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1 
 
 
ECONOMIA GLOBAL 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2 
GLOBALIZAÇÃO E SUAS INTEGRAÇÕES SOCIAIS, ECONÔMICAS, 
CULTURAIS E POLÍTICAS ........................................................................................ 3 
Globalização e governança internacional ...................................................... 15 
mercados globais........................................................................................... 18 
Desenvolvimento global ................................................................................. 21 
GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA .................................................................... 24 
Globalização, comércio mundial e formação de blocos econômicos ............. 28 
Formação dos Blocos Econômicos................................................................ 29 
Principais Organizações internacionais ......................................................... 31 
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 35 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
GLOBALIZAÇÃO E SUAS INTEGRAÇÕES SOCIAIS, 
ECONÔMICAS, CULTURAIS E POLÍTICAS 
 
Um dos fenômenos mais importantes das sociedades contemporâneas é a 
globalização, um conceito recente que está a cada dia mais presente no nosso 
cotidiano. Nas palavras de Franco (1999, p. 156): Para um retrato mais completo do 
processo de globalização, resta considerar um fenômeno que modificou de tal forma 
permanente os dilemas macroeconômicos enfrentados pelas nações desse planeta: 
a mobilidade de capitais. 
A ideia “Aldeia Global” é aquela que está mais associada à globalização, a 
intensificação das relações sociais, através de uma série de fatores, econômicos, 
sociais, culturais e políticos. Podendo ser definido também como as fases da 
mundialização, processo de aproximação dos homens de diferentes espaços 
geográficos, fortemente condicionadas pela economia. 
De acordo com as ideias de Ianni (2008, p. 7): A ideia de globalização está em 
muitos lugares, nos quatro cantos do mundo. Surge nos acontecimentos e 
interpretações relativos a tudo que é internacional, multinacional, transnacional, 
mundial e planetário. Está presente na vida social, assim como nas produções 
intelectuais. Sob novos aspectos, a globalização confere novos significados a 
indivíduos e sociedades. 
Há uma necessidade de atravessar os limites para uma melhor compreensão 
deste processo. Held & McGrew (2001) afirmam que não existe uma definição única 
para este termo globalização, e que seu sentido exato é contestável. Sugerem 
também que existe um aspecto material, a partir do momento em que conseguimos 
identificar os fluxos de capital, comercio e pessoas por todo planeta. Held & McGrew 
(2001) também consideram que a globalização é uma escala crescente de magnitude 
progressiva que acarreta uma aceleração e um aprofundamento dos impactos dos 
fluxos dos padrões inter-regionais de interação social, referindo-se a uma mudança 
ou transformação na escala da organização social que liga comunidades distantes. 
Na perspectiva de Ianni (1998, p. 33): Trata-se de um novo “ciclo” da historia, 
no qual se envolvem uns e outros, em todo o mundo. Ao lado de conceitos tais como 
4 
 
 
“mercantilismo”, “colonialismo”, e “imperialismo”, além de “nacionalismo” e 
“tribalismo”, o mundo moderno insiste à emergência do “globalismo”, como nova e 
abrangente na categoria histórica e lógica. O globalismo compreende relações, 
processos e estruturas de denominação e apropriação, desenvolvendo-se em escala 
mundial. 
 
A globalização, além de ser um processo de interligação entre os agentes 
globais, é também um processo de dominação, que implica a transformação não só 
dos sistemas mundiais, mas também da nossa vida cotidiana, a forma com que nos 
relacionamos com as pessoas. Segundo Held e McGrew (2001, p. 7): O termo 
“globalização” passou a ser efetiva e amplamente usado somente no inicio dos anos 
1970. Naquela época, as abordagens ortodoxas assumiam a separação entre 
questões internas e externas, entre os campos nacional e internacional e, 
correspondentemente, entre o “local” e o “global” 
Tem-se, portanto, que este fenômeno vem transformando, inovando e 
desenvolvendo uma “sociedade global”, uma descoberta de que o mundo não é mais 
conglomerado de nações. A sociedade só pode ser compreendida através de um 
estudo das mensagens e das facilidades de comunicação na qual se disponha. 
Para Ianni (2008, p. 11): Em todos esses casos, os acontecimentos tornam 
explícitas características essenciais da sociedade mundial. Além das nações pobres 
5 
 
 
e ricas, centrais e periféricas, dominantes e dependentes, revelam-se relações, 
processos e estruturas ainda pouco conhecidos, operando em escala global. Aliás, 
esses acontecimentos põem em evidencia características básicas das sociedades 
nacionais, algumas das quais também pouco conhecidas; assim como revelam 
características básicas das sociedades vistas em âmbito continental. 
Estes aspectos da globalização são muito amplos, na sociedade globalizada 
onde os objetivos sociais são os mesmo em qualquer lugar. Tudo isso se deve a um 
fator que teve seu início desde a pré-história, no decorrer dos primeiros contatos 
sociais; das primeiras trocas, quando os homens que habitavam este planeta 
resolveram tentar se comunicar com os outros. Assim acabaram por influenciar 
hábitos, absorver novas informações, criar e mudar conceitos. Desde a pré-história o 
homem vem modelando um processo irreversível chamado na atualidade de 
globalização. 
 
O intuito deste processo é quebrar as fronteiras que limitam países, pessoas e 
sociedades, tais fatores influentes que mais se destacaram foi o nascimento da 
internet, que é o mais sofisticado meio de comunicação da atualidade, que intensificou 
as relações internacionais, aproximou a sociedade tanto no campo político, 
econômico, tecnológico como social. 
Segundo as teorias de Ianni (2007, p. 7): O mundo entrou na era do globalismo. 
Todos estão sendo desafiados pelos dilemas e horizontes que se abrem com a 
6 
 
 
formação da sociedade global. Essa é uma realidade problemática, atravessada por 
movimentos de integração e fragmentação. Simultaneamente à interdependência e à 
acomodação, desenvolvem-se tensões e antagonismos. Implicam tribos e nações, 
coletividades e nacionalidades, grupos e classes sociais, trabalho e capital, etnia e 
religiões, sociedade e natureza. São muitas as diversidades e desigualdades que se 
desenvolvem com a sociedade global. Algumas são antigas, e outras, recentes, 
surpreendentes. Para compreender os movimentos e as tendências da sociedade 
global,pode ser indispensável compreender como as diversidades e desigualdades 
atravessam o mundo. 
Globalização como sendo também descrita como atual participação de 
qualquer país, nas profundas mudanças que vêm ocorrendo mundialmente na 
produção e consumo de bens e serviços. Franco (1999, p.157) diz: Quando se 
procura um ponto de vista estritamente econômico, quase estatístico, para o processo 
de globalização, o caminho geralmente tem inicio com comparações entre os 
números para o comercio internacional e os do valor adicionado na produção de bens 
e serviços. O fenômeno teria origens diversas, incluindo a revolução tecnológica nas 
telecomunicações, a proliferação de acordos de livre comércio, e a abertura do mundo 
socialista. 
Podendo ser visto por dois pontos de vista, um grande propulsor no 
crescimento da economia mundial, ou como um grande limitador entre países ricos e 
pobres, acentuando diferenças, considerando tendências de formação de blocos 
econômicos. Essas duas tendências transformam radicalmente o ambiente 
econômico, aumentando o comércio internacional de produtos e obrigando alguns 
países a serem ágeis e competentes para que se enquadrem ao desafio da 
competitividade global. A automação industrial é um dos fatores que levam muitos a 
pensarem na globalização como uma grande causadora do desemprego e da 
consequente queda do consumo, essa automação gera a necessidade de mão-de-
obra qualificada e elimina os setores que não tem capacitação para atender a essas 
necessidades. 
Como diz na teoria de Ianni (2007, p. 11): Um processo de amplas proporções 
envolvendo nações e nacionalidades, regimes políticos e projetos nacionais, grupos 
e classes sociais, economia e sociedades, culturas e civilizações. Assinala a 
emergência da sociedade global, como uma totalidade abrangente, complexa e 
7 
 
 
contraditória. Uma realidade ainda pouco conhecida, desafiando praticas e ideais, 
situações consolidadas e interpretações sedimentadas, formas de pensamento e 
vôos da imaginação. 
Lopes descreve a Globalização da seguinte forma: [...] implica uniformização 
de padrões econômicos e culturais em âmbito mundial. Historicamente, ela tem sido 
indissociável de conceitos como hegemonia e dominação, da qual foi, sempre, a 
inevitável e previsível consequência. O termo globalização e os que o antecederam, 
no correr dos tempos, definem-se a partir de uma verdade mais profunda, isto é, a 
apropriação de riquezas do mundo com a decorrente implantação de sistemas de 
poder. A tendência histórica à globalização - fiquemos com o termo atual - é um 
fenômeno que, no Ocidente moderno, tem suas raízes na era do Renascimento e das 
Grandes Navegações, quando a Europa emergiu de seus casulos feudais. 
Paralelamente no início da globalização, traduzida na europeização da América, 
tivemos a criação da imprensa (1455). 
À tecnologia que permitiu ao europeu expandir a sua civilização, correspondeu 
a tecnologia que lhe possibilitou expandir a informação. Até a Revolução Industrial, 
no entanto, o processo de globalização foi acanhado - pouco afetou Ásia e África. 
Resultavam mecanismos predatórios e ainda incipientes da apropriação. “Com a 
Revolução Industrial e a liberação do Capitalismo para suas plenas possibilidades de 
expansão, a globalização deu um salto qualitativo e significativo. 
A ampliação dos espaços de lucro conduziu à globalização, o mundo passou 
a ser visto como uma referencia para a obtenção de mercados, locais de 
investimentos e fonte de matérias-primas. Se na teoria, globalização representaria à 
interação, a troca, a parceria, na pratica ocorre à imposição sutil da hegemonia, 
criando uma imagem do mundo heterogêneo, controlando a economia, os negócios, 
criando regras que permitam ou viabilizam a expansão do império capitalista. 
Diz na teoria de Ianni (2007, p. 12): Na medida em que se desfazem as 
hegemonias construídas durante a guerra fria, declinam as superpotências mundiais, 
envelhecem ou apagam-se as alianças e acomodações estratégicas e táticas sob as 
quais se desenhava o mapa do mundo até 1989, quando caiu o muro de Berlim, o 
emblema do mundo bi polarizado. Simultaneamente, começam a emergir novos polos 
de poder, revelam-se os traços de outros blocos geopolíticos, manifestam-se as 
8 
 
 
primeiras acomodações e tensões entre os estados-nações preexistentes, bem como 
entre os que formam com a desagregação da Iugoslávia, Tchecoslováquia e União 
Soviética. Também as nações consolidadas, bem como os sistemas de alianças que 
pareciam convenientes e permanentes, abalam-se ou desabalam. No dia seguinte à 
queda do muro de Berlim, os governantes dos Estados Unidos começaram a 
preocupar-se com a preeminência do Japão na orla do Pacífico e em outras partes 
do mundo. 
No entanto, o processo capitalista independe de uma vontade localizada ou 
individual, pois se trata de um processo evolutivo, onde os avanços são gradativos e 
as qualidades dessas relações estreitam cada vez mais o mercado entre países. 
Devido a certos acontecimentos a década de 90 ficou marcada pela crescente 
hegemonia com o fim da guerra fria e o colapso chamado socialismo. Contudo, esse 
processo da evolução de novos conceitos no mundo do trabalho, como, qualidade, 
produtividade, terceirização, etc., como resultado do desenvolvimento e da introdução 
da tecnologia na produção e na administração empresarial. 
Segundo Lastres (1999): O entendimento do conceito e das implicações do 
fenômeno da globalização constitui um ponto de partida na analise das 
especialidades da Era do Conhecimento. A primeira constatação é a inconsistência 
conceitual e o forte conteúdo ideológico com que o termo foi moldado. Na percepção 
dominante, estaríamos caminhando para um mundo sem fronteiras com mercados 
(de capitais, informações, tecnologias, bem, serviços etc.) tornando-se efetivamente 
globalizados e para um sistema econômico mundial dominado por “forças de mercado 
incontroláveis”, sendo seus principais atores as grandes corporações transnacionais 
socialmente sem raízes e sem lealdade com qualquer Estado-Nação. 
A realidade do processo de globalização vem trazendo diversas características 
que gerarão algumas repercussões preocupantes, postos que os excluídos reagirão 
com as armas de que dispõem para reverter o quadro imposto pelas economias 
estruturadas, sendo assim devido ao fato de participar ou não participar há 
possibilidades de ingressos futuros ou de exclusão total e irreversível. Com este vasto 
cenário podemos concluir que é necessária a participação neste processo, pois vai 
gerar benefícios com os custos decorridos. 
9 
 
 
Com todos esses processos inovativos Lemos (1999, p.125-126) diz o 
seguinte: Os diferentes aspectos da inovação a tornam um processo complexo, 
interativo e não-linear. Combinados, tanto os conhecimentos adquiridos com os 
avanços na pesquisa cientifica, quanto as necessidades oriundas do mercado levam 
inovações em produtos e processos e a mudança na base tecnológica e 
organizacional de uma empresa, setor ou pais, que podem se dar tanto de forma 
radical como incremental. 
Esse volume crescente de capital acumulado nos últimos quinze anos o 
crescimento da esfera financeira foi superior aos índices de crescimento dos 
investimentos, do PIB e do comércio exterior dos países desenvolvidos. Isto significa 
que, num contexto de desemprego crescente, miséria e exclusão social, está cada 
vez maior e o capital produtivo é destinado à especulação propiciada pela 
desregulamentação dos mercados financeiros. Este processo envolve uma 
integração entre países e pessoas do mundo todo, através deste processo as 
pessoas, governos, empresas realizam suas transações e espalham diferentes 
informações. 
De acordo com Ianni (2000, p. 13): A descoberta de que a terra se tornou 
mundo, de que o globo não é mais apenas uma figura astrômica, e sim o território no 
qual todos encontram-serelacionados e atrelados, diferenciados e antagônicos – 
essa descoberta surpreende, encanta e atemoriza. Trata-se de uma ruptura drástica 
nos modos de ser, sentir, agir, pensar e fabular. Um evento heurístico de amplas 
proporções, abalando não só as convicções, mas também as visões do mundo. 
Presentes na realidade e no pensamento das pessoas são muitas as teorias 
que permitem esclarecer não só as condições da sociedade como também os 
desafios que se cria há sociedade. Podem se abrir integração tanto para o presente 
quanto para o passado e futuro. Existe uma dimensão que envolve o aspecto social 
que vem adquirindo a luta pelos direitos à identidade de povos e grupos sociais, 
direitos humanos, no sentido tradicional que reconhece a igualdade dos cidadãos, 
identidades se movem, portanto, numa complexa relação global. 
Nas palavras de Alcoforado (2006, p. 95): O desenvolvimento social só se 
realiza na medida em que a pressão dos movimentos sociais sobre o estado e sobre 
as classes dominantes seja incontornável. Assim, é preciso fortalecer os movimentos 
10 
 
 
sociais. No entanto, uma das características da atualidade em todo o mundo é o 
enfraquecimento deles e dos trabalhadores, em face das mudanças econômicas 
processadas no planeta, que tem por objetivo solucionar a crise geral vivida pelo 
capitalismo mundial. Diante desse fato, a tendência é de que o desenvolvimento 
social não acompanhe o desenvolvimento econômico onde ele decorrer. 
No domínio da globalização social as relações de trabalho estão sofrendo 
grandes mudanças com o crescimento do desemprego mundial. Sorj (2003, p. 17) diz 
o seguinte: A globalização das sociedades é um processo de longa duração, 
desenvolvido no século XX sob a égide do capitalismo e da democracia liberal. Como 
tal, trata-se de uma historia plena de contradições, na qual os direitos humanos – que 
constituem hoje a linguagem comum básica da humanidade – não podem ser 
dissociados dos processos econômicos, políticos e culturais do desenvolvimento 
capitalista que viabilizaram sua universalização. 
Por outro lado, a interação abre oportunidades culturais a novos e diferentes 
grupos de pessoas envolvendo diversos aspectos, tais como crenças, valores, 
tradições, leis, moral, línguas, troca de culturas de um país para o outro. Segundo 
Cesnik (2005, p. 47): A globalização reforçou as possibilidades de compartilharmos 
diversas identidades ao mesmo tempo, pois nos movemos com maior facilidade de 
uma cultura a outra, aprendemos línguas com rapidez, somos filiados aos valores da 
democracia, que nos fez mais tolerantes e podemos sentir com instantaneidades as 
angústias de um povo distante de nós. Essas possibilidades não mutilam a relação 
original com sua cultura, que até se reforçam pela percepção da diversidade. 
A análise da globalização da cultura começa do início da organização dos 
homens em comunidade, cada um destes organizou uma cultura diferente, que não 
trocavam experiências por ausências de comunicações como transportes e outros 
mecanismos de aproximações. 
Cesnik diz (2005, p. 48): Cultura é tudo aquilo que não é natural, observa-se 
que o processo de evolução da humanidade faz com que as culturas em busca do 
domínio da natureza se relacionem. As possibilidades de maior integração das 
sociedades, a intercambiar informações e conceitos umas para as outras 
desenvolvem métodos de manutenção dessas relações, inclusive para sustentar a 
hegemonia de uma sobre a outra. O fenômeno da indústria cultural certamente é 
11 
 
 
marcante no processo de consolidação desse domínio, pois transforma a obra 
artística em bem ou serviço com valor de mercado, dando um novo significado numa 
cadeia de produção capitalista convencionais. 
A globalização está ligada a economia, é entendida não tanto pelo peso do 
comércio internacional, como também o fato de que as economias nacionais 
funcionam em nível global. Segundo Lastres (1999, p. 27): Inovações de todos os 
tipos estão sendo geradas e difundidas, cada vez mais velozmente, por todas as 
atividades econômicas, em grande parte dos países do planeta. Novos produtos, 
processos e insumos: as tecnologias da informação ai estão. Novos mercados: 
segmentos que surgem respondendo ao lançamento de novos produtos ou espaços 
regionais que se abrem ao exterior. Novas formas de organização: produção Just-in-
time, empresas organizadas em redes, comércio eletrônico etc. 
Através deste processo que as sociedades de diferentes países, culturas e 
políticas se comunicam de tal forma que possam facilitar as trocas e as comunicações 
em geral. As participações políticas dos indivíduos na sociedade global apresentam 
alternativas para a diminuição das desigualdades econômicas, podemos dizer que 
acabou com os limites geográficos, mas não eliminou a fome, a miséria e os 
problemas políticos, as questões relacionadas com esse problema se refletem a 
fatores que dificultam a participação política dos indivíduos da globalização, 
destacando a importância que tem a autonomia dos indivíduos na tomada de decisões 
políticas na sociedade globalizada. 
Ianni (2000, p. 75) diz o seguinte: A ideia de sistema mundial reconhece as 
novas realidades da globalização, mas persiste na tese das relações internacionais, 
o que reafirma a continuidade, vigência ou preeminência do Estado-nação. 
Reconhece as disparidades entre os Estados nacionais, quanto à capacidade de 
atuação no cenário mundial, em termos políticos, econômicos, militares, geopolíticas 
e geoeconômicas, bem como formação e dinâmica de regionalismos. Os indivíduos 
vivem em um mundo de problemas e desafios na globalização, a velocidade que traz 
a mudança afasta a solução, as diversidades étnicas, culturais, econômicas e 
políticas que compõem o mundo global, a diferença é entre indivíduos que tem línguas 
diferentes, pensamentos diferentes, desenvolvimento social diferente. 
 
12 
 
 
ECONOMIA GLOBAL 
 
Nota-se que nos últimos anos do século XX, inúmeras foram às transações, 
acontecimento e manifestações ocorridas no âmbito global. Grandes corporações 
surgiram, milhares de dólares foram investidos, novas atividades econômicas e 
comerciais foram desenvolvidas, produtos e serviços foram criados e aprimorados, 
normas e leis foram necessárias, moedas foram criadas, fusões aconteceram, 
monopólios surgiram, dentre variados outros acontecimentos. 
Estar no mercado atual pode representar estar frente a um arsenal 
diversificado de influencia propostas pela globalização. A economia vive sob 
permanente avaliação que é conduzida por uma lógica financeira geral de 
lucratividade. As grandes corporações industriais e as organizações financeiras 
manejam uma massa de ativos financeiros e de moedas que compõem suas 
estratégias de valorização ao lado de seus ativos operacionais. Assim, além das taxas 
de retorno nos investimentos produtivos, as taxas de câmbio, as taxas de juros e os 
índices de valorização das ações são "parâmetros" considerados na rentabilidade 
financeira geral. Num mundo de livre movimento de capitais e de taxas de câmbio 
flexíveis, aqueles atores efetuam movimentos de "poupança financeira", em 
consonância com suas expectativas mutáveis, que impactam fortemente os mercados 
cambiais, acionários e de crédito em geral, mundo afora. 
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a economia capitalista vive uma fase 
de expansão e enriquecimento. Na década de 70 e início dos anos 80, essa 
prosperidade é abalada pela crise do petróleo, que provoca recessão e inflação nos 
países do Primeiro Mundo. Também nos anos 70, desenvolvem-se novos métodos e 
técnicas na produção. O processo de automação, robotização e terceirização 
aumentam a produtividade e reduz a necessidade de mão-de-obra. A informática, a 
biotecnologia e a química fina desenvolvem novas matérias-primas artificiais e novas 
tecnologias. Mas a contínua incorporação dessa tecnologia deponta no processo 
produtivo exige investimentos pesados. E os equipamentos ficam obsoletos 
rapidamente. 
O dinheiro dos investimentos começa a circular para além de fronteiras 
nacionais, buscando melhores condições financeiras e maiores mercados. Grandes 
13 
 
 
corporações internacionais passam a liderar uma nova fase de integração dos 
mercados mundiais: é a chamada GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA. A divisão 
política entre os blocos soviético e norte-americano modifica-se com o fim da Guerra 
Fria. Uma nova ordem econômica estrutura-se em torno de outros centros de poder: 
os Estados Unidos, a Europa e o Japão. Em torno destes centros são organizados os 
principais blocos econômicos supranacionais, que facilitam a circulação de 
mercadorias e de capitais. 
Em 1990, o intercâmbio comercial entre esses países era de aproximadamente 
3 bilhões e meio de dólares. Em 95, já ultrapassa os dez bilhões. O MERCOSUL vive 
uma fase inicial de adequações e ajustes. Mas o comércio entre seus integrantes já 
demonstra seu potencial. Os contatos políticos, econômicos e culturais se 
intensificam. Hoje se negocia a adesão de outros países da América do Sul. Visando 
ampliar suas atividades comerciais, já se iniciam contatos políticos com os países da 
União Europeia para a formação de um superbloco econômico. A integração 
econômica entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai já é uma realidade. 
A globalização já não é mais questão de opção; é inevitável para qualquer país 
que pretenda o pleno desenvolvimento econômico, e que queira fazer parte da 
integração mundial que está acontecendo para não sofrer prejuízo ou discriminação 
por não acompanhar os movimentos internacionais. 
 
A economia global sustenta-se a partir de uma grande rede composta por 
fluxos e pontos diferentes, integrando os mercados em escala mundial. A economia 
global é o termo empregado em referência aos fluxos econômicos que se difundiram 
espacialmente por todo o mundo em razão do processo de globalização ou 
mundialização do capitalismo. Sua forma mais completa e acabada constituiu-se ao 
14 
 
 
final do século XX, mais precisamente após a Guerra Fria, quando o sistema 
capitalista e todas as suas formas de produção difundiram-se em todas as partes do 
globo terrestre. 
Em linhas gerais, a globalização econômica estrutura-se por meio de uma rede 
que envolve fixos e fluxos, ou seja, uma série de ligações entre os diferentes pontos 
por onde circulam mercadorias, capitais, investimentos e até empregos. Os principais 
centros desse sistema são as chamadas cidades globais, que abrigam as bolsas de 
valores, além de sedes de empresas e instituições de cunho internacional. 
A expansão da economia global fica evidente quando analisamos o aumento 
do número de importações realizadas em todo o mundo, ou seja, o quanto as 
mercadorias foram comercializadas entre diferentes países. Em 1950, o número de 
importações era de 64 bilhões de dólares; em 1980, esse valor saltou para mais de 
2,5 trilhões; em 2010, esse número já havia alcançado a marca de 15,3 trilhões de 
dólares, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). 
Diante disso, fica a grande questão: por que apenas nas últimas décadas a 
economia global conseguiu avançar dessa forma? 
A grande razão para o elevado crescimento dos números do comércio 
internacional nos últimos tempos está nos avanços alcançados pelos sistemas de 
transporte e comunicação, que agora apresentam uma conectividade em nível global, 
permitindo a rápida difusão de informações e também de mercadorias e capital. 
Atualmente, com apenas alguns cliques, empresas e bancos fazem transações 
milionárias com dinheiro que se apresenta somente na forma de bits de computador. 
A era da informação, tal qual é chamada atualmente, permite o rápido deslocamento 
de qualquer coisa no espaço geográfico em um rápido período de tempo. 
Aliás, não existem mais impeditivos em termos instrumentais para a total 
integração comercial de todas as economias. Afinal, já existe tecnologia suficiente 
para permitir a rápida comercialização entre quaisquer países, embora muitos deles 
não disponham de recursos e infraestruturas necessárias para o escoamento de 
produtos, além de importações em grandes quantidades. O principal entrave, 
atualmente, para o prosseguimento da expansão da economia global é o grande 
protecionismo comercial existente em alguns países, principalmente os 
15 
 
 
desenvolvidos, que muitas vezes priorizam seus mercados internos em detrimento 
das importações por intermédio das chamadas barreiras alfandegárias. 
De toda forma, a economia global encontra-se mais do que consolidada. Quem 
exerce papel preponderante nesse cenário não são os governos ou os Estados 
Nacionais, mas sim as empresas privadas, sobretudo as multinacionais, também 
chamadas de transnacionais ou empresas globais. Elas, muitas vezes, dispersam 
seus processos produtivos em várias partes do mundo em busca de fácil acesso a 
matérias-primas, incentivos fiscais e mão de obra barata. Além disso, muitas dessas 
empresas dominam o mercado consumidor em várias partes do mundo, consolidando 
fusões entre si (trustes) e unindo-se em um grupo de empresas de administração 
comum (holdings). 
 
GLOBALIZAÇÃO E GOVERNANÇA INTERNACIONAL 
 
Equidade nas relações econômicas internacionais exige regras do jogo 
favoráveis ao parceiro mais fraco (Myrdal). O Unctad foi erigido sobre tal princípio. A 
igualdade formal entre parceiros de força desigual cria, pelo contrário, relações 
altamente assimétricas de domínio do mais fraco pelo mais forte. Ainda assim, essa 
é a direção para a qual o sistema internacional está se dirigindo depois da derrota das 
propostas para o NIEO, formuladas pelos países em desenvolvimento nos anos 70. 
Na sua presente forma, o sistema é ineficiente e desigual, incapaz de civilizar 
os processos de globalização e auxiliar de forma eficaz os esforços de 
desenvolvimento. É urgentemente necessário remodelar a ordem internacional, um 
empreendimento complexo, excessivamente difícil e demorado. Enquanto isso, 
confiar nas salvaguardas internas continua sendo a principal opção. 
A tirania dos mercados financeiros internacionais é talvez a primeira prioridade. 
O Fundo Monetário Internacional, o IBS (Basiléia), o Banco Mundial e os bancos 
centrais são incapazes de colocá-los sob controle. Os governos, que liberalizaram os 
mercados financeiros, acham muito difícil resistir às andanças do capital volátil e às 
explosões de especulação (30). O crescimento fenomenal das transações financeiras 
privadas, completamente desvinculadas da economia real, desvia os recursos do 
16 
 
 
investimento produtivo e pressiona para cima as taxas de juros reais em níveis sem 
precedentes; o investimento em infraestrutura é a primeira vítima. 
A vulnerabilidade do sistema é tão evidente que alguns operadores financeiros 
com larga visão exigem a retificação das instituições de Bretton Woods e a formulação 
de regras mais rígidas. Para Soros (1996:10), a economia de hoje repousa sobre uma 
base muito frágil. Os mercados são imperfeitos e poderão ser levados ao colapso na 
ausência de mecanismos fortes que coloquem ordem na economia globalizada. "Uma 
sociedade aberta que não seja regida por leis é inviável – seja um país ou um planeta. 
No presente, as finanças internacionais não obedecem a lei alguma. Quando uma 
atividade escapa ao reino da lei, é a força que prevalece". 
Já há 20 anos, James Tobin sugeriu um imposto sobre transações em moeda 
estrangeira (31), cujo giro diário cresceu hoje para cerca de US$ 1,2 trilhões (32). Tal 
imposto refrearia a especulação de curto prazo. Além disso, geraria enormes somas 
de recursos. Um imposto de um por mil (0,1 %) – um centavo sobre um centavo sobre 
um centavo – produziria cerca de US$ 150 bilhões, suficientes para garantir em escala 
mundial a implementação da Agenda 21 e finalmentefornecer à Organização das 
Nações Unidas uma fonte automática de financiamento (33). 
A Reunião de Cúpula de Copenhague praticamente ignorou a proposta de 
Tobin, limitando-se a um apelo por auxílio externo adicional. Enquanto isso, a razão 
entre o ODA e o PIB de países industriais reduziu-se, atingindo nível recorde. Sob a 
pressão da maioria republicana no Congresso, os Estados Unidos estão se 
desobrigando do auxílio multilateral. 
Sem um sistema monetário internacional verdadeiramente importante, taxas 
cambiais relativamente estáveis e moedas alinhadas, um sistema comercial não 
consegue operar de maneira ordenada; uma grave deficiência do sistema, que está 
sendo criada em torno da Organização Mundial do Comércio (OMC), mas não é, de 
forma alguma, a sua única fraqueza. Para Dubey (1996:130), ex-embaixador indiano 
para as Nações Unidades e o Acordo Geral de Tarifas e Comércio ( GATT), "o sistema 
de comércio internacional que emergiu do Círculo do Uruguai é uma combinação de 
multilateralismo, regionalismo discriminatório e unilateralismo arbitrário altamente 
qualificados e apenas parcialmente liberais". O regime dos Direitos de Propriedade 
Intelectual é um movimento que se distancia do liberalismo e da competição. O 
17 
 
 
comércio na agricultura ainda continuará sendo, em grande parte, uma mistificação. 
Nenhum regime internacional estudou a possibilidade de inibir as práticas comerciais 
restritivas de TNCs. Os esquemas de integração regional tenderão a marginalizar os 
países que ficarem fora desses acordos. Não é de se admirar que ele tenha dado ao 
seu livro o título An unequal treaty. 
A consequência lógica obtida da análise de Dubey (1996:134, 138) para a Índia 
é uma defesa para "retomar o caminho do crescimento autodependente sem que se 
isolem do resto do mundo". A integração com a economia global deve ser seletiva, o 
desenvolvimento de capacitação tecnológica reforçado, a liberalização financeira vir 
por último na sequência das reformas econômicas. "É necessário resistir a todas as 
tentativas de se usar os poderes financeiros do FMI e do Banco Mundial para 
fortalecer as disciplinas da OMC sobre os países em desenvolvimento e de utilizar as 
sanções da OMC para fortalecer as condicionalidades do FMI/Banco Mundial". 
Vários pontos dos acordos de Marrakech devem ser renegociados, a começar 
pelo TRIPS. A Índia deveria tomar a iniciativa de introduzir na agenda de negociação 
um regime internacional sobre a política de competição para controlar as práticas 
comerciais restritivas das corporações internacionais. Ao mesmo tempo, devem ser 
feitos esforços no sentido de resistir à introdução na OMC de questões que seriam 
melhor abordadas por outras organizações do sistema das Nações Unidas. 
As opiniões de Dubey são representativas de grande parte da opinião pública 
informada do Sul. É necessário estudá-las com cuidado, caso tenhamos a intenção 
de desfazer o presente impasse Norte-Sul. Em particular, recomenda-se moderação 
com relação à assim chamada cláusula social. Independentemente das intenções de 
seus proponentes, do ponto de vista do Sul, tal cláusula parece mais um instrumento 
de protecionismo oculto dos países industriais (34). 
A reforma das instituições de Bretton Woods, que já deveria ter sido realizada 
há muito, e a agilização da OMC são partes integrantes de um problema maior: a 
reorganização de todo o sistema da Organização das Nações Unidas ao qual 
pertencem as instituições de Bretton Woods de direito, mas não de fato (35). O Sul 
certamente está interessado em fortalecer e democratizar a Organização das Nações 
Unidas (36), mas não parece ser a intenção dos Estados Unidos e dos países da 
OECD, retórica que não se sustenta. A perspectiva é preocupante. 
18 
 
 
Em vez disso, o G7 – organismo cuja legitimidade é questionável e que fala 
somente para a Tríade – ocupou o vazio criado pela fragilidade do sistema da ONU. 
Sob sua orientação, é provável que uma globalização sem reservas continue somente 
temperada pelas políticas dos Estados-nação (37). 
 
MERCADOS GLOBAIS 
 
De acordo com Broad & Cavanagh (1995:24), os mercados globais integram 
cerca de um terço da humanidade, a maior parte deles nos países ricos, mais a elite 
dos países pobres. Por outro lado, a lacuna Norte-Sul está se estreitando para cerca 
de uma dúzia de países, embora continue a se alargar para mais de 100 outros 
países. "Sem uma grande mudança na política, o mundo do século XXI será o do 
apartheid econômico". 
Quais serão os poucos e afortunados países em desenvolvimento que 
aproveitarão os benefícios trazidos pela integração com a economia mundial por meio 
da globalização? Para Nayyar (1995:26), os únicos países com chances são aqueles 
que fincaram os fundamentos necessários para a industrialização e o 
desenvolvimento. Para tanto, as formas estratégicas de intervenção do Estado são 
essenciais, associadas à criação de instituições capazes de regular, governar e 
facilitar o funcionamento dos mercados. Em sua ausência, a globalização irá 
reproduzir, uma vez mais, um desenvolvimento desigual. 
 
 
19 
 
 
Embora a globalização tenha reduzido a autonomia do Estado-nação, resta 
certo grau de liberdade que deve ser usado para criar um espaço econômico para a 
busca dos interesses nacionais e objetivos de desenvolvimento. 
O mesmo é verdadeiro para Estados-nação em países industriais. Os 
trabalhadores descontentes e marginalizados pela economia global precisam do 
Estado-nação "como um amortecedor da economia mundial" observa Kapstein 
(1996:16), queixando-se da morte dos governos. Para ele, "o destino da economia 
global repousa, em última instância, nas políticas internas de seus Estados 
constituintes". 
Em seu relatório sobre a globalização e liberalização, o secretário geral da 
Unctad insiste no papel do Estado em proporcionar um ambiente apropriado à 
empresa privada, em lidar com as questões externas ambientais e em abordar as 
questões da pobreza e da distribuição de renda. Esta versão leve do intervencionismo 
é declarada na certeza de que as forças do mercado constituem o meio primário para 
a alocação de recursos e a organização da atividade econômica. Ela cai dentro do 
âmbito dos modelos europeus de governança inspirados na socialdemocracia. 
Acredito que precisemos de uma versão mais poderosa para enfrentar os 
atuais desafios, questionando um dos princípios básicos do paradigma da democracia 
social: a possibilidade de garantir equidade por redistribuição de renda sem interferir 
nos problemas de produção e consumo. 
No mundo real, que não lembra o modelo ideal da perfeita competição e 
transparência democrática, as assim chamadas forças de mercado (e os grupos 
poderosos por trás delas) tendem a promover um padrão perverso de crescimento 
através da desigualdade ou mesmo crescimento com des-desenvolvimento (Sachs, 
1996). Em algum ponto, essa tendência precisará ser interrompida devido aos seus 
efeitos sociais destrutivos e ao custo excessivo das políticas cujo objetivo é 
meramente o seu alívio (não o próprio objetivo glorioso). O que realmente importa é 
a distribuição primária de renda inerente ao paradigma da produção, a estrutura de 
emprego correspondente e o acesso aos bens e aos recursos. 
De fato, a igualdade de chances, outro princípio do paradigma da democracia 
social, só poderá ser alcançada pela democratização do acesso aos equipamentos 
coletivos (bens) como habitação, transporte, ambiente urbano, crédito, lado a lado 
20 
 
 
com educação e saúde (Fitoussi, & Rosanvallon, 1996:210, 228). Nesse contexto, 
percebe-se a importância de um conceito central ao modelo francês: serviços públicos 
nem inteiramente públicos, nem inteiramente privados, "uma terceira via negociada 
baseada na redefinição das relações públicas/privadas" (Rachline, 1996:28). 
Ao mesmo tempo, faz-se necessária uma advertência com relação à 
valorizaçãoexcessiva do impacto da educação como uma avalanca para o emprego. 
O treinamento por si só não irá gerar empregos. A quem treinar? Para quais 
empregos? Criados por quem? A lei de Say e a economia de oferta não funcionarão 
na era da informação; não mais do que funcionaram até agora. 
Outra poderosa razão para modificar a produção e os padrões de consumo – 
numa tarefa ainda mais ousada dado o presente equilíbrio de poder – origina-se de 
considerações ambientais. O consumismo, tal como praticado nos países 
industrializados, com seu uso esbanjador de energia fóssil, não é sustentável a longo 
prazo; sua reprodução no Sul, para o benefício de suas elites, não é possível sem 
que mantenha um grave apartheid social. 
A necessidade de mudar os padrões de consumo e o estilo de vida dos ricos 
para tornar possível o avanço econômico e social para os pobres vem sendo 
proclamada em várias conferências internacionais, desde Estocolmo e incluindo a 
Reunião de Cúpula de Copenhague. Tanto a Declaração quanto o Programa de Ação 
examinam a principal causa da degradação ambiental nos padrões não-sustentáveis 
de consumo e produção, principalmente nos países industriais. Mas, até onde eu 
saiba, pouco se fez até agora além do reconhecimento retórico do problema e da 
exortação moral et pour cause. Nas sociedades de mercado, os Estados hesitam, por 
razões doutrinárias (a soberania do consumidor), em utilizar os meios de regulação 
que lhes são disponíveis (sistemas fiscais, investimento público etc.). Quanto às 
economias anteriormente de planejamento centralizado, elas usaram sua capacidade 
de maneira inteiramente equivocada para influenciar os padrões de consumo e 
enfrentar de forma adequada o desafio ambiental. 
A menos que se considere o colapso das economias centralizadas como sendo 
uma prova às avessas da excelência do modelo capitalista liberal (o que seria um 
disparate), o desafio diante de nós é repensar em sua totalidade as modalidades de 
regulação das economias mistas, mais do que escolher entre uma gama de modelos 
21 
 
 
de capitalismo existente. Praticamente todos os países pós-comunistas, com a 
possível exceção da China, escolheram o caminho da imitação, e não um caminho 
inovador, perdendo assim uma oportunidade histórica. Contudo, o futuro precisa ser 
inventado. Heilbroner & Milberg (1995) estão certos quando apontam uma crise de 
visão no pensamento econômico moderno. 
Na ausência de uma ordem internacional equitativa e eficiente, que tipo de 
salvaguardas nacionais são necessárias para proteger a economia contra os efeitos 
destrutivos e deletérios das decisões tomadas por agentes econômicos e financeiros 
externos. 
 
DESENVOLVIMENTO GLOBAL 
 
A Declaração de Copenhague deve ser lida juntamente com a Declaração do 
Rio adotada na Reunião de Cúpula da Terra de 1992. As duas foram erigidas em 
torno do conceito de desenvolvimento sustentável centrado no ser humano e 
consideram a erradicação da pobreza como uma condição sine que non de tal 
desenvolvimento. 
Ambas proclamam o direito ao desenvolvimento, embora a Declaração de 
Copenhague, incorporando os resultados da Conferência sobre os Direitos Humanos 
das Nações Unidas de 1993, o faça de maneira mais explícita e solene, como parte 
integrante dos direitos humanos fundamentais. Uma maneira de reconceitualizar o 
desenvolvimento poderia consistir em considerá-lo em termos de universalizar a 
apropriação efetiva de todos os direitos humanos – civis, políticos, mas também 
sociais, econômicos e culturais. Tal abordagem parece oferecer vantagens teóricas e 
operacionais: permite escapar do estreito economicismo e, ao mesmo tempo, oferece 
um arcabouço para a avaliação concreta do progresso (ou regressão) obtido no árduo 
caminho do mal desenvolvimento ao desenvolvimento. 
Neste contexto, o objetivo do pleno emprego, reafirmado sem ambiguidade em 
Copenhague, surge como um ponto central para a implementação dos direitos 
econômicos e sociais. Tanto é assim que o desemprego e o grave subemprego 
afetam 30% da força de trabalho mundial e as projeções realistas não autorizam 
22 
 
 
otimismo algum, a menos que as estratégias de desenvolvimento orientadas pelo 
emprego substituam aquelas orientadas pelo crescimento. Nessas circunstâncias, 
duas atitudes foram possíveis: 
 Aquela adotada, creditada à Reunião de Cúpula de Copenhague, de 
reafirmar a centralidade do emprego pleno; 
 Proclamar a obsolescência da própria noção de trabalho, superada por 
aquela, um tanto ambígua, de atividade e transigir em mais uma 
exortação sobre a necessidade de mudança fundamental no paradigma 
civilizacional. Embora reconhecendo inteiramente a importância do 
último debate para a formulação de soluções a longo prazo (Apêndice 
1), a geração de emprego e de auto-emprego aqui e agora deveria ser 
considerada a pedra angular das estratégias de desenvolvimento 
significativas. Ela deveria ser utilizada como o ponto de partida em sua 
formulação, em vez de ser tratada como mero resultado das decisões 
relacionadas ao crescimento da produção e da produtividade da mão-
de-obra, subordinado à busca implacável da competitividade através de 
uma destruição criativa em contínua aceleração. Sugere-se que a 
perspectiva de geração de emprego e auto-emprego através de políticas 
públicas apropriadas seja menos sinistra que aquela habitualmente 
admitida. 
Contudo, tais políticas exigem dos Estados-nação uma capacidade de 
intervenção que os processos de liberalização minaram, se é que não destruíram 
inteiramente. Infelizmente, as Declarações do Rio e de Copenhague deixaram de 
levantar tal questão, condescendendo em declarações ambíguas sobre a abertura 
das economias e a globalização. 
Embora a incompatibilidade do desenvolvimento sustentável com a ação 
irrestrita das forças de mercado tenha sido repetidamente realçada no trabalho 
preparatório para a Reunião de Cúpula da Terra, a Declaração do Rio não abordou o 
tema explicitamente, limitando-se a pedir aos Estados que "reduzam e eliminem os 
padrões não-sustentáveis de produção e consumo". Além disso pediu em termos 
muito genéricos que os Estados "promovam um sistema econômico internacional 
corroborativo e aberto que levem a um crescimento econômico e a um 
23 
 
 
desenvolvimento sustentável em todos os países", como uma maneira de evitar a 
questão. 
A Declaração de Copenhague assume postura a favor de mercados dinâmicos, 
abertos e livres, reconhecendo ao mesmo tempo a necessidade de intervir nesses 
mercados "o quanto necessário for" (seja qual for o significado dessa afirmação) para 
prevenir ou corrigir seus fracassos. Menciona várias vezes a liberalização como uma 
solução, nunca como parte do problema, como deveria ser (Guimarães, 1996). 
Em particular, os signatários da Declaração comprometem-se a acelerar a 
liberalização do comércio e de investimentos para favorecer um crescimento 
econômico sustentável e a geração de empregos. A Declaração parte do pressuposto 
que o aumento dos rendimentos, o crescimento do emprego e a expansão do 
comércio irão se reforçar reciprocamente. Ela propõe-se a monitorar, nos países em 
desenvolvimento, o impacto da liberalização do comércio sobre a maior satisfação 
das necessidades básicas da população, aparentemente pressupondo que tal 
impacto só poderá ser positivo. 
O Programa de Ação declara que a globalização e o rápido progresso técnico 
fortalece a mobilidade da mão-de-obra, criando novas possibilidades de emprego 
"tornando, ao mesmo tempo, o futuro incerto" (?). Essa é uma maneira bem peculiar 
de abordar a questão do aumento dos sem-emprego e dos fenômenos de 
desindustrialização que ocorreram em diversos países do Terceiro Mundo e pós-
socialistas, como uma consequência da abertura sem critérios de suas economias. 
A liberalização e a globalização não são um mal absoluto nem o atalho mágico 
para o reino da prosperidade e felicidade.Produzem ganhadores e perdedores dentro 
dos países e entre países, um Norte global e um Sul global, cujas fronteiras cruzam 
todas as nações. A lacuna entre eles se amplia. Os ricos e pobres estão vivendo em 
mundos cada vez mais separados. 
Essa tendência não será revertida pela mera continuidade dos processos de 
liberalização e de globalização em sua forma atual. Tais processos deverão ser 
colocados sob controle mais restrito – nacional e internacionalmente – e submetidos 
a regras do jogo mais rígidas. Copenhague pecou por omissão. Não analisou com 
suficiente profundidade as causas do mal. Consequentemente, viu-se presa numa 
versão moderna dos trabalhos de Sísifo: políticas sociais reativas trazendo alívio às 
24 
 
 
populações vitimadas afetadas pelo desemprego e pela exclusão, mas não ao 
desemprego nem à exclusão. 
 
GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA 
 
A globalização da economia é o processo através do qual se expande no 
mercado, trata-se de buscar aumentos cada vez maiores a fim de ampliar ao máximo 
o mercado. Discute-se, portanto a ideia de que a globalização econômica poderá 
desempenhar este processo num contexto em que as dinâmicas de integração global 
se destacam cada vez mais às dinâmicas das economias nacionais ou até mesmo 
regionais, também o sistema de relações econômicas e na valorização da inserção 
coletiva e individual na economia globalizada. 
Assim, segundo Gonçalves (2003, p. 21): A globalização econômica pode ser 
entendida como a ocorrência simultânea de três processos. O primeiro é o aumento 
extraordinário dos fluxos internacionais de bens, serviços e capitais. O segundo 
processo é o acirramento da concorrência internacional. A evidencia empírica é 
pontual e, portanto, não há indicadores agregados a esse respeito. O terceiro 
processo é o da crescente interdependência entre agentes econômicos nacionais. 
Em uma época de complexidades organizacionais e um ambiente 
mercadológico globalizado, compreender e aceitar esses desafios representa um dos 
mais importantes compromissos da sociedade capitalista na atualidade. A 
globalização por sua vez compreende um processo de integração mundial que se 
baseia na liberalização econômica, os países então se abrem ao fluxo internacional 
de bens, serviços e capitais. 
Gonçalves (2003, p. 22) coloca ainda que: Este fato é evidente quando 
levamos em conta que uma das características centrais da globalização econômica 
(a pós-modernidade na sua dimensão econômica) é o próprio acirramento da 
concorrência ou a maior contestabilidade do mercado mundial. A globalização se 
apresenta como um ambiente contextual, pois reúne condições de atuar sobre o 
espaço herdado de tempos passados, compreendendo enfoques organizacionais 
construídos através da evolução, remodelando as novas necessidades do mercado. 
25 
 
 
Segundo Ianni (2002, p. 19) convém ressaltar: A fábrica global instala-se além 
de toda e qualquer fronteira, articulando capital, tecnologia, força de trabalho, divisão 
do trabalho social e outras forças produtivas. Acompanhada pela publicidade, a mídia 
impressa e eletrônica, a indústria cultural, misturadas em jornais, revistas, livros, 
programas de radio, emissões de televisão, videoclipes, fax, redes de computadores 
e outros meios de comunicação, informação e fabulação, dissolve fronteiras, agiliza 
os mercados, generaliza o consumismo. Provoca a desterritorialização e 
reterritorialização das coisas, gentes e ideias. Promove o redimensionamento de 
espaços e tempos. 
Este contexto da globalização da economia demanda uma integração dos 
agentes econômicos dentro de uma realidade competitiva de mercado, a velocidade 
da mudança e os desafios do mundo globalizado demonstram uma necessidade de 
considerar circunstancias em todos os campos de atuação, que evidenciam alguma 
forma de tecnologia para alcançar seus objetivos. 
Quando se trata especificamente da economia, Ianni (1995, p. 17-18): Toda 
economia nacional, seja qual for, torna-se província da economia global. O modo 
capitalista de produção entra em uma época propriamente global, e não apenas 
internacional ou multinacional. Assim, o mercado, as forças produtivas, a nova divisão 
internacional do trabalho, a reprodução ampliada do capital desenvolvem-se em 
escala mundial. 
Tem-se, portanto, o fato de que os termos “globalização” e “economia global” 
passaram a fazer parte do vocabulário dos especialistas, agentes econômicos e 
políticos, que normalmente são utilizados para caracterizar o processo atual de 
integração econômica à escala planetária e a perda de importância das economias 
nacionais, afirmações de uma grande economia de mercado global. Traduzindo a 
realidade de um processo em movimento e em permanente transformação, não 
encontraram ainda uma aplicação uniforme e uma substancia teórica consolidada. 
Ainda sobre as questões da inserção internacional de países ou de espaços 
econômicos, é absolutamente indispensável o conjunto de referencias que servirão 
de suporte a analise que permitem formular um conjunto de hipóteses que possam 
inserir positivamente nas dinâmicas de internacionalização econômica e de 
constituição de um espaço econômico integrado. 
26 
 
 
Held (2001, p. 71) diz ainda: Embora haja um reconhecimento de que a 
globalização econômica tanto gera perdedores quanto ganhadores, os neoliberais 
frisam a difusão crescente da riqueza e da prosperidade em toda economia mundial 
– o efeito em cascata. A pobreza global, segundo padrões históricos, caiu mais nos 
últimos cinquenta anos do que nos quinhentos anteriores, e o bem-estar das 
populações de quase todas as regiões melhorou significamente nas ultimas décadas. 
Este processo de globalização trata-se de um desenvolvimento da economia 
mundial, ou, pelo contrario, trata-se de um resultado intrínseco e necessário do 
desenvolvimento e expansão das economias modernas baseadas na produção para 
o mercado. Existe também o processo objetivo de integração econômica, de 
expansão espacial das economias e de geração e aprofundamento de 
interdependências que tentam transformar as dinâmicas globais que gera as 
dinâmicas locais e particulares que permanecem. 
No entanto considerar um fator importante em que assenta todo o processo de 
globalização, e que é a existência de uma referência monetária. Este processo de 
globalização começa com o aparecimento da moeda e expande a utilização desta e 
se fixam as formas e as regras pelas quais é reconhecida como referencia comum. 
Com o aparecimento de formas e funções ao sistema monetário internacional atual, 
longo e complexo foi o processo de evolução da economia mundial e diversas 
dinâmicas impulsionaram a integração das diferentes economias locais. É 
fundamental neste processo e que determinou a passagem a uma nova fase de 
evolução da economia mundial em que as dinâmicas de globalização claramente se 
tornaram dominantes. 
Mingst (2009, p. 265) diante dessas circunstancias descreve as seguintes 
palavras: Nos derradeiros do século XX, crenças sobre a teoria econômica 
convergiram. Os princípios do liberalismo econômico mostraram-se eficientes para 
elevar o padrão de vida dos povos no mundo inteiro. As alternativas radicais que 
foram criadas para promover o desenvolvimento econômico não mostraram ser 
viáveis, ainda que as alternativas de capitalismo de estado tenham continuado 
atrativas para alguns estados. Contudo, essa divergência não significou a ausência 
de conflito sobre questões da economia política internacional. A globalização 
econômica resultante do triunfo do liberalismo econômico tem enfrentado vários 
desafios. 
27 
 
 
A década de 70 do século XIX deve ser entendida como um período 
fundamental de evolução da economia mundial que marca a passagem de uma fase 
inicial de processo de globalização, isso poderá designar o inicio de uma globalização 
primitiva, para uma fase de globalização efetiva, onde seestende até a atualidade. É 
importante que não se misture economia global com o conceito de economia mundial, 
a economia global não tende coincidir com economia mundial, ela deve ser entendida 
na sua dimensão qualitativa, enquanto espaço econômico e de outras realidades 
econômicas, nestes aspectos a globalização transforma a economia mundial numa 
economia global. O surgimento da economia global não vem marcar o esgotamento 
do processo de globalização, mas sim a entrada de uma nova fase que terá suas 
fases de desenvolvimento. 
Assim, diante de suas diferentes fases é possível distinguir a sucessão de 
algumas grandes fases deste processo, a primeira delas corresponde aos primórdios 
da globalização, é a fase pré-economia que podemos chamar de globalização 
primitiva. A segunda vai do inicio da década de 70 ate o inicio da 1ª Guerra Mundial, 
é a fase que representa à economia global e coincide com o sistema monetário, é a 
chamada globalização clássica. A terceira é marcada regressão do funcionamento 
dos sistemas e das instituições econômicas internacionais, é a fase que designamos 
globalização interrompida. A quarta fase apresenta uma dupla lógica de integração 
econômica global, com a cisão da economia mundial, com dois sistemas econômicos 
rivais, o sistema de economia de mercado e o de direção central, onde ambos 
procuram estender a sua área de influencia, a esta fase chamamos de globalização 
rival. 
A quinta fase vai de 1971 a 1989, fundamentalmente o que determina esta fase 
é a recomposição das relações de força a nível internacional, impulsionada por crises 
econômicas internacionais, fase esta que se denomina fase da globalização liberal. E 
então a sexta fase que caracteriza o retorno da economia mundial a uma lógica única 
de integração global, que se sobrepõe às lógicas nacionais ou mesmo regionais de 
equilíbrio interno e externo, chamamos esta de globalização uniforme. 
Contudo, esta evolução do processo de globalização considerando evidencias 
aos seus marcadores genéticos e suas dinâmicas de transformação, fatores que 
darão forma e base para a sustentação atual. Com essa ideia podemos observar que 
este processo de globalização constitui uma maior tendência do desenvolvimento das 
28 
 
 
economias de mercado, podendo então sofrer com crises econômicas profundas ou 
de relações de forças internacionais. 
Vale ressaltar a importância de distinguir globalização, enquanto processo 
histórico que encontra-se no século XVI, na sequencia da integração geográfica 
mundial, as suas bases de desenvolvimentos modernos, da economia global, que só 
tem existência efetiva a partir do século XIX. Podendo então dar formas as dinâmicas 
de transformação da economia global resultando de modo como se articulam 
historicamente a sustentação das relações econômicas internacionais. 
 
GLOBALIZAÇÃO, COMÉRCIO MUNDIAL E FORMAÇÃO DE 
BLOCOS ECONÔMICOS 
 
As transformações econômicas mundiais ocorridas nas últimas décadas, 
sobretudo no pós segunda guerra mundial, são fundamentais para entendermos as 
dinâmicas de poder estabelecidas pelo grande capital e, também, pelas grandes 
corporações transnacionais. Além delas, não podemos deixar de mencionar a 
importância crescente das instituições supranacionais, que atuam como verdadeiros 
agentes neste jogo de interesses, como por exemplo, o Fundo Monetário 
Internacional (FMI), o Banco Mundial, entre outros. 
O cenário que se afigura com a chegada destes novos agentes econômicos é 
imprescindível para compreendermos o significado da chamada globalização 
econômica. Esta tem como características: 
 A ruptura de fronteiras, ou seja, tal ruptura é atribuída à dinâmica do 
capital, que circula livremente pelo globo, sem respeitar a delimitação 
de fronteiras territoriais; 
 Perda da soberania local, ou seja, países, estados e cidades tem que 
se submeter à lógica do capital para conseguir gerar lucro em seus 
orçamentos; 
 Expansão da dinâmica do capital, fato que se relaciona à ruptura de 
fronteiras, ou seja, o capital se dirige agora também à periferia do 
capitalismo, uma vez que as transnacionais compreenderam que a 
29 
 
 
exploração (no sentido de explorar a força de trabalho diretamente) dos 
países subdesenvolvidos promoveria grandes lucros para estes. 
Com o crescimento expressivo da atuação do capital em nível mundial, 
chegou-se a questionar o papel do Estado, isto é, o Estado seria de fato um agente 
importante neste processo ou atuaria como um impeditivo para a livre circulação do 
capital, uma vez que poderia criar regras ou leis que inviabilizariam a livre circulação 
do capital? Segundo este raciocínio, as transnacionais estariam comandando a 
dinâmica econômica mundial em detrimento dos Estados. Vale destacar que muitas 
empresas transnacionais passaram a desempenhar papéis que antes eram 
oferecidos pelo Estado, como serviços ligados à infraestrutura básica (exemplo: 
transporte e saneamento básico). 
No entanto, as sucessivas crises geradas pelo capitalismo mostraram que o 
papel do Estado não se apagou, como pensavam alguns, pelo contrário, em 
momentos de crise financeira, o Estado é chamado a ajudar as empresas em 
dificuldade econômica. Portanto, o papel do Estado no contexto de globalização 
reestruturou-se, passando este a atuar como um salvador dos excessos e 
econômicos promovidos pelas empresas nacionais ou internacionais, controlando 
taxas de juros, câmbios, manutenção de subsídios em setores estratégicos, bem 
como fiscalizando, direta e indiretamente, os recursos energéticos. 
 
FORMAÇÃO DOS BLOCOS ECONÔMICOS 
 
O surgimento dos blocos econômicos coincide com a mudança exercida pelo 
Estado. Em um primeiro momento, a ideia dos blocos econômicos era de diminuir a 
influência do Estado na economia e comércio mundiais. Mas, a formação destas 
organizações supranacionais fez com que o estado passasse a garantir a paz e o 
crescimento em períodos de grave crise econômica. Assim, a iniciativa de maior 
sucesso até hoje foi a experiência vivida pelos europeus. 
A União Europeia iniciou-se como uma simples entidade econômica setorial, a 
chamada CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, surgida em 1951) e 
depois, expandiu-se por toda a economia como “Comunidade Econômica Europeia” 
30 
 
 
até atingir a conformação atual, que extrapola as questões econômicas perpassando 
por aspectos políticos e culturais. 
Além da União Europeia, podemos citar o NAFTA (North American Free Trade 
Agreement, surgido em 1993); o Mercosul (Mercado Comum do Sul, surgido em 
1991); o Pacto Andino; a SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, 
surgida em 1992), entre outros. A busca pela ampliação destes blocos econômicos 
mostra que o jogo de poder exercido pelas nações tenta garantir as áreas de 
influência das mesmas, controlando mercados e estabelecendo parcerias com 
nações que despertem o interesse dos blocos econômicos. 
Além disso, o jogo de poder também está presente internamente aos blocos, 
ou seja, existem países líderes dentro do bloco, que acabam submetendo os outros 
países do acordo aos seus interesses. Assim, nem sempre a constituição de um bloco 
econômico é benéfica a todos os membros; por exemplo, a constituição do NAFTA 
(México, Canadá e EUA) fez com que a frágil economia mexicana aumentasse ainda 
mais sua dependência em relação aos EUA, o Canadá, por sua vez, passou a ser 
considerado uma extensão dos EUA, dada sua subordinação à economia de seu 
vizinho. 
Um dos aspectos mais proeminentes do mundo globalizado e da atual ordem 
mundial é a formação dos acordos regionais, mais conhecidos como blocos 
econômicos, que, ao invés de se estabelecerem como um contraponto à integração 
mundial da globalização, atuaram no sentido de intensificá-la. Hoje em dia, existem 
diferentes tipos de blocos econômicos que se organizam em diferentes denominações 
e níveis de integração entre os seuspaíses-membros. 
Dessa forma, como existem diferentes objetivos e distintos níveis de avanço 
em termos econômicos entre os acordos regionais, adota-se uma classificação dos 
blocos econômicos a fim de melhor estudá-los. Sendo assim, eles são postos em uma 
hierarquia que vai desde a zona de preferências tarifárias até uma união econômica 
e monetária. Confira: 
Zona de preferências tarifárias: é um passo inicial de integração entre os 
países, de forma que esses adotam apenas algumas tarifas preferenciais envolvendo 
alguns produtos, tornando-os mais baratos em relação a países não participantes do 
bloco. Exemplo: ALADI (Associação Latino-Americana de Integração). 
31 
 
 
Zona de livre comércio: consiste na eliminação ou diminuição significativa 
das tarifas alfandegárias dos produtos comercializados entre os países-membros. 
Assim como o tipo anterior, trata-se de um acordo meramente comercial. Exemplos: 
NAFTA (Tratado de Livre Comércio das Américas), CAN (Comunidade Andina), entre 
outros. 
União Aduaneira: trata-se de uma zona de livre comércio que também adotou 
uma Tarifa Externa Comum (TEC), que é uma tarifa que visa taxar os produtos 
advindos de países não membros dos blocos. Dessa forma, além de reduzir o preço 
dos produtos comercializados entre os países-membros, a União Aduaneira ainda 
torna os produtos de países externos ao bloco ainda mais caros. Exemplo: Mercosul 
(Mercado Comum do Sul). A TEC, nesse caso, é adotada apenas entre os seus 
membros efetivos (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai*). 
Mercado Comum: é um bloco econômico que conta com um avançado nível 
de integração econômica, indo muito além de um acordo comercial, pois envolve a 
livre circulação de produtos, pessoas, bens, capital e trabalho, tornando as fronteiras 
entre os seus membros quase que inexistentes em termos comerciais e de mobilidade 
populacional. 
União Política e Monetária: consiste em um mercado comum que ampliou 
ainda mais o seu nível de integração, que passa a alcançar também o campo 
monetário. Adota-se, então, uma moeda comum que substitui as moedas locais ou 
passa a valer comercialmente em todos os países-membros. Também é criado um 
Banco Central do bloco, que passa a adotar uma política econômica comum para 
todos os integrantes. 
O único exemplo de mercado comum e, ao mesmo tempo, de união política e 
monetária é a União Europeia, que é hoje considerada o mais importante bloco 
econômico da atualidade em razão do seu avançado nível de integração. Em muitos 
casos, essa integração alcança até mesmo as decisões políticas que eventualmente 
são tomadas em conjunto pelos países-membros. 
 
PRINCIPAIS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 
 
32 
 
 
As organizações internacionais da atualidade tiveram o seu surgimento, em 
sua maioria, na segunda metade do século XX. No entanto, foi com a globalização e 
o fim da Guerra Fria que elas se consolidaram como importantes atores no cenário 
internacional, passando por um relativo período de fortalecimento. 
Em virtude da recente ampliação da integração geoeconômica global, essas 
organizações tornaram-se atores importantes no cenário mundial, com a missão de 
estabelecer um ordenamento das relações intranacionais de poder e influência 
política. Atuam na elaboração e regulação de normas, suscitam acordos entre países, 
buscam atender determinados objetivos, entre outras funções. 
Existem incontáveis organizações internacionais, isto é, aquelas instituições 
formadas por dois ou mais Estados. Porém, no que concerne ao âmbito geopolítico, 
econômico e humanístico global, algumas delas se destacam pela sua importância, 
dentre elas, podemos citar ONU, OMC, Otan, FMI, Banco Mundial, OIT e OCDE. A 
seguir, vamos compreender um pouco melhor o significado e a importância de cada 
uma dessas siglas. 
ONU – A Organização das Nações Unidas é considerada o mais importante 
organismo internacional atualmente existente, importante por reunir praticamente 
todas as nações do mundo. Ela surgiu ao final da Segunda Guerra Mundial (1939-
1945) em substituição à antiga Liga das Nações e objetiva promover a paz e a 
segurança mundial. 
A principal instância decisória da ONU é o Conselho de Segurança, formado 
por um grupo muito restrito de países. Na verdade, esses países são os antigos 
vencedores da Segunda Guerra Mundial: Rússia (ex-União Soviética), Estados 
Unidos, França, Reino Unido e a China (essa última não participou ativamente da 
Segunda Guerra, mas conseguiu grande prestígio e poder internacionais, capazes de 
assegurar uma vaga no Conselho). Além desses cinco países, que são membros 
permanentes, fazem parte outros cinco países provisórios, que se alternam 
periodicamente. 
O poder desse Conselho de Segurança é elevado, pois é ele quem toma as 
principais decisões da ONU. Além disso, os cinco membros permanentes têm o 
chamado poder de veto, em que qualquer um deles pode barrar uma decisão, mesmo 
que todos os outros países sejam favoráveis. 
33 
 
 
OMC – A Organização Mundial do Comércio é o organismo internacional 
responsável por legislar e acompanhar as transações econômicas e comerciais 
realizadas entre diferentes países. Além disso, o seu principal objetivo é promover a 
liberalização mundial do comércio, visando combater o chamado protecionismo 
alfandegário, em que uma nação impõe elevadas tarifas para produtos estrangeiros 
a fim de favorecer a indústria local. Quando algum país tem algum tipo de problema 
ou entrave com outro Estado, ele geralmente recorre à OMC como instância máxima 
para avaliar e julgar a questão. 
Otan – A Organização do Tratado do Atlântico Norte é um tratado ou pacto 
militar, que inicialmente congregava os principais países capitalistas e objetivava 
combater o socialismo, que também tinha o seu pacto militar, o Pacto de Varsóvia. 
Porém, desde o final da Guerra Fria, os objetivos dessa organização se alteraram, 
tornando-se como um instrumento militar das grandes potências a fim de intervir em 
conflitos armados em qualquer parte do mundo para assegurar direitos internacionais 
ou combater possíveis “ameaças” ao atual sistema internacional. 
Fazem parte da Otan, desde o seu surgimento, Alemanha, Bélgica, Canadá, 
Dinamarca, Estados Unidos, Espanha, França, Grécia, Inglaterra, Itália, Holanda, 
Luxemburgo, Noruega, Portugal, Islândia e Turquia. Posteriormente, várias das ex-
repúblicas soviéticas também ingressaram no pacto, como a Bulgária, Romênia, 
Estônia, Letônia, Lituânia, Eslováquia e Eslovênia, além da Rússia, que atua como 
membro observador. 
FMI – O Fundo Monetário Internacional é uma organização financeira 
responsável por garantir a estabilidade econômica internacional. Ele é composto por 
187 países e foi criado em 1944 na Conferência de Bretton Woods. Seu 
funcionamento, basicamente, ocorre através do gerenciamento e concessão de 
empréstimo para aqueles países que o solicitam. 
Normalmente, o dinheiro do FMI é fornecido pelos seus próprios países-
membros, de forma que aqueles que mais contribuem são justamente aqueles que 
mais possuem poder de decisão. Para adquirir empréstimos, o país em questão deve 
atender a uma série de exigências, transformando suas economias internas e, 
geralmente, abrindo sua economia para o mercado estrangeiro. 
34 
 
 
Banco Mundial – foi criado em 1945 na Conferência de Bretton Woods 
juntamente ao FMI. Trata-se de uma organização financeira vinculada à ONU, mas 
que possui a sua própria autonomia. Seu objetivo inicial era conceder empréstimos 
direcionados aos países europeus que haviam sido devastados pela Segunda Guerra 
Mundial. Posteriormente, seus objetivos mudaram e seu intuito passou a ser o de 
conceder empréstimos a países da Ásia, África e Américas. 
OIT - A Organização Internacional do Trabalho é uma instituição responsável 
por regulamentar, fiscalizar, estudar e avaliar as relações de trabalho existentes em 
todo o mundo. É consideradauma organização “tripartite”, ou seja, formada por três 
tipos diferentes de forças: os governos de 182 países, além de representantes de 
empresas empregadoras e de representações trabalhistas ou sindicais. 
OCDE – A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico é 
uma instituição atualmente composta por 34 países. Seu objetivo é fomentar e 
incentivar ações de desenvolvimento econômico de seus países-membros, além de 
medidas que visem à ampliação de metas para o equilíbrio econômico mundial e 
melhorem as condições de vida e os índices de renda e emprego. O Brasil não é um 
membro dessa organização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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