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Teoria da riqueza das nações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
GRADUAÇÃO EM DIREITO
DAVI BARBOSA
IGOR GIUBERTI
LUCAS DIMINIC
LUIDGI ALMEIDA
MATHEUS RAMA
Smith, Adam: “A riqueza das nações”. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2008. 
Macaé, 2012
Introdução
Adam Smith e o seu tempo. (p.7)
No decorrer do século XVIII ocorreu várias mudanças entre a relação homem e natureza, na qual deixamos de ser passivos no meio e começamos a usufruir do meio em que vivemos.
Além da revolução técnica, ocorreu uma revolução social causada pelos novos meios de produção.
“A indústria da época nos pareceria mais um artesanato tosco; todo o continente europeu era agrícola e pouco urbanizado. O pobre morria de inanição, varíola, e a alta mortalidade infantil era mais uma ‘fato da vida’. [...] Mesmo assim, este ambiente social representava uma época de progresso geral e de ‘relativa abundância’” (p.8).
As ideias de Adam Smith. (p.9)
A riqueza da nação seria uma medida de todo o seu capital e não apenas de seus lucros. 
A Inglaterra foi a potência que mais fez comércio com suas colônias, os que mais pregaram as práticas mercantilistas.
Adam Smith era um defensor do liberalismo econômico, além de ser muito marcado por um contato com os fisiocratas, mesmo não chegando a concordar inteiramente com eles.
A fisiocracia antecipa o conceito de renda nacional, defendendo a tese que toda riqueza se origina na agricultura. Os proprietários de terra nada faziam e os artesões e trabalhadores rurais trabalhavam mais que podiam.
“O maior progresso observável então na economia era a divisão do trabalho. Os especialistas assim formados, apesar de se transformarem em pessoas embrutecidas, aumentarão a produtividade e darão melhores ferramentas. A riqueza da nação será o seu trabalho anual. [...] A posse do dinheiro não é a riqueza, mas sua circulação, em função de bens de consumo.” (p.11).
Influência de Adam Smith & Crítica. (p.12)
Adam Smith foi o precursor da economia que foi a primeira ciência humana a se separar da filosofia. Ele estabeleceu as primeiras definições de uma sociedade capitalista, foi o primeiro a usar o termo burguesia.
Sua teoria de crescimento ilimitado da economia não se concretizou, chegou uma época em que o mercado estava saturado de mercadoria e os trabalhadores cansados de tanta exploração começaram a se revoltar com o sistema.
As causas do crescimento econômico de uma nação continuam válidas. 
Smith acreditava que o desenvolvimento das indústrias aumentaria o ganho dos trabalhadores, mas a ambição sem limites dos donos e a mecanização das fábricas desvalorizou a mão-de-obra. 
Introdução e Plano de Obra
O trabalho anual de toda nação é uma reserva de onde se fornece as necessidades e utilidades da vida que anualmente consome, e que consiste sempre no produto imediato deste trabalho ou naquilo que é comprado com este produto, das outras nações.
 Algumas nações focam em determinados métodos de produção e em diferentes meios de escoar sua produção, ficando a cargo de cada governo escolher o meio mais eficaz.
“As causas de aperfeiçoamento nas forças produtivas do trabalho, e a ordem de acordo com a qual seu produto é naturalmente distribuído entre as diferentes categorias e condições de homens na sociedade, constituem o assunto do primeiro livro dessa investigação” (p.15).
Livro I
Da Divisão do Trabalho. (p.17)
Dividindo o trabalho em etapas e contratando trabalhadores para cada etapa da produção torna mais rápida a produção de determinado bem.
Dividir as tarefas significa otimizar o tempo de produção possibilitando maior estoque e consequentemente maior lucro.
“Este grande aumento da quantidade de trabalho que, em consequência da divisão do trabalho. O mesmo numero de pessoas é capaz de executar, deve-se a três circunstancias: primeira, ao aumento de destreza com cada operário; segunda, à economia de tempo que é comumente perdido ao passar de uma espécie de trabalho para outra; finalmente, à invenção de grande numero de maquinas, que facilitam e abreviam o trabalho, e permitem a um gomem fazer o trabalho de muitos.” (p.19).
Do princípio que dá Ocasião à Divisão do Trabalho. (p.22)
A divisão do trabalho não é apenas ideia do homem, mas uma necessidade natural. É de natureza humana a tendência de comerciar barganhar e trocar uma coisa por outra.
Como é de natureza humana essas trocas e barganhas, da ocasião surgem a divisão do trabalho.
“Numa Tribo de caçadores ou pastores, uma determinada pessoa faz arcos e flechas, por exemplo, com mais prontidão e destreza que qualquer outra. Frequentemente troca-os por gado ou caça, ao invés de ele mesmo ir ao campo atrás deles.” (p.23).
Que a Divisão do Trabalho É Limitada pela Extensão do Mercado. (p.24)
Como é o poder de troca que dá ocasião à divisão do trabalho, assim, a extensão dessa divisão deve ser sempre limitada pela extensão do mercado. Por exemplo, quando o mercado é pequeno, ninguém pode dedicar-se inteiramente a um emprego, pela falta de poder de troca do produto do seu trabalho.
Em casas isoladas de um povoado, todo lavrador deve ser açougueiro, padeiro, cervejeiro de sua própria família, por não ter o meio trocar seu trabalho por outro.
Da Origem e do Uso do Dinheiro. (p.27)
Com uma divisão do trabalho bem estabelecida apenas uma pequena parte de sua necessidade vai ser suprida pelo seu trabalho, o restante acontece por meio de trocas do produto de seu próprio trabalho (que está acima de seu consumo) pelos produtos dos trabalhos de outrem.
Se o padeiro necessita do produto do trabalho do açougueiro e este por sua vez não necessita do produto do padeiro tem que encontrar outra forma de adquirir o produto necessário, esta outra maneira se veio pelos metais.
Os metais são pouco perecíveis, divisíveis em qualquer número de partes, sendo mais fácil para o comércio.
Ao passar do tempo foram desenvolvendo selos reais para a identificação e tamanho e forma iguais para uma melhor numeração.
Do Preço Real e Nominal das Mercadorias, de seu Preço em Trabalho, e seu Preço em Dinheiro (p.31)
O preço real é a dificuldade que o produto do trabalho é feito e se estamos dispostos a adquirir esse bem cedendo parte do nosso trabalho.
É difícil precisar a proporção de trabalho de duas atividades diferentes, sendo então calculada também pela dificuldade desse trabalho.
As mercadorias são trocadas depois de uma comparação entre elas e uma avaliação se realmente 2x de determinado bem vale x de outro, mas quando o dinheiro se torna instrumento comum de comércio cada mercadoria é frequentemente trocada por dinheiro que por outro tipo de mercadoria.
“O trabalho, como as mercadorias, pode ser tido com um preço real e um nominal. Seu preço real pode ser tipo como a quantidade das necessidades e conveniências da vida que são dadas por ele; seu preço nominal, na quantidade de dinheiro. O trabalhador é rico ou pobre, é bem ou mal recompensado, em proporção ao preço real, e não ao nominal, de seu labor.” (p.34).
Das Partes Componentes do Preço das Mercadorias. (p.42)
Se um tipo de trabalho for mais difícil que outro, deve-se acrescentar um valor a mais no preço final do produto deste trabalho.
Com acúmulo de capital por parte dos trabalhadores, estes podem contratar aprendizes, comprar mais matéria prima, como uma forma de alcançar maior lucro.
“Como num país civilizado há poucas mercadorias das quais o valor de troca surge apenas do trabalho, a renda e o lucro contribuem amplamente na maior parte delas, de modo que o produto anual de seu trabalho será sempre suficiente para comprar ou ordenar uma quantidade de trabalho muito maior do que o empregado no cultivo, preparação e transporte daquele produto ao mercado.” (p.46).
Do Preço Natural e do Preço de Mercado das Mercadorias (p.47)
Dentro de uma sociedade ou freguesia os valores atribuídos às mercadorias tem uma cotação média naturalmente regulada pelo poder da sociedade, ou pela natureza de cada mercadoria (sendo de fácil ou difícil acesso)
O preço real pelo qual a mercadoria é vendida é o chamado preço de mercado, podendo estar abaixo, acima ou ser exatamenteo preço nominal. 
O preço da mercadoria é regulado pela sua demanda, se a mercadoria tem pouca demanda o preço diminui, se para essa mercadoria ter uma grande demanda o preço vai aumentar. 
Elevações de preço de mercado podem ocorrer por desastres naturais, sendo estas elevações passageiras, a elevação pode se manter caso ocorra à escassez de determinado produto em uma região. 
“O preço natural varia com a cotação natural de cada uma de suas partes componentes, dos salários, do lucro, e da renda, e em toda sociedade esta coração varia de acordo com suas circunstancias; de acordo com a sua riqueza ou pobreza, e pelo estado da sociedade: progressiva, estacionário, ou declinante.” (p.52).
Dos Ganhos do Trabalho. (p.52)
O produto do trabalho constitui os seus ganhos.
Os salários comuns do trabalho dependem de um contrato no qual os patrões querem pagar o mínimo pelo trabalho e os empregados receberem o máximo possível, sendo que um conjunto de trabalhadores estaria disposto a combinarem entre si para que seus salários subissem, enquanto os patrões estariam interessados em combinar para diminuir os salários.
Nessas disputas os patrões sempre levariam vantagem, porém deve existir uma cotação mínima do salário para a subsistência do trabalhador.
Esse salário mínimo deveria ser o dobro que o trabalhador necessita para sua subsistência, para ele ter condições de criar no mínimo dois filhos, essa renda aliada a renda da esposa lhe permitiriam criar quatro filhos e levando em consideração que 50% dos filhos não chegam a fase adulta da vida este casal teria criado os dois filhos para no futuro serem empregados para continuar a existir mão-de-obra. 
Porém, o preço do trabalho pode variar de acordo com a demanda. Se em um ano ocorra abundância do trabalho, vai ocorrer abundância do lucro e se faltar trabalho, consequentemente faltará renda.
Dos Lucros dos Fundos. (p.67)
“A ascensão ou a queda dos lucros dos fundos dependem das mesmas causas da ascensão ou da queda dos salários. O estado progressista ou declinante da riqueza da sociedade, mas essas causas afetam, um e outro diversamente.” (p.67).
É impossível determinar o lucro com muita precisão, por ele ser flutuante e depender de vários fatores, como demanda, condições naturais, etc.
Os patrões podem diminuir o salário de seus empregados como uma forma de aumentar o lucro, porém estes mesmo funcionários com salários reduzidos não terão um poder de compra como antes. Deve sempre estabelecer um limites entre os dois lados de forma que não atrapalhe seu lucro.
Adam Smith achava que com o aumento do lucro iria gerar um aumento no preço do trabalho, porém esse fato não se concretizou, pois os patrões só visavam o lucro gananciosamente.
Dos Salários e do Lucro nos Diferentes Empregos do Trabalho e do 
Capital. - Parte I – Desigualdades Oriundas da Natureza dos Próprios Empregos. (p.74)
O salario varia de acordo com a dificuldade empregada no trabalho, por exemplo, um tecelão jornaleiro ganha menos que um ferreiro jornaleiro, seu trabalho não é mais fácil, porém é mais limpo.
Os salários podem variar de acordo com a facilidade e o custo baixo ou a dificuldade e o alto custo de aprender tal ofício. Uma máquina cara é construída, seu artesão espera receber o que foi investido, mais sua mão-de-obra para gerar seu lucro.
Os salários em diferentes ocupações variam com a constância ou inconstância do emprego, por exemplo, um jornaleiro pode estar bem seguro de emprego o ano todo, estando apto a trabalhar, um pedreiro não pode trabalhar com um mau tempo.
Os salários variam de acordo com a responsabilidade de seu trabalho, por exemplo, os salários de joalheiros são superiores a de muitos outros trabalhadores por conta do material precioso que lhe são confiados. 
Os salários variam de acordo com a probabilidade ou a improbabilidade de sucesso deles, por exemplo, um aprendiz de sapateiro em pouco tempo aprende o ofício, porém um aprendiz das leis demora mais tempo para aprender e esse aprendizado pode não se concretizar, caso não haja empenho necessário.
 	 Parte II – Desigualdades pela Política da Europa. (p.87)
“A propriedade que todo homem tem em seu próprio trabalho, como é o fundamento original de toda outra propriedade, é a mais sagrada e inviolável. O patrimônio de um homem pobre está na força e destreza de suas mãos” (p.89).
Toda cidade retira sua subsistência e matérias primas para as industrias do campo. A compensação se dá através de uma “devolução” para o campo as matérias primas manufaturadas e trabalhadas.
“A proporção entre as diferentes cotações, de salários e lucros nos diferentes empregos do trabalho e do capital, parecem não ser muito afetadas, como já foi observado, pela riqueza ou pobreza, o estado progressista, estacionário ou declinante da sociedade. Tais revoluções no bem-estar público, se bem que afetem as cotações gerais, tanto dos salários como do lucro, no fim devem afetá-los igualmente em todas as diversas aplicações. A proporção entre eles, portanto, deve permanecer a mesma, e não pode ser propriamente alterada, pelo menos por um tempo considerável, por quaisquer revoluções.” (p.103).

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