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"Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.” Elaborado por: Maria Victória Reis EQUINOS PREVENÇÃO Ações que visão diminuir risco de contrair doenças. Em relação ao custo x benefício vale mais a pena prevenir do que tratar a doença que poderia ter sido evitada. vacinação Não há protocolo vacinal obrigatório em equinos, diferente do que ocorre em ruminantes. Entretanto, para transporte, comércio e competições é necessário ter o protocolo em dia. A vacinação reduz o nível e morbidade e mortalidade, uma vez que produz anticorpos necessários para combater a infecção caso entre em contato com o agressor. A vacinação não deve ser realizada em qualquer equino do plantel, somente em animais saudáveis. Além da vacinação é necessário incluir outros cuidados para prevenção como: • Baias arejadas • Limpeza do ambiente • Quarentena em animais recém-chegados • Manejo alimentar • Isolamento de animais doentes para evitar transmissão para os demais, caso infectocontagiosa e/ou para serem melhor assistidos Animais novos no plantel devem ser revacinados mesmo que apresenta histórico de vacinação. Além disso, mesmo em animais adultos que nunca foram vacinados é necessário fazer o reforço vacinal das vacinas que necessitam tal medida. As vacinas disponíveis são: Raiva e tríplice - encefalomielites (EEE e EEW), influenza, tétano e herpes. Raiva A raiva rural e a raiva urbana são zoonoses de notificação obrigatória e são causadas pelo mesmo vírus, Lyssavirus gênero da família Rhabdoviridae. Embora seja dita que a raiva rural seja rara, na verdade ocorre subnotificação. A taxa de fatalidade é de 100%, entre 7 e 14 dias o animal vem a óbito. Em equinos no Brasil a transmissão ocorre em maior incidência pelo morcego hematófago Desmadus rotundus, que mordem principalmente a região da tábua para se alimentarem e quando infectados pela raiva a transmitem para o cavalo. CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS I O diagnóstico de raiva deve ser feito coletando material do sistema nervoso (encéfalo, tronco encefálico ou medula) e enviado material fresco ou congelado para análise. Após enviado amostra o material é inoculado em camundongos e é esperado que o animal apresente sinais da doença. Raiva rural • Vacinação iniciada com 5 meses • Vacinação anual • A partir do momento que a raiva for notificada em determinada região a vacinação passa a ser semestral • A vacina da raiva rural (herbívoro) possui veículo diferente da raiva urbana (carnívoro). • Aplicação na tábua do pescoço ou na garupa tétano Zoonose causada pela bactéria clostridium tetani que infecta tanto humanos quantos outros animais através de feridas. O causador da doença é a neurotoxina tetânica liberada pela bactéria. Um dos sinais do tétano é a protusão de terceira pálpebra e rigidez muscular chamada de tetania. Em equinos o prognóstico é sempre reservado e possui alta taxa de morbidade e mortalidade. A vacinação é feita de forma anual e existe também o soro antitetânico em casos positivos. Encefalomielites por alfavirus Zoonoses virais que acometem equinos e causam sintomatologia neurológica inespecífica e são de notificação obrigatória. As existentes no território brasileiro são, com exceção da venezuelana: • Encefalite equina do Lesta (EEE) • Encefalite equina do Oeste (WEE) • Encefalite Venezuelana (VEE) Todas as encefalites citadas são causadas pelo mesmo vírus, entretanto de cepas diferentes. Os alfas vírus fazem parte do grupo arboviroses, ou seja, que são transmitidos por artrópodes. Doença presente em países tropicais em épocas do ano quentes. A primeira vacinação contra a cepa leste e oeste ocorre com 5 meses e o reforço com 6 meses, após isso se mantém de forma anual. Influenza Conhecido como vírus da gripe equina do gênero influenzavirus. Altamente contagiosa de transmissão por via aerossol ou contato direto. Apesar de não possuir alta taxa de mortalidade possui alta taxa de morbidade. A primeira vacinação ocorre com 5 meses, o reforço no 6° mês e após se mantém a cada 4 ou 6 meses. Muito comum em local com concentração de animais como hípicas e centro equestres. Não é zoonose e não possui notificação obrigatória. Herpes vírus equino Rinopneumonite equina. Associada a afecções do trato respiratório em potros e adultos, em éguas causa aborto. A vacinação iniciada a 5 meses e reforço com 6, após mantém de forma semestral. Em éguas reprodutoras reforço no 5°, 6° e 7° mês de gestação. Em 2021 no Catar foi isolada nova cepa EHV-1 que causa alterações neurológicas. vermifugação Em animais que vivem a pasto o grau de reinfecção é alto, uma vez que eles comem no mesmo local que defecam. Figura 1. Ciclo de infecção do Strongylus Vulgaris Os vermes mais comuns são os cestoides (chatos) e os nematoides (redondos). ESCOLHA VERMIFÚGO Fatores que influenciam na escolha do princípio ativo: • Idade • Estado nutricional • Grau de exposição – criação extensiva/intensiva • Clima Idealmente vermifugar apenas animais com níveis altos de infecção, entrando não é o que acontece. coproparasitológico No coproparasitológico completo é aceitável de 300 a 400 ovos por gramas de maneira que o animal conviva “bem” sem apresentar sintomas de infecção. POTROS Em potros desde o primeiro mês de vida até o desmame é feito vermifugação mensalmente. Isso acontece devido a prática de coprofagia no momento de transição alimentar entre leite e feno, pois auxilia na formação de microbiota funcional. adultos Em animais adultos o intervalo é de 60-90 regularmente. Exemplos de protocolos são: • Mexidectin – 0,4mg/kg – a cada 90 dias • Ivermectina – 0,2mg/dl – a cada 60 dias Em vermes redondos • Palmoato de pirantel – 6,6mg/kg pelo menos duas vezes ao ano, principalmente em animais jovens • Prazinquantel – 2,5mg/kg normalmente associado a ivermectina. Em vermes chatos CUIDADO com as dosagens dos princípios ativos no produto – SUPERDOSAGEM! A cada 2 ou 3 meses vermifugar contra vermes redondos e a cada 6 meses (2 vezes ao ano) vermifugar contra vermes chatos. Controle de vermes Necessário limpeza do ambiente para evitar reinfecção. Rodízio de pastagem, limpeza de baias e esterqueiras adequadas fazem parte de medidas necessárias para prevenção. Controle de ectoparasitas Dermacentor nitens Conhecido como carrapato de orelha devido ao local onde parasita. São monóxenos, ou seja, concluem ciclo de vida em um hospedeiro. Devido à alta infecção na orelha causa odor desagradável que favorece incidência miiase. Amblyomma sculptum (a. cajennense) Conhecido popularmente como carrapato estrela. São troxenos, ou seja, concluemseu cilco de vida em 3 hospedeiros diferentes. Costumam estar localizados em perna e abdômen. Introdução Até 28 dias de vida o equino é considerado neonato. Nos primeiros dias de vida ocorre a adaptação neurológica, cardiovascular, pulmonar, gastrointestinal e musculoesquelética, sendo assim, são dependentes da mãe. “Distúrbios patológicos durante a gestação, parte ou periparto devem ser procedidos por acompanhamento intenso do neonato por até 48 horas de vida”. Da Gestação ao pós-parto imediato Para ter um potro saudável é necessário que a égua seja saudável, em todos os casos, mas principalmente em égua que são usadas como receptoras na transferência de embrião. Em 80 a 90% das vezes a parto ocorre de madrugada, devido ao fato de serem animais predados. Em équas de vida livre geralmente entram no cio em tempo em que após 11 meses, no momento de nascença do potro, seja primavera. Éguas próximo ao parto, ocorre a descida do potro, a barriga fica “baixa”, além disso ocorre a descida de “mojar” para os tetos. A égua precisa se sentir segura no momento do parto, sendoassim, manter a égua em local de costume e com éguas do mesmo lote, caso seja necessário mudança de local, deve ser feita 1 semana antes do parto no mínimo. No momento das contrações o animal pode apresentar comportamento parecido com o de cólica como rolar e cavar. Se em 30 minutos o potro ainda não tiver nascido, necessário iniciar manobras obstétricas. Assim que o potro nasce a mãe lambe o animal em região de face e perianal. Por hipóxia e liberação de cortisol o potro respira pela primeira vez. Após a iniciar a respiração pulmonar, demora cerca de 2 a 3 minutos para tentar começar a andar. Após o nascimento demoram geralmente 2 horas para conseguirem a ficar em pé e tentar mamar. O imprint deve ocorrer assim que a égua tem contato e cheira a cria, pois a partir desse momento fisiologicamente o animal se sente responsável pelo cuidado do potro. Caso não ocorra, a égua não irá cheirar e limpar a cria e será necessário intervenção para cuidados do neonato. Quanto maior a manipulação do potro nas primeiras 2 horas de vida mais arrisco que a égua rejeite esse filhote, sendo assim a manipulação ocorre apenas em situações de extrema necessidade. A transferência de imunidade ocorre de forma passiva apenas pelo colostro, não ocorre passagem transplacentária. Além de fornecer os anticorpos adequados, o colostro auxiliar da expulsão do mecônio. A ingestão do colostro de forma passiva (gastrointestinal) deve ser feita nas primeira CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS I Gestação: 11 meses Parto: 30 minutos Expulsão placenta: 2 horas 24horas de vida. Dentro de 2 horas ocorre também a expulsão do mecônio. A potro mama cerca de 250-300ml a cada 2 horas. Característica básicas de adaptação Potros saudáveis apresentam decúbito esternal imediato e posicionamento em pé nas 2 primeiras horas de vida. Caso passe mais de 2 horas e o potro não apresente nenhuma atividade de tentativa de ficar em pé ou mamar, necessário testar o reflexo de deglutição. Usar apenas em último caso, uma vez que o potro não possui imunidade formada e ao testar o reflexo pode ocorrer a infecção via gastrointestinal do animal. Apgar modificado Identificação precoce de uma anormalidade em neonatos. Observar a mãe auxilia A potro mama cerca de 250-300ml a cada 2 horas. Observar o teto da mãe auxilia para saber se o filhote está se alimentando adequadamente. Figura 2. Úbere extremamente cheio, provavelmente o potro não está se alimentando adequadamente. Sintomas de retenção de mecônio Quando o potro não mama o colostro ocorre a retenção de mecônio. Os sintomas são mímica de defecar e tenesmo. O tratamento é feito com enema com fosfato de sódio no máximo 2 vezes ao dia ou água morna com vaselina líquida. Não é permitido fazer mais de dois enemas com fosfato de sódio por dia uma vez que a mucosa gastrointestinal absorve o composto. Se após 2 a 3 horas o potro não defecar faz-se necessário aplicação novamente. Figura 3. Potro apresentando retenção de mecônio fazendo mímica de defecar, sem sucesso. Colostragrem A placenta equina é do tipo epitelicorial, sendo assim, não há a transferência transplacentária de anticorpos. Visto isso, o potro é dependente totalmente do colostro para adquirir o mínimo de imunidade adaptativa. A ingestão deve ser feita nas primeiras 24 horas de vida, após isso não ocorre mais absorção passiva via sistema gastrointestinal. Vias alternativas da obtenção de colostro é por meio de bancos de colostro ou pode ser feita a ordenha dessa égua e fornecida via mamadeira ao neonato ou até mesmo a passagem nasogástrica caso o filhote não apresente reflexo de sucção adequado. Plasma hiperimune Necessário animal com protocolo vacinal diferenciado para coleta de sangue e separação do plasma para posterior administração via endovenosa. Necessário água em temperatura de 36,5°C a 37°C para não desnaturar as proteínas. Figura 4. Potro recebendo plasma hiperimune da forma endovenosa na veia jugular. Coto umbilical A ruptura do cordão umbilical ocorre de forma natural e o coto fica exposto. É necessário cauterização diária do coto por meio de iodo 3% ou 10% e spray cicatrizante para que minimize a possibilidade de infecção sistêmica. Além disso, a cauterização auxilia no processo de cicatrização. Exame físico Os parâmetros diferem dos adultos. Varia de acordo com a fase etária do animal e. Indecência de mortalidade Há alta incidência de mortalidade do recém-nascido e as principais causam são: • Hipotermia • Hipoglicemia • Anormalidades relacionadas e distocia Doenças neonatais e potros Distúrbios patológicos durante a gestação, parto ou periparto, devem ser procedidos por acompanhamento intensivo do neonato por até 48 horas de vida. A identificação precoce de uma anormalidade é o fator que determina a consequência da doença no potro. Em potros as doses farmacológicas geralmente as doses em maiores em comparação aos adultos. Afecções sistêmicas Síndrome de asfixia perinatal Ocorre a falha na oxigenação celular, gerando hipóxia e isquemia. Pode estar presente no terço final da gestação e nos primeiros 30 dias de pós-parto. No período pré-natal está relacionado a: • Alteração de placenta – Placentite; • Anemia da égua; • Hipoproteinemia; • Endotoxemia; • Fatores que alteração fluxo sanguíneo uteroplacentário (distocias). No pós-parto está relacionado a: • Obstrução de vias aéreas; • Hipoplasia pulmonar; • Hérnia diafragmática; • Disfunção de surfactante; • Insuficiência cardíaca; • Pneumonia (bacteriana ou viral); • Lesões do sistema nervoso central; • Anemia severa; • Hipoglicemia. Sinais clínicos • Transtornos cardiorrespiratórios (dispneia e bradicardia) • Cianose • Letargia • Alteração neurológica comportamental (convulsões) O tratamento é sintomático e o prognóstico é ruim. Pode ser usado anticonvulsivantes, fluidoterapia e antibioticoterapia. Em casos apenas de alteração devido a hipoglicemia o prognóstico é melhor, uma vez que o problema é mais fácil de corrigir. Isoeritrólise neonatal Acomete de 1 a 2% dos potros neonatos. A causa é devido a incompatibilidade do grupo sanguíneo da égua com a do potro, levando uma hipersensibilidade do tipo 2. O potro, ao mamar o colostro apresenta lise e/ou aglutinação devido aos anticorpos maternos atuarem contra as hemácias do recém-nascido. Sinais clínicos: • Aparecem após mamar ou até 24h após a ingestão do colostro • Hiperagudo: 8 a 38h • Agudo: 2 a 4 dias • Subagudo: 4 a 5 dias • Palidez de mucosa • Hemoglobinúria • Fraqueza • Diminuição da sucção • Taquicardia • Taquipneia • Pode desenvolver septicemia e convulsões. Tratamento de suporte: • Alimentação • Fluidoterapia • Transfusão sanguínea • Antibioticoterapia por precaução Para confirmar diagnóstico necessário fazer teste de compatibilidade com sangue materno e do filhote. Septicemia neonatal Os potros podem ser acometidos ainda na vida uterina ou logo após o parto. A causa mais comum é devido a falta de imunidade passiva adquirida através do colostro. Responsável pela morte de equinos antes dos 7 dias de idade, leva ao óbito em 3 a 4 dias. Há atraso no desenvolvimento e lesões irreversíveis. Causas: • Durante a gestação o Placentite o Infecção uterina o Infecção respiratória • Pós-parto o Infecção umbilical o Falha na transferência de imunidade passiva (colostro). Sintomas • Apatia, letargia, diminuição das mamadas e decúbito • Febre, taquicardia, taquipneia, desidratação, alterações pulmonares, diarreia e movimentação incoordenada. • Anorexia, toxemia, mucosas congestas uveíte, hifema, taquicardia e taquipneia. Exames complementares • Hemograma, proteína total e fibrinogênio • Glicemia Principais agentes envolvidos: • Actinobacillus equuli, • Escherichia coli, • Streptococcus sp., • Klebsiella sp Tratamento intensivo: • Antibioticoterapia (amplo espectro). •Fluidoterapia • Oxigenoterapia AFECÇÕES TRATO Digestório SÍNDROME CÓLICA O equino demostra dor (cólica) olhando para o flanco, deita-se, rola no chão, cava e abana o rabo. CAUSAS • Retenção de mecônio; • Uroperitônio (ruptura devido trauma causado pela équa mãe); • Úlcera gastroduodenal (possuem pré-disposição); • Obstrução intestinal com estrangulamento vascular (intussuscepção); • Verminose. Úlcera gastroduodenais • Mais comum em animais de 1 a 4 meses de vida (devido aos desafios dessa fase de desenvolvimento que podem ser gatilho para o estresse); • Administração de anti-inflamatórios não esteroidais (inibe a cox1 que produz a prostaglandina que estimula a produção do muco protetor estomacal que protege do sulco gástrico); • Submetidos ao estresse (desmame, doença). Sinais clínico • São inespecíficos, variando de cólicas recorrentes/crônicas; • Diminuição de apetite; • Episódios recorrentes de diarreia; • A cólica tende a piorar após a amamentação ou alimentação; • Ptialismo (acúmulo de salina na boca – adultos costumam a ranger os dentes devido a úlcera). Tratamento • Caso esteja tomando não esteroides – sessar o uso; • Alívio de dor; • Diminuição de acidez gástrica (hidróxido de magnésio via oral); • Protetores de mucosa (omeprazol – inibidores de bomba). OBSTRUÇÃO INTESTINAL COM ESTRANGULAMENTO VASCULAR • Idade de 2 a 4 meses; • Transição de leite-alimento sólido; • Intussuscepção; • Vólvulos. • Dor intensa e não responsiva a analgesia (caso cirúrgico). Sinais clínico • Dores intensas e persistentes; • Não responsiva a analgésicos; • Motilidade desorganizada levando a atonia intestinal; • Distensão abdominal moderada/severa; • Refluxo. Tratamento • Exclusivamente cirúrgico • Laparotomia exploratória, enterectomia do segmento acometido. Diarreias • Trata-se de uma afeção bastante comum nos potros e muitas vezes autolimitantes • Pode ocorrer devido à “diarreia cio do potro” devido a alteração hormonal materna quando a égua volta a ciclar o que consequentemente gera alteração no leite materno (14 a 15 dias de vida). • Pode ser provocado por endoparasitas – Strongyloides Westeri • Bactéria – Salmonella, Escherichia coli e Clostridium perfringes (presentes na flora intestinal, entretanto de forma desiquilibrada pode provocar afecções). • Vírus – Rotavírus e Coronavírus (destruição de microvilosidades). • Geralmente há infeção viral que provoca imunossupressão que gera infecção oportunista de bactérias de irão gerar diarreia. • IMPORTANTE: Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico dos potros. • Importante avaliar os estados clínicos gerais do paciente, uma vez que podem ser auto limitantes e se resolvam sem antibioticoterapia (se estiver mamando, hidratado e brincando melhor observar). • Não se deve entrar com antibióticos sem necessidade principalmente em potros Nematódeos • Strongyloides westeri >> Tendem a ser autolimitantes, • Strongylus vulgaris >> cólicas tromboembólicas, Volvo Intussuscepção • Pequenos strôngilus >> raros em potros. História: • Diarreia e queda de apetite Sintomas: • Diarreia fétida ou não, fezes de cores alteradas e muito líquidas, glúteos sem pelos e avermelhados. • Identificar a afecção sistêmica ou doença localizada no SD • Alteração de temperatura, hidratação, taquicardia e taquipneia Exames complementares: • Hematologia, coprocultura bacteriológica e coproparasitológico (OPG). Glúteos, rabo e curvilhão sujos são indicativos de diarreia. Tratamento: • Fundamental a manutenção da hidratação através de fluidoterapia; • Manutenção da ingestão de leite (avaliar teto materno); • Antibióticos – somente com confirmação da existência de infecção bacteriana; • Agentes adsorventes e protetores de mucosa como Salicilato de Bismuto, Caulim, Pectina e carvão ativado; • Probióticos (transfonação). Afecções do trato respiratório 2° segmento de enfermidades que mais ocorre no Brasil em equinos em geral. Geralmente relacionados a: • Elevação da lotação animal • Transporte dos potros • Falta de vacinação • Não transferência de imunidade passiva través do colostro. Agendes causadores: • Vírus da influenza equina; • Herpesvirus equino; • Rhodococcus equi • Streptococcus equi Sintomas gerais: • Secreção nasal (uni ou bilateral) • Alteração a ausculta de ACP • Tosse e espiro • Febre • Apatia • Hiporexia Rodococose: • Causado pelo Rhodococcus equi • Alta mortalidade – 80% • Potros de 1 a 4 meses de idade (transição da alimentação leite-alimento sólido e queda a imunidade passiva). • Bactéria oportunista – presente no solo • Resistente ao ambiente (solo) • Nos primeiros dias de vida causa enterite em potros. • SINTOMAS o Broncopneumonia o Dispneia o Febre o Tosse o Apatia o Corrimento nasal mucopurulenta o Anorexia o Osteomielite o Abscessos subcutâneos o Uveíte/Hipópio o Abscessos intrapulmonares (no parênquima). o Muitas vezes os abscessos evoluem para septssemia • TRATAMENTO o Antibioticoterapia de 30 a 35 dias (Azitromicina ou eritromicina associada a rifamicina). o Fluidoterapia o Amamentação • PROFILAXIA o Em locais de surto: Plasma hiperimune em todos os potros nascidos o Certificar que os potros mamaram o colostro. • Lavado traqueal e isolamento da bactéria para possível diagnóstico (mas não confirma só de ter a presença) e pós mortem. Afecções umbilicais Hérnia umbilical • Ocorre devido a falha na curo do umbigo • Há anel fibroso, saco hernial e conteúdo. Causas • Incluem tração excessiva do cordão umbilical • Infecções umbilicais Tratamento • Fechamento espontâneo < 5 cm (dois dedos) • Colocação de elástico • Herniorrafia • Correção por Estética • Precaução por estrangulamento de alças intestinais (incomum). Persistência do úraco • Úraco é um canal que corre junto aos vasos umbilicais e elimina a urina fetal para a cavidade alantoideana • Este deve obliterar logo após o nascimento Sinais clínicos • O animal urina pelo umbigo • Pode haver abscesso no coto umbilical (onfaloflebite) Tratamento • Conservativo com cauterização por nitrato de prata • Intervenção cirúrgica, caso não responda ao tratamento conservativo – fechamento do úraco onfaloflebites • Infecção da estrutura umbilical – pode evoluir para septicemia e posteriormente morte. • Causas o Falha na imunidade passiva o Falta de higienização do umbigo (cura) • Patógenos comuns o Escherichia Colli o Clostridium sp o Streptococcus zooepdemicus
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