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Tópico 4 - Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços

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Comportamento térmico em edificações 
residenciais, comerciais e de serviços
Apresentação
O tema do conforto térmico é instável: trata-se de um estado, por isso não existem regras fixas que 
chegam a esse resultado, e sim estratégias de projeto e adoção de tecnologias que auxiliam a um 
desempenho satisfatório das edificações. Além disso, como as temperaturas e os microclimas 
variam muito, seja entre os meses ou até no mesmo dia, é importante que a edificação se adapte a 
essas mudanças, sem precisar de energia elétrica ou utilizando a menor quantidade possível.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá os requisitos para atingir o estado de conforto 
térmico, além das estratégias de projeto e metodologias, a fim de obter espaços eficientes 
termicamente. Além disso, verá as formas de resfriar e aquecer o interior dos edifícios para que a 
sensação térmica permaneça agradável.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir os requisitos para o conforto térmico em edificações residenciais, comerciais e de 
serviços.
•
Sugerir estratégias para obter ambientes termicamente mais confortáveis.•
Identificar os principais meios para o resfriamento ou aquecimento de uma edificação.•
Desafio
Atingir o conforto térmico é um desafio, uma vez que é um estado, não uma resposta constante aos 
fatores climáticos. Assim, é importante que as escolhas projetuais sejam coerentes com o ambiente, 
a fim de tornar mínimo o gasto energético.
Analise a seguinte situação:
 
Considerando as informações apresentadas, responda:
a) Quais tecnologias construtivas e decisões projetuais devem ser tomadas para chegar ao 
resultado esperado?
b) Além disso, em qual dos terrenos essas habitações devem ser implantadas? Justifique a sua 
resposta.
Infográfico
O conforto térmico está relacionado ao conforto dos seres humanos nos espaços. Em se tratando 
de espaços fechados, a arquitetura é responsável por resolver os projetos de forma eficiente, 
propiciando conforto aos usuários e gastando a menor quantidade possível de energia elétrica.
Neste Infográfico, você vai ver quais são os princípios que tornam uma edificação mais eficiente 
energeticamente, em função da tecnologia construtiva, entorno, materiais e suas propriedades.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/58ebe639-1632-404e-b7f1-1b8a28052a85/89fc8c2a-3cc3-46b5-81ae-3f95da98837b.png
Conteúdo do livro
Atingir o conforto térmico no interior das edificações não é uma tarefa fácil. Por envolver diversos 
fatores, essa missão exige cuidado na escolha dos materiais utilizados, além de uma preocupação 
do usuário em encontrar a neutralidade térmica com o ambiente. 
Diversas normas e estudos foram desenvolvidos, principalmente a partir de 1915, como forma de 
organizar as propriedades térmicas dos materiais e regulamentar os usos, a fim de que o resultado 
se aproxime de uma sensação agradável climaticamente. 
 
No capítulo Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços, da obra 
Conforto ambiental e iluminação, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai ter a 
oportunidade de aprender sobre o conforto térmico e as formas de atingi-lo, bem como as 
estratégias de projeto e emprego de tecnologias, buscando criar espaços eficientes termicamente. 
Além disso, vai identificar as formas de resfriamento e aquecimento no interior dos edifícios, 
apresentando exemplos.
Boa leitura.
CONFORTO 
AMBIENTAL E 
ILUMINAÇÃO 
Agatha Muller de Carvalho
Comportamento térmico 
em edificações residenciais, 
comerciais e de serviços 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir os requisitos para o conforto térmico em edificações residen-
ciais, comerciais e de serviços.
 � Sugerir estratégias para se obter ambientes termicamente mais 
confortáveis.
 � Identificar os principais meios para o resfriamento ou aquecimento 
de uma edificação.
Introdução
A maior parte da vida humana contemporânea ocorre no interior das 
edificações, de modo que são desejados espaços confortáveis termica-
mente. No entanto, devido às diferenças de temperatura ao longo do 
ano nas cidades, é preciso adaptar meios projetuais e utilizar tecnologias 
que se adaptem a essas diferenças.
Neste capítulo, você aprenderá sobre as formas de medição do con-
forto térmico das edificações residenciais e comerciais, a fim de obter 
projetos de espaços mais eficientes. Por fim, identificará meios de resfriar 
e aquecer as edificações, em virtude da amplitude térmica das cidades.
Conforto térmico das edificações residenciais 
e comerciais
Cada vez mais, os arquitetos buscam relacionar espaço e meio ambiente, 
buscando atender às exigências técnicas e proporcionar qualidade de vida 
para os ocupantes de uma edificação. É nesse contexto que entra o conforto 
térmico, em que o bem-estar é proporcionado pelo equilíbrio humano em 
relação às intempéries. Mas como compreender esse fenômeno e utilizar os 
conceitos de forma assertiva em nossos espaços?
Primeiro, deve-se compreender que conforto térmico é um estado, visto que 
um ambiente pode apresentar conforto térmico em um determinado turno, mês 
ou estação do ano, e ser inadequado para a estadia dos seres humanos em outro 
período. Assim, um organismo está termicamente confortável quando está em 
estado de equilíbrio com o meio que o envolve, ou seja, com conforto térmico. 
Se a temperatura não estiver adequada, o corpo apela para a termorregulação, 
a fim de estabilizar a temperatura corporal, com suor e transpiração no calor 
e tremores e aceleração do metabolismo no frio (LAMBERTS et al., 2016).
Portanto, um indivíduo se encontra com a sensação de conforto térmico 
quando seu corpo não necessita recorrer a nenhum mecanismo de termor-
regulação. Entretanto, assegurar o conforto térmico em nossos ambientes 
é praticamente impossível, uma vez que não somos iguais e não temos 
o mesmo metabolismo. Outros fatores também influenciam a nossa sensação 
de temperatura, como horas de sono, vestimentas e estados mentais diferentes 
durante o dia. Por esses motivos, o conforto térmico não pode ser definido 
com exatidão, sendo necessário o encontro de um denominador comum.
Os primeiros esforços organizados a fim de estabelecer critérios de con-
forto térmico foram realizados entre 1913 e 1923. Em 1923, a Associação 
Americana dos Engenheiros de Aquecimento e Ventilação (ASHVE) publicou 
o trabalho de Houghten e Yaglou, que estabelecia linhas de igual conforto, 
posteriormente definidas como temperatura efetiva, e determinava a zona de 
conforto. O teste ocorreu com 126 pessoas, de ambos os sexos, com diferentes 
idades e profissões, que se deslocavam entre duas câmaras de mesma tempe-
ratura, porém com umidades distintas. Nesse caso, a condição dos usuários 
se aproximou da neutralidade térmica.
Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços2
Mesmo apresentando neutralidade térmica, é preciso ter cuidado, pois esse não é o 
único fator para garantir o conforto térmico. A radiação assimétrica e a corrente de 
ventos instáveis podem ocorrer paralelamente à neutralidade térmica, o que acarreta 
um desconforto ao usuário.
Para obter um critério de conforto térmico em edificações, existem algumas 
normas que foram desenvolvidas. A mais famosa é a ASHRAE 55, definida 
pela Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração 
e Ar-Condicionado (ASHRAE). A primeira publicação ocorreu em 1966, 
por Fanger (1982), delineando condições aceitáveis de conforto térmico em 
ambientes internos. É atualizada de tempos em tempos, sendo que a última 
atualização ocorreu em 2017. Para a simulação de conforto térmico, a norma 
sugere, como critério de análise, o voto médio estimado (PMV, do inglês 
predicted mean vote). A metodologia de cálculo dascondições ideais vai direto 
ao ponto: consiste em aplicar os valores das seis variáveis — temperatura de 
bulbo seco, temperatura radiante média, umidade relativa, velocidade do ar, 
valor da roupa de cada pessoa e taxa metabólica de cada pessoa — aos coefi-
cientes da equação de conforto térmico, calculando a acumulação energética 
no corpo. Para isso, considera-se o valor médio de um grupo de pessoas em 
um determinado ambiente, a fim de determinar o fator de conforto térmico, 
levando em consideração uma escala de sete sensações térmicas (Figura 1), 
que vai de – 3 a + 3.
3Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços
Figura 1. Escala utilizada para 
quantificar as sensações térmicas 
para cálculo do PMV.
Fonte: Adaptada de Fanger (1982).
-3
-2
-1
0
1
2
3
Muito frio
Frio
Ligeiramente frio
Confortável 
Ligeiramente quente
Quente
Muito quente
Conforme Fanger (1982), o objetivo de uma simulação de conforto é manter 
os ambientes internos dentro do nível de conforto, entre – 0,5 e + 0,5. Para isso, 
a sensação térmica não deve ultrapassar metade da sensação de ligeiramente 
frio ou ligeiramente calor para aproximadamente 9% dos ocupantes da edi-
ficação em 98% dos horários em que esta estiver ocupada. A porcentagem de 
10% ou menos de pessoas insatisfeitas é dada como termicamente aceitável, 
de acordo com a ISO 7730:2005.
Norma ISO 7730
A ISO 7730:2005 tem como título: Ergonomia do ambiente térmico — Determinação 
e interpretação analíticas do conforto térmico usando o cálculo dos índices PMV 
e PPD e critérios locais de conforto térmico. Ela apresenta métodos para prever a 
sensação térmica geral e o grau de desconforto (insatisfação térmica) de pessoas 
expostas a ambientes térmicos moderados e permite a determinação analítica e a 
interpretação do conforto térmico usando o cálculo do PMV (voto médio previsto) e 
da PPD (porcentagem prevista de insatisfação) do conforto térmico local, fornecendo 
Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços4
as condições ambientais consideradas aceitáveis para o conforto térmico geral, bem 
como aquelas que representam desconforto local.
Foi a ISO 7730:2005 que normatizou o uso do PMV, em 1994. Contudo, mesmo com 
aparelhos que consigam medir com maior precisão os fatores climáticos, as taxas de 
isolamento das roupas e metabólicas ainda não se aproximam da exatidão.
Fonte: International Standard Organization (2005).
A relação entre as sensações térmicas da escala estabelecida e as variáveis 
que influenciam o conforto térmico foi obtida partindo-se do pressuposto de 
que, à medida que as condições térmicas de um ambiente se afastam daquelas 
consideradas confortáveis, o sistema termorregulador do corpo deve agir 
mais intensamente, de forma a evitar variações significativas na temperatura 
interna. Contudo, o excesso de trabalho do sistema termorregulador provoca 
maior desconforto (MAHLMANN et al., 2018).
Os primeiros parâmetros apresentados pelo teste são determinados por um 
software de simulação — como, por exemplo, o EnergyPlus —, utilizando os 
arquivos climáticos de uma região. Já o valor da roupa é calculado dinami-
camente, utilizando a fórmula da ASHRAE, com base na temperatura do ar 
externo às 6 h em todos os dias do ano (Figura 2).
 Figura 2. Tabela com os valores de absortividade das superfícies.
Fonte: Adaptada de Frota e Schiffer (2001).
Temperatura do ar externo as 6:00h, dia 6/10(ºf )
Temperatura do ar externo as 6:00h, dia 6/10 (ºC)
Is
ol
am
en
to
 d
as
 ro
up
as
 (c
lo
)
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
-40 -22 -4 14 32 50 68 86 104
-40 -30 4030-20 20-10 100
5Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços
Além disso, existem algumas orientações que buscam otimizar as cons-
truções e minimizar as alterações no meio ambiente, sendo que as instalações 
devem adotar soluções, a fim de reduzir o consumo de energia, utilizando 
técnicas como a ventilação natural, por exemplo. Para oferecer edificações de 
qualidade, que prezem pelo conforto térmico dos moradores, não existem regras 
específicas, já que isso varia em relação a cada lugar (FROTA; SCHIFFER, 
2001). Todavia, existem as normas de desempenho dos materiais, que auxiliam 
nessas decisões, como a relação de agregados ao concreto, as definições de 
composição das fibras de lãs de isolamento, os painéis antirruídos e o mate-
rial das telhas. As duas normas mais utilizadas para o conforto térmico de 
edificações residenciais são:
 � ABNT NBR 15575-5:2013 — Edificações habitacionais — Desempenho 
– Parte 5: Requisitos para sistemas de coberturas;
 � ABNT NBR 15220-3:2005 — Desempenho térmico de edificações – 
Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas 
para habitações unifamiliares de interesse social.
Com suas exigências, essas normas se preocupam com o produto a ser 
entregue ao consumidor, diante da obrigação do fornecedor de assegurar 
um produto ou serviço de qualidade e do direito do consumidor de receber 
esse serviço ou produto com as peculiaridades previstas nas normas técnicas 
(LAMBERTS et al., 2016). No entanto, uma das dificuldades para ter normas 
eficientes, no Brasil, está relacionada às grandes dimensões continentais do 
território, que proporcionam microclimas e temperaturas dos mais variados. 
Seja no calor característico dos estados do centro e norte do país, seja no frio 
apresentado pelos estados do sul, não é raro confrontarmos sensações térmicas 
bastante incômodas. 
Quando se trata de espaços corporativos, segundo uma pesquisa do 
CarrerBuilder (site de emprego nos Estados Unidos), 1 em cada 5 profissionais 
já discutiu por causa de temperatura, e 18% já mudaram o termostato durante 
o inverno escondido dos colegas de trabalho. É fato que o desconforto tér-
mico no ambiente profissional pode prejudicar a capacidade de trabalho dos 
funcionários (LOPEZ; CASTRO; SILVA, 2018). A pesquisa do CarrerBuilder 
revelou que 53% dos trabalhadores dizem que são menos produtivos quando 
trabalham em um local muito frio, e 71% disseram que são menos produtivos 
quando trabalham em um local muito quente. No Brasil, segundo a NR17 do 
Ministério do Trabalho (norma regulamentadora para ergonomia), existe a 
determinação de que a temperatura do ambiente de trabalho, como em labo-
Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços6
ratórios, escritórios e salas de desenvolvimento, deve ter temperatura entre 
20 e 23°C, com umidade inferior a 40%. Para as empresas que têm a ABNT 
NBR ISO 9241-11:2011, recomenda-se temperatura de 20 a 24°C no verão e 
23 a 26°C no inverno, com umidade entre 40 e 80%.
A NR17 visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar 
um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. 
A informação sobre a temperatura recomendada está no item 17.5.2 e informa 
também os limites de velocidade do ar (não superior a 0,75 m/s) e umidade relativa 
do ar (não inferior a 40%). 
Fonte: Brasil (2007).
Hackenberg (2000) desenvolveu pesquisas para avaliar as condições am-
bientais de trabalho industrial, com medição de parâmetros e entrevista com 
os usuários, uma vez que as normas vigentes no início do século XXI — 
NR15 e NBR 6401 — utilizavam de parâmetros internacionais de conforto e 
estresse térmico voltados para o clima frio do hemisfério norte, ou seja, não 
representam as reais necessidades do Brasil.
Para termos um comparativo, as temperaturas médias mensais em Nova 
Iorque variam entre — 0,5 e 21°C; em Paris, entre 3 e 19°C; ao passo que, 
no Rio de Janeiro, as médias mensais variam de 20 a 27°C (IPMA, 2019). 
Ou seja, não é indicado utilizar normas pertinentes ao hemisfério norte em 
um país tropical. As normas precisam ser adaptadas às nossas condições, 
a fim de ter o resultado esperado: conforto térmico nas edificações.
Estratégias para edificaçõesmais confortáveis
Criar espaços mais confortáveis, seja para morar, trabalhar ou prestar serviços, 
é o que a arquitetura precisa propor. A adoção de tecnologias construtivas 
coerentes com as condições climáticas pode atingir um conforto térmico, mas 
não o garante. É necessário que o projeto arquitetônico interprete as necessi-
7Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços
dades do local e utilize os materiais necessários (GOULART; LAMBERTS; 
FIRMINO, 1998).
De modo geral, as técnicas construtivas das coberturas e paredes devem 
possuir baixa condutividade térmica, impedindo a troca de calor entre o 
exterior e o interior da edificação. Assim, o uso de blocos cerâmicos (Figura 
3) e sistema wood frame parecem boas opções.
O uso de blocos cerâmicos surgiu como uma evolução dos tijolos cerâmi-
cos, como forma de criar um material mais resistente, modular e com melhor 
desempenho térmico. Em virtude da densidade da cerâmica e dos buracos 
existentes no bloco (que deixam espaço para o ar, que é péssimo condutor 
de calor), essa tecnologia é apropriada para regiões onde existe amplitude 
térmica, visto que o espaço interior não deve sofrer com essas diferenças. 
Além disso, o acabamento externo pode ajudar a bloquear os raios solares, 
principalmente com superfícies rugosas e claras. Esse sistema, utilizado pela 
primeira vez nos anos 60, na Suíça, começou a ser utilizado no Brasil no fim 
do século XX, principalmente com o emprego estrutural.
Figura 3. Bloco de cerâmica, que possui melhor 
desempenho térmico que o tijolo comum e o 
bloco de concreto.
Fonte: ARegina/Shutterstock.com.
Já o sistema wood frame (Figura 4) possui parte estrutural (montantes e 
travessas) em madeira maciça, ao passo que as chapas de revestimento são em 
OSB (do inglês oriented strand board) ou em placa cimentícia, em áreas de 
maior umidade. Esse sistema permite que uma camada de lã ou isolamento seja 
colocada entre dois painéis, o que otimiza o desempenho térmico e acústico 
Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços8
dos sistemas. Assim como no sistema de blocos cerâmicos, o acabamento 
externo pode ajudar (ainda mais) no conforto, como nas superfícies claras — 
já que o concreto possui três vezes mais condutividade térmica que uma pintura 
branca. Por se tratar de uma tecnologia norte-americana, pouco utilizada no 
Brasil, não existe normatização nacional (RUAS, 1999).
Figura 4. Sistema wood frame na cobertura, com aplicação de isolante térmico-acústico.
Fonte: brizmaker/Shutterstock.com. 
Nas fachadas envidraçadas, existem inúmeras possibilidades de tipos de 
vidro e formas de utilização desse material. O tipo mais comum não possui 
nenhum tipo de proteção climática, ou seja, a troca de temperatura entre os 
ambientes interno e externo ocorre com muita facilidade. Quando os vidros 
são móveis, na forma de esquadrias, podem propiciar a ventilação cruzada e a 
convecção climática, ajudando a liberar a temperatura não desejada do interior. 
Entretanto, em situações extremas, de muito calor ou muito frio, a sensação 
térmica será desagradabilíssima. Então, como utilizar esse sistema de forma 
a agregar no conforto térmico? Uma das formas é com aberturas estratégicas, 
de tamanho adequado, e que permitam as trocas gasosas, quando necessárias. 
Caso se opte, no projeto, pelas peles de vidro, como em grande parte dos edifí-
9Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços
cios de escritórios e corporativos, existem algumas opções que podem diminuir 
a infiltração de calor, como as películas, e outras opções mais tecnológicas. 
Projetar ambientes com boa iluminação natural, que contribua para a eficiência 
energética das edificações, é um dos desafios da arquitetura. O desempenho 
foto-energético do vidro refletivo, que recebe uma camada adesiva e filtra 
os raios solares através da reflexão da radiação, garante controle eficiente da 
intensidade de luz e de calor transmitidos para os ambientes internos. Todavia, 
é necessário estar atento, uma vez que os raios solares devolvidos ao ambiente 
podem causar transtornos ao entorno (LAMBERTS et al., 2016).
Considerando-se que a fachada envidraçada refletiva de um edifício devolva ao entorno 
75% da irradiação solar recebida, se a região não for arborizada, todo esse calor será 
absorvido por outras superfícies, como as vias asfaltadas e as calçadas pavimentadas 
com pedras. Ou seja, se a temperatura do ar já é alta, a sensação térmica, na rua, será 
ainda maior.
Um edifício de 37 andares, em Londres, curvo e com vidro refletivo, se transformou 
em um potente espelho côncavo: em um dia quente ensolarado, a temperatura do 
solo atingiu 92ºC, conforme medição de uma universidade local.
Fonte: G1 (2013)
Vidros low-e (do inglês, low emissivity [baixa emissividade]) são opções 
que apresentam, em uma de suas faces, um revestimento extrafino de metais e 
óxidos metálicos, que proporciona baixa emissividade de calor. Invisíveis a olho 
nu, essas partículas nanométricas absorvem raios infravermelhos, controlando 
tanto o ganho quanto a perda térmica. Como o processo de revestimento envolve 
prata na composição, a recomendação é usar vidros duplos, a fim de evitar 
a corrosão da camada de baixa emissividade, e essa superfície deve estar no 
interior da câmara de ar. Além disso, dependendo do clima e da temperatura 
média do local, essa película deve estar em determinada posição, conforme 
a Figura 5 (FROTA; SCHIFFER, 2001).
Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços10
Figura 5. Posição do low-e conforme o clima.
Climas frios
EUA, Europa
Ar
InteriorExterior
Ar
InteriorExterior
Low-e Low-e
Climas quentes
Norte e Nordeste do Brasil
Para as coberturas onde há maior incidência direta de calor, é recomendado 
o uso de telhas com bom desempenho térmico ou a adoção de uma camada 
isolante. A telha térmica, também conhecida como telha sanduíche, ajuda 
a não conduzir o calor para o interior das edificações; conforme o modelo, 
o isolamento térmico pode ser de até 95%, representando uma queda de até 
8°C na temperatura. É composta de duas chapas metálicas, que podem ser 
de aço ou de alumínio, revestidas internamente com um material isolante, 
como isopor, espumas rígidas, materiais expansíveis e até mesmo minerais. 
As telhas cerâmicas, assim como os blocos utilizados nas alvenarias, quando 
têm maior densidade na composição, possuem baixa condutividade térmica. 
Aplicadas recorrentemente à construção civil, necessitam de uma estrutura 
de apoio, o que pode causar infiltração. Assim, é recomendado o uso de 
uma manta de impermeabilização entre a estrutura e a telha, o que ajuda nas 
questões térmicas.
A cobertura verde (Figura 6) é uma alternativa para amenizar os efeitos do 
calor, principalmente quando se trata de uma laje impermeabilizada. O conceito, 
que surgiu como um dos cinco pontos da arquitetura moderna, proposto por 
Le Corbusier, tem muito mais função que apenas estética. O conjunto, composto 
por manta de impermeabilização, argila expandida, bidim, terra e vegetação, 
cria uma barreira que impede a penetração do calor. A ausência de vegetação 
nas cidades, além de favorecer a criação das ilhas de calor, tem alterado 
significativamente o clima dos agrupamentos urbanos, devido à incidência 
direta da radiação solar nas construções, o que gera um uso demasiado de 
11Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços
energia para resfriamento dos interiores, no verão, e aquecimento, no inverno, 
já que a matéria construída tem facilidade de perda de calor para o meio. 
Ou seja, além de melhorar a condição térmica dessa edificação, a cobertura 
verde gera impacto imediato para seu entorno (GOULART; LAMBERTS; 
FIRMINO, 1998).
Figura 6. Cobertura verde ou terraço-jardim, um dos cinco pontos da arquitetura moderna.
Fonte: enchanted_fairy/Shutterstock.com. 
Uma solução mais prática para quem quer melhorara qualidade térmica 
da telha existente, principalmente quando de fibrocimento ou zinco, é aplicar 
uma camada de tinta branca emborrachada, visto que, além de refletir mais 
quantidade de raios solares, ajuda na impermeabilização das telhas.
Aquecimento e resfriamento das edificações
Para atingir o conforto térmico em edificações que não foram projetadas 
adequadamente ao clima, muitas vezes o socorro vem do aumento do gasto 
de energia, com o uso de climatizadores. Segundo Mahlmann et al. (2018), 
Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços12
se houver uma preocupação com a utilização de materiais e tecnologias que 
forneçam calor e resfriamento adequados, será possível atingir o conforto 
térmico dos usuários e, consequentemente, uma eficiência energética.
Em se tratando da carga térmica interna ao edifício, as fontes podem 
ser classificadas como: presença humana, sistemas de iluminação artificial, 
motor e equipamentos, processos industriais e calor solar. Assim, eliminando 
a presença humana, que não é precisa, e as questões artificiais (em virtude do 
gasto energético), o Sol é a principal fonte de calor natural. Ou seja, o uso de 
fachadas envidraçadas, que permitem a entrada de calor, é a melhor opção 
(SILVA, 2017). 
Um exemplo de fachadas envidraças aliadas ao aquecimento da edificação 
é a torre Bois-Le-Prête. Construída originalmente na década de 1960, essa 
edificação sofreu várias alterações das características modernas nos anos 1980. 
Contudo, como forma de revitalização da área em que a torre estava inserida, 
o edifício sofreu nova intervenção, com ampliação da área envidraçada das 
unidades e criação de uma sacada. Esse espaço está separado da sala por uma 
esquadria, o que permite mantê-lo fechado no inverno, funcionando como uma 
estufa, acumulando a radiação solar e impedindo o esfriamento do restante 
da casa (DRUOT; LACATON; VASSAL, 2007). No verão, a abertura dessa 
esquadria permite a ventilação cruzada. A Figura 7, a seguir, esquematiza 
essa alteração.
Figura 7. Esquema de retirada da antiga parede, com pequenas esquadrias e a adição do 
novo módulo, que inclui uma pequena sacada, área envidraçada e novas esquadrias piso-teto.
Fonte: Adaptada de Druot, Lacaton e Vassal (2007).
13Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços
Além disso, o posicionamento das esquadrias, conforme o perfil de in-
clinação solar, permite que a luz entre no interior das edificações nas épocas 
desejadas. O uso de brises e marquises que geram sombra são pertinentes para 
a proteção dessas esquadrias no verão, já que a entrada dos raios solares e, 
consequentemente, do calor não é bem-vinda. Na Figura 8, é possível observar 
que, no inverno, quando a trajetória do sol é mais baixa, os raios solares pe-
netram o plano translúcido e aquecem o ambiente interno. No verão, quando 
o caminho percorrido pelo sol é mais alto, os brises protegem a entrada dessa 
irradiação, diminuindo o calor (LAMBERTS et al., 2016).
Figura 8. Esquema da trajetória do sol e do bloqueio dos raios pela ação dos brises.
Para o resfriamento das edificações, além de impedir que o calor entre, 
utilizando vidros insulados e paredes mais espessas e de baixa condutivi-
dade térmica, é possível resfriar o interior das edificações com a ventilação 
cruzada, forçada com o uso de ventiladores, ou com elementos de vegetação 
e água. Por meio do calor consumido para a realização da fotossíntese e da 
evapotranspiração, é possível criar um microclima mais ameno ao redor da 
edificação (RUAS, 1999). Isso pode ocorrer por meio do uso de espelhos 
d’água, borrifadores mecânicos e vegetação junto às paredes, como trepadeiras.
Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços14
A escolha da trepadeira deve considerar o clima em que será plantada, uma vez que 
ela pode permanecer inteira durante todo o ano ou ser perene, perder as folhas no 
inverno e deixar o sol penetrar na edificação. O vídeo disponível no link a seguir 
apresenta algumas opções de trepadeiras e suas aplicações.
https://qrgo.page.link/fok19
Em suma, o conforto térmico é um estado em que o ambiente se encontra 
em neutralidade térmica com o indivíduo, o qual depende de muitos fatores. 
Assim, o comportamento das edificações, sejam elas residenciais ou comerciais, 
deve responder aos fatores climáticos, de forma a atingir eficiência energética.
A escolha das tecnologias mais adequadas para cada situação é tarefa do 
arquiteto, tendo em mente que o projeto deve apresentar definições que ajudem 
no bloqueio solar, no aproveitamento dos raios solares no inverno, na inércia 
térmica dos interiores, na possibilidade de ventilação cruzada natural, entre 
tantos outros aspectos. Em um mundo com tanto gasto energético, atribuir 
valor às economias de energia durante o projeto é fundamental (MAHLMANN 
et al., 2018).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15220-3:2005. Desempenho 
térmico de edificações. Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes cons-
trutivas para habitações unifamiliares de interesse social. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15575-5:2013. Edificações 
habitacionais — Desempenho. Parte 5: Requisitos para sistemas de coberturas. Rio 
de Janeiro: ABNT, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 9241-11:2011. Requisitos 
ergonômicos para o trabalho com dispositivos de interação visual. Parte 11: Orientações 
sobre usabilidade. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
15Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços
BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentador (NR) n. 17. Ergonomia. 2007. 
Disponível em: http://www.trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/norma-
tizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-17-ergonomia. Acesso 
em: 25 out. 2019.
DRUOT, F.; LACATON, A.; VASSAL, J.-P. Plus la vivenda colectiva: território de excepción. 
Barcelona: Gustavo Gili, 2007.
FANGER, P. O. Thermal confort: analysis and applications in environmental engineering. 
Malabar: Robert E. Krieger Publishing Company, 1982.
FROTA, A. B.; SCHIFFER, S. R. Manual do conforto térmico. 5. ed. São Paulo: Studio Nobel, 
2001.
G1. Prédio reflete luz do sol e jornalista frita ovo na calçada em Londres. 2013. Disponível 
em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/09/predio-reflete-luz-do-sol-e-
-jornalista-frita-ovo-na-calcada-em-londres.html. Acesso em: 25 out. 2019.
GOULART, S.; LAMBERTS, R.; FIRMINO, S. Dados climáticos para projeto e avaliação ener-
gética de edificações para 14 cidades brasileiras. 2. ed. Florianópolis: PROCEL, 1998.
HACKENBERG, A. M. Conforto e stress térmico em indústrias: pesquisas efetuadas nas 
regiões de Joinville, SC e Campinas, SP. 2000. Tese (Doutorado em Planejamento de 
Sistemas Energéticos) — Programa de Pós-Graduação em Planejamento de Sistemas 
Energéticos, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.
INTERNATIONAL STANDARD ORGANIZATON. ISO 7730:2005. Ergonomics of the thermal 
environment — Analytical determination and interpretation of thermal comfort using 
calculation of the PMV and PPD indices and local thermal comfort criteria. Geneva: 
ISO, 2005.
IPMA. [Site]. 2019. Disponível em: http://wwis.ipma.pt/pt/home.html. Acesso em: 25 
out. 2019.
LAMBERTS, R. et al. Desempenho térmico de edificações. Florianópolis: LabEEE UFSC, 2016.
LOPEZ, L. F. A.; CASTRO, D. C.; SILVA, A. M. Análise do conforto sobre atividades laborais. 
Semana Acadêmica: Revista Científica, v. 1, ed. 154, 2018. Disponível em: https://sema-
naacademica.org.br/artigo/analise-do-conforto-termico-sobre-atividades-laborais. 
Acesso em: 29 out. 2019.
MAHLMANN, F. G. et al. Conforto ambiental. Porto Alegre: SAGAH, 2018.
RUAS, Á. C. Avaliação de conforto térmico: contribuição à aplicação prática das normas 
internacionais. 1999. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) — Faculdade de 
Engenharia Civil, Universidade Estadualde Campinas, Campinas, 1999.
SILVA, L. J. Eficiência energética e conforto térmico nas edificações residenciais correlacio-
nados à ABNT NBR 15575:2013. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em 
Engenharia Civil) — Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, 2017.
Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços16
Leituras recomendadas
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Book-
man, 2013.
FANGER, P. O.; TOFTUM, J. Extension of the PMV model to non-air-conditioned buildings 
in warm climates. Energy and Buildings, Lausanne, v. 34, n. 6, p. 533–536, 2002.
17Comportamento térmico em edificações residenciais, comerciais e de serviços
Dica do professor
Quando se fala em conforto térmico em edificações de serviços, existe um uso que vem à tona: 
hospitais. Talvez porque ali sejam prestados serviços de manutenção à vida, e a qualidade térmica é 
essencial.
Nesta Dica do Professor, você vai ver um exemplo de sucesso de hospitais com conforto térmico: 
a Rede Sarah, do arquiteto Lelé. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/ea953b8a469308a9e7be073214cb8036
Exercícios
1) O tema do conforto térmico ganhou relevância no início do século XX, com estudos e testes 
relacionados. 
Sobre isso, é correto afirmar que:
A) existe uma fórmula para atingir o conforto térmico, baseada estritamente na temperatura do 
ar.
B) o conforto térmico está relacionado apenas ao ambiente em que o objeto está inserido.
C) conforto térmico e neutralidade térmica têm o mesmo significado e podem ser usados como 
sinônimos.
D) a norma ASHRAE 55 inclui as trocas de calor do usuário no cálculo do conforto térmico.
E) o conforto térmico ocorre quando o corpo humano precisa regular o metabolismo ao clima.
2) As normas técnicas ou regulamentadoras servem para nortear o desenvolvimento de 
projetos, a fim de obter resultados satisfatórios. 
Em relação às normas de conforto térmico, é possível afirmar que:
A) a ISO 7730 ignora os cálculos da PMV, baseando-se apenas em dados do usuário.
B) a NBR 15.575 se refere aos acabamentos internos e revestimentos das edificações.
C) a NBR 15.220-3:2005 trata das questões bioclimáticas nas habitações de interesse social.
D) a NR17 está relacionada à ergonomia e às diferentes fontes de energia renovável.
E) a NBR 6401 foi desenvolvida exclusivamente a partir de dados e parâmetros brasileiros.
3) A adoção de tecnologias construtivas coerentes com as condições climáticas pode atingir 
conforto térmico, mas não é garantido. É necessário que o projeto arquitetônico interprete 
as necessidades do local e utilize os materiais necessários. 
Sendo assim, assinale a alternativa correta.
A) As normas existentes se adequam a todos os países, independentemente da localização.
B) Coberturas com baixa condutividade térmica perdem o calor interno de forma mais rápida.
C) Os blocos cerâmicos conduzem o calor externo para a área interna de forma mais rápida que 
os tijolos maciços.
D) A tecnologia Wood Frame foi desenvolvida no Brasil e adaptada nos Estados Unidos, já que é 
indicada para altas temperaturas.
E) O vidro conduz mais energia (calor) que o ar, por isso a utilização de vidros duplos insulares 
para amenizar esse problema.
4) O uso do vidro foi intensificado no movimento Moderno, no qual a estrutura não estava 
mais na periferia do edifício, permitindo grandes panos envidraçados. 
Sobre esse material e sua aplicação (esquadria), é possível afirmar que:
A) tem baixa condutividade térmica em sua versão tradicional.
B) quando usado na posição certa, pode auxiliar na perda de calor.
C) o vidro low-e só é recomendado para bloquear a entrada da radiação solar.
D) seu emprego sempre causa o aumento de gasto energético do edifício.
E) o uso de películas refletivas impede a total absorção de calor da radiação.
5) Em um mundo em que se busca cada vez mais a eficiência energética, o emprego de 
materiais que se adequem às solicitações climáticas, além de escolhas projetuais coerentes, 
podem ajudar nesse processo.
Durante o desenvolvimento de um conjunto habitacional de interesse social na cidade de 
Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, qual dos materiais a seguir é o mais indicado, 
considerando o clima da região?
A) Telhas-sanduíche, pelo baixo custo do material.
B) Wood Frame, pela mão de obra barata e abundante na cidade.
C) Grandes esquadrias envidraçadas, pelo alto desempenho térmico.
D) Blocos cerâmicos, pelo bom desempenho térmico e fácil instalação.
E) Panos de vidro com proteção em brise, pois se adequa a qualquer fachada.
Na prática
O comportamento de edificações residenciais em relação às condições climáticas é referido nas 
normas e recomendações técnicas. Porém, como existem várias condicionantes que influenciam o 
conforto térmico, a eficiência de cada material depende do local e da forma como é aplicado.
Neste Na Prática, você vai ver dois projetos que utilizam materiais sustentáveis para atingir o 
conforto térmico da habitação.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/ced4af75-d0c2-4b59-afb4-5d4b966c388c/e0dd59a7-2f02-4a79-a886-f1dfb4d80037.png
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Acelerando a eficiência das edificações no Brasil: ações 
prioritárias para líderes urbanos
Como projetar edificações mais eficientes energeticamente para as cidades do futuro? É esse o 
questionamento proposto nesta cartilha, a qual trata de ações prioritárias para a certificação das 
edificações. Confira.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Avaliação do uso de resfriamento evaporativo indireto em 
sistemas de climatização de edificações comerciais
Os edifícios de escritórios contemporâneos costumam ser envidraçados e com baixo conforto 
térmico. Porém, o seguinte artigo fala sobre o resfriamento evaporativo indireto (REI), uma forma 
de melhorar o comportamento dessas edificações em relação aos fatores climáticos. Confira.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Influência das florestas urbanas na variação termo-higrométrica 
da área intraurbana de Curitiba
A existência de árvores favorece o conforto térmico nas grandes cidades, nas quais as áreas 
pavimentadas e o número de veículos só crescem. Assim, o estudo a seguir trata dos microclimas na 
cidade de Curitiba, em áreas arborizadas.
https://wribrasil.org.br/sites/default/files/EficienciaEdificacoes_pub.pdf
http://sites.poli.usp.br/d/pme2600/2011/Artigos/Art_TCC_002_2011.pdf
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Steel Frame e Wood Frame: vantagens dos sistemas 
construtivos a seco
Saiba mais sobre o Wood Frame, sistema construtivo não normatizado no Brasil, mas que é 
amplamente utilizado nos Estados Unidos, pela sua racionalidade construtiva e alto desempenho 
térmico. Veja a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://doaj.org/article/bf38e7859c8047f294b72661fa48de05?frbrVersion=2
https://www.archdaily.com.br/br/890724/steel-frame-e-wood-frame-vantagens-dos-sistemas-construtivos-a-seco

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