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MAQUIAVEL, Nicolau: “O Príncipe”. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1996. Coleção leitura
	Contexto histórico da época.
O príncipe foi escrito no século XVI (quando o mundo estava saindo da época medieval cristã e entrando na época renascentista) por Nicolau Maquiavel em homenagem ao príncipe Lorenzo II, com essa obra ele se propôs a explicar como chegar ao poder e permanecer lá. O principal tema foi baseado nas ciências políticas e ensinam como o príncipe deve agir para prolongar seu tempo no poder, aonde a ética é esquecida para beneficiar a imagem do soberano.
De quantas espécies são os principados e como são adquiridos. (p.11)
Segundo Maquiavel existe duas formas de estado: A república e o principado. O principado pode ser hereditário ou novo
Os anexos estão acostumados ao governo do príncipe ou foi conquistado por mérito ou pela fortuna.
A república não foi o objeto de discussão da obra.
Os principados hereditários. (P.13)
“tais principados podem ser governados sem o risco de serem perdidos.” (p.13).
O povo já tem afeição à família, basta seguir o modo dos antecessores. 
Caso o principado for novo deve-se evitar, transgredir os costumes tradicionais e saber adaptar-se a circunstâncias imprevistas. 
Os principados mistos. (p.15)
“As verdadeiras dificuldades estão no principado novo” (p.15).
“Os homens mudam de senhor com prazer, pois acreditam que melhorarão; tal crença fá-los tomar armas contra o antigo” (p.15).
“Mesmo sendo muito forte de exércitos, é necessária a ajuda dos habitantes para entrar em uma província” (p.15).
“conquistando pela segunda vez o país rebelde, é mais difícil perder o controle do território, porque o senhor, desfrutando do pretexto da rebelião, pode ser mais severo ao punir os delinquentes” (p.16).
Quando se conquista uma província de língua, leis e costumes diferentes são necessárias habilidades e sorte para conservá-las. Um modo eficaz é o príncipe mesmo ir habitá-la e assim dar respostas imediatas a eventuais distúrbios.
A razão pela qual o reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra seus sucessores após a morte deste. (p.25)
Não haverá rebelião se a linha política for mantida.
“Os principados [...] são governados de dois modos diferentes: Ou por um príncipe e todos os outros são servos, os quais, como ministros, por graça e concessão sua, ajudam a governar aquele reino; ou por um príncipe e por barões, os quais não pela graça do senhor mas por antiguidade de sangue tenham tal grau.” (P.25).
O Estado dirigido por um único soberano é difícil de conquistar e fácil de manter. Já o Estado governado por muitas pessoas é fácil de conquistar e difícil de conservar.
De que modo devem-se governar as cidades ou os principados que, antes da conquista, possuíam leis próprias. (p.29).
“Há três modos para mantê-los. O primeiro é aniquilá-los. O outro é residir neles. O terceiro é deixa-los viver com suas leis, retirando uma renda e criando internamente um governo de poucos que manterá consenso.” (p.29).
“Não há um meio seguro de conquistar uma cidade a não ser a destruição. E quem se tornar senhor de uma cidade acostumada a ser livre e não a destruir, espere ser destruído por ela. Pois a rebelião nascerá em nome da liberdade e das tradições, que não são esquecidas nem com o tempo nem com benefícios.” (p.30)
Os principados conquistados com as próprias armas e qualidades pessoais. (p.31)
O príncipe que conquista com seu próprio mérito tendo as maiores dificuldade se mantêm no cargo mais facilmente.
A principal dificuldade no processo de conquista nasce da tentativa de introduzir novas leis e costumes para a fundação de seu Estado. O novo legislador terá por inimigos todos aqueles a quem as antigas leis beneficiavam, e terá tímidos defensores, pois ainda não há nada consolidado.
Os principados novos conquistados com as armas e a virtude de outrem. (p.35)
Príncipes que chegaram facilmente ao poder devido a sorte vai ser muito difícil manter-se no cargo tendo que depender de quem o pôs nesta posição, ou contando com a própria sorte mais uma vez.
Os estados criados subitamente não tem raízes fortes e são derrubados facilmente, cabe o príncipe ter virtudes para não deixar isso acontecer.
Dos que conquistaram o principado com malvadez. (p.43)
“Há ainda duas maneiras de um cidadão comum tornar-se príncipe [...] Trata-se de quando, por atos maus ou nefandos, chega-se ao principado, ou quando um cidadão comum, com o favor de outros cidadãos, torna-se príncipe de sua pátria. ” (p.43).
“Ao tomar um estado, o conquistador deve fazer todas as ofensas necessárias e fazê-las todas de uma vez, para não precisar renova-las todos os dias e poder, ao não repeti-las dar segurança aos homens e conquistar sua confiança com benefícios” (p.47)
O princípio civil. (P.49)
O principado civil é aquele em que o cidadão torna-se soberano graças aos concidadãos.
Governo é instituído pelo povo ou pela aristocracia, sendo que aqueles que são ajudados pelos ricos têm maior dificuldade, uma vez que estes ficam ao lado de quem oferecer maiores vantagens, não sendo sempre fiéis.
Quem se torna príncipe pelo povo deve mantê-lo como amigo. Mas quem se torna príncipe contra a opinião popular, por ajuda dos grandes, deve tentar conquistar o povo, o que é muito fácil, pois quando os homens recebem o bem de quem só esperavam o mal, se obrigam mais com o novo benfeitor.
Como medir as forças de todos os principados. (p.53)
Segundo Maquiavel, o príncipe forte “São os que podem, ou por abundância de homens ou de dinheiro, reunir um exército apropriado e enfrentar qualquer atacante em campo aberto.” (p.53). Já os príncipes fracos são aqueles que “sempre precisam dos outros, que não podem enfrentar o inimigo em campo aberto, mas precisam se refugiar dentro das muralhas e defende-las”(p.53).
“Um príncipe, portanto, que possua uma cidade forte e não seja odiado não pode ser atacado e, se fosse quem o atacasse partiria envergonhado.” (P.54). 
Os principados eclesiásticos. (p.57)
“São conquistados por valor ou por sorte e podem ser mantidos sem um ou outra” (p.57)
Mantem-se pela rotina da religião.
“Os súditos mesmo não sendo governados, não se preocupam nem pensam em se separar de seu príncipe. Portanto, somente esses principados são seguros e felizes.” (p.57).
Os tipos de milícias e os soldados mercenários. (p.61)
“As fundações principais para todos os estados, [...] são as boas leis e um bom exército" (p.61)
“As milícias, com as quais o príncipe defende o seu Estado, podem ser próprias ou mercenárias, auxiliares ou mistas” (p.61).
“As mercenárias e auxiliares são inúteis e perigosas. Se alguém baseia seu Estado em milícias mercenárias, nunca estará estável e seguro, porque são desunidas, ambiciosas, sem disciplina e infiéis” (p.61-62).
Os exércitos auxiliares, mistos e próprios. (p.67)
“Outras armas inúteis são os exércitos auxiliares. São as que vem quando pedes a um poderoso pra te ajudar e te defender com seus soldados.” (p.67)
“Quando perdem, terminas destruído; quando vencem, ficas prisioneiro delas.”(p.67)
“Portanto, um príncipe sábio sempre foge dessas milícias e utiliza as suas próprias.” (p.68).
“Sem armas próprias, nenhum principado está seguro” (p.70)
Os deveres do príncipe com suas tropas. (p.73)
“Portanto, o príncipe não deve ter outro objetivo nem outro pensamento, nem praticar arte alguma fora a guerra, sua ordem e disciplina, pois esta é a única arte que se espera de um comandante e é de tal valor que não somente mantém o poder dos que nasceram príncipes, mas, muitas vezes, permite a cidadãos comuns subir a esse grau.” (p.71).
“Na paz deve exercitar-se mais do que na guerra.” (p.74).
As qualidades pelas quais os homens, sobretudo os príncipes, são louvados ou vituperados. (p.77)
“Para um príncipe é necessário, querendo se manter aprender a poder ser não bom e usar ou não isso, conforme precisar” (p.77).
A generosidade e parcimônia. (p.79)
“Um príncipe prudente não deve se preocupar em ser considerado miserável. Com o passar do tempo, será considerado sempre mais generoso, pois verá que,com a sua parcimônia, as suas entradas são suficientes.” (p.79-80).
A crueldade e a clemencia: se é melhor ser amado do que temido, ou o contrário. (p.83)
“Um príncipe deve não se preocupar com a fama de cruel, para manter seus súditos unidos e fiéis.” (p.83).
“Os homens tem menos pudor em ofender alguém que se faça amar do que alguém que se faça temer.” (p.85).
“O temor é mantido pelo medo de ser punido, o que nunca termina. Todavia, o príncipe deve se fazer temer de um modo que, se não conquista o amor, evita o ódio.” (p.85).
“Sem a fama de cruel nunca se mantém um exercito unido” (p.85).
Os príncipes e a palavra dada. (p.87)
“Um príncipe prudente não pode, nem deve, manter a palavra dada, quando lhe for prejudicial e as razões que o fizeram dar a palavra não mais existirem.” (p.88).
“Para um príncipe, nunca lhe faltarão motivos legítimos para disfarçar a quebra da promessa” (p.88).
“A um príncipe, portanto, não é necessário ter, de fato, todas as qualidades acima descritas, mas é bem necessário parecer tê-las.” (p.89).
“Um Príncipe deve conquistar e manter um Estado. Os meios serão sempre considerados honrados e por todos louvados.” (p.90).
Como evitar o desprezo e o ódio. (p.91)
“Torna-se odioso, sobretudo, como comentei, por ser rapace e usurpador dos bens e das mulheres dos súditos. Devem abster-se de fazer isso” (p.91)
“Um príncipe deve dar pouco importância às conspirações, quando tiver o consenso do povo. Mas, quando o povo for seu inimigo e tenha-lhe ódio, deve temer tudo de todos.” (p.94).
“O ódio e o desprezo foram a razão da ruína dos imperadores.” (P.101-102)
Se as fortalezas e muitas outras coisas cotidianas usadas pelos príncipes sejam úteis ou inúteis. (p.103)’
“Nunca aconteceu que um príncipe novo desarmasse seus súditos. Pelo contrário, quando os encontrou desarmados, sempre os armou. Porque, armando-os, estas armas tornam-se duas, tornam-se fiéis os que eram suspeitos, aqueles que eram fiéis o continuam e de súditos transformam-se em partidários.” (p.103).
“Mas quando tu os desarmas, começas por ofendê-los. Demonstras desconfiança por considera-los covardes ou desleais.” (p.104)
“Muitos acreditam que um príncipe sábio deve, quando tem a ocasião, nutrir, com astúcia, alguns inimigos, de modo que, derrotando-os conquiste uma grandeza maior.” (p.105-106).
“O príncipe que tem mais medo do povo do que dos estrangeiros deve construir fortalezas; mas o que tem mais medo dos estrangeiros do que do povo deve esquecê-las.” (p.107).
Como um príncipe deve agir para ser estimado. (p.109)
“Nada traz tanta estima a um príncipe do que os grandes empreendimentos e dar de si próprio exemplos raros” (p.109)
“Um príncipe também é estimado quando é amigo verdadeiro ou um inimigo verdadeiro, ou seja, quando se mostra em favor de um contra o outro, sem hesitação. Tal atitude é sempre mais útil que a neutralidade.” (p.110)
Dos secretários que acompanham o príncipe. (p.115)
“A primeira conjectura que se faz da inteligência de um senhor baseia-se no exame dos homens que ele tem a sua volta. Quando são capazes e leais, pode ser considerado sábio, pois soube reconhecê-los capazes e mantê-los leais.” (p.115). 
Como evitar os aduladores. (p.117)
“Não há outro modo para evitar as adulações, senão que os homens entendam que não te ofendem dizendo a verdade. Mas quando todos podem te dizer a verdade, faltar-te a reverência.” (p.117).
“Um príncipe deve sempre aconselhar, mas quando ele quer e não quando querem os outros. Deve desencorajar todos a darem conselhos, sem que ele peça.” (p.118).
Porque os príncipes da Itália perderam seus Estados. (p.121)
“As ações de um príncipe novo são muito mais observadas do que de um hereditário. Quando essas ações são reconhecidas como virtuosas, cativam mais os homens, sujeitando-os, moralmente, mais do que uma dinastia antiga.” (p.121)
“Portanto, estes nossos príncipes, que estavam em muitos anos em seus principados, que não acusem a sorte por tê-los perdido, mas a própria inépcia. Porque não tendo pensado que os tempos de paz podem mudar (é defeito comum nos homens não levar em conta, na bonança, as tempestades), quando, depois, vieram os tempos adversos, pensaram só em fugir e não em se defender.” (p.122)
Quando pode a fortuna influenciar as coisas humanas e como se pode resistir a ela. (p.123)
“Um príncipe prudente sempre governa conforme as necessidades de seu tempo.” (p.124).
“Não se deve deixar que o acaso decida; basear-se apenas na sorte pode trazer a ruína quando esta mudar.” (p.126)
Exortação para retomar a Itália e libertá-la dos bárbaros. (p.129)
Maquiavel conclui sua obra clamando aos Médici que tomem o poder em toda a Itália.
“Considerando, portanto, todas as coisas que foram discutidas, pensei comigo mesmo se, atualmente, na Itália era hora de honrar um novo príncipe e se existe matéria bruta que daria a oportunidade a um príncipe prudente e valoroso de introduzir uma nova ordem que trouxesse honra a ele e benefícios ao povo. (p.129).
“Portanto, se a vossa ilustre casa quiser imitar aqueles homens excelentes que redimiram suas províncias” (p.132).

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