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Controle Concentrado de Constitucionalidade - ADI

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Controle Concentrado de 
Constitucionalidade - ADI
Prof. Rafael Wagner Radke
Roteiro da aula
• 1) Revisão
• 2) Introdução ao controle concentrado
• 3) Ação Direta de Inconstitucionalidade
REVISÃO AULA PASSADA
Tipologia da inconstitucionalidade
Momento do Controle
CONTROLE DIFUSO
• Inexistem ações jurídicas típicas para a realização desse controle
• As partes podem ajuizar qualquer tipo de ação judicial habilitada para 
resolver o caso concreto
• Isso acontece porque a matéria constitucional não é um pedido da 
ação, mas sim a causa de pedir
• Além disso, o juiz pode declarar de ofício a inconstitucionalidade para 
resolver o caso concreto
3) CONTROLE DIFUSO
• Por juiz: juiz analisa a constitucionalidade quando profere a decisão de 
mérito.
• Por Tribunal: órgão fracionário não pode declarar a 
inconstitucionalidade, por força da cláusula de reserva de plenário.
3) CONTROLE DIFUSO
• Cláusuladereservadeplenário
• CRFB: “Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do
respectivo órgãoespecial poderão os tribunais declarar ainconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público.”
• Se para declarar a inconstitucionalidade precisa respeitar a cláusula, para quais 
outras ações não precisa?
• Para declarar a Constitucionalidade;
• Para declarar a não-recepção;
• Para conceder medida liminar.
• Quando há decisão prévia do plenário/órgão especial do mesmo tribunal ou do STF
3) CONTROLE DIFUSO
• Súmula vinculante nª10: 
• “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão
de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder
público, afasta sua incidência, no todo ou em parte”.
3) CONTROLE DIFUSO
• STF no Controle Difuso
• Via: Recurso Extraordinário
• A) Prequestionamento
• SÚMULA 356 STF- O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não 
pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento
• B) Repercussão Geral
• demonstrar que o seu recurso possui questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico
• OU
• quando o recurso se voltar contra acórdão (decisão colegiada) que contrariar súmula ou jurisprudência
dominante do STF ou ainda que tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos
termos do artigo 97 da Constituição (cláusula de reserva de plenário) – artigo 1.035, § 3º.
3) CONTROLE DIFUSO
• Efeitos da declaração de inconstitucionalidade
• Em regra, ex tunc
• retroage à data do "nascimento” do ato.
• Modulação de efeitos: admitida por analogia ao art. 27 da Lei nª
9.868/99.
• Requisitos: voto de 2/3 dos membros e razões de segurança jurídica ou 
de excepcional interesse social.
• STF: juiz de primeiro grau pode modular efeitos
3) CONTROLE DIFUSO
• Efeitos da declaração de inconstitucionalidade
• Em regra, inter partes
• declaração de inconstitucionalidade afeta somente as 
partes do processo.
• Ou seja, a lei permanece no ordenamento jurídico e pode 
seguir sendo aplicada em outros casos
CONTROLE DIFUSO
A) Resolução do Senado Federal
• Como visto, ao julgar um caso concreto e declarar a
inconstitucionalidade, o STF emite uma decisão com efeito inter
partes
• O art. 52, X, CF, prevê que o STF pode solicitar ao Senado que edite
uma resolução para que lei declarada inconstitucional seja suspensa
• STF entende que houve mutação constitucional e o senado só cumpre
a decisão constitucional
CONTROLE DIFUSO
B) Súmulas Vinculantes
• Apenas o STF pode criá-las
• Após reiteradas decisões em caso concreto sobre matéria constitucional (controle
difuso)
• Regras para edição (art. 103-A)
• Pode criar de ofício ou provocado;
• Exige decisão de 2/3 (oito dos onze ministros) para que o STF crie, cancele ou
revise esse tipo de súmula;
• Reclamação constitucional
• É ação autônoma, não recurso, que serve para cassar a decisão judicial ou anular o
ato administrativo que viola a súmula vinculante
3) CONTROLE DIFUSO
C) Precedente vinculante
• CPC/2015 consagra o dever de observância a certas decisões do STF
• Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:
• I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
• II - os enunciados de súmula vinculante;
• IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do 
Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional;
• V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados.
3) CONTROLE DIFUSO
C) Precedente vinculante
• CPC/2015 consagra o dever de observância a certas decisões do STF
• dentre elas a que considera inexigível a obrigação reconhecida em
título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado
inconstitucional
• Ou interpretação da lei ou do ato como incompatível com a CF, em
controle difuso ou concentrado
• art. 525, §12, e art. 535, §5, CPC
AULA DE HOJE: Controle 
concentrado - ADI
É chamado assim pelo fato de que o controle está
“concentrado” em poucos órgãos
Pode ser feito apenas pelo Supremo Tribunal Federal, quando o
parâmetro for a Constituição Federal, e pelos Tribunais de
Justiça,quando o parâmetro for a Constituição Estadual.
Controle concentrado de constitucionalidade
Objetos do controle
• Tudo: LOs, LCs, ECs, MPs, resoluções, decretos legislativos, decretos autônomos
• Tratados 
• Atos jurídicos praticados por particulares
• Lei anterior à constituição (ADPF)
• Podem ser revogadas se forem incompatíveis materialmente com a carta
• Logo controle de constitucionalidade NÃO é verificação da compatibilidade de QUALQUER lei 
infraconstitucional com a atual CF
• Não são objeto
• Normas Constitucionais originárias 
• Decretos regulamentares e portarias (desde que específicos/concretos)
Direito Constitucional Intertemporal
Recepção ou não-recepção
• Trata da relação entre a CF e a legislação anterior
• A recepção permite manter no ordenamento jurídico lei pré-
constitucional desde que seja MATERIALMENTE compatível com a atual
• Ou seja, o conteúdo deve ser incompatível
• Ex: Lei de Imprensa de 1967 (permitia a censura)
• Eventuais divergências formais não impedem a recepção
• Ex: Código Tributário Nacional de 1966. Foi criado como Lei Ordinária, mas a
atual CF exige Lei Complementar para tratar de direito tributário.
• Como o conteúdo era compatível, foi mantido
Direito Constitucional Intertemporal
Efeitosdadeclaraçãodeinconstitucionalidade
● extunc:retroagem à data do "nascimento” do ato.
○ Modulação de efeitos: admitida por previsão legal (art. 
27 da Lei nº9.868/99 e art. 11 da Lei nº9.882/99) .
○ Requisitos: voto de 2/3 dos membros e razões de 
segurança jurídica ou de excepcional interesse social.
Controle concentrado de constitucionalidade
Efeitosdadeclaraçãodeinconstitucionalidade
● ergaomnes:declaração de inconstitucionalidade afeta todos.
● Efeito vinculante: relativamente aos demais órgãos do
Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta,
nas esferas federal, estadual e municipal.
Controle concentrado de constitucionalidade
Efeitosdadeclaraçãodeinconstitucionalidade
● Efeito vinculante: E o legislativo e o STF?
Não
● Reação legislativa
● STF pode mudar seus precedentes no plenário
Controle concentrado de constitucionalidade
Efeitosdadeclaraçãodeinconstitucionalidade
Produz efeitosapartir dapublicação.
Não anula sentenças ou decisões anteriores automaticamente
Controle concentrado de constitucionalidade
CRFB: “Art. 5º (…) XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada;”
Ementa: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. DECLARAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE DE PRECEITO NORMATIVO PELO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. EFICÁCIA NORMATIVA E EFICÁCIA EXECUTIVA DA
DECISÃO: DISTINÇÕES. INEXISTÊNCIA DE EFEITOS AUTOMÁTICOS SOBRE AS
SENTENÇAS JUDICIAIS ANTERIORMENTE PROFERIDAS EM SENTIDO
CONTRÁRIO. INDISPENSABILIDADEDE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO OU
PROPOSITURA DE AÇÃO RESCISÓRIA PARA SUA REFORMA OU
DESFAZIMENTO. (…) (RE 730462, Relator(a): TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno,
julgado em 28/05/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL -
MÉRITO DJe-177 DIVULG 08-09-2015 PUBLIC 09-09-2015)
● Aparece pela primeira como emenda constitucional na CF 1946
● Mantido desde então
● A grande inovação da CF/88 é o aumento do número de 
legitimados, bem como a ampliação das ações
● Antes era só o PGR e só havia ADI
● Agora temos 09 legitimados (veremos logo mais)
● E também mais ações para assegurar o controle concentrado de 
constitucionalidade
● ADI, ADC, ADPF, ADO, IF
Breve Histórico do controle concentrado
AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE
● Competênciaparajulgar
● Parâmetroeoobjetodocontrole
● Legitimados
● Aspectos processuais
Ação direta de inconstitucionalidade
● Competênciaparajulgar
● Parâmetroeoobjetodocontrole
● Legitimados
● Aspectos processuais
Ação direta de inconstitucionalidade
● Competênciaparajulgar
“CF/88 Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente,a guarda da Constituição,cabendo-lhe:
I - processar e julgar,originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal ouestadual (...)”
ConstituiçãoFederal
● Competênciaparajulgar
Lei nº9.868,de1999:
“Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ação
direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de
constitucionalidade perante o SupremoTribunalFederal.”
Ação direta de inconstitucionalidade
● Competênciaparajulgar
○ Se for lei ou ato normativo, federal ou estadual, que viole a 
Constituição Federal: o SupremoTribunalFederal.
Ação direta de inconstitucionalidade
● Competênciaparajulgar
CF/88:“Art.125.(...)§ 2ºCabe aos Estados a instituição de 
representação de inconstitucionalidade de leis ou atos 
normativosestaduaisou municipaisem face da Constituição 
Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um 
único órgão.
Ação direta de inconstitucionalidade
● Competênciaparajulgar
Constituição do Estado do RS: Art. 95. Ao Tribunal de Justiça,
além do que lhe for atribuído nesta Constituição e na lei,
compete: d) a ação direta da inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo estadual perante esta Constituição, e de municipal
perante esta, inclusive por omissão;
Ação direta de inconstitucionalidade
● Competênciaparajulgar
○ Se for lei ou ato normativo, federal ou estadual, que viole a Constituição Federal: o
SupremoTribunalFederal.
○ Se for lei ou ato normativo, estadual ou municipal,que viole a Constituição Estadual:o
TribunaldeJustiça.
○ ATENÇÃO: TJ do estado não pode aplicar a CF no controle abstrato, somente 
quando estiver exercendo o controle difuso
Ação direta de inconstitucionalidade
● Norma distrital
● CF/88: “Art. 32. (...) § 1º Ao Distrito Federal são
atribuídas as competências legislativas reservadas aos
Estados e Municípios.”
Ação direta de inconstitucionalidade
● Norma distrital
- Depende da natureza da própria norma ou ato. Se tiver natureza de estadual,
cabe controle concentrado por conflito com CF (STF) ou com a Lei Orgânica (TJ). Se
for municipal, só comaLei Orgânica (TJ).
- Súmula 642 STF: “Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito
Federal derivada de sua competência legislativa municipal”
Ação direta de inconstitucionalidade
● Norma distrital – com natureza estadual
CF/88, Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, 
proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e 
inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
Ação direta de inconstitucionalidade
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm
● Norma distrital – com natureza estadual
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide ADPF 672)
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar 
dos Estados. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atender a suas peculiaridades. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe 
for contrário. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
Ação direta de inconstitucionalidade
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm
● Norma distrital – natureza municipal
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (Vide ADPF 
672)
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas 
rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar 
balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, 
os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem 
caráter essencial;
Ação direta de inconstitucionalidade
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672
● Norma distrital – natureza municipal
Art. 30. Compete aos Municípios:
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de 
educação pré-escolar e de ensino fundamental;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de 
educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 53, de 2006)
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de 
atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante 
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a 
ação fiscalizadora federal e estadual.
Ação direta de inconstitucionalidade
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm
● Competênciaparajulgar
● Parâmetroeoobjetodocontrole
● Legitimados
● Aspectos processuais
Ação direta de inconstitucionalidade
● Competênciaparajulgar
● Parâmetroeobjetodocontrole
● Legitimados
● Aspectos processuais
Ação direta de inconstitucionalidade
Parâmetro =ConstituiçãoFederal 
CF/88: “Art. 102. Compete aoSupremo Tribunal Federal, 
precipuamente,a guarda da Constituição,cabendo-lhe:
I - processar e julgar,originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal ou estadual (...)”
Ação direta de inconstitucionalidade
Parâmetro =ConstituiçãoEstadual
CR/88: “Art. 125. (...) § 2º Cabe aos Estados a instituição de
representação de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos estaduais ou municipais em face da Constituição
Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um
único órgão. ”
Ação direta de inconstitucionalidade
Ação direta de inconstitucionalidade
ATENÇÃO
• Sópodemser invocadasnormasFORMALMENTEconstitucionais
• Não se admite, por exemplo, tratado de DH que não seja aprovado pelo rito de
emenda
• PactodeSanJosénãoéparâmetrodecontroledeconstitucionalidade
• Dotadasdevigênciaeeficácia
• Normas já revogadas ou com eficácia exaurida não colocam em risco a supremacia
daconstituição,por issonãosãoparâmetro
Ação direta de inconstitucionalidade
● Parâmetro e objeto
• ConstituiçãoFederal (ADI)
• Constituição Estadual (RI)
Ação direta de inconstitucionalidade
● E o objeto?
• Ou seja, aquilo que será confrontado com o parâmetro
• Para sabermos, devemos retornar à analise dos artigos anteriormente visitados
• A análise da admissibilidade deve ser feita a partir de três perspectivas 
distintas: material, temporal e espacial
CF/88, art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual 
(...); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
qualquerumadas espécieslegislativasdoart.59
Perspectiva MATERIAL
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm
Entendendo melhor o conceito de “lei”:
● Não pode ser mero projeto.
● Ato normativo revogado ou de efeitos já exauridos:
○ Sefoi antesdaação:cabe apenas ADPF.
○ Se foi depois da proposituraação: ação perde o objeto
(exceto fraude processual ou não comunicação ao STF).
ATENÇÃO: lei em vacatio legis? Sim. Processo legislativo já se 
esgotou. Cabe ADI
CF/88, art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual 
(...); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
dotadodegeneralidade,abstração eautonomia(ato normativo primário).
Ação direta de inconstitucionalidade
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm
Autonomia: deve ser ato normativo primário (inovar no
ordenamento jurídico).
Exemplos: tratados internacionais, resoluções do CNJ e do
CNMP; regimentos internos; regimentos internos de
tribunais; decretos autônomos; decisões de processos
administrativos; resoluções administrativas de tribunais
Ação direta de inconstitucionalidade
Art.59.O processo legislativo compreende 
a elaboração de:
I.- emendas à Constituição;
II.- leis
complementares; 
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções.
Bastaser qualquer 
umadasespécies 
legislativasdoart.
59
Decreto autônomoxDecreto regulamentar.
CRFB: “Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;”
Ação direta de inconstitucionalidade
Constituição Federal
Ato infralegal
In
co
ns
tit
uc
io
na
lid
ad
e
In
co
ns
tit
uc
io
na
lid
ad
e 
re
fle
xa
,o
bl
íq
ua
ou
 
in
di
re
ta
Lei
Não há autonomia, mas
subordinação.
Não cabe controle de
constitucionalidade do
ato infralegal.
Constituição Federal
Ato infralegal – INCONSTITUCIONAL 
por arrastamento
Lei -INCONSTITUCIONAL
Perspectiva TEMPORAL
• ADI só tem por objeto lei ou ato produzido após a CF/88
• Normas anteriores à CF/88 (recepção ou não recepção) 
não são objeto em ADI
Perspectiva ESPACIAL
• Aqui, há diferença relevante entre os objetos da ações 
de controle concentrado/abstrato
• Na ADI, cabe somente questionar lei ou ato normativo 
FEDERAL ou ESTADUAL
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente,a guarda da Constituição,cabendo-lhe:
I - processar e julgar,originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
federal ouestadual (...)
Normamunicipal não será 
objeto deADI–apenasdeADPF
Ação direta de inconstitucionalidade
Distrital apenasse tiver
naturezade estadual (art. 24)
Ação direta de inconstitucionalidade
• Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal
Federal, precipuamente,aguardadaConstituição,cabendo-lhe:
• I-processar ejulgar,originariamente:
• a)aaçãodiretadeinconstitucionalidadedeleiouatonormativo
• federalouestadual(...)
Sintetizando...quem não é objeto de ADI
• Normas originárias da Constituição Federal de 1988;
• Leis ou Atos normativos municipais;
• Leis ou Atos normativos criados antes da promulgação da CF/88;
• Lei Distrital editada no exercício da competência municipal;
• Atos de efeitos concretos;
• Leis e atos normativos revogados, ou com eficácia exaurida;
• Súmulas e Súmulas Vinculantes;
Ação direta de inconstitucionalidade
● Parâmetro e objeto
• ConstituiçãoFederal (ADI), Constituição Estadual (RI)
• OBJETO: Lei ou ato normativo (geral, abstrato e autônomo)
● Competênciaparajulgar
● Parâmetroeoobjetodocontrole
● Legitimados
● Aspectos processuais
Ação direta de inconstitucionalidade
● Competênciaparajulgar
● Parâmetroeobjetodocontrole
● Legitimados
● Aspectos processuais
Ação direta de inconstitucionalidade
Legitimados (art. 103 da CRFB e art. 2º da Lei nº9.868, de 1998):
CF/88:Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade:
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal;
III.- a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV.- a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o
Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI.- o Procurador-Geral da República;
VII.- o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII.- partido político com representação no Congresso Nacional;
IX.- confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Legitimados (art. 103 da CRFB e art. 2º da Lei nº9.868, de 1998):
CF/88:Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a
ação declaratória de constitucionalidade:
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal;
III.- a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV.- a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI.- o Procurador-Geral da República;
VII.- o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII.- partido político com representação no Congresso Nacional;
IX.- confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
9
Legitimados (art. 103 da CRFB e art. 2º da Lei nº9.868, de 1998):
CF/88 :Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a
ação declaratória de constitucionalidade:
I-oPresidentedaRepública;
3cargos
V -oGovernador deEstadooudoDistritoFederal; 
VI-oProcurador-GeraldaRepública;
Legitimados (art. 103 da CRFB e art. 2º da Lei nº9.868, de 1998):
CF/88 :Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação
declaratória de constitucionalidade:
I-oPresidentedaRepública;
V -oGovernador deEstadooudoDistritoFederal; 
VI-oProcurador-GeraldaRepública;
3cargos
FEDERAIS
ESTADUAL
Legitimados (art. 103 da CRFB e art. 2º da Lei nº9.868, de 1998):
CF/88 :Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a
ação declaratória de constitucionalidade:
II.-aMesadoSenadoFederal;III.-aMesadaCâmarados Deputados;
IV-aMesadeAssembléiaLegislativaoudaCâmaraLegislativadoDistritoFederal;
3mesas
Legitimados (art. 103 da CRFB e art. 2º da Lei nº9.868, de 1998):
CF/88 :Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação
declaratória de constitucionalidade:
II.-aMesadoSenadoFederal;
III.-aMesadaCâmarados Deputados;
IV-aMesadeAssembléiaLegislativaoudaCâmaraLegislativadoDistritoFederal;
3mesas
FEDERAIS
ESTADUAL
VII.-oConselhoFederaldaOrdemdosAdvogadosdoBrasil;
VIII.-partidopolítico comrepresentaçãonoCongressoNacional;
IX.-confederaçãosindicalouentidadedeclassedeâmbitonacional.
Legitimados (art. 103 da CRFB e art. 2º da Lei nº9.868, de 1998):
CF/88 :Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a
ação declaratória de constitucionalidade:
3entidades
VIII-partidopolítico comrepresentaçãonoCongressoNacional;
Legitimados (art. 103 da CRFB e art. 2º da Lei nº9.868, de 1998):
CRFB:Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade:
Pelo menos um
representante em uma
das casas no momento 
dapropositura
Legitimados (art. 103 da CRFB e art. 2º da Lei nº9.868, de 1998):
CRFB:Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade:
IX-confederaçãosindicalouentidadedeclassedeâmbitonacional.
No mínimo, 3federações
Representação em, no
mínimo, 9Estados
Legitimados
Os legitimados são, em regra,neutrosouuniversais
Ou seja, podem questionar qualquer ato sem necessidade de
demonstrar seu interesse na declaração de
inconstitucionalidade.
Ação direta de inconstitucionalidade
Legitimados
No entanto, alguns são considerados legitimados interessados
ou especiais
Ou seja, precisam demonstrar a pertinência temática: o seu
interesse na declaração, em relação à sua finalidade
institucional. (ADI 1507)
Ação direta de inconstitucionalidade
Legitimadosinteressados
IV - a MesadeAssembléiaLegislativaoudaCâmaraLegislativadoDistrito Federal; 
V - o Governador deEstadooudoDistritoFederal;
IX - confederaçãosindicalouentidadedeclassedeâmbitonacional.
● Não se admite ampliação, nem interpretação extensiva
● Vices não podem, salvo se estiver no exercício do cargo
no momento da propositura (STF - ADI 604 e ADI 2896)
● Pelo mesmo motivo, a legitimidade está restrita às
mesas da Câmara e do Senado não se estende à do
Congresso Nacional
Rol TAXATIVO de legitimados
● Competênciaparajulgar
● Parâmetroeoobjetodocontrole
● Legitimados
● Aspectos processuais
Ação direta de inconstitucionalidade
● Competênciaparajulgar
● Parâmetroeobjetodocontrole
● Legitimados
● Aspectos processuais
Ação direta de inconstitucionalidade
● A inconstitucionalidade é o PEDIDO
● Por isso é conhecido como controle principal
● A única razão é a declaração de (in)constitucionalidade
● Não há conflito de interesses
● Assim, não há réu ou polo passivo
● Não há prazo PRESCRICIONAL
Ação direta de inconstitucionalidade
● Opera sob a ideia da fungibilidade
● Ações podem ser substituíveis entre si
● Uma vez iniciada a ação, não é possível a desistência
● Direito indisponível
● Não operam sob a ideia do contraditório, ampla defesa, 
duplo grau de jurisdição
Ação direta de inconstitucionalidade
Petição inicial
Leinº9.868,de1998: “Art. 3ºA petição indicará:
I.- o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado
e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada
uma das impugnações;
II.- o pedido,com suas especificações.”
Ação direta de inconstitucionalidade
Petição inicial
Lei nº 9.868, de 1998: “Art. 3º (...) Parágrafo único. A petição
inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando
subscrita por advogado, será apresentada em duas vias,
devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnadoe
dos documentos necessários para comprovar a impugnação.
Ação direta de inconstitucionalidade
Petição inicial
Art. 4º A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente
improcedente serão liminarmente indeferidaspelo relator.
§ único. Cabe agravo dadecisãoqueindeferirapetição inicial.
ATENÇÃO: Não cabe recurso se a inicial for indeferida pelo plenário
Ação direta de inconstitucionalidade
AGU e PGR
Aceita a inicial, o relator pedirá informações aos órgãos
ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo
impugnado. 30 dias para resposta
Na sequência, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-
Geral da União e o Procurador- Geral da República, que
deverão manifestar- se,cada qual,no prazo de quinze dias.
Ação direta de inconstitucionalidade
Advogado-Geral da União: deverá defender o ato
salvo se (1) já houver precedente do STF declarando 
a inconstitucionalidade – ADI 1616; ou (2) a defesa for
contrária aos interesses da União - ADI 3916
Procurador-Geral da República: pode dar parecer favorável ou
desfavorável – mesmo se for o autor da ação (ADI 4975)
Ação direta de inconstitucionalidade
Outros participantes
Podemser ouvidos (arts. 7º,§ 2º,e 9º,§§ 1º,2ºe 3º):
• Pessoas comexperiência e autoridade na matéria, em
audiência pública;
• Peritos;
• Tribunais, sobre a sua aplicação da norma.
Ação direta de inconstitucionalidade
Amicus Curiae
É permitido, portanto
Lei nº 9.868, de 1998: Art. 7º (...) § 2º O relator, considerando a relevância da matéria e a
representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o
prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãosouentidades.
Ação direta de inconstitucionalidade
Intervenção de terceiros
Não é permitida
Lei nº9.868, de 1998: Art. 7º Não se admitirá intervenção de terceirosnoprocessodeação
diretade inconstitucionalidade.
Assim, não pode denunciar à lide, chamar ao processo ou pedir
assistência
Ação direta de inconstitucionalidade
Medida
cautelar/liminar?
SIM!
Ação direta de inconstitucionalidade
Lei nº 9.868, de 1998: “Art. 10. Salvo no período de recesso, a
medida cautelar na ação direta será concedida (...) após a
audiência dosórgãosouautoridades dosquaisemanoualei ou
ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo
decincodias.”
Ação direta de inconstitucionalidade
Medida cautelar - prazos de manifestação
- Órgão do qual emanou a lei ou ato questionado: 5 dias
- AGU e PGR: 3 dias cada
- § 3º Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir
a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades
das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.”
Ação direta de inconstitucionalidade
Medidacautelar:em regra deve ser votada no plenário
● Quórumdeinstalação:8 dos 11 M inistros (2/3);
● Quórumdeaprovação:maioria absoluta;
● Eficácia:exnunc, como regra, e ergaomnes.
● Mas o tribunal pode conceder eficácia retroativa
Ação direta de inconstitucionalidade
Lei nº 9.868, de 1998: “Art. 11. (...) § 1º A medida cautelar,
dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex
nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe
eficáciaretroativa.”
Ação direta de inconstitucionalidade
Publicação da decisão
Lei nº 9.868, de 1998: “Art. 11. Concedida a medida cautelar, o
Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do
Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte
dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, (...)”
Ação direta de inconstitucionalidade
Possibilidade de julgamento sumário
Lei nº 9.868, de 1998: “Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o
relator, em face da relevância da matéria e de seu especial
significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após
a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do
Advogado-Geral da União e do Procurador- Geral da República,
sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente
ao Tribunal, que terá a faculdadedejulgardefinitivamenteaação.”
Ação direta de inconstitucionalidade
Medida cautelar, mas sem julgamento sumário
Deve ouvir novamente as autoridades, dentro do prazo originariamenteprevisto
o relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais
emanou a lei ou o ato normativo impugnado. 30 dias para resposta
Na sequência, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da
União e o Procurador- Geral da República, que deverão manifestar- se,
cadaqual,noprazo dequinzedias.
Ação direta de inconstitucionalidade
Quórumdeinstalação
Lei nº 9.868, de 1998: “Art. 22. A decisão sobre a
constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato
normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo
menosoitoMinistros.”
Ação direta de inconstitucionalidade
Quórumdeaprovação
Lei nº 9.868, de 1998: “Art. 23. Efetuado o julgamento,
proclamar-se-á a constitucionalidade ou a
inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se
num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis
Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade
ou de ação declaratória de constitucionalidade.”
Ação direta de inconstitucionalidade
E senãoatingir amaioria?
Lei nº 9.868, de 1998: “Art. 23. (...) Parágrafo único. Se não for
alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou
de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que
possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o
comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número
necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.”
Ação direta de inconstitucionalidade
Ação direta de inconstitucionalidade
Decisãodefinitiva:
● Quórumdeinstalação:8 dos 11 M inistros (2/3);
● Quórumdeaprovação:maioria absoluta;
E irrecorrível!
● Eficácia:ex tunc, como regra, e ergaomnes.
Modulação dosefeitos:2/3,por razões de 
segurança jurídica ou excepcional interesse social
Declaraçãodeinconstitucionalidade
● Princípio da Parcelaridade:
● diz respeito à possibilidade do STF de declarar a 
inconstitucionalidade de apenas parte da decisão. O Judiciário 
pode nulificar toda a lei, o artigo, o parágrafo, o inciso ou a alínea, 
e até mesmo retirar uma palavra ou expressão de dentro da frase
● DIFERENTEMENTE OCORRE NO VETO POLITICO OU JURÍDICO feito 
pelo chefe do poder executivo.
Controle concentrado de constitucionalidade
Ação direta de inconstitucionalidade
Decisãodefinitiva:sem maioria (ex: 5 a 5)
Não há eficiáciaerga omnes nem efeito vinculante
Ou seja, lei permanece no ordenamento, mas pode ser 
questionada novamente no judiciário (ADI 4167)
Eficácia Vinculante
• Poder LEGISLATIVO: reação legislativa
• PODE ELABORAR LEI COM CONTEÚDO IDÊNTICA À 
DECLARADA INCONSTITUCIONAL!!!!!!
• STF Rcl 13019: “pretendida submissão do poder legislativo ao efeito vinculante que
resulta do julgamento, pelo supremo tribunal federal, dos processos de fiscalização
abstrata de constitucionalidade. inadmissibilidade. consequente possibilidade de o
legislador editar lei de conteúdo idêntico ao de outro diploma legislativo declarado
inconstitucional, em sede de controle abstrato, pela suprema corte”
Eficácia Vinculante
• Poder Judiciário: TODOS os órgãos vinculados
• Somente o plenário do STF pode reverter
• Poder Executivo: vinculação só não abrange as 
competências no processo legislativo 
• sanção/veto, iniciativa, edição de MPs, celebração 
de tratados
• A rigor, pode-se falar que não atinge funções 
legislativas
- Resultado IRRECORRÍVEL
- Sem recursos e sem ação rescisória
- embargos de declaração pode só àqueles parte da relação
processual
Lei nº 9.868, de 1998: “Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é
irrecorrível, ressalvada a interposição de embargosdeclaratórios, nãopodendo, igualmente,ser
objeto deaçãorescisória.”
Ação direta de inconstitucionalidade
ATENÇÃO
• ADI Estadual de norma de constitucional de reprodução 
obrigatória
• Nesse caso, caberá recurso extraordinário ao STF
• Decisão terá eficácia erga omnes porque oriunda do
controle concentrado
• Tratando-se de ação direta de inconstitucionalidade da competência do Tribunal de Justiça local – lei estadual ou municipal em
face da Constituição estadual –, somente é admissível o recurso extraordinário diante de questão que envolva norma da
Constituição Federal de reprodução obrigatória na Constituição estadual. (...) STF. 2ª Turma. RE 246903 AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 26/11/2013.
● Processo simultâneo
• Ação questiona a norma em face da CF e da CE. Duas ações em paralelo
• Quando se tratar de normas de reprodução obrigatória, o STF reconheceu uma causa especial de suspensão do 
processo no âmbito da Justiça local quando houver simultaneidade de ações diretas perante o Tribunal de Justiça e 
perante a própria Corte, relativamente ao mesmo objeto.
• OBS: recentemente, no julgamento da ADI 3659, no ano de 2018, o STF julgou um caso específico em que reconheceu a 
possibilidade de uma ADI julgada pelo TJ prejudicar o julgamento de uma ADI que tramita no STF.
• Trata-se de uma exceção à regra geral. O julgamento da estadual só prejudicará o julgamento do STF se 
preenchidas as seguintes condições cumulativas:
• se a decisão do Tribunal de Justiça for pela procedência da ação; e
• se a inconstitucionalidade for por incompatibilidade com preceito da Constituição do Estado sem correspondência na 
Constituição Federal.
Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB A lei federal nº 123, sancionada em 2012, é objeto de Ação Direta de 
Inconstitucionalidade proposta por partido político com representação no Congresso Nacional. O referido
diploma legal é declarado materialmente inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF),em março de 2014.
Em outubro de 2016, membro da Câmara dos Deputados apresenta novo projeto de lei ordinária contendo regras 
idênticas àquelas declaradas materialmente inconstitucionais. Tomando por base o caso apresentado acima,
assinale a afirmativa correta.
(A)A decisão proferida pelo STF produz eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos
órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, inclusive nas suas funções típicas; logo, o novo projeto de lei 
ordinária, uma vez aprovado pelo Congresso Nacional, será nulo por ofensa à coisa julgada.
(B)Em observância ao precedente firmado na referida Ação Direta de Inconstitucionalidade, o plenário do
STF pode, em sede de controle preventivo, obstar a votação do novo projeto de lei por conter regras idênticas
àquelas já declaradas inconstitucionais.
(C)A decisão proferida pelo STF não vincula o Poder Legislativo ou o plenário do próprio Tribunal em relação a
apreciações futuras da temática; logo, caso o novo projeto de lei venha a ser aprovado e sancionado, a Corte pode
vir a declarar a constitucionalidade da nova lei.
(D)A decisão proferida pelo STF é ineficaz em relação a terceiros, porque o partido político com 
representação no Congresso Nacional não está elencado no rol constitucional de legitimados aptos a instaurar o
processo objetivo de controle normativo abstrato.
Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB A lei federal nº 123, sancionada em 2012, é objeto de Ação Direta de 
Inconstitucionalidade proposta por partido político com representação no Congresso Nacional. O referido
diploma legal é declarado materialmente inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF),em março de 2014.
Em outubro de 2016, membro da Câmara dos Deputados apresenta novo projeto de lei ordinária contendo regras 
idênticas àquelas declaradas materialmente inconstitucionais. Tomando por base o caso apresentado acima,
assinale a afirmativa correta.
(A)A decisão proferida pelo STF produz eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos
órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, inclusive nas suas funções típicas; logo, o novo projeto de lei 
ordinária, uma vez aprovado pelo Congresso Nacional, será nulo por ofensa à coisa julgada.
(B)Em observância ao precedente firmado na referida Ação Direta de Inconstitucionalidade, o plenário do
STF pode, emsede de controle preventivo, obstar a votação do novo projeto de lei por conter regras idênticas
àquelas já declaradas inconstitucionais.
(C)A decisão proferida pelo STF não vincula o Poder Legislativo ou o plenário do próprio Tribunal emrelaçãoa
apreciaçõesfuturasdatemática;logo,casoonovoprojetodeleivenhaaseraprovado esancionado,aCortepode
viradeclararaconstitucionalidadedanovalei.
(D)A decisão proferida pelo STF é ineficaz em relação a terceiros, porque o partido político com 
representação no Congresso Nacional não está elencado no rol constitucional de legitimados aptos a instaurar o
processo objetivo de controle normativo abstrato.

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