domínio social. Esse processamento de informação especializado na identificação, manipulação e adequação do comportamento de contextos sociais é chamado de cognição social. Assim a definição de Cognição Social é feita como um processo neurobiológico que possibilita aos seres humanos, interpretar adequadamente os signos sociais e apresentar uma resposta apropriada a estes estímulos. Cognição Social: Conjunto de processos neurobiológicos que estão interconectados aos processos de percepção e interpretação de informações extraídas a partir da interação com outros e introjeção de regras sociais. Operação mental que possibilita o conhecimento sobre si mesmo, a percepção dos outros, as motivações interpessoais e a construção de representações das relações do indivíduo e os outros, onde estas são utilizadas com flexibilidade para gerar respostas adaptativas frente a intenções, emoções, tendências e comportamentos. DOMÍNIOS DA COGNIÇÃO SOCIAL: Um dos modelos conceituais mais referendados na literatura foi proposto por Couture et al., (2006) que defende o constructo da cognição social como sendo composto por quatro subdomínios: percepção emocional, percepção social, teoria da mente, viés de atribuição. PERCEPÇÃO EMOCIONAL: Refere-se à capacidade que o indivíduo tem de inferir informação emocional a partir de expressões emocionais, como a entonação vocal, o comportamento não verbal e a prosódia. PERCEPÇÃO SOCIAL: Capacidade de identificar pistas no comportamento do outro num determinado contexto social, compreendendo os papéis, regras e convenções sociais TEORIA DA MENTE: Habilidade em compreender que as demais pessoas possuem estados mentais que diferem uns dos outros e do próprio estado mental, e de conseguir fazer inferências relativas ao conteúdo desses estados mentais. Pode ser dividida em teoria da mente afetiva e teoria da mente cognitiva. Sendo que a teoria da mente afetiva requer o entendimento das emoções, estados afetivos ou sentimentos dos outros. Enquanto que a teoria da mente cognitiva visa o entendimento dos estados cognitivos, crenças, pensamentos ou intenções dos outros. ESTILOS DE ATRIBUIÇÃO: Tendência de explicar as causas dos acontecimentos da própria vidacomo positivos ou negativos, constituindo assim a maneira pela qual o indivíduo interpreta e explica as causas de um determinado resultado. PSICOLOGIA SOCIAL - Prof. Vilson Carvalho No cotidiano, o termo “atitude” comumente está atrelado a ação propriamente dita. Assim, atitude se tornou sinônimo de tomar alguma ação para resolver algo. A maioria dos psicólogos sociais define atitude como avaliações que fazemos de pessoas, objetos e ideias. Atitudes são avaliações no sentido do que consistem em uma reação positiva ou negativa a alguma coisa. O homem não é um observador neutro do mundo, mas um avaliador constante do que vê. AVALIAÇÕES, por sua vez são formadas: - por um componente afetivo, que consiste em nossas reações emocionais ao objeto que gera a atitude (como, por exemplo, outra pessoa ou um problema social), - por um componente cognitivo, constituído de nossos pensamentos e opiniões sobre o objeto da atitude, e por - um componente comportamental, ou seja, nossas ações ou comportamento observável em relação ao objeto (Aronson, Wilson & Akert, 2002). As atitudes constituem um meio eficiente de avaliar o mundo. Quando temos de reagir rapidamente a qualquer coisa, a maneira como nos sentimos a respeito dela pode orientar a reação. É o caso, por exemplo, de uma pessoa que acredita que um determinado grupo étnico é preguiçoso e agressivo e que pode sentir aversão em relação a eles, passando a ter a intenção de agir com discriminação. Ao avaliarmos atitudes, usamos uma das três seguintes dimensões (Myers, 2000): - AFETOS (Sentimentos); - COMPORTAMENTOS (Intenção); - COGNIÇÃO (Pensamentos e Crenças) - A OPINIÃO É UMA ATITUDE EXPRESSA EM PALAVRAS. FUNÇÕES DA ATITUDE: De acordo com Krüger (1986): 1ª) a principal função das atitudes sociais é a avaliativa. 2ª) A estrutura atitudinal possibilita a organização do comportamento nos planos da cognição, dos afetos e da vontade. 3ª) Contribuem para a orientação da conduta, na medida em que ensejam uma discriminação afetiva de tudo e de todos aqueles que se dispõem no campo do nosso ambiente psicológico. 4ª) Favorecem a elaboração de argumentos; 5º) Militam em defesa do eu, protegendo-o de objetivos e situações desagradáveis ou ameaçadoras. 6ª) Autorizam inferências a respeito dos valores que a elas se encontram subjacentes, ou seja, desempenham um papel expressivo em relação aos valores (relativos a identidade social). A força como as atitudes se definem também é um fator de suma importância para a sua compreensão. Por exemplo, você acha que o sentimento que você sente pelo seu time de coração ou pela sua religião possui a mesma força que o gosto que você tem pela sua cor preferida? Para a determinação da força das atitudes, alguns autores comentam sobre a influência da hereditariedade, outros comentam sobre o nível de conhecimento a respeito de um tema, mas o consenso em relação a mensuração de sua força, até o momento, é o quão acessível a memória a crença se apresenta. Se sua atitude em relação algo é muito acessível, logo que você leu essas palavras, (nome do objeto – ex.: arma de fogo) sentimentos de agrado ou desagrado foram disparados. Se uma atitude é relativamente inacessível, esses sentimentos surgem com mais lentidão (Aronson, Wilson & Akert, 2002). O comportamento referido nas atitudes tem a ver com a intenção de, não com o comportamento propriamente dito. O comportamento pode modificar as atitudes e vice-versa. PREDIÇÃO DE ATITUDES Edward Jones e Harold Sigall (1971) criaram um método do falso canal de comunicação, que leva as pessoas a expor suas atitudes reais. Ele pediu a estudantes da Universidade de Rochester que segurassem um volante preso; solto, o volante podia virar uma seta para a esquerda, indicando divergência, ou para a direita, indicando concordância. Quando eletrodos foram ligados nos braços dos estudantes, o falso mecanismo supostamente mediria pequenas reações musculares, que avaliariam a tendência para virar o volante para a esquerda (discordar) ou para a direita (concordar). Para demonstrar a nova e incrível maquina, o pesquisador fez algumas perguntas aos estudantes. Depois de alguns momentos, nos quais impressionantes luzes piscavam e sons diversos ecoaram, um medidor no aparelho indicava a atitude do estudante... nada mais do que uma atitude que o estudante já expressara antes, como parte de uma pesquisa agora esquecida. O procedimento deixou todos os estudantes convencidos da validade do aparelho. Posteriormente foram interrogados sobre suas atitudes em relação aos afro-americanos, sendo em seguida convidados a adivinhar o que o aparelho revelara. Em comparação com outros estudantes que responderam através de questionários típicos, os que responderam pelo falso canal de comunicação admitiram mais convicções negativas (é melhor dizer o que já será descoberto). A conclusão deste experimento é que quando temos uma crença forte a respeito de algo, esta pode desencorajar a pessoa de ter uma atitude expressa divergente de sua atitude real. A MANEIRA MAIS FREQUENTE DE MEDIR AS ATITUDES SÃO QUESTIONÁRIOS E ENTREVITAS. COMO OS INDIVÍDUOS PODEM DISTORCER AS RESPOSTAS NAS ENTREVISTAS E AS PERGUNTAS DOS QUESTIONÁRIOS, OS PSICÓLOGOS SOCIAIS CRIARAM TÉCNICAS PARA SUPERAR OS PROBLEMAS DE FIDEDIGNIDADE: OS MENORES DE 18 ANOS NÃO INGERIR BEBIDA ALCÓLICA. OS BAIANOS SÃO PREGUIÇOSOS MEDIDA DE ATITUDES MEDIDA DE ATITUDES Considera o significado que tem uma palavra para um indivíduo. Se pede que o mesmo valore um conceito em relação a algumas dimensões tais como: - JUSTO X INJUSTO (Percepção de seus valores); - FORTE X FRACO (Percepção de sua força); - QUENTE X FRIO (Percepção de seu nível de atividade). - O atual governo norteamericaono é: - JUSTO X INJUSTO; - FORTE X FRACO ; - QUENTE X FRIO. Publicidade/ Marketing e Formação de Atitudes Até os anos 80 quase ninguém utilizava cinto de segurança e hoje já é um procedimento absorvido pela sociedade. O primeiro estudo sistêmico neste sentido se chama Método Yale de Mudança de Atitude e se caracteriza pelo estudo de qual forma com maior possibilidade de influenciar as pessoas. Neste sentido, estudaram três variáveis: Publicidade/ Marketing e Formação de Atitudes O comunicador (Importa a qualidade do que é falado, a credibilidade de quem fala e o quanto esta pessoa parece interessante); Comunicação – Trata-se do nível da qualidade da informação propriamente dita. Os argumentos são bons? A pessoa apresenta todos os argumentos, mesmo que algum contraponha a ideia principal? Publicidade/ Marketing e Formação de Atitudes Audiência: Qual a natureza deste público? São hostis ou cordiais? Qual perfil médio das pessoas que se deseja atingir? Em relação a este ponto, Festinger comprovou que uma plateia distraída tenderá a ser mais influenciada do que uma atenta. Outro fator importante neste tópico foi o estudo de Rhodes & Wood, que afirma o fato de pessoas com nível de inteligência baixa tendem a ser mais influenciadas que as pessoas com inteligência mais alta. Além disto, no mesmo estudo, foi verificado que pessoas com autoestima mediana costumam ser mais afetadas por comunicação persuasiva do que as que possuem autoestima alta ou baixa. (periféricas) FATOR PERSONALIDADE: Outro quesito importante nesse caso é a tendência da personalidade da pessoa. De acordo com Aronson, Wilson e Akert (2002), algumas pessoas gostam de pensar mais a fundo nas coisas do que outras. Diz-se que têm elevada necessidade de cognição (Cacioppo, Petty, Feinstein & Jarvis, 1996). Essa é uma variável de personalidade que reflete na medida em que pessoas se empenham em atividades cognitivas que exigem esforço, e gostam disso. É mais provável que as pessoas com forte necessidade desse tipo desenvolvam suas atitudes prestando cuidadosa atenção aos argumentos relevantes (isto é, indo pelo caminho central), ao passo que aquelas com baixa necessidadede cognição tendem a depender de dicas periféricas, tais como a atração ou credibilidade do orador. Slide 1: PSICOLOGIA SOCIAL: INFLUÊNCIAS DA PSICOLOGIA COGNITIVA Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96: Publicidade/ Marketing e Formação de Atitudes Slide 97: Publicidade/ Marketing e Formação de Atitudes Slide 98: Publicidade/ Marketing e Formação de Atitudes Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109
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