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Tópico 9 - Conforto acústico em edificações

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Conforto acústico em edificações
Apresentação
Você já parou para analisar o quanto o ruído pode interferir no dia a dia, sendo, inclusive, um 
assunto de discussão em diversos pontos das grandes cidades? Trânsito e crescimento 
desordenado produzem ruídos em ruas e avenidas, diminuindo ainda mais a qualidade de vida.
Para que um ambiente fique o mais agradável possível, existem normas e leis que oferecem 
diretrizes para uma boa formulação das edificações, garantindo a realização adequada de um 
projeto de construção.
Com isso, aumenta a demanda por recursos de isolamento acústico nas edificações, para proteger 
os ocupantes dos ruídos externos. No entanto, como não existe uma fórmula pronta, é somente 
com a análise das necessidades de cada local, do uso das normas e das possibilidades que será 
possível realizar uma adaptação de cada ambiente, objetivando proporcionar conforto e bem-estar.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá estudar o conforto acústico e saber como cada indivíduo 
o percebe. Além disso, você irá conhecer os elementos e materiais que auxiliam na percepção desse 
conforto acústico e, ainda, algumas normas que norteiam os projetos para que o planejamento do 
ambiente atenda a todas as especificações.
 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir conforto acústico e suas principais características aplicadas nas edificações.•
Reconhecer os principais elementos que influenciam na obtenção de espaços sonoramente 
confortáveis.
•
Identificar as normas técnicas relativas ao conforto acústico e a seus principais regramentos.•
Desafio
Cada ambiente tem suas necessidades e uma função. Assim ocorre com uma sala de aula, uma sala 
de cinema e um auditório. Conhecer cada ambiente e ao que ele se propõe é fundamental para que 
se possa criar ou planejar melhor o espaço, oferecendo conforto e bem-estar aos usuários, pois a 
combinação de diversos materiais pode tornar o resultado satisfatório e reduzir a vulnerabilidade 
dos sons indesejados. 
 
Será que os materiais desses elementos foram escolhidos porque o espaço é um auditório? Ou será 
que foram escolhidos apenas pela estética? De que forma você acredita que esses elementos foram 
planejados para proporcionar conforto acústico nesse ambiente?
Infográfico
As normas e as leis devem ser um guia no momento da criação de um projeto, garantindo que ele 
esteja adequado e atenda às especificações solicitadas. Por isso, é fundamental conhecê-las e saber 
como cada uma delas deve ser utilizada.
Neste Infográfico, você irá conhecer as NBRs 10.151, 10.152 e 15.575, que regulamentam o 
conforto acústico em diversos ambientes.
 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/164d2cff-42d3-4144-8088-aaf0851b5900/1093bfe8-e569-4495-9dda-cf61310df32c.png
Conteúdo do livro
Os altos níveis de ruído urbano estão aumentando a cada dia, se tornando uma das formas de 
poluição mais incômodas. Mesmo que você não perceba, esses ruídos interferem muito na sua 
rotina e na forma como você lida com seu trabalho, seus amigos e sua família.
Entenda que um local silencioso pode não ser visto como totalmente confortável por todos, pois 
isso depende da percepção individual de cada um, que se baseia em seus costumes. Mesmo assim, 
existem formas, técnicas e meios para controlar e tornar um ambiente mais confortável para o 
maior número possível de pessoas.
Com a leitura do capítulo Conforto acústico em edificações, da obra Acústica arquitetônica, você irá 
saber mais sobre conforto acústico e os elementos que o influenciam. Ainda, você irá conhecer 
algumas normas que norteiam o projeto de uma edificação.
 
ACÚSTICA 
ARQUITETÔNICA
Silvana Laiz Remorin
Conforto acústico 
em edificações
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir conforto acústico e suas principais características aplicadas 
nas edificações.
  Reconhecer os principais elementos que influenciam na obtenção 
de espaços sonoramente confortáveis.
  Identificar as normas técnicas relativas ao conforto acústico e seus 
principais regramentos.
Introdução
Neste capítulo, você vai perceber que estudar e planejar um projeto 
pensando na acústica e em como ela vai interferir em ambientes como 
bares, restaurantes, cinemas e teatros é fundamental, embora ainda 
seja um aspecto pouco levado em consideração na construção de uma 
edificação para moradia. Esse assunto, muitas vezes, é esquecido, seja por 
falta de conhecimento ou por economia. Porém, nada justifica a ausência 
de uma solução para qualquer espaço, mas leva em consideração o 
bem-estar e a qualidade de vida dos habitantes.
Principais características do conforto acústico e 
aplicação em edificações
A palavra “acústica” normalmente remete ao som de instrumentos musicais 
ou algo relacionado à sonorização. Porém, no âmbito da arquitetura, a acús-
tica é uma necessidade para que os projetos possam adequar o espaço a cada 
tipo de situação encontrada. A acústica é a ciência que dedica o estudo do 
som/ruído e a sua propagação, podendo ocorrer em meio líquidos, gasoso ou 
sólidos, e as suas relações com o ser humano. O som é a variação de pressão 
atmosférica que o ouvido humano capta. Podemos também defi nir como som 
algo agradável como músicas e vozes, e ruídos, com sensações indesejadas 
(CHING; BINGGELI, 2014). Tavares, Silva e Souza (2017) citam que o conforto 
está relacionado às questões psicológicas, como a identifi cação e a satisfação 
com o local, assim como assim como às condições físicas de temperatura, 
umidade, ventilação, iluminação e acústica. Temos, portanto, que o estudo do 
conforto acústico lida com a subjetividade e a percepção de cada indivíduo, 
valendo-se então com a avaliação humana.
A palavra conforto se relaciona com o conceito de bem-estar, uma questão 
psicológica, e varia de pessoa a pessoa, dependendo também das características 
individuais. É mais facilmente percebido quando a execução de alguma tarefa 
é interrompida em razão da falta de concentração do indivíduo por causa do 
ruído que o cerca.
Para Ching e Binggeli (2014), a acústica é o ramo da física que trata do 
controle, da transmissão e da recepção dos efeitos do som, e que, em espaços 
internos, é necessário preservar sons desejados e eliminar sons que interfiram 
nele.
Baseado em uma convivência em um local de trabalho ou de lazer, onde 
se encontram cada vez mais pessoas que se sentem prejudicadas pela poluição 
sonora, podemos verificar que as pessoas têm aceitado que esse é um “pro-
blema” de todas as cidades. Sendo assim, a maneira como o indivíduo percebe 
e interpreta as sensações do ambiente é individual, variando da relação dos 
usuários e do ambiente (CHING; BINGGELI, 2014).
O som, de acordo com Ching e Binggeli (2014), pode ter diversas definições, 
dependendo da área:
  de senso comum: som é o que ouvimos;
  para a física: é uma energia que se propaga;
  para a psicologia: som é uma sensação individual;
  na fisiologia: a via como o som percorre até o cérebro.
Hirashima e Assis (2017, p. 8) argumentam que: 
[...] quando o nível sonoro é inferior a certo valor, 70 dB(A), com o aumento do 
nível de pressão sonora equivalente contínuo, não há mudanças significativas 
na avaliação de conforto acústico, enquanto a avaliação dos níveis sonoros 
muda continuamente.
Conforto acústico em edificações2
De acordo com Ching e Binggeli (2014), em um recinto fechado, primeiro 
vamos ouvir o som diretamente da fonte e depois com a série de reflexões 
que o som produz no ambiente. O que significa que sons refletidos também 
podem gerar eco e reverberação no ambiente.
O ruído é considerado um som indesejável que exerce influência negativa sobre a 
saúde e, principalmente, sobre a qualidade de vida das pessoas. Conforme descrevem 
Hirashima e Assis (2017, p. 9), é um “som inútile sem informação relevante”, que começou 
a ser contemplado recentemente nos projetos urbanos.
Hirashima e Assis (2017) e Ching e Binggeli (2014) defendem que muitos 
fatores, como tempo de duração do ruído, intensidade, repetições, variação e 
sensibilidade individual, influenciam no desconforto causado. Podemos então 
compreender que mensurar a percepção de conforto se tornou um trabalho 
que dependia de uma pesquisa de opiniões. Santana, Maués e Picanço (2016) 
comentam que essas pesquisas de opinião foram realizadas pelo Acoustical 
Society of Japan (ASJ), analisando o efeito do isolamento dos indivíduos e a 
comparação de resultados. Santana Maués e Picanço (2016) mencionam que 
50% dos entrevistados se incomodam com o ruído em alguma forma e que 
30% se incomodam moderadamente. O ruído que mais perturba é o ruído de 
obras e reformas.
Na realidade, hoje já temos a norma de desempenho de edificações que 
exige que as construtoras realizem tratamentos que corrijam as interferências 
de som entre as unidades autônomas, mas exclusivamente para edificações 
residenciais. Porém, poucas estão aplicando essa normativa pela falta de 
fiscalização e também de conhecimento da população. Com a edificação já 
construída, alterar a base estrutural como paredes ou janelas dessa edificação 
seria pouco provável, então, pode-se pensar em algumas formas de como 
driblar os ruídos externos (HIRASHIMA; ASSIS, 2017).
Santana, Maués e Picanço (2016) citam que o desempenho de uma edifi-
cação é o conceito a que vai se utilizar esse imóvel e deve-se limitar o que é 
essencial, como conforto, segurança e durabilidade. Porém, os autores citam 
que o conforto acústico não recebe a devida importância e é sentido apenas 
após o início do uso do imóvel, do espaço.
3Conforto acústico em edificações
Conforto acústico para o dia a dia inclui observar os limites de decibéis 
permitidos, respeitando vizinhos, familiares e a própria saúde. Controlar o 
número de decibéis dentro de casa ajuda a evitar alguns problemas como 
desconforto, irritação, falta de concentração e até mesmo insônia (CHING; 
BINGGELI, 2014).
Para conhecimento, vamos aos efeitos dos decibéis descritos por Correia 
(2009):
  35 dB: interferências nas conversas em ambiente fechado.
  55 dB: distúrbios do sono.
  70 dB: limite do considerado seguro.
  75 dB: irritação e desconforto.
  80 dB: aumento dos batimentos cardíacos.
  90 dB: danos no sistema auditivo.
  110 dB: danos permanentes à audição.
Baseado nisso, podemos utilizar uma série de materiais para o controle 
do ruído e a classificação de um material absorvente, por exemplo, varia de 
acordo com a espessura, a densidade, a porosidade e a resistência ao fluxo 
de ar. Se você analisar um material fibroso, vai perceber que ele permite a 
passagem do ar, porém suas fibras vão absorver a energia do som, o que nos 
mostra, então, que é um bom material acústico. Amorim e Lincarião (2005) 
citam como exemplos fibra de vidro, lã de rocha, tecidos, espumas e aglome-
rados. Os mesmos autores citam que há tipos de barreiras a serem utilizadas 
no conforto acústico:
  Barreiras reflexivas: sólidos homogêneos, como a madeira e o concreto.
  Barreira absortiva: poroso e geralmente opaco, como fibra de madeira, 
concreto granulado e lã mineral, revestidos por materiais robustos.
  Barreiras reativas: material opaco com cavidade, deixando o som pe-
netrar por pequenas aberturas.
Pensar em outras formas de controlar o som em paredes e pisos também 
é uma boa estratégia para o conforto acústico. Porém, você deve analisar 
com cautela a escolha desses elementos. Painéis revestidos com tecido e 
carpetes são os acabamentos que mais absorvem o som, limitando também 
o ruído de passos ou sons que possam vir de outros pavimentos (AMORIM; 
LINCARIÃO, 2005).
Conforto acústico em edificações4
Os mesmos autores ainda comentam que, ao entrar em um restaurante, pode 
haver música ambiente, mesmo que com o volume baixo. Você já percebeu 
que esse som ambiente traz mais conforto, quando é, por exemplo, utilizado 
em locais que poderiam ser barulhentos? Esse som ambiente, chamado de 
som branco, é colocado no espaço de forma proposital, para mascarar ruídos 
que poderiam ser indesejáveis.
Espaços sonoramente confortáveis 
A acústica arquitetônica é pensada para locais onde a exigência de controle de 
som seja necessária, como um ambiente com uma máquina barulhenta, por 
exemplo. Porém, em um ambiente comum de trabalho, como um escritório, 
pensar e planejar o espaço pode tornar o dia a dia de cada indivíduo melhor.
A acústica arquitetônica se volta para dois campos, de acordo com Amorim 
e Lincarião (2005):
1. defesa de ruídos (eliminar ou tratar que ruídos externos não entrem no 
ambiente, com isolamento acústico);
2. controle do som (controlar para que o som do ambiente seja controlado, 
garantindo a qualidade e evitando ecos).
Para o entendimento de uma conversa, se o som chegar ao ouvido antes 
de 0,05 segundo, aumenta a sensação auditiva, o som será claro e audível. Se 
o intervalo que o som chega até o ouvinte em um intervalo for maior que 5 
segundos, causa confusão em razão da reverberação, pois o ouvido bloqueia 
antes desse tempo.
Som é uma onda mecânica que depende de quatro fatores, segundo Amorim 
e Lincarião (2005):
  fonte (emissor do ruído);
  meio de propagação (caminho do som, isto é, sólido, líquido ou gasoso);
  receptor (quem recebe o som);
  superfície (produz as vibrações do som).
Pode-se também trabalhar com materiais isolantes, que não permite que 
o som reverbere no espaço ou ambiente. A seguir, são descritos tipos de 
isolamento.
5Conforto acústico em edificações
Isolamento aéreo: consiste em usar materiais pesados e densos a fi m de evitar 
a propagação do som. Materiais com mais resistividade devem ser utilizados 
nesses casos, assim como as paredes duplas. Essa é uma técnica que não 
permite a passagem de um som de um ambiente para o outro, como podemos 
perceber em um auditório, onde são criados diversos obstáculos para o som.
Isolamento de impacto: ruído propagado por sólidos como em apartamentos, 
prédios ou indústrias. O uso de tecidos, feltros, lã de vidro ou pisos fl utuantes 
separando os ambientes pode ser uma boa escolha, pensando e planejando de 
acordo com a necessidade de cada ambiente. São formas de adequar o espaço 
de acordo com as normas.
O ouvido humano reage de forma instintiva ao som, geralmente com uma 
resposta agradável para sons pouco intensos, pois sons elevados podem nos 
transmitir dor e desconforto, chegando até mesmo a danos irreversíveis, por 
exemplo, efeitos psicológicos como tensão e ansiedade.
Como os sons são transmitidos por meio do ar e dos materiais sólidos, é 
indicado que sejam, sempre que possível, isolados das suas fontes. Analisar 
eficiência e funcionalidade e balancear custo e benefício antes de qualquer 
decisão é fundamental.
Há materiais separados por classificação, variando de acordo com a ação que se deseja 
para cada ambiente, de acordo com Catai, Penteado e Dalbello (2006).
  Materiais convencionais: materiais de uso comum na construção e com a vanta-
gem do isolamento acústico. São exemplos, blocos cerâmicos, blocos de concreto, 
madeira e vidro.
  Materiais não convencionais (inovações): materiais especialmente desenvolvi-
dos e com vantagens térmicas: lã de vidro, lã de rocha, espumas e fibra de coco.
Em projetos, é necessário estudar sobre a localização da edificação no 
terreno e então tomar medidas que possam diminuir e reduzir impactos de 
ruídos externos (quando não há controle sobre a fonte geradora) (CATAI; 
PENTEADO; DALBELLO, 2006). Veja a Figura 1.
Conforto acústico em edificações6
Figura 1. Princípios da acústica e a sua reflexão em diferentes superfícies: (a) superfícies 
refletivas paralelas podem causar ecos e oscilação aerostática; (b) superfícies oblíquas podem 
fragmentar sons; (c) superfícies côncavas focalizam sons e as convexas difundem os sons.
Fonte: Adaptada de Chinge Binggeli (2014).
Superfícies planas e lisas refletem muito o som, enquanto materiais fibrosos 
e porosos têm a capacidade de absorver o som. Para ruídos externos, devem 
se tomar medidas como a implementação de obstáculos para que o ruído não 
chegue até o interior do prédio. Sendo assim, evitar colocar janelas para a 
área com ruído, paredes com materiais pesados e com revestimentos porosos 
também auxiliam. Outra forma natural de evitar ruídos externos é a disposição 
de árvores e painéis vivos com vegetação, potencializando o obstáculo para a 
propagação do som (GABRIEL, 2016). Isolamento acústico em tetos e paredes 
e vidros duplos nas janelas também são bons aliados quando consideramos 
uma edificação multifamiliar. Se pensarmos em um edifício, com vizinhos 
ao lado, com divisórias internas, o isolamento interno entre as unidades, 
realizado com materiais de qualidade, é uma ótima solução para manter a 
privacidade (GABRIEL, 2016).
A má acústica nos ambientes internos de edificações é uma das principais 
causas de insatisfação dos moradores, pois ambientes ruidosos interferem no 
dia a dia, na satisfação, no descanso e no sono dos moradores. É importante 
pensar que algumas fontes de ruído estão além da nossa capacidade de controle 
e que, nesses casos, as implementações de soluções de isolamento acústico 
no prédio contribuem para a promoção do bem-estar. Janelas acústicas por 
exemplo, são ótimas para que o som externo não entre no ambiente. Já o uso 
do papel de parede também pode ser um aliado, desde que o espaço permita, 
de acordo com Ching e Binggeli (2014). A combinação de materiais pode 
7Conforto acústico em edificações
contribuir para a diminuição da propagação do som, como aliar forros, pisos 
e paredes com divisórias pode trazer um resultado satisfatório aos moradores, 
contribuindo para a diminuição do som indesejado. 
Veja, a seguir, como a tranquilidade em um ambiente, em relação ao ruído, 
também pode ser sentida se algumas instruções forem seguidas (SILVA, 2016).
  Tapetes e carpetes abafam sons de pessoas andando, principalmente 
com salto.
  Vedações de aberturas com borrachas ou feltros ajudam a diminuir o 
desconforto, pois diminuem a entrada de som no ambiente.
  Equipamentos que produzem barulho, como geladeira e frigobar, quando 
afastados da parede, ajudam a propagar menos o som, pois não são 
refletidos diretamente nas paredes que o cercam.
Ching e Binggeli (2014) mencionam que há uma redução de ruídos quando a pressão 
entre dois espaços for diferente, podendo ser por:
  absorvência do espaço receptor;
  perda de transmissão em razão da parede, do piso e do teto;
  nível do som ambiente, diminuindo a percepção de sons que nos perturbam.
Perda na transmissão é uma medida do desempenho de um material de 
construção ou de uma estrutura na prevenção da transmissão de sons aéreos à 
medida que passam por tal material ou estrutura (CHING; BINGGELI, 2014).
Os materiais de construção podem ser classificados pelos seguintes fatores 
que enfatizam a classificação de perda na transmissão: 
  Massa: em geral, quanto mais pesado e denso um corpo, maior sua 
resistência à transmissão de sons. 
  Separação em camadas: a introdução da descontinuidade no material 
interrompe o percurso por meio do qual os sons estruturais podem ser 
transmitidos de um espaço a outro. 
  Capacidade de absorção: materiais absorventes ajudam a dissipar tanto 
os sons refletidos quanto os transmitidos em um recinto.
Conforto acústico em edificações8
Observe a Figura 2.
Figura 2. Tipos de materiais.
Fonte: Ching e Binggeli (2014, p. 283).
Ao pensar na parte interna do escritório onde o desafio seja um ambiente 
para isolar ao máximo os sons, a combinação de parede e teto e o layout do 
espaço podem ajudar bastante nessa tarefa. Hoje vemos muitos ambientes em 
que a divisória não vai até o teto e ficam muito próximas, o que dificulta o 
arranjo do espaço. Parte do ruído é refletida pelo forro, e a aplicação de placas 
acústicas absorverá o ruído. Utilizar materiais acústicos nas divisórias, a fim 
de absorver o ruído, também pode auxiliar nessa tarefa, conforme Ching e 
Binggeli (2014). Veja a Figura 3.
9Conforto acústico em edificações
Figura 3. Arranjo físico em um ambiente de trabalho, evitando a dissipação do som. 
Fonte: Ching e Binggeli (2014, p. 286).
Conforto acústico em edificações10
Normas técnicas referentes ao conforto acústico
Controlar o ruído é fundamental para a qualidade de vida e o bem-estar da 
população. Para isso, pode-se contar com as normas técnicas para que ruídos 
fi quem dentro de padrões de aceitação, tornando qualquer ambiente um bom 
local para concentração, passeio ou produtividades dos colaboradores.
Se você precisa pensar em uma indústria, onde há muitos equipamentos e muitos 
ruídos, a medida protetiva para um conforto acústico do ambiente poderá ser também 
um equipamento de proteção coletiva, levando em consideração a Norma Regula-
mentadora 15, que comenta sobre o tempo de exposição e a frequência, que devem 
ser controlados, a fim de evitar danos.
Mateus (2008) afirma que normas europeias chegaram ao nosso país, o que 
contribui para o aparecimento de novas legislações sobre prevenção e controle 
de ruído, incluindo também sobre o conforto acústico no interior dos edifícios. 
Para esses controles, podemos contar com algumas normas e leis que têm suas 
especificidades voltada para cada consideração, conforme listadas a seguir.
A NBR 15575 — Desempenho de edificações habitacionais (ASSO-
CIAÇÃO..., 2013) traz critérios de uso dos imóveis, baseada em estudos das 
edificações, limitando o que é considerado conforto acústico pelos usuários. 
Essa norma, que visa a proporcionar bem-estar para todos, está em vigor 
desde 2012 e estabelece requisitos máximos de ruídos para cada edifício, 
estabelecendo níveis e atendendo às necessidades humanas, beneficiando a 
qualidade de vida dos moradores das edificações. Com a revisão e a aprovação 
em 2013, essa norma entra em uso para todas as novas edificações em todo 
o país. Ela chega como um marco na construção civil, passando a obrigar 
que as construtoras se adaptem e coloquem em prática, nas obras, o nível de 
desempenho específico para cada projeto, atendendo às indicações da norma. 
Os moradores, consumidores desses espaços, são os beneficiados pela norma, 
que garante a diminuição da poluição acústica e a proteção contra incêndios. 
Para a construtora, essa norma agrega maior qualidade dos espaços oferecidos 
à população, com vedação externa para isolamentos acústicos.
11Conforto acústico em edificações
A norma ABNT NBR 15575 contém seis partes:
  requisitos gerais (NBR 15575-1);
  sistemas estruturais (NBR 15575-2);
  sistemas de pisos (NBR 15575-3);
  sistemas de vedações verticais internas e externas (NBR 15575-4);
  sistemas de coberturas (NBR 15575-5);
  sistemas hidrossanitários (NBR 15575-6).
Sobre os itens indicados na norma:
  tempo de reverberação adequado, no caso de ecos;
  distribuição balanceada de energia sonora nas faixas de frequências, como curvas 
NC;
  proibição de tonais audíveis, como roncos, assobios e zumbidos;
  eliminação de variações bruscas de nível perceptíveis ao longo do tempo, como 
passagens de motos, elevadores e aviões;
  distribuição uniforme de som ao longo do espaço.
Baring (2007) critica o governo pelas tentativas de regulamentar e eviden-
ciar a necessidade para a criação de uma norma que estabeleça e evidencie 
parâmetros para uma melhor fiscalização, proporcionando melhor qualidade 
de vida em relação ao conforto acústico para a sociedade em lares, ambientes 
de trabalho, escolas, etc. O mesmo autor também explica que os automóveis, 
hoje, são mais confortáveis para os usuários, mesmo em relação a ruído e 
vibração, se comparados aos de duas décadas atrás, isso porque a entrada 
de carros importados no mercado trouxe mais conforto à experiência sem os 
ruídos externos ou internos.
A NBR 10151, que entrou em vigorem julho de 2000 e teve a sua última 
errata em junho de 2003, tem como objetivo fixar as condições de avaliação 
aceitável do ruído em comunidades, indiferentemente de reclamações. Traz 
ainda os métodos para a medição de ruído e métodos para correções. O método 
de avaliação conta com a medição do nível de pressão sonora em decibéis e 
a norma também fala sobre a avaliação do ruído em áreas habitadas, visando 
ao conforto da comunidade. Também determina procedimentos e valores de 
referência para avaliação da pressão sonora e projetos acústicos de ambientes 
internos, dependendo da finalidade de uso. Essa norma ainda insere um quadro, 
mencionando o nível de decibéis em diversas áreas. Veja o Quadro 1 a seguir.
Conforto acústico em edificações12
 Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2000). 
Tipos de áreas Diurno Noturno
Áreas de sítios 
e fazendas 
40 35
Área estritamente 
residencial urbana ou de 
hospitais ou de escolas 
50 45
Área mista, 
predominantemente 
residencial 
55 50
Área mista, com 
vocação comercial 
e administrativa 
60 55
Área mista, com 
vocação recreacional 
65 55
Área 
predominantemente 
industrial
70 60
 Quadro 1. Tabela de limites de decibéis por região 
A medição dos sons é fácil de ser executada. Um decibelímetro com um 
microfone capta a pressão sonora e pode informar as amplitudes geradas nos 
espaços, os decibéis. A precisão varia um pouco de acordo com a qualidade 
do equipamento, porém, com as tecnologias modernas, essa precisão é cada 
vez melhor, de acordo com Peixoto e Ferreira (2013).
Podemos analisar a NBR 10152 — Acústica: níveis de pressão sonora em 
ambientes internos a edificação (ASSOCIAÇÃO..., 2017) e verificar que ela 
regula os níveis de ruído para que sejam compatíveis com conforto acústico, 
em diferentes tipos de ambiente. Essa norma nos traz como foco principal 
um padrão internacional a ambientes em que são necessários os cuidados 
com a acústica. Ao consultá-la, temos acesso a uma tabela (atualizada em 
2015) na qual encontramos os níveis de ruído recomendáveis a cada tipo de 
edificação, além do procedimento detalhado para a medição de ruído (tempo, 
posicionamento dos microfones, entre outros).
Outra norma aliada a quem estuda a acústica é a NBR 12179 — Tratamento 
acústico em recintos fechados (ASSOCIAÇÃO..., 1992), que tem como obje-
13Conforto acústico em edificações
tivo os critérios para a execução de tratamentos acústicos em locais fechados 
e há indicações de documentos complementares. Essa norma estabelece que 
o tratamento dado ao recinto permita uma boa qualidade auditiva às pessoas 
presentes no espaço.
Além das normas já citadas anteriormente, podemos contar também com 
as Leis nº 5.354/98 e nº 5.909/01.
A Lei nº 5.354/98 fixa os horários e os limites permitidos para a emissão 
de sons e ruídos, variando os locais como indústria e residência, até sons dos 
geradores, variando ainda de ambientes internos ou externos.
O art. 3º dessa Lei traz a seguinte informação:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, os níveis máximos de sons e ruídos, de 
qualquer fonte emissora e natureza, em empreendimentos ou atividades re-
sidenciais, comerciais, de serviços, institucionais, industriais ou especiais, 
públicas ou privadas assim como em veículos automotores são de: 
I ‐ 60 dB (sessenta decibéis), no período compreendido entre 22:00h e 7:00h; 
II ‐ 70 dB (setenta decibéis), no período compreendido entre 7:00h e 22:00h.
Parágrafo único. Quando os sons e ruídos forem causados por máquinas, 
motores, compressores ou geradores estacionários os níveis máximos de sons 
e ruídos são de 55 dB (cinquenta e cinco decibéis), no período compreendido 
entre 7:00h e 18:00h e 50 dB (cinquenta decibéis), no período compreendido 
entre 18:00h e 7:00h (SALVADOR, 1998, documento on-line).
Podemos perceber que as normas entraram em vigor para que sejam re-
gulamentados os níveis de ruídos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) 
prevê que o ruído recomendável, sem prejuízo à audição humana, é de 50 dB, 
sendo que a maioria percebe como se 30 dB fosse algo silencioso e mais de 65 
dB fosse um ruído que passa a ser incômodo, prejudicando a concentração. 
Se o ruído for acima de 85 dB, já pode levar a algum problema de audição ou 
insônia. Em contrapartida, ficar em um ambiente muito silencioso pode ser 
algo cansativo e monótono, podendo gerar sonolência.
Sabemos, então, que o conforto acústico, além de ser uma percepção pessoal 
de indivíduos, deve ser planejado de acordo com as normas e leis existentes, 
para o bom convívio e a tranquilidade entre as pessoas. Dessa forma, é possível 
criar ambientes que respeitem o conforto acústico e as individualidades.
Conforto acústico em edificações14
AMORIM, A.; LINCARIÃO, C. Conforto acústico: introdução ao conforto ambiental. 2005. 
Disponível em: <http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_To-
picoA_mat-apoio_S03_C-Acustico.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10151. Acústica – Avaliação do 
ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimento. Rio 
de Janeiro: ABNT, 2000. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10152. Acústica – Níveis de pressão 
sonora em ambientes internos a edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 2017. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12179. Tratamento acústico em 
recintos fechados – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575. Edificações habitacionais 
– Desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 
BARING, J. G. A. Sustentabilidade e o controle acústico do meio ambiente. Acústica 
e Vibrações, n. 38, p. 1-6, mar. 2007. Disponível em: <http://www.ceap.br/material/
MAT16042009110622.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2018.
CATAI, R. E.; PENTEADO, A. P.; DALBELLO, P. F. Materiais, técnicas e processos para isola-
mento acústico. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIA DOS MATERIAIS, 
17., 2006, Foz do Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: CBECIMat, 2006. Disponível em: <http://
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Acesso em: 11 nov. 2018.
GABRIEL, I. Isolamento acústico em casas: experts respondem as principais dúvidas! 20 
dez. 2016. Disponível em: <https://casa.abril.com.br/materiais-construcao/isolamento-
-acustico-em-casas-experts-respondem-as-principais-duvidas/>. Acesso em: 11 nov. 
2018.
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15Conforto acústico em edificações
MATEUS, D. Acústica de edifícios e controlo de ruído. 2008. Disponível em: <https://
paginas.fe.up.pt/~earpe/conteudos/ARE/Apontamentosdadisciplina.pdf>. Acesso 
em: 11 nov. 2018.
OMS. 2018. Disponível em: <https://www.who.int/eportuguese/countries/bra/pt/>. 
Acesso em 20 dez. 2018.
PEIXOTO, N. H.; FERREIRA, L. S. Higiene ocupacional II. Santa Maria: Colégio Técnico 
Industrial/UFSM, 2013.
SALVADOR. Lei nº 5354 de 28 de janeiro de 1998. Dispõe sobre sons urbanos, fixa níveis 
e horários em que será permitida sua emissão, cria a licença para utilização sonora e 
dá outras providências. Salvador, 1998. Disponível em: <https://cm-salvador.jusbrasil.
com.br/legislacao/232817/lei-5354-98>. Acesso em: 11 nov. 2018.
SANTANA, W.; MAUÉS, L.; PICANÇO, M. Panorama do desempenho acústico de edifi-
cações: percepção de conforto acústico do usuário e comportamento do moradorem níveis crescentes de incômodo. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO 
AMBIENTE CONSTRUÍDO, 16., 2016, São Paulo. Anais... Porto Alegre: ANTAC, 2016. Dis-
ponível em: <http://www.infohab.org.br/entac/2016/ENTAC2016_paper_474.pdf>. 
Acesso em: 11 nov. 2018.
SILVA, R. 12 formas econômicas de diminuir o barulho dentro de casa. 16 jun. 2016. Dispo-
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TAVARES, M. S. A.; SILVA, L. B.; SOUZA, E. L. Um panorama dos níveis de ruído para con-
forto acústico de ambientes de ensino com VDT em áreas das regiões brasileiras. Revista 
Produção online, v.17, n. 4, p. 1402-1434, 2017. Disponível em: <https://producaoonline.
org.br/rpo/article/viewFile/2694/1611>. Acesso em: 11 nov. 2018.
Leituras recomendadas
AUDIRE. Quais as diferenças entre som e ruído? 24 jun. 2016. Disponível em: <http://
www.audireacustica.com.br/blog/quais-as-diferencas-entre-som-e-ruido>. Acesso 
em: 11 nov. 2018.
BARRY, P. Desempenho Acústico em Edifícios: grandezas, métodos, normas e critérios. 
In: SEMINÁRIO DE ACÚSTICA ARQUITETÔNICA CONTEMPORÂNEA, 4., 2008, São Paulo. 
Anais... São Paulo, 2008. 
ROAF, S.; CRICHTON , D.; NICOL, F. A adaptação de edificações e cidades às mudanças 
climáticas. Porto Alegre: Bookman, 2010.
SALVADOR. Lei nº 5909 de 26 de janeiro de 2001. Modifica dispositivo da Lei nº 5.354 de 
28 de janeiro de 1998, que dispõe sobre sons urbanos, fixa níveis e horários em que 
será permitida sua emissão e cria a licença para utilização sonora. Salvador, 2001. 
Disponível em: <https://cm-salvador.jusbrasil.com.br/legislacao/824270/lei-5909-01>. 
Acesso em: 11 nov. 2018.
Conforto acústico em edificações16
Conteúdo:
Dica do professor
Relembrando as brincadeiras com eco que fazíamos quando crianças, podemos aprender um pouco 
sobre acústica. Você já parou para pensar por que aquele divertido fenômeno (eco) acontecia?
Agora, traga isso para o seu dia a dia, pensando em como seria trabalhar em um local no qual uma 
conversa com seus colegas atrapalhasse o trabalho e a concentração de todos.
Nesta Dica do Professor, você irá ver o que deve ser pensado no planejamento de um ambiente 
que vise ao conforto daqueles que o utilizam.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
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Exercícios
1) O conforto acústico é uma percepção individual, mas segue algumas regras para que cada 
indivíduo possa ter bem-estar e tranquilidade para as atividades que irá realizar. Sendo 
assim, pode ser considerado conforto acústico: 
A) estar em um ambiente fechado, livre de ruído.
B) trabalhar em um local confortável, sem ruídos externos.
C) ouvir o som de vizinhos conversando.
D) trabalhar em um local com sons externos e internos controlados.
E) morar perto de um parque que promova shows e espetáculos ao ar livre.
2) O som é uma onda mecânica que se propaga em um meio (lembrando de que ele não se 
propaga no vácuo). Um menino, para descobrir se um trem está se aproximando ou não, 
encosta seu ouvido nos trilhos. Qual alternativa justifica a ação da criança?
A) O trem está próximo o bastante para ele perceber que está se aproximando.
B) A onda acaba abafada entre os trilhos de aço.
C) A aproximação do trem faz os trilhos vibrarem.
D) O vácuo que o trem cria nos trilhos melhora a propagação do som.
E) O ferro dos trilhos não conduz nenhuma vibração.
3) Para trabalhar em um local organizado, com tranquilidade e concentração, seu layout deve 
ser ajustado, de forma que as estações de trabalho permitam privacidade e concentração. 
Conversas e reuniões não devem interferir no trabalho dos demais. O certo a se fazer no 
espaço é:
A) criar um forro com material absorvente.
B) criar um piso com material absorvente.
C) criar divisórias com material absorvente.
D) deixar as mesas isoladas.
E) preparar a sala com materiais sólidos. 
4) A NBR 10151 fixa a avaliação do ruído em áreas habitadas, visando ao conforto da 
comunidade. Sendo assim, qual item está de acordo com o critério de avaliação NCA para 
ambientes, seguindo a ordem diurno e noturno?
A) Área industrial – 75-80.
B) Área mista, predominantemente residencial – 55-50.
C) Área mista, com vocação recreacional – 65-50.
D) Área mista, com vocação recreacional – 55-65.
E) Áreas comerciais e residenciais – 55-45.
5) Para o projeto acústico de um auditório, há necessidade especial na escolha dos 
revestimentos. Qual é essa necessidade?
A) Material reflexivo próximo ao palco e absorvente ao fundo da plateia.
B) Material reflexivo em todo o teto.
C) Material absorvente em todo o teto.
D) Material absorvente nas proximidades do palco e reflexivo no fundo da plateia.
E) Material reflexivo nas proximidades do palco e isolante na plateia.
Na prática
Uma boa experiência em um restaurante envolve, além do momento, da companhia e da boa 
comida, um ambiente aconchegante. Mas você já reparou que alguns restaurantes nos deixam 
irritados ou cansados, mesmo que fiquemos pouco tempo neles?
Um ambiente ruidoso pode trazer sensação de desconforto, causada por conversas, risadas, estalar 
de pratos e talheres, além de outros sons.
Você irá ver agora como alguns elementos podem fazer com que um restaurante seja um local 
aconchegante, calmo e tranquilo, no qual se pode conversar, comer, beber e desfrutar de boa 
companhia ao som de uma agradável música ambiente.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Ambiente urbano e percepção da poluição sonora
Este artigo traz os resultados de uma pesquisa que objetivou avaliar a percepção da população de 
uma grande cidade em relação à poluição sonora (ruído urbano). Buscou-se identificar quais fontes 
sonoras são percebidas com maior frequência pela população e quais reações psicossociais 
relacionadas ao ruído urbano são identificadas por ela.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A evolução das edificações
Este capítulo, do livro Adaptação de edificações e cidades às mudanças climáticas, mostra como cuidar 
do ambiente interno e agrega conhecimentos sobre conforto acústico. Ambos são complemento 
um do outro e auxiliam na melhor execução de um projeto.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Estratégias de organização do espaço
Neste capítulo, do livro A análise da arquitetura, você saberá mais sobre estratégias de organização 
do espaço, estudando a maneira como essa organização afeta o dia a dia.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
https://www.scielo.br/j/asoc/a/KKRbk6V8mFqfqNkChqmPWYJ/?format=pdf&lang=pt

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