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Direito Penal I

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• Juris (Direito) dição (dizer) = Jurisdição
Direito Penal
• Evolução da Sociedade
- Justiça Privada
- Justiça da Força
# Autotutela
• Organização do Estado
- Edição de normas sociais
- Vedação da autotutela – Exceção: Legítima Defesa
- Poder Jurisdicional
- Conceito de Direito Penal: Conjunto de normas e princípios que tutelam a ação do estado para com a sociedade, no tocante a determinadas condutas que atingem o sentimento social de justiça.
- Organização do Direito Penal
# Código Penal – Dividido em duas partes:
 - Parte Geral : 1º até 120º - Normas/Princípios
 - Parte Especial: 121º até 365 – Condutas (crimes)
# Infração Penal:
 - Crime (Reclusão, detenção/ Reclusão (Penitenciária – A princípio regime fechado) e multa); Detenção (semi aberto/aberto) e multa). 
 - Contravenção Penal (Prisão simples – não é penitenciária nunca! Não existem prisões simples é comum a MULTA – ou multa). 
 - DIFERENÇA entre Crime e Contravenção Penal: É a pena.
• Fontes do Direito Penal:
- Produção (Somente a União pode fazer a Lei de Direito Penal, exceção só com a liberação da União); Material – art. 22 CF
- Formal
# Imediata (O Direito Penal só pode ser julgado se houver lei, não pode ser julgado de forma mediata) – Lei
# Mediata
 - Costumes
 - Princípios Gerais do Direito
 - Analogia
 - Jurisprudência
 - Doutrina
Lei Penal:
• Preceito Primário – Descrição da conduta
• Preceito Secundário – Sanção Penal
• Incriminadora – São aqueles que incriminam, tipificam uma conduta
• Não incriminadora – Não estabelecem uma conduta típica e não estabelecem uma sanção penal. 
- Permissiva: Torna permitida uma determinada conduta. Ex: Legítima Defesa.
- Complementares ou Explicativa: Explicam o conteúdo de outros tipos penais, explicam o conteúdo do art.
• Norma Penal em branco
- Entendimento: É aquela onde o preceito primário está incompleto, necessitando assim de uma complementação de outra norma. Sem essa complementação, torna-se dificílima a aplicação do tipo penal.
- Classificação: 
# Sentido lato ou homogêneo – Quando a complementação da norma é feita por outra lei.
# Sentido estrito ou heterogêneo – Quando a complementação não é feita por outra lei. Ex: Portaria do que é droga.
• Princípios Básicos
- Princípio da insignificância ou bagatela: Para este princípio o direito penal não deve se importar com bens de pequeno valor. Tais bens merecem uma tutela jurídica penal diferenciada. Obs: Quando há violência, o princípio da insignificância não é usado.
- Princípio da alteridade: O direito penal só se importa com bens jurídicos de terceiras pessoas não com o da pessoa em si.
- Princípio da confiança: Para este princípio a conduta do agente deve ser analisada e sancionada conforme o comportamento normal e esperado na sociedade, ou seja, com base na confiança esperada.
• Princípio da reserva legal (É um princípio básico)
- Art. 1º: Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação (previsão) legal.
- Importância: Sem ele não tem Direito Penal.
• Art. 2º
- Eficácia da Lei Penal: “Lei sempre aplicada de forma imediata, salvo se prejudicar o réu”.
- Regra: A lei Penal não retroagirá.
- Exceção: Salvo para beneficiar o réu.
- Obs: Norma Processual – Obs: No processo penal sempre será usado a Lei nova, independente se prejudicar o réu.
• Vigência da Lei/atividade: A lei tem período de vida indeterminado. Ex: data do Código Penal.
- Conceito: É o período de vida da lei.
• Revogação
- Expressa: Surge uma segunda lei revogando a anterior. Ex: Art. 240º
- Tácita: Uma segunda lei está em conflito com a primeira lei.
- Revogação pelo costume (condutas reinteradas na sociedade): O costume não pode revogar a lei.
• Atividade
- Regra: Período de vida da lei.
- Ultratividade: Lei que é aplicada fora do seu período de vida.
• Lei Posterior: Lei que surge depois.
- Abolitio Criminis: Lei posterior que abole o crime. Ex: Lei do adultério foi revogada por uma que não é mais crime.
- Novatio Legis in Mellius: Lei nova melhor. Melhora a situação do acusado.
- Novatio Legis in Pejus: Lei nova para pior. Prejudica a situação do acusado.
- Novatio Legis Incriminadora: Lei nova incriminadora. Lei nova que cria um crime.
- Aplicação da Abolitio Criminis
- Aplicação da Novatio Legis in Mellius
• Art. 3º
- Lei excepcional (Calamidade pública, enchentes, etc.): É aquela confeccionada para vigorar em período excepcional, a lei só será válida neste período.
- Lei temporária (de acordo com o interesse do estado/vontade): É aquela confeccionada para vigorar em período pré-determinado, a lei possui data de início e data de término. 
• Art. 4º: Tempo do crime
- Teorias
# Atividade: O crime considera-se praticado no momento da ação ou da omissão.
# Resultado: O crime considera-se praticado no momento do resultado.
# Ubiquidade ou mista: O crime considera-se praticado tanto na ação ou na omissão quanto no resultado.
• Art. 6º: Lugar do Crime
- Teorias:
# Atividade: Considera-se praticado o crime no local da ação ou da omissão.
# Resultado: Considera-se praticado o crime no local do resultado.
# Ubiquidade ou Mista: Considera-se praticado o crime no local tanto na ação ou na omissão quanto no resultado.
• Conflito aparente de normas
- Entendimento: Ao surgir numa conduta penal é possível e normal que várias normas conflitem em relação aquela conduta. É importante lembrar que tal conflito é tão somente aparente, pois para todos eles existem um sistema de solução. 
- Solução: Princípios de Solução dos conflitos: 1º PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE, 2º SUBSIDIRIEDADE, 3º CONSUNÇÃO, 4º ALTERNATIVIDADE (P-ESCA)
1º Especialidade: Norma especial (norma específica para a hipótese) prevalece sobre norma geral (norma de ampla abrangência)
2º Subsidiriedade: Numa mesma conduta podem surgir dois ou mais tipos penais perfeitamente possíveis para a hipótese. Para saber qual tipo penal será aplicado devemos de forma imprescindível analisar a vontade do agente.
3º Consunção: Neste princípio o crime meio é absolvido pelo crime fim. Assim o agente responderá tão somente pelo crime fim. 
# CRIME PROGRESSIVO: É aquele que o agente deseja produzir um resultado mais grave, portanto pratica várias violações ao bem até atingir o resultado.
# PROGRESSÃO CRIMINOSA: O agente quer atingir o resultado, pratica a conduta, consegue atingir o resultado e resolve continuar violando o bem. 
4º Alternatividade: No tipo penal podemos ter a prática de vários verbos, nesta hipótese o agente responderá por um único crime.
• Art. 5º: 
- Territorialidade: Se o navio estiver em águas internacionais, em auto-mar aplica-se a Lei da bandeira do navio. Se o navio for mercante (de mercadorias) aplica-se a lei do país em que o navio está. Se for um navio público (do país) aplica-se a lei que é do país do navio. Só aplica-se 
à lei do país em que o navio está se o país do navio autorizar.
- Aplicação da Lei Penal Brasileira: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional ao crime cometido no território nacional.
# Território nacional para fins Penais: Embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
• Art. 7º
- Extraterritorialidade
# Entendimento: Quando a legislação brasileira é aplicada em território internacional.
# Hipóteses
 - Incondicionada – Inciso I do art. 1º: Nos casos do Inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
 - Condicionada – Inciso II do art. 7º: Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
 - Requisitos - § 2º: Vide cód. Art. 7º § 2º.
TEORIA DO CRIME
• Conceito de Crime: Todo fato típico, ilícito e culpável. Se faltar um dos três elementos, nãoé crime.
- Fato Típico: Aquele previsto em lei.
- Fato Ilícito: Aquele que pode ser sancionado
- Culpável: Aquele que tem reprovação no meio social.
• Fato Típico:
- Conceito: Previsão no Ordenamento Jurídico da conduta penalmente relevante.
- Elementos:
1. Conduta
2. Resultado
3. Nexo Causal
4. Tipicidade
1. Conduta
- Conceito: Ação ou omissão humana consciente e voluntária dirigida a uma finalidade. Se faltar um dos elementos sublinhados não é conduta.
- Teorias: A ACEITA É FINALISTA.
• Naturalística: Não importa a intenção do agente na hora de praticar a conduta. A conduta por si só é criminosa. (Culpabilidade)
• Finalista: Para esta teoria no momento da produção da conduta, devemos analisar necessariamente qual era a intenção do agente. Através dessa análise é que conseguiremos definir o fato típico cometido. Nesta teoria se analisa o DOLO ou a CULPA.
• Social: Para teoria social a conduta só é penalmente relevante se o fato for socialmente reprovado. Ex: Compra de DVD pirata.
- Elementos da Conduta
# Vontade 
# Finalidade 
# Exteriorização
# Consciência
• Ausência de Voluntariedade: Sonambulismo, Hipnose.
- Atos Reflexos: Dar susto em alguém. Não há voluntariedade, portanto não há conduta, e não há crime.
- Coação Física (Vis Absoluta): Segurar o braço da pessoa, segurando o braço da pessoa bate em outra causando a lesão, a pessoa a qual o braço foi segurado não tem culpa, é culpa de quem segurou o braço.
- Coação Moral (Vis Compulsiva): Dar um tapa nela se não você leva um tiro. Não há voluntariedade, nem conduta, portanto não há crime.
- Formas
• Ação: Conduta Comissiva (comportamento positivo (de fazer): DOLO/CULPA
• Omissão: Omissiva: Ex: pessoa se afogando, ver ela se afogando e não fazer nada. O agente não fez.
 # Teorias:
Naturalística: É relevante quando o agente não fez, ou seja, se omitiu.
Normativa: Quando o agente não fez aquilo que tinha o dever jurídico de fazer. O CÓDIGO PENAL ADOTA ESSA TEORIA.
- Crimes Omissivos:
• Próprio: Não possui o dever jurídico de agir (omissão). Ex: Ver alguém se afogando e não salvar. CRIME: Omissão de socorro.
• Impróprio ou Comissivo por Omissão: Possui o dever jurídico de agir (Resultado/podia). Ex: Um salva-vidas trabalhando, alguém se afogando, obrigado a salvar. DEVER (Art. 13º § 2º Dever e PODER: A- Dever legal/ B- Dever garantidor/ C- Dever de ingirência da norma).
2. Resultado
• Conceito: Modificação no mundo exterior provocado pela conduta.
• Teorias
# Naturalista: Nem todo crime possui resultado. CRIMES: Materiais, formais, mera conduta.
 - Materiais: São aqueles que o momento consulmativo do crime ocorre no mesmo momento da produção do resultado. Assim, para ter o crime o resultado é indispensável. Ex: Homicídio – RESULTADO: Morte. CONSUMAÇÃO: Morte. Furto, roubo. Quando compra arma de forma legal o culpado não é de quem vende e sim de quem mata (só). 
 - Formais: São aqueles em que a consumação ocorre antes da produção do resultado. Nestes crimes o resultado pode ocorrer ou não, sendo irrelevante para configuração do crime. Ex: Pedir o resgate em um seqüestro (consumação). RESULTADO: Pegar o dinheiro/Subornar um policial, mas ele não aceita e prende a pessoa. (Art. 333º)
 - Mera Conduta: Nestes crimes é impossível a ocorrência de resultado, não existe resultado. Ex: Porte ilegal de arma.
# Normativa (Cód. Penal Militar adota normativa): Para esta teoria todos os crimes possuem necessariamente resultado, sem exceção.
3. Nexo Causal
• Causa: É ação ou a omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido da maneira que ocorreu.
• Conceito: É o estudo que recai sobre o vínculo da conduta para com o resultado.
• Teoria adotada:
- Equivalência dos antecedentes: Para essa teoria causa é tudo aquilo que antecede a produção do resultado.
• Processo de identificação de causa:
- Processo de eliminação de thrén: Nem tudo que é antecedente ao resultado pode ser considerado como causa. Como identifica a causa para produção do resultado? Você tampa o antecedente se não modificar o resultado não é causa, se modificar é causa.
- Problema Prático da teoria adotada: Pode gerar um regresso infinito, como punir os pais de Tício por dar vida a ele e ele cometer um homicídio. 
- Forma de Solução: Só pode regredir até aonde enxerga dolo ou culpa (de acordo com a teoria finalista da conduta).
• Conditio Sine oua non (Teoria Adotada):
- Nexo Causa nos crimes:
# Omissivos Próprios: Não tem nexo causal, pois o agente não responde pelo resultado e sim pela omissão.
# Mera Conduta: Não tem resultado, então não tem nexo causal.
# Formais: Não existe nexo causal, pois o resultado não é necessário para caracterização do crime. 
# Materiais: Tem nexo causal porque o crime material só existe se o resultado ocorrer. 
# Omissivos Impróprios: Porque o agente é responsabilizado pelo resultado, então tem nexo causal. 
• Causa
- Dependente: É aquela que é uma conseqüência direta do desdobramento da conduta, gerando o resultado. Consequência Penal = Responde pelo crime. É causa dependente infecção hospitalar. 
- Independente: É aquela que por si só produz o resultado.
# Absolutamente
 - Preexistente: Consequência Penal = Responde pelos ATOS PRATICADOS.
DEFINIÇÃO: É aquela onde a causa que provoca o resultado é totalmente independente e anterior a conduta.
 Conduta Resultado
 1 dia antes 1 tiro Morreu 
OBS: Foi por causa do envenenamento que o indivíduo morreu.
 - Concomitante: Consequência Penal = Responde pelos ATOS PRATICADOS.
DEFINIÇÃO: É aquela em que a causa independente ocorre no exato momento da conduta, o que provocou o resultado não foi a conduta em estudo e sim a causa independente. 
 
 Conduta em Estudo: Resultado foi por causa do tiro
 Veneno
- Superveniente: Consequência Penal = ATOS PRATICADOS
DEFINIÇÃO: É aquela que a causa independente ocorre posteriormente a conduta.
 Conduta em Estudo (Tentativa): Causa Indep.: Resultado
 Veneno (Tício) 1 Tiro (Mévio) 	 1 Tiro
OBS: Nos exemplos dados: Art. 121 combinado com (c/c) 14 II.
# Relativamente
- Preexistente: Agente responde pelo RESULTADO.
DEFINIÇÃO: O somatório das duas dá o resultado. É aquela que ocorre antes da conduta e somada com a conduta gera o resultado. É importante observarmos que resultado só ocorre com somatório das condutas, isoladamente não há a produção do resultado.
 Estado de Hemofilia + Conduta objeto de estudo = Resultado
 Facada em Caio
OBS: O agente só responde pelo resultado se estiver na sua esfera de conhecimento.
- Concomitante: Responde pelo RESULTADO.
DEFINIÇÃO: Somatório dos dois deu o resultado. O enfarte se deu na mesma hora que a conduta. É aquela onde a causa ocorre no mesmo momento da conduta, somatório das duas produzem o resultado.
 ENFARTE
 + Conduta = Resultado
 SUSTO
- Superveniente: Responde pelo ATO PRATICADO.
DEFINIÇÃO: É aquela onde a causa ocorre posteriormente a conduta, com tudo nesta situação temos uma exceção na regra: O agente não responderá pelo resultado, mas tão somente pelos atos praticados.
 Conduta + Acidente da Ambulância = Resultado
 1 tiro em Caio (Caio a caminho do hospital)
OBS: No nosso Ord. Jurídico é proibida a responsabilidade penal objetiva, ou seja, o agente só responde pelo crime se o mesmo tinha intenção de praticá-lo ou então quebrou um dever de cuidado. Se o crime não estava na esfera de conhecimento do agente elenão responde por ele.
4. Tipicidade
• Entendimento: Reprovação social, jurídica. A perfeita adequação da conduta praticada para com aquela prevista no Ord. Jurídico.
• Tipos:
- Incriminadores: São aqueles que descrevem condutas penalmente relevantes e estabelecem sanções. Ex: Homicídio, Aborto.
- Permissivos ou Justificadores: São aqueles que tornam lícitas determinadas condutas previstas nos tipos penais incriminadores. Ex; Legítima Defesa.
- Explicativos: Explicam o conteúdo previsto no tipo penal incriminador. Ex: Art. 150º § 4º/ Art. 312º (Art. 327º explica o Art. 312º).
• Adequação Típica: Comparar conduta praticada com aquela prevista no Ord. Jurídico.
- Subordinação imediata ou direta: Nesta hipótese existe uma perfeita junção da conduta praticada para com aquela prevista no Ordenamento. Assim sendo tendo em vista essa perfeita junção, o aplicador do direito não precisa fazer nenhuma operação para enquadrar (tipificar) a conduta praticada. Ex: Art. 121º.
- Subordinação mediata ou indireta: Nessa situação não existe um perfeito encaixe da conduta praticada para com aquela prevista. Assim sendo o interprete deverá fazer uso de um mecanismo chamado de norma distenção, existe em duas situações: tentativa e participação (auxílio).
 
 
• Dolo – Art. 18 Inciso I
- Conceito: É a vontade direta de praticar o crime ou então assumir o risco do resultado.
- Teorias:
# Vontade (Dolo direto, ADOTADA NO ORD.): Para esta teoria o dolo ocorre quando o agente possui a vontade direta de atingir o resultado. 
# Representação (Não é adotada como dolo): Nesta teoria o agente não possui a vontade direta de praticar o crime, com tudo no momento de sua conduta visualiza o resultado, mas não acredita na sua ocorrência. Ex: Atropelamento sem intenção de matar.
# Assentimento (Dolo eventual): Nesta teoria o agente não tem intenção de atingir o resultado, contudo no momento da conduta o agente visualiza o resultado, mas não se importa com a sua ocorrência, continuando com a conduta adotada. Ex: Dirigir embriagado.
• Espécies
- Natural (ADOTADO): É o dolo da teoria finalista. O dolo é analisado no momento da conduta.
- Normativo (Não é adotada no Ord. Jurídico): É o dolo da teoria Naturalística. É o dolo analisado na culpabilidade.
- Direto ou Determinado (ADOTADO): É o dolo da teoria da vontade, ou seja, quando o agente tem intenção de praticar o crime.
- Indireto
# Eventual: Teoria do assentimento, ou seja, o agente no momento da conduta visualiza o resultado, entretanto, não se importa com a sua ocorrência, assumindo assim o risco da produção do resultado. Ex: Tiro pro alto na rua.
# Alternativo: O agente não se importa com resultado do específico, qualquer resultado ocorrido é suficiente. Não se importa em ferir ou matar, mas vai responder de acordo com o resultado.
- Dano: É aquele que o agente tem a efetiva intenção de provocar um dano ao bem jurídico protegido. Ex: Homicídio – BEM JURÍDICO PROTEGIDO = A vida.
- Perigo: É aquele que o agente quer expor o bem jurídico ao perigo de ser atingido, lesionado. Ex: Crimes de Perigo (Vide classificação dos crimes).
- Geral: É aquele onde o agente pensando em ter consumado o crime pratica um ato de exaurimento (produção do efeito) e neste momento atinge a consumação.
• Culpa – Art. 18º § Único
- Conceito: É a quebra do dever objetivo de cuidado. Obs: Viver em sociedade pressupõe a observância de certas regras e normas, ou seja, todos nós possuímos um dever de cuidado valorado pelo critério do homem médio.
- Graus
# Grave
# Leve
# Levíssima
- Modalidades
# Imprudência: É a prática de ato perigoso
# Negligência: É a falta de cuidado
# Imperícia: Inabilitação técnica
- Espécies
# Culpa inconsciente: É a culpa sem previsão, ou seja, o agente não prevê o que era previsível.
# Culpa consciente: É a culpa com previsão = O agente prevê o resultado e acredita sinceramente que ele não vai ocorrer.
# Culpa imprópria (Responde por culpa por causa do ERRO): É aquela onde o agente pressupõe estar diante de uma causa de exclusão de ilicitude, entretanto a causa não existe fazendo com que o agente atue em erro. Nesta situação apesar do agente atuar de forma dolosa a existência do erro faz com que ele seja responsabilizado a título de culpa. Ex: Legítima Defesa.
• Crime Qualificado pelo resultado (Crime Preter Doloso)
- Entendimento: É aquele onde o agente atua com dolo no antecedente e culpa no conseqüente. A responsabilidade Penal será feita de acordo com a previsão legal prevista no Cód. Penal (terá crime específico). 
DOLO + CULPA = RESULTADO
 ≠
DOLO + DOLO EVENTUAL = RESULTADO (Não é esse)
• Erro
- Conceito: Falsa noção da realidade. Faz com que o agente pratique uma conduta em erro. O erro por muitas vezes aparece na conduta.
- Espécies:
# Tipo
# Proibição: É o erro que recai sobre a existência ou não da lei penal. O agente não sabe que aquela conduta é crime.
 - Macete para diferenciar as duas: “Que besteira que eu fiz” (Erro de Tipo). “Ué, isso é crime?” (Erro de Proibição).
• Erro de Tipo
- Conceito: É aquele que recai sobre a conduta descrita no tipo penal. Você pratica o crime “sem querer”.
- Espécies:
# Essencial: O erro é relevante para a conseqüência penal, tal relevância é tão importante que necessariamente sempre excluirá o dolo, podendo dependendo do caso também excluir a culpa. Ele recai sobre questões elementares.
Ex: Art. 121º - Matar alguém (Elementares)
§ 1º 
§ 2º Circunstanciais 
§ 3º 
§ 4º 
# Acidental: É o erro que recai sobre questões circunstanciais, tal erro é totalmente irrelevante, fazendo com que o agente responda normalmente pelo crime.
• Erro de tipo essencial: Sempre exclui o dolo. Automaticamente exclui o dolo.
- Espécies
# Invencível (‘Ninguém vence o erro’)/ Escusável/ Desculpável
 - Qualquer pessoa erraria
 - Não podia ter sido evitado
 - Consequência Penal: Exclui a culpa
- Vencível/ Inescusável/ Indesculpável: Ex: De dia, sozinho em casa, uma pessoa ouve um barulho e sabia que alguém ia voltar, pega a arma e atira em um tio com intenção de matar, sem saber que é o tio, quer matar a pessoa em erro, por exemplo. Ele poderia ter evitado.
 - Podia ter sido evitado
 - Não houve prudência
 - Consequência Penal: Ele responde pelo crime a título de culpa, culpa imprópria (nada mais é do que é a culpa derivada de erro de tipo essencial vencível/ inescusável/ indesculpável).
• Erro de Tipo Acidental (Irrelevante)
1º Quanto ao objeto
- Consequência Penal: Responde normalmente pelo crime.
2º Quanto à pessoa
- Consequência Penal: Neste erro o agente confunde a pessoa que quer atingir com outra pessoa que efetivamente foi atingida. A pessoa que quer atingir (vítima virtual) e a pessoa atingida (vítima efetiva). É irrelevante. Ele responde pelo crime como se tivesse atingido a vítima virtual (homicídio doloso, por exemplo).
3º Erro na Execução (Aberratio ictus) – DELITO ABERRANTE. Quando ele vai matar uma pessoa, e erra o tiro e acerta outra pessoa. OBS: Vai recair PESSOA X PESSOA.
- Unidade simples ou resultado único: Ele atinge tão somente pessoa diversa da que pretendia (vítima efetiva).
 - Consequência Penal: Ele responde pelo crime como se tivesse acertado a vítima virtual.
- Unidade complexa ou resultado duplo: Atingir várias pessoas, pode até atingir a vítima. Quando atinge duas ou mais pessoas. Ex: pai vai descarregar arma em namorado da filha, acerta a filha e as pessoas que estão no lugar e não acerta o namorado.
 - Consequência Penal: Aplica-se a regra do Art. 70º do Cód. Penal, ou seja, Concurso formal de crimes. Obs: Essa matéria será estudada em Penal 2.
4º Resultado diverso do Pretendido (Aberratio Criminis) – DELITO ABERRANTE. OBS: Vai recair PESSOA X COISA. 
- Unidade simples ou Resultado único: Quando somente bem diverso daquele pretendido que foi atingido. Ex: Tício compra um carro novo, vai tirar onda com Caio, para o carro na calçada de Caio e o mesmo resolve tacar uma pedra no carro e atingeAmbrosina sem querer na cabeça e mata ela. Ele queria atingir o carro.
 - Consequência Penal: Responde pelo crime a título de culpa. Homicídio culposo.
- Unidade complexa ou Resultado duplo: Tício compra um carro novo, vai tirar onda com Caio, para o carro na calçada de Caio e o mesmo resolve tacar uma pedra no carro e atinge Ambrosina sem querer e atinge o carro também. Ele queria atingir somente o carro.
 - Consequência Penal: Aplica-se a regra do Art. 70º do Cód. Penal, ou seja, Concurso formal de crimes. Obs: Essa matéria será estudada em Penal 2.
5º Dolo Geral (Aberratio Causae) – DELITO ABERRANTE
- Conceito: É aquele onde o agente já acreditando que o crime já está consumado, pratica um ato de exaurimento e neste momento é que atinge a consumação. Ex: Tício dá um tiro em Caio e acha que o mesmo está morto e joga ele no rio. Descobre depois que Caio morreu afogado.
 - Consequência Penal: O erro é totalmente irrelevante, o agente responde normalmente pelo crime. Ex: Crime Doloso.
Teoria una do Direito (Civil, Penal, Adm. Direito)
PENAL: Injusto:
• Sentimento de injusto (utilização do Cód. Penal – Criação)
• Fere a integridade social.
• Conduta que atinge o Injusto (Leis penais, quem descumpre fere o injusto).
• Furto – art. 155 (não tem violência ou grave ameaça).
• Roubou – art. 157 (tem violência ou grave ameaça).
• Menor comete ato infracional. (8069/90). Internação até 3 anos.
República Federativa do BR (O poder está concentrado no Distrito/DF)
UNIÃO (Só a União pode criar a Lei de âmbito Penal): Pres - $ (Renda Própria) – Adm. Própria.
ESTADO: Gov - $ (Renda Própria) – Adm. Própria.
MUNICÍPIO (Lei de caráter Local): Pref - $ (Renda Própria) – Adm. Própria
Art. 121º - MATAR (verbo) alguém. (descrição da conduta)
Pena (sanção penal) – Reclusão 6-20 anos.
Legalidade = Reserva legal + anterioridade.
- 8 anos, regime fechado
- 4 anos < 8 anos, regime semi aberto.
- <4, regime aberto
DE BAIXO PRA CIMA: + 1/6 (cumprir 1/6 da pena, 36 anos de prisão), - 1/6, - 1/6
Art. 180º - Recepcitação.
É o que adota no Código Penal.
Fato atípico: Quando a conduta não está prevista no Ordenamento Jurídico. Ex: sexo entre irmãos.
ENVENENAMENTO
TIRO
TODO FATO TÍPICO É AUTOMATICAMENTE ILÍCITO.
Tentativa de Homicídio:
Art. 121º c/c Art. 14º II (Norma distenção)
Tício AUXILIOU OU PARTICIPOU (Art. 121º c/c art. 29º) -- Caio MATOU (Art. 121º) – Mévio
Art. 29º - Participação

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